Silêncio do Burburinho
Fanfiction
Anime: Love Hina
Definição: AU, OOC
Por: Simbiot
Capítulo três: Bem vindo ao mundo do vinho
Keitarô acordara no domingo a uma da tarde devido ao horário em que fora dormir na noite anterior. Havia desligado seu despertador pelo fato de ser domingo, estava acabado, mas conseguira um amigo.
Srta. Aoyama, como de costume já havia acordado há tempos, para ser mais exato, havia acordado às sete da manhã, mas não fazia barulho, devido a este fato, exigia que os outros fossem como ela, mas não dá para comparar a vida calma, serena e tranqüila de uma senhora de sessenta anos e a de um jovem na flor da idade, com 21.
A noite havia sido boa, no final, valera a pena ir naquela festa. Naquela manhã, ele acordara feliz, sem reclamar da solidão, ele começou a gritar:
'Sim! Deus é justo! Finalmente comecei a me sociabilizar! Já fiz um amigo, agora é só um passo para eu ter uma legião de amigos! Vou finalmente ter uma namorada! Hahahaha! A vida é bela pra quem sabe aproveitar!'
'Keitarô Urashima! Estou recebendo visita aqui em casa! Imagine o que eles estão achando do local onde vivo, posto que há um débil mental gritando no andar de baixo! Você não dá trégua de jeito nenhum, não é mesmo?' Gritou a Srta. Aoyama pela janela.'
'Desculpe Srta. Aoyama, mas é que hoje estou muito feliz!' Keitarô respondeu com um sorriso enorme no rosto.
'Desculpem o meu vizinho...' Ela falou às visitas e pensou 'Maldição... Deve estar bêbado novamente...'
O telefone tocou de repente, surpreendendo Keitarô.
'Na maioria das vezes... Quando esse telefone toca... É alguém tentando me vender alguma coisa...' Ele disse e atendeu o telefone.
'Alô?'
'Alô, por favor o Keitarô?'
'Sou eu, quem fala?'
'Oi Keitarô! Aqui é o Akio! Esqueci que você morava sozinho. Tudo legal?'
'Tudo ótimo! E você?'
'Também! Escuta, vai ter uma balada hoje à noite. Quer ir?'
'Sim! Que horas vai ser?'
'Não se preocupe, a gente vai no meu carro, eu passo aí às oito horas.'
'Legal!'
'Certo! Até lá!'
'Até lá!' Keitarô disse e desligou o telefone. Com este convite, o pingo de esperança que já existia em seu coração aumentara mais um pouco.
'E assim o desejo se torna merecimento… ' Ele disse, satisfeito com o programa que tinha acabado de marcar. Era normal que ele se sentisse bem, coisa diferente não acontece sempre.
Entrara então na internet. O que mais um homem que mora sozinho pode fazer em sua casa numa tarde de domingo? A internet, um mundo de entretenimento, milhões de escolhas a se fazer, milhões de sites para se ir. Entre todos estes, ele escolheu uma sala de bate-papo.
'Nossa... Nunca entrei nessas salas... Que nick eu posso colocar? Já sei, vou colocar "Solteiro Solitário". Isso me descreve.' Keitarô disse e entrou na sala.
Solteiro Solitário entra na sala
Garota Safada diz para O Outro: É claro que eu posso me encontrar com vc! Vc disse que o seu nome é Kyo Hassari, certo?
Solteiro Solitário diz: Alguém quer tc?
O Outro diz para Garota Safada: Sim isso mesmo.
Flying Butterfly entra na sala
Solteiro Solitário diz para Flying Butterfly: Oi, quer tc?
Lindinha diz para O Outro: Então é você, seu desgraçado!
Flying Butterfly diz para Solteiro Solitário: Claro! Me fale um pouco sobre vc.
O Outro diz para Lindinha:Harumi, querida? É vc? Desculpa! Eu... eu...
Solteiro Solitário diz para Flying Butterfly: Sou um cara de vinte e um anos, moro sozinho. Tenho cabelo e olhos negros, sou de estatura média.
Flying Butterfly: Parece bonito, é o meu estilo de homem… E vc trabalha em que?
Lindinha diz para O Outro: Desculpa uma ova! Não quero te ver na minha frente nunca mais!
Lindinha sai da sala...
Solteiro Solitário diz para Flying Butterfly: Sou coordenador do CJIT...
Garota Safada diz para O Outro: Oque é que ta acontecendo aqui?
Flying Butterfly diz para Solteiro Solitário: Vc é coordenador do Centro de Jornalismo e Imprensa de Tóquio? Ta bem de vida heim?
O Outro diz para Garota Safada: Era minha mulher. Deixa pra lá... Vamos para outra sala, daí a gente combina de se encontrar!
Solteiro Solitário diz para Flying Butterfly: Er... Bom, vc trabalha em que?
Garota Safada diz para O Outro: Certo, vamos para a sala 5.
Garota Safada sai da sala...
O Outro sai da sala...
Flying Butterfly diz para Solteiro Solitário: Sou garçonete. Nada que se compare a um coordenador de jornal... Mas... Hey, peraí! Vc é um mentiroso! Como pode você ser um coordenador de jornal com 21 anos?
Solteiro Solitário diz para Flying Butterfly: Ah, é que eu sempre me empenho muito no meu trabalho. Não é um cargo tão alto...Cargo alto mesmo é o do meu chefe... Aquele sim é endinheirado.
Flying Butterfly diz para Solteiro Solitário: Bom… Acho que você vai ter que me provar se é verdade mesmo que vc é coordenador...
Solteiro Solitário diz para Flying Butterfly: Claro... Como eu poderia provar isso pra vc?
Flying Butterfly diz para Solteiro Solitário: Me encontra domingo que vem na frente da Torre de Tóquio às duas da tarde.
Solteiro Solitário diz para Flying Butterfly: Certo! Mas... Como vc sabe que eu sou de Tóquio?
Flying Butterfly diz para Solteiro Solitário: Simples, vc me disse que trabalhava na CJIT, Centro de Jornalismo e Imprensa de "Tóquio".
Solteiro Solitário diz para Flying Butterfly: Ah, certo, não tinha percebido. Bom, então estamos combinados.
Flying Butterfly diz para Solteiro Solitário: Certo, até lá!
Solteiro Solitário diz para Flying Butterfly: Até lá!
Flying Butterfly sai da sala...
Solteiro Solitário sai da sala…
'Legal! Marquei um encontro com uma menina da internet! Uma garçonete... Geralmente as garçonetes são bonitas! Legal!' Keitarô começou a gritar. 'Ah... Mas esqueci de perguntar o nome dela... Tudo bem, quando eu me encontrar com ela eu pergunto.'
Já eram seis horas da noite e Keitarô só percebeu isso quando terminara de mostrar sua alegria aos insetos que rodeavam sua casa e olhar ao relógio de relance.
'Nossa, já são seis horas e eu ainda nem tomei banho!' Disse ele, correndo em direção ao banheiro.
Tirou a roupa rapidamente e entrou no chuveiro. Seu banho não levou mais de 10 minutos. Quando um ser humano está com pressa, não há água quente e conforto que o pare. Saiu então e colocou as primeiras roupas que achou no seu armário. Geralmente isso é uma coisa errada a se fazer e dá em resultados não tão bons, mas todas as roupas que Keitarô tinha em seu armário eram boas, gostava de comprar panos caros, então não fazia diferença a roupa que ele escolhesse. Pegou um frasco de perfume meio-cheio e passou pelo corpo todo. Escovara os dentes, penteara o cabelo, passara gel e usara desodorante. Finalmente ele estava pronto. Deu uma rápida olhada no espelho.
'Ótimo. Você está ótimo. É hora de sair desta exclusão social, vamos conhecer gente.' Ele falou para a imagem dele mesmo que via no espelho.
Alguns minutos depois Akio já o chamava pelo interfone pedindo para Keitarô descer.
'Vamos lá, Keitarô! A vida nos espera!' Akio disse, pelo interfone.
'Certo Akio, já estou descendo!' Respondera Keitarô.
Keitarô estava pronto. Já havia tomado em um curtíssimo espaço de tempo todas as precauções necessárias para estar impecável para aquela noite. Desceu o elevador de seu prédio, saiu na portaria em direção à rua, onde Akio esperava em seu carro.
'Vejo que se arrumou bem para esta noite.' Akio elogiou.
'Pois é... Agora que vou começar a sair, quero estar muito bem.'
'É, eu também... Já saio faz muito tempo, mas sempre tento sair o mais bem arrumado possível. Esse lugar que vamos hoje se chama "Silêncio do Burburinho". É uma discoteca nova que terá sua estréia hoje. Provavelmente vai muita gente interessante lá.'
'Sim, mas por que ela se chama "Silêncio do Burburinho"? Isso lá é nome para uma danceteria?' Perguntou Keitarô, curioso.
'Isso é uma grande contraditória... O dono daquele local é um senhor muito rico que mora numa casa enorme no centro de Tóquio. Ele é de origem pobre e desde pequeno, ele sempre gostou de ficar a tarde inteira dos fins de semana na varanda de sua casa somente ouvindo o barulho do povo, do cotidiano, da vida... Ele dizia: Somente o silêncio do burburinho para me livrar desta vida tão corrida... Às vezes, a solidão é uma dádiva.'
'Nossa... Então ele sempre trabalhava demasiadamente no meio de semana e aproveitava o fim de semana inteiro para descansar e ficar ouvindo o burburinho de Tóquio?'
'Sim, ele dizia que o burburinho é o som mais comum de todos, e por isso o mesmo o acalmava. A junção de todas as mentiras e verdades que o povo conta para si mesmo.'
'Certamente é um homem muito batalhador... Se ele é de origem pobre e hoje em dia é dono de uma casa noturna...'
'Não só de uma casa noturna... Ele tem muitas empresas... É riquíssimo. Chega até a ser estranho e duvidoso a forma com que uma pessoa de origem pobre consegue tanta fortuna de maneira honesta...' Akio explicou.
'Nossa... Você o conhece?'
'Sim... Já conversei com ele algumas vezes, só por trabalho mesmo...'
'Qual é o nome dele?
'O chamamos de Seta, ele nunca nos falou o sobrenome...'
'Seta... Nunca ouvi falar nele... Você pode me apresentar esse tal de Seta hoje?'
'Sim, pretendo apresenta-lo a você. Foi ele quem me convidou para a estréia da casa noturna. Hoje essa casa noturna estará cheia de gente rica... Somente os convidados do dono...'
'Será que eu posso entrar?' Keitarô perguntou preocupado.
'Sim, Seta me permitiu convidar quem eu quisesse, vão deixar você entrar sim.'
'Certo, então não preciso ter medo de que alguma coisa dê errado...'
'Não, não se preocupe, tudo vai dar certo.' Akio acalmou Keitarô.
'Legal... Eu devo estar assim preocupado por que são raras as vezes que eu já fui numa casa noturna... Não sei como as coisas funcionam direito lá...
'É, mas tudo é bem simples.'
Algum tempo depois, eles finalmente chegaram no tal "Silêncio do Burburinho". Como Akio havia dito, aquilo era totalmente contraditório, pois de silêncio nada havia. O som das músicas era extremamente alto. Eram músicas cantadas e tocadas por bandas de J-pop e J-rock, além de baladas, techno e outras. O local era enorme. Um grande casarão. Na entrada, escrito em néon se via "Silêncio do Burburinho – O remédio para curar os males do cotidiano."
Eles finalmente entraram na casa noturna. Havia cinco pistas de dança, um palco para shows e um bar em cada pista.
'Nossa... Que lugar enorme...' Keitarô dizia para si mesmo.
'Vou te apresentar o Sr. Seta. Ele fica num escritório no sexto andar da casa noturna. Vamos lá, não se acanhe, ele é muito simples embora tão importante. Certamente vai te deixar bem à vontade.' Akio disse.
Ambos subiram o elevador até o último andar, o sexto, onde só havia uma porta. Akio bateu na porta. Quando as portas se abriram, um homem vestindo uma calça jeans rasgada nos joelhos e uma camisa com um emblema escrito "Venha para Kyoto" estava a frente de Akio e Keitarô.
'Por favor, gostaríamos de falar com o Sr. Seta...' Keitarô disse.
'Sou eu. Ah, você é o convidado do Akio, é um prazer conhece-lo.' Seta disse.
'Olá Seta! Como vão as coisas? Deve estar feliz, afinal, hoje é o grande dia!' Akio disse, animado.
'Sim, esta é a maior casa noturna que eu já fiz na minha vida, é certamente um marco.'
Keitarô olhava para o escritório de Seta e para sua própria imagem abismado. O escritório ocupava um andar inteiro do prédio e Seta, cuja imagem que Keitarô esperava era a de um homem com um terno fino, muito bem arrumado, era na verdade a de um homem como outro qualquer.
'Como pode... Um homem com a fortuna dele andar com roupas como estas...' Keitarô pensava.
'Querem um pedaço de pizza? Tem de calabresa e mussarela. Podem comer! Eu queria mesmo era comer tofu, mas eu esqueci de comprar!'
'Por que... O senhor não manda alguém comprar? Tem um monte de empregados que podem fazer isso pelo senhor, não é verdade?' Keitarô perguntou.
'Por favor, não me chame de senhor, eu sei que sou velho, mas não me lembre! Os empregados são pessoas como eu, somos feitos de carne e osso, eu seria muito folgado se eu mandasse eles irem fazer alguma coisa se eu posso a fazer... Eu só não vou comprar tofu por preguiça mesmo! Eu poderia ir. Mandar alguém ir no meu lugar é prepotência!'
'Sempre assim, não é, meu amigo Seta! Eu só vim aqui no seu escritório para te cumprimentar pela estréia da casa noturna e para te apresentar o meu amigo. Este é Keitarô Urashima, coordenador do CJIT. Encontrei-o numa festa de reencontro dos alunos do colegial.'
'É um prazer conhece-lo. Não sabia que você era o coordenador do Centro de Jornalismo e Imprensa de Tóquio. Vejo que você é como Akio. Ambos estão em cargos bem altos para a idade, isso significa que têm muito potencial e são muito esforçados. Gosto muito de gente assim.'
'Muito obrigado.'
'Eu é que agradeço por essa visita. Me passe o seu telefone, aqui está o meu cartão. Vamos manter contato.' Seta disse.
'Sim, aqui está o meu.' Keitarô respondeu, dando um cartão para Seta.
'Aproveitem a festa! Tem bastante gente bonita para se conhecer aqui hoje.'
'Muito obrigado!' Ambos Keitarô e Akio disseram e desceram para o terceiro andar, em uma das pistas.
Chegando no terceiro andar, eles saíram do elevador e começaram a conversar numa mesa.
'Veja só, Keitarô, o mundo que você perdia enclausurado em seu apartamento.' Akio disse abrindo os braços.
'Sim, eu vejo... Mas olhe só, tá aí uma coisa que me incomoda.' Keitarô disse apontando discretamente para um casal se beijando.
'Se incomoda por que eles se beijam?'
'Não... O problema é que as mulheres sempre beijam gente que não merece ser beijada...'
De repente, uma garota apareceu e beijou-o, beijo este que demorou mais de 30 segundos.
'Tudo bem. Esqueça o que eu disse.'
'Cuidado com o que você fala, Keitarô... A sua vida está mudando agora. Você nunca odiou a promiscuidade, mas invejou-a.'
'Sim... Acabo de perceber que isso é verdade.'
Após beijar Keitarô, a garota disse:
'Então o seu nome é Keitarô? Vamos para um lugar mais vazio conversar?'
Ela tinha um sotaque.
Keitarô olhou de relance para Akio, que acenou positivamente com a cabeça.
'Certo, vamos.' Keitarô aceitou o convite.
Ambos foram para aquele tal lado mais reservado da casa noturna.
'Interessante esta boate, não? "Silêncio do Burburinho", a maior casa noturna de Tóquio!' A tal garota disse.
'Sim, confesso que eu não entendo muito de casas noturnas, baladas e coisa e tal... Mas estou impressionado com o tamanho desta...'
'Meu nome é Nyamo.'
'E esse sotaque? Você não é daqui do Japão?' Keitarô perguntou, curioso.
'Não, eu vim morar aqui há dois meses. Também não conheço muito sobre as casas noturnas daqui de Tóquio, mas isso era o que dizia o cartaz que anunciava essa casa noturna. Sou dinamarquesa.'
'Certo. Você também foi convidada pelo Seta?'
'Não, uma das minhas amigas foi convidada, mas não pode vir, então ela me mandou no lugar dela.'
'Ah, certo... Eu fui convidado por um amigo meu.'
'Ah, aquele que estava do seu lado?'
'Sim, esse mesmo.'
'Hey, Keitarô, você trabalha em que, vive com quem... Fale-me sobre você!'
'Trabalho como coordenador do CJIT, moro sozinho desde o ano passado. Não costumava sair para baladas, mas agora estou começando a fazer isso direto...'
'Interessante...'
'O que?'
'Você é uma pessoa bem interessante.'
'Obrigado.'
'Quer me beijar denovo?' A garota perguntou.
'Claro!' Keitarô disse e beijou-a novamente. Estava começando a gostar daquela vida que seu amigo levava.
'Agora entendo a vida que estou predestinado a levar, e gosto muito do que estou entendendo.'
'Claro, você vai gostar. Não há coisa melhor do que viver ao léu... Depois iremos pagar no céu, mas de que vale uma vida sem graça se nem temos certeza da eternidade no paraíso?'
'Nossa... Você deve ler muito. Tem um linguajar bem mais sofisticado do que o meu... E olha que eu nasci aqui, deve ter estudado muito a minha língua.' Keitarô dizia, atônito com as palavras profetizadas pela garota.
'Nada que não se consiga lendo livros épicos japoneses.'
'É como eu imaginei, tem sempre palavras totalmente distintas em livros épicos... Quer ir a algum lugar depois daqui?' Keitarô convidou.
'Que galanteador! Adoro homens assim!' Shinobu disse, com um sorriso em seu semblante.
'Obrigado! Só estou sendo eu mesmo. Você aceita o convite?'
'Claro! Onde podemos ir?'
'A gente podia comer alguma coisa e depois ir para a minha casa...'
'Bom... Tudo certo... Mas depois você não acha que vai ser muito tarde pra eu voltar?'
'Se você quiser dormir lá... Você p...'
'Obrigada! Não esperava esse convite! Já que você deixa, então combinado! Vamos comer alguma coisa e depois dormir na sua casa!' A garota disse, obviamente ela já esperava o convite desde o começo da conversa. Era uma garota muito leviana, poderia até ser intitulada promíscua, mas esse é realmente o tipo de gente que é facilmente encontrada na tal casa noturna, "Silêncio do Burburinho".
'Então só deixe que eu avise o meu amigo que nós já estamos saindo... Fique parada aqui mesmo que em menos de dois minutos eu volto.'
'Certo.'
Keitarô saiu procurando seu amigo Akio pelo andar inteiro até acha-lo sentado em frente ao bar, bebendo um drink e flertando com uma garota que se encontrava no outro lado do balcão.
'Akio, eu encontrei uma garota aqui e vou sair para jantar com ela.'
'Olha o garanhão! Tá legal, depois eu te ligo para saber como foi a noite!'
'Bom, só Deus sabe isso... Já vou indo! Amanhã a gente se fala!'
'Certo! Amanhã eu te ligo!'
'Ok!' Keitarô disse e saiu em direção à Nyamo.
'Pronto. O recado já está dado. Vamos.' Ele disse à Nyamo.
Saíram. Na saída, eles tiveram que pagar a quantia referente à somatória da entrada e da consumação e finalmente já fora da casa noturna, Keitarô perguntou:
'Você quer ir com o meu carro?'
'Sim, a minha amiga me deixou aqui... Eu não tenho carro aqui no Japão, estou dependendo dela pra ir pra qualquer lugar!'
'É normal... Só faz dois meses que você chegou aqui no Japão... Imagino que não valha a pena alugar um carro... Se você vai morar aqui seria melhor comprar um mesmo!'
'Sim, pretendo estabilizar a minha vida aqui no Japão... Depois que eu estiver bem eu vou comprar um carro...'
'Bom, enquanto você não o tem, vamos com o meu.'
'Certo!'
Keitarô a levou ao estacionamento onde seu carro se encontrava. Vendo aquele carro, ela pensou consigo mesma:
'Realmente... Ele não mentiu quando falou que era coordenador do Jornal de Tóquio...'
Entraram então no carro e Keitarô a perguntou:
'Onde gostaria de ir?'
'Não sei... Você que é nativo desse país... Deve saber tudo sobre Tóquio... Eu só sei o que leio nos cartazes...'
'Bem...'
Keitarô não costumava sair com garotas, por essa ser a primeira, ele quis fazer tudo de um jeito especial.
'Conheço um restaurante muito bom... Vamos lá.' Continuou ele.
Foram então a um restaurante finíssimo onde se servia todo o tipo de comida. Era um daqueles restaurantes nos quais só se vai em datas comemorativas ou negociações vitais para a empresa. Extremamente caro, luxuoso e fino.
'Bienvenue.' Um garçom dizia, os recebendo na porta do restaurante.
'Merci.' Keitarô agradeceu o homem que os recebia. Keitarô havia estudado inglês, francês e espanhol, falava três línguas fluentes, um dos pontos que o levou a um cargo tão alto.
'Você fala francês?'
'Sim. Estudei francês há alguns anos... É uma língua muito interessante.'
'Que legal... Vejo que gosta de línguas, não?'
'Sim. Estudei muito e hoje em dia falo quatro línguas. Imagino que você também deva gostar muito de idiomas...'
'Sim, mas como adivinhara?'
'Ah... Em dois meses aprendera japonês tão facilmente...'
'Não... Eu estudei japonês durante dois ano antes de vir para cá... Japonês é muito difícil!'
'Mesmo assim. Não é qualquer um que consegue falar fluentemente uma língua com só dois anos de estudo.'
'Obrigada. É que eu me esforcei muito.'
'Aprecio muito o seu esforço.'
'Você costuma vir sempre nesses restaurantes de tal nível?'
'Não, na verdade eu só vim aqui hoje por que estou com você. Vou lhe ser sincero: eu raramente vou a restaurantes. Geralmente peço pizza em casa.'
'Então você é do tipo mais simples?'
'Sim... Não costumo gastar muito dinheiro, a não ser que eu tenha certeza do que estou fazendo.'
'Mas, com a sua licença... Eu diria que com um emprego como o que você ocupa... Você deveria gastar dinheiro como um condenado!'
'Só merece o tão querido dinheiro quem o dá valor... Eu não gasto com qualquer coisa. Escolho muito bem antes de gastar.'
'Sim, entendo. Assim nunca falta! Vou começar a fazer isso também!' Nyamo disse e sorriu para Keitarô por alguns segundos.
Comeram então os mais diversos pratos naquele restaurante. Sentavam-se perto de homens riquíssimos, que levavam suas famílias para um prazeroso jantar, ou sentavam-se com sócios para discutir importantíssimos assuntos comerciais e profissionais.
O prazer de Keitarô era enorme, era possível ver através de seus olhos que se alegrava pela mudança que havia acontecido em sua vida. Sua alegria era diretamente proporcional ao valor da conta. Keitarô já esperava tal valor, por tanto não ficou nem um pouco surpreso. Somente pegou um talão de cheques e o preencheu.
'Não quer repartir?' A garota perguntou, generosa.
'Não se preocupe.' Keitarô respondeu, cavalheiramente e pagou como um inteiro a conta. 'Vamos à minha casa?'
'Sim, mas... Eu não me sinto bem entrando na casa de um homem que mora sozinho...'
'Por que? É normal, uma casa como qualquer outra?'
'Imagino cuecas jogadas por todos os lados... Caixas de pizza, comida enlatada e caixinhas vazias de comida chinesa espalhadas pelo chão da sala. Na sua casa é mais ou menos assim?'
'Não, mesmo sendo solteiro, eu arrumo as coisas lá em casa... Gosto muito de morar sozinho, mas limpeza é fundamental!'
'Nisso eu concordo com você. Bem... Já que você diz que a sua casa está bem arrumada e que eu não preciso me preocupar com esse tipo de coisa... Vamos lá!'
'Certo!'
E assim, esta fora a primeira garota a pisar no chão emadeirado do apartamento de Keitarô... Um apartamento grande demais para um solteiro e pequeno demais para uma família... Com objetos dos mais diferentes tipos que servem de decoração, esteja certo que pessoas dos mais diferentes gostos adorariam entrar na casa daquele jornalista e ver sua decoração diferenciada.
'E agora... O que você quer fazer?' Disse Keitarô animado, esperando uma resposta um tanto picante.
'Vamos assistir TV?'
'Er... Er... Certo... Vamos.' Concordou Keitarô, com um semblante totalmente desanimado.
Começaram então a assistir a televisão. Muitos já reclamaram da televisão pelos mais diferentes motivos. Keitarô reclamava pelo mais comum deles: a televisão é um meio de entretenimento tão eficiente, que em demasia, ocupa tempo demais, fazendo assim "outros" entretenimentos serem esquecidos.
'Será que eu deveria tentar fazer alguma coisa ousada?' Ele pensou consigo mesmo e começou a passar a mão direita na perna de Nyamo levemente.
Nyamo percebeu então as intenções de Keitarô. Ele queria beber do néctar promíscuo, se aproveitar da parte obscura da vida, os prazeres que a noite traz, a promiscuidade, o amor momentâneo, se é que podemos chamá-lo de amor.
Começaram então a se tocar levemente enquanto fingiam que assistiam televisão. Não aqui mencionarei detalhes sexualmente ousados de como as coisas aconteceram, somente direi que no fim da noite, ele a cortejou.
Pessoal, logo o capítulo 4 virá, começarei a trabalhar nele agora. Mas de agora em diante a fic começa a ficar um pouco mais... Ousada... Foi só um aviso... Não quero que ninguém leia algo que não seja de sua própria vontade.
