Title: Ódio ou Amor?
Author name: Ana Jully Granger
Category: Drama/ Romance
Shippers: Harry e Hermione
Disclaimer: Harry Potter infelizmente não é meu, se fosse eu seria rica e provavelmente não estaria escrevendo esta fic e sim o sexto livro da serie e já contando os milhões que ganharia com ele... ai mais chega de besteira e vamos logo pro que interessa.
Sinopse do capitulo: as coisas nem sempre são como imaginamos. Às vezes tiramos conclusões precipitadas e deixamos que a raiva e a desconfiança vençam. Daí é que surgem os problemas, principalmente quando se quer esconder...Capítulo 02
Maus entendidos e julgamentos precipitados
Hermione estava confusa, corada de raiva e definitivamente a ponto de jogar na cabeça daquele idiota que estava a sua frente o primeiro objeto que encontrasse pela frente.
- Não sei como você dirige seus negócios, Sr. Potter, mas lhe asseguro que meu pai nunca esperou que eu baixasse a esses nível. Sugiro que pense melhor antes de sair acusando pessoas que você mal conhece. Disse enfatizando cada palavra. Aproveite e coloque sua cabeça no lugar. Agora se me der licença, preciso de um pouco de ar.
Ela virou-se e começou a andar ate a porta após se desvencilhar da mão que a segurava, porem foi agarrada pelo pulso novamente, tendo que voltar a encará-lo.
- Não me toque! Exclamou com raiva.
- Espere um pouco.
Facilmente ele a colocou ao seu lado. Alarmada, Hermione tentou dar-lhe um tapa, mas Harry esquivou-se facilmente (malditos treinos de Quadribol!!! desviar daqueles balaços surtiu efeito. Pensou ela) e soltou-a, vendo que ela estava perdendo o controle. Harry encostou-se na porta, com as mãos nos bolsos e um olhar esperto e vibrante.
- Se não me deixar sair por essa porta eu vou... vou...
- Não vai fazer absolutamente nada.
- Você não tem o direito de me manter presa aqui e lhe asseguro que seria capaz de gritar se você não me soltar agora mesmo.
- Não seja boba, não vou te machucar. Nem mesmo vou te tocar.
- Quero sair.
- Em um minuto. Ele a olhava com especulação. Esta brava por que te chamei de enrolona, ou por que tirei conclusões erradas?
- O que você acha? Perguntou sarcástica.
- Que você esta realmente brava.
- Sem motivos eu suponho que você ache, não é mesmo? Pois escute aqui Sr. Potter eu não preciso ficar lhe dando satisfações sobre o que eu faço ou deixo de fazer da minha vida, no entanto não admito que ofenda a mim ou a minha família. Acredito que se o senhor acha mesmo tudo isso sobre mim não deveria voltar a me contatar. Não quero manchar a sua ilustre presença com a minha tão duvidosa moral.
- Belas palavras, porem...
- Porem não cabe ao senhor julgá-las! Replicou. E não vou mais tentar me defender, você não acreditaria.
- Tente.
Ela tentou tira-lo da frente. Mas, embora Hermione não fosse fraquinha, Harry tinha o dobro de altura e força.
- Não sou obrigada a lhe dar explicações. Contudo posso garantir que o senhor esta errado. Totalmente, completamente errado.
Harry parecia interessado no assunto embora a observasse sem se mexer.
- Não me chame de Senhor. Disse Harry com fúria nos olhos. Não gosto disso. Chame-me apenas de Harry.
- Você é o homem mais presunçoso que eu já conheci Harry. Espero que saiba disso. Exclamou olhando-o abismada por tamanha frieza.
- Muito melhor. Sussurrou.
- O que? Você gosta de ser ofendido?
- hehehe!!! Esse estilo de sarcasmo não combina com você.
- Pensei que havia pensado que eu não passava de uma mulherzinha.
- Isso não deixa de ser verdade, contudo posso...
- Está ficando completamente louco.
- Ou completamente interessado no que você tenha a me dizer que possa me fazer mudar de idéia.
- Ufm! Suspirou resignada. Estava sendo realmente cansativo discutir com Harry! Pensou Hermione apreensiva. Por que você estava rindo? Disparou após algum tempo de silencio.
- Chamou-me apenas de Harry, e assim é bem melhor. Alem do mais você não é a primeira a me chamar de presunçoso. Estou começando a acreditar que seja verdade.
- Agora que você esta começando a acreditar? Perguntou fingindo incredulidade
- Oras Hermione você mais do que ninguém devia saber como é difícil aceitar certos fatos da vida.
- Sei...
Harry abriu um enorme sorriso e seus olhos adquiriram um brilho ainda mais intenso perante o olhar de resignação que a menina lhe lançara. Ele estava ciente do poder que exercia naquela situação.
- Seu pai não falou para me divertir? Interrompeu-a Harry.
As bochechas de Hermione coraram violentamente mais uma vez.
- Ele não quis dizer o que você pensou.
- Tem certeza? Contrapôs Harry.
Hermione ficou em duvida. Havia sido realmente estranho o modo como seu pai insistira para que ela fosse cortês com Harry, mas ate insinuar que ele a estava oferecendo a um completo estranho (já que ela não sabia de quem se tratava quando seu pai lhe avisara do convidado especial) era algo completamente diferente.
- Tenho. Ele não... e de qualquer maneira, eu não...
Ele soltou um enorme sorriso triunfante.
- O que foi, ficou em duvida?
- Não. Mas sua presença me deixa nervosa.
- Interessante.
- O que? Você ficar me azucrinando a vida? Com certeza deve ser muito divertido para você. Por acaso não tem nada melhor para fazer da vida não?
- Palavras duras em uma boca tão delicada. No entanto estou começando a acreditar que não seria capaz de fazer tal coisa. Peço desculpas.
Estava mais do que na hora pensou Hermione.
- Suponho que tenha que te agradecer por isso. Ela retrucou.
- Não necessariamente. Falou sorrindo com indolência.
- Bom. Sugiro a você pensar um pouco mais antes de sair por aí tirando conclusões apressadas, da próxima vez que alguém lhe oferecer hospitalidade.
- Oh, Hermione pare com isso. Ele cruzou os braços fitando-a demoradamente. O que mais eu poderia pensar? Já me deparei com situações muito parecidas varias vezes. Tive que aprender a me livrar de certos infortúnios. O mundo la fora não é nada fácil. Seu pai estava te jogando para cima de mim e você não esta sendo objetiva. Trouxe-me aqui com a desculpa de...
- Ele disse...
- Voce é sempre uma filha tão obediente? Pareceu muito encantada com a idéia.
- Sou uma boa atriz.
Harry lançou um belo sorriso.
- Não duvido disso minha cara. Contudo isso significa que não gosta de mim?
- Eu deveria?
- Poxa! Pensei que ainda se lembrasse dos velhos tempos. Você costumava gostar de mim.
- Você disse bem Harry, velhos tempos que não voltam mais.
- Então me diga o que devo fazer para voltar a ter um espaço no seu coração? Ficar de joelhos?
Isso seria uma coisa difícil de acontecer. Pensou Hermione.
- Pode começar saindo da porta. Sugeriu.
Por um segundo ou dois, Harry permaneceu ali e, então, descruzou os braços e ficou ao lado da porta, esperando. Hermione deu um passo à frente e ele girou a maçaneta, escancarando a porta.
- Obrigada. Ela agradeceu, caminhando para o corredor.
Ele fechou a porta e andaram sem trocar uma palavra. Algumas pessoas já estavam indo embora quando de repente Harry envolveu a cintura de Hermione para trazê-la mais para perto de si encarando-a nos olhos.
- Me solte. Disse exasperada enquanto o rosto de Harry aproximava-se perigosamente do seu. Não faça isso! Exclamou colocando a mão no peito de Harry tentando afastá-lo.
- Isso o que? Perguntou inocente enquanto tirava um cílio que estava em cima do nariz de Hermione.
-???
- Achou que eu ia beijá-la? Disse soltando-a e dando uma gargalhada enquanto observava o cílio em seu dedo. Depois eu sou o presunçoso. Um tanto convencida você não? Mas agora faça um pedido.
- Eu...Bem...Pensei...você estava próximo.. Então... Dizia encabulada.
- Não importa, faça um pedido.
- Desejo nunca mais te ver. Disse com raiva após retomar o ar de indiferença.
- Mentirosa! Exclamou. Cuidado com o que você deseja. Nossos desejos podem se tornar realidade.
- E quem disse que eu desejo te ver novamente?
- Seus olhos. Disparou Harry passando suavemente a mão no rosto da morena. Eles me disseram.
Hermione ficou muda, ela queria gritar protestar, sob o toque da mão suave de Harry. Vários sentimentos explodiam em seu peito e gritavam em seu coração. Ela sabia que as palavras dele eram verdade. Apesar de tudo queria vê-lo novamente. Maldição! Pensou.
- Acho que devo ir embora. Harry murmurou. Para uma primeira vez em sua casa já passei da hora.
Ela encarou-o com sarcasmo e Harry riu.
- Vou para casa cumprir penitencia. Ele prometeu. Quem sabe assim meus pecados sejam perdoados. Pode me dizer "boa noite" civilizadamente?
Era muito charmoso, mas precisaria muito mais do que um sorriso e um pedido de desculpas para acalmá-la.
- Boa noite. Ela se despediu lhe estendendo a mão.
Ele olhou o gesto e sorriu antes de pegar a delicada mão.
- Boa Noite Hermione.
Ergueu a fina mão ate os lábios e a beijou-a. Hermione sentiu o toque caloroso dos lábios em sua pele e uma indescritível sensação percorreu o seu corpo. Então ele se afastou para despedir-se de Laura e Jonah.
No dia seguinte, dois ramalhetes de flores chegaram. Um era endereçado a Laura com um cartão agradecendo pelo jantar e a noite agradável, assinado Harry Potter. O outro, era para Hermione.
Ela abriu o envelope e leu o cartão. Apenas o nome dele estava escrito. Concluiu que era um reforço ao pedido de desculpas.
- Se ele acha que já foi perdoado só por me mandar flores ele esta muito enganado, assim que o vir novamente vou dizer algumas verdades pra aquele... Bom ele vai ter a sua lição. Delirava enquanto olhava para um ponto em brando do cartão que recebera.
- Não são adoráveis? Laura comentou tirando Hermione de seus pensamentos. São as rosas e os cravos mais lindos que eu já vi. Exclamou cheirando-os assim que arranjou o ramalhete num vaso branco de porcelana. É um homem de estilo. Como foi a sua noite com ele?
- Isso importa? Hermione perguntou, colocando o cartão de volta no envelope. Seu buquê tinha rosas brancas e íris amarelas.
- Oh, não. Para mim pelo menos não. No entanto seu pai parece achar...
- O que esta havendo Laura? Perguntou Hermione preocupada. O que meu pai te contou?
- Sabe que ele não fala de negócios comigo. Porém, tenho certeza que há algo o aborrecendo e principalmente lhe deixando muito preocupado.
- O que ele disse? Hermione insistiu.
- Algumas poucas palavras. Contudo, sei que esta preocupado.
- Problemas financeiros? Arriscou-se Hermione.
Harry dissera isso, entretanto por que deveria acreditar nele? Seu pai sempre fora um homem bem sucedido. Não devia apenas ser uma coincidência. Tentava-se convencer Hermione.
- Quando perguntei qual era o problema, disse que o mercado estava em baixa, todavia as coisas iriam melhorar. A madrasta contou.
- Ele esta pensando em fazer algum investimento com o Sr. Potter? Perguntou insegura.
- Não sei, falou mais e uma vez que não podia perder o Sr. Potter e eu tinha que fazê-lo apreciar a noite sem dar nenhum fora. Por saber o quanto isso era importante para o seu pai tentei tudo o que pude, só não sei se adiantou.
- Você se saiu muito bem
- Você acha? Devo admitir que o Sr. Potter é um cavalheiro e que não me deu trabalho algum ser amável com ele apesar do nervosismo de conhecê-lo é claro. Foi muita gentileza nos mandar flores não acha?
- Não se engane pelas aparências Laura.
- Então você não gostou dele?
- Não muito. Mentiu Hermione. Papai falou algo sobre eu e...
- O que?!
- Nada, não era nada importante.
Claro que seu pai jamais a entregaria a Harry. Não deliberadamente. Devia achar que se ela e o "Sr. Potter" se acertassem os negócios seriam mais fáceis. Com certeza, não pediria a ela para se vender em troca de algum dinheiro.
- Como foi seu relacionamento com Harry? Jonah perguntou após o almoço.
- Tudo bem. Por quê?
- Nada. Pensei que fosse gostar de conhecer alguém da sua idade.
- Conheço gente da minha idade o tempo todo. Por que exatamente Harry Potter?
- Bom. É que... ele estava longe por algum tempo. É dono de uma grande firma e de vários outros investimentos por toda Londres e pelo resto do mundo. Assim que apareceu no mundo dos negócios criou um verdadeiro reboliço. Um garoto bem-sucedido.
- Você realmente não lembra dele papai?
- Como assim? Como já disse ele passou muitos anos fora dos holofotes e retornou de uma hora para outra como um grande investidor. Não posso ter conhecido ele antes.
- É tem razão papai. Devo ter me enganado. Mentiu Hermione. Mas mudando de assunto. Muitos garotos bem-sucedidos quebraram a cara rapidinho, não é? Hermione comentou.
- Muitos. Alguns jovens idiotas que assumem as companhias e não sabem administrá-las de maneira correta. Harry não é desse tipo. Trouxe novas idéias e expandiu sua companhia. Dinheiro e perspicácia são uma bela combinação.
- Um tanto de prepotência também eu diria.
- É inegável que ele sabe o que faz.
- Ele tem tanto dinheiro assim?
- Bilhões.
- Ele disse que você precisa de dinheiro é verdade?
Jonah a fitou na mesma hora.
- Quando ele comentou isso?
- Noite passada quando eu estava mostrando o Heaphy. Foi por isso que pediu para ser gentil com ele?
- É um ótimo contato, como os outros que estavam aqui.
- Um meio rápido de conseguir dinheiro?
- Isso não negócios Hermione. Jonah respondeu. Você não entenderia.
- Tente. Não sou burra papai. Me diga qual a importância desse homem para você?
- Preciso de um empréstimo e nada mais. Não é necessário que se preocupe.
- E acha que ele vai lhe emprestar esse dinheiro?
- Não sei. Bom... um empréstimo... é mais complicado do que você pode imaginar.
- Nós podemos hipotecar a casa.
- Não cobriria a minha divida.
- E se vendêssemos nossa casa de campo, e alguns outros imóveis que temos.
- Já disse que não adianta.
- Afinal quanto você esta devendo papai?
- Uns poucos milhões de dólares. Jonah disse dando uma enérgica gargalhada. Já disse para não se preocupar.
- Mas...
- Nada de, mas Hermione. Sempre dei um jeito quando as coisas ficavam difíceis e isso não vai mudar.
Hermione estava cansada, os problemas de seu pai não saiam de sua cabeça. E se as coisas fossem mais serias do que aparentavam? Será que Harry estava certo e seu pai estaria próximo da ruína total? Perguntas e mais perguntas sondavam sua cabeça enquanto ela subia lentamente as escadas em direção a seu quarto. A tarde estava quente e denunciava o iminente verão que despontava no horizonte. Porem tudo isso parecia alheio a ela agora, talvez em outra ocasião estivesse fazendo compras ou se divertindo com alguns amigos, mas no momento só uma pessoa habitava seus pensamentos Harry e suas insinuações. Um depois de chegar no quarto o telefone tocou.
- Hermione! Telefone para você. Anunciou Laura ao pé da escada. É Harry Potter. Vai atender ai no seu quarto?
- Vou sim. Obrigada Laura.
- De nada querida.
- Alô.
- Ola. Como vai?
- Ótima! Mentiu. E você?
- Muito bem também. Gostou das flores?
- São lindas. Obrigada pela gentileza. Hermione agradeceu.
- Fico feliz que tenha gostado. Já me perdoou?
- Claro. Ela replicou com a voz fria.
- Não parece que tenha me perdoado. Acho que esta apenas sendo educada.
- Não sabia que era um profundo conhecedor da alma humana Harry.
- Conheço o suficiente. Acredite.
- Mas talvez conheça apenas o que o seu mundinho permite não é mesmo?
- Sim, como todo ser humano. Mas pelo que vejo você esta longe de me perdoar.
- Já disse que já perdoei não? O que mais você quer? Um memorando por escrito?
Ele gargalhou.
- Não completamente. Deixe-me aperfeiçoar o pedido...
- Eu pensei que fosse por isso que as flores vieram. Interrompeu-o.
- No entanto acho que elas não conseguiram apagar a ma impressão, não foi? Queria jantar com você esta noite. É possível? Onde gostaria de ir?
- Com você? Em nenhum lugar.
- Você deveria aceitar ou um dia pode se arrepender.
- Isso é um convite ou uma intimação?
- Um convite é claro.
- O que te faz pensar que quero voltar a te ver? Acho que fui bem clara noite passada.
- Esta livre essa noite? Harry perguntou ignorando o comentário de Hermione.
- Você por acaso é surdo? Já disse que não quero sair com você.
- Já foi no Benedict's?
- Não. Mas...
- Ótimo! Vou reservar uma mesa. Ele insistiu. Passo ai as sete, ok?
Hermione queria dizer não, que não estava nada ok. Como ele podia ter a ousadia de convidá-la para jantar depois do que acontecera na noite anterior. Porem não chegou a conseguir pronunciar uma palavra sequer.
- Esta combinado. Harry disse desligando o telefone.
- Ufm! Suspirou Hermione olhando fixamente para o telefone em sua mão. Como fora se meter nessa confusão?
Ela estava nervosa, na verdade estava muito nervosa. Já fazia algum tempo que não saia com alguém, mas esse jantar em especial estava deixando seus nervos à flor da pele. Nenhum dos homens com quem já saíra no passado chegava à sombra de Harry e talvez isso a intimidasse ainda mais. Era como se as qualidades desejadas pelas mulheres nos homens estivessem reunidas em apenas um. E isso o tornava um perigo em potencial.
Hermione usava um vestido azul claro tomara que caia que ia ate a altura do joelho, como a noite estava um pouco fria optou para complementar o visual por um casaquinho quase transparente da mesma cor do vestido. Colocou o sapato mais alto que tinha no armário, lembrando que Harry tornara-se um homem muito alto e ela não pretendia parecer tão frágil perante a sua figura.
Quando deu 06h30min ela desceu para esperá-lo na sala. Ele chegou na hora e Hermione atendeu a porta. Laura e seu pai já haviam jantado e agora assistiam televisão.
- Boa noite! Disse Harry cordialmente enquanto fitava-a de cima a baixo.
- Boa Noite! Harry. Disse meio sem graça. "Ele esta deslumbrante" (usava uma calça social preta, uma blusa gola pólo e um casaco também preto que ia ate o joelho, ressaltando ainda mais a cor de seus olhos) pensou desconsolada. Se ao menos ele não parecesse tão encantador...
- Esta pronta?
- Sim. Deixe-me só avisar meus pais de que já estou de saída.
- Claro.
- Pai, Laura! Harry já chegou e estamos de saída ok?
- Hermione vai sair com Harry Potter. Laura comentou com um brilhante sorriso.
Observando o rosto de Jonah Hermione percebeu que ele ficara um pouco sem graça.
- Esta certo Harry. Mas não há traga muito tarde para casa.
- Não se preocupe. Estaremos de volta antes que o sino bata meia-noite. Disse rindo.
Jonah apenas se deu ao trabalho de assentir com a cabeça antes que ambos partissem.
Harry abriu a porta do carro e esperou Hermione ajeita-se no banco de passageiro. "Tem boas maneiras, nada mais" ela refletiu. "Dinheiro, boa aparência, poder". Tem todas as vantagens artificiais. Mas e quanto ao coração?
- Também o tenho. Apenas não deixo que os outros brinquem com ele.
Hermione se assustou ao ouvir Harry falando. Será que ele podia ler pensamentos?
- Você... Você leu...
- Não! Disse indignado. Acha mesmo que usaria de magia para isso?
Que tipo de homem acha que eu sou? Apenas li o que estava em seus olhos.
Ele sorriu antes de ligar o motor.
- Não sei que tipo de homem você é Harry. Por que você não me diz?
Falou após fita-lo durante um tempo.
- Acho que sou o tipo de homem que você mesma vai querer descobrir aos poucos.
- Eu não teria tanta certeza disso.
- Bom você pode não ter, mas eu tenho.
Hermione não pode deixar de sorrir para ele.
- Convencido! Existem muitas qualidades que eu procuro num homem. Talvez você não se encaixe em nenhuma delas, não acha?
- Então por que não me diz o que procura?
- Que diferença faria?
- Sou um homem curioso.
- Bem, acho que toda mulher procura por compaixão, carinho, compreensão, amor e senso de humor. E não sou exceção.
- Acredito que me encaixe perfeitamente na sua lista. Disse animado após algum tempo em que fingiu refletir sobre o assunto.
- Eu não teria tanta certeza.
- Então o que me falta?
- Não sei. Nem te conheço direito.
- Mas eu acho que pelo menos uma dessas qualidades eu deva ter.
- Você tem senso de humor...
- Mas...
- Mas de vez em quando ele não é muito agradável. Rir dos outros não é a mesma coisa que rir para os outros.
Após dizer isso um silencio incomodo pairou entre os dois. Ela se concentrou na paisagem. Grandes e velhas casas e prédios comerciais cercavam a Remuera Road. Contudo assim que Harry parou num sinal vermelho, observou-lhe o perfil.
"Talvez estivesse sendo muito dura com Harry". Não era de sua natureza julgar as pessoas, mas algo nele instigava um lado felino de sua personalidade e a tensão entre ambos às vezes aprecia ser ate palpável.
- O que esta fazendo? Ele perguntou percebendo que ela o observava.
- O que? Ela desviou o olhar.
- O olhar que me deu agora.
"Ah"! Mas ele não é nenhum um pouco cavalheiro mesmo, outro teria disfarçado e me polpado o constrangimento. Refletiu zangada.
- Estava pensando se você é capaz de rir de si mesmo.
- Acha que não?
- O sinal abriu. Ela avisou.
Harry voltou à atenção para a rodovia e o transito.
- Acha que não fui engraçado noite passada?
"A noite passada, você foi um abusado", ela pensou.
- Eu não estava pensando somente na noite passada. Estava pensando no geral, você era engraçado quando ainda estudávamos em Hogwarts.
- Então ainda se lembra?
- Certas coisas não esquecemos por mais que tentemos com todas as nossas forças.
- Você tentou me esquecer?
- Você também não tentou me esquecer? Replicou.
- É diferente.
- Isso depende do ponto de vista
- Responda. Pediu com emoção.
- Não só esquecer você. Também tudo o que me fazia sofrer.
- eu te fiz sofrer tanto assim?
- acho que nem tanto você, mas sim as circunstancias em que tivemos que viver.
- As coisas fugiram do nosso controle. Responder resignado.
- era inevitável que isso acontecesse.
- por quê?
- estávamos cansados de ter que lutar. Principalmente você. Tudo dependia de você, não é mesmo? No começo confesso que achava divertido toda aquela aventura. Mas no final, depois de tantas mortes nada mais parecia valer a pena e de um mundo colorido tudo passou a ser só preto e branco.
Harry não fez nenhum comentário, apenas olhava para a estrada. Ele parecia perdido em seus pensamentos. Talvez concordasse com ela, pelo menos era isso que seu rosto demonstrava. Mas as lembranças ainda deviam doer e por isso ela decidiu não insistir no assunto.
- Mas e então você não me respondeu. Você consegue? Perguntou de repente.
- O que?
- Rir de si mesmo ora.
- Bem, talvez descubra com o tempo.
Isso queria dizer que ainda iriam encontrar-se outras vezes. Cruzaram o shopping, passaram por uma colina de lojas em estilo colonial e a praça de alimentação. Harry não falou mais nada ate chegaram ao restaurante, que ficava perto do porto.
Era um restaurante novo, aberto debaixo de muita publicidade. Diziam que era o melhor gourmet da cidade.
O restaurante estava lotado. Porem a mesa deles estava localizada no andar de cima onde havia um enorme salão, decorado com quadros e tapetes antigos, as paredes eram salmão claro, em enorme lustre dourado pendia do teto e dava ao lugar um ar clássico e antigo, uma enorme janela de vidro com vista para o porto, e apenas uma mesa decorada com velas e um suntuoso vaso de flores ocupava aquele salão.
Hermione nunca imaginara que um restaurante pudesse oferecer tanto luxo.
- Nós vamos jantar sozinhos?
- Algum problema?
- Claro que não. Mas acho que deve ser bem caro alugar esse salão só pra gente.
- Não se preocupe.
- Tudo bem, se você diz.
- Exatamente, vamos aproveitar a noite.
Depois de escolherem o que iriam comer e o vinho que beberiam ambos ficaram observando a água do porto que refletia as luzes da cidade.
- Já esteve aqui antes? Ela perguntou.
- Sim. A comida e o serviço são bons.
- Conhece o dono?
- Vamos dizer que somos bem íntimos.
- Mesmo? É um amigo seu?
- Na verdade eu sou o dono.
Hermione levara um susto enorme com aquela declaração. Não estava preparada para tal noticia. Será que Harry não pararia de surpreendê-la nunca? Ele realmente era um homem experiente. Dez anos é muito tempo na vida de uma pessoa apesar de não significar nada em historia sua. Muitas coisas podem mudar e principalmente as pessoas.
- Não sabia que investia em restaurantes. Declarou tentando conter a surpresa na voz.
- É um negocio muito bom. Quando bem administrado.
- Suponho que sim. A vista daqui de cima é admirável. Disse mudando de assunto.
- É. Você esta maravilhosa esta noite. Disse a mim mesmo o dia todo que você não poderia ser tão bonita quanto eu me lembrava.
- Eu...Obrigada. Mas você é um bom mentiroso, sabia?
- mentiroso?
- claro. Desde quando você me achava bonita nos tempos de Hogwarts, hein? Perguntou rindo da cara de espanto.
- você não sabia?
- eu não. Como podia adivinhar. Pensei que fosse só a amiguinha dentuça de cabelo cheio e que era insuportável quando queria que alguma regra fosse cumprida.
- não sabia que você pensava isso. Sempre te achei bonita. Sua beleza era muito singular. E sempre foi uma ótima amiga. Porém devo admitir....
- que nunca me viu como uma mulher, não é mesmo?
- errado. Apenas nunca havia notado como seus olhos são belos Hermione. E ficam ainda mais bonitos com os reflexos da lua na água. Harry comentou.
Instintivamente, ela olhou para o porto e voltou a fita-lo.
Hermione deu uma breve risada.
- O que é engraçado?
- Você se tornou tão galanteador. Um perigo para moças inocentes. Disse enquanto tirava uma mecha de cabelo que caiu na sua face.
- Só para uma minha cara. Disse incisivo.
- É mesmo, as outras caem facilmente na sua conversa?
- Sabe que eu nunca tinha pensado nisso. Mas acho o desafio instiga o homem a quer sempre mais e é daí que surge o verdadeiro prazer da conquista.
- É a perfeita descrição. O proibido parece sempre melhor.
- Proibido? Que palavra mais ultrapassada. Nós vivemos em um mundo diferente hoje. O proibido existe apenas na cabeça das pessoas retrogradas. Prefiro o conceito de certo e errado.
- Então não acredita em limites?
- Claro que acredito em limites, eles são necessários para se manter a ordem. No entanto cada individuo é livre. A proibição anula essa condição.
- Bom argumento.
- Mas me fale sobre você. Pediu Harry.
- Tudo?
Ela levantou a cabeça, normalmente não ficava nervosa ou envergonhada. Ele era apenas um homem como outro qualquer. Bem talvez não apenas como outro qualquer. Ele era sofisticado, bonito e seguro de si, mas ainda assim apenas um homem.
- Você fez faculdade depois que saiu de Hogwarts?
- Fiz sim.
- Em Harvard, certo?
- Como acertou?
Harry riu.
- Não é muito difícil.
Hermione teve que admitir que não. Em Hogwarts já havia comentado algo sobre cursar uma faculdade trouxa depois que terminasse os estudos. E seu sonho sempre foi ir para Harvard, caso isso fosse possível.
- Tive a oportunidade de morar nos Estados Unidos alguns anos enquanto concluía meu curso.
- Jornalismo não é mesmo?
- Sou tão previsível assim?
- E então saiu pelo mundo aprofundando seus conhecimentos e conhecendo os mais esplendidos e exóticos lugares que a Europa pode oferecer.
- Desisto. Você lê mentes.
- Ou então realmente prestava atenção no que você dizia quando éramos jovens.
- Não. Fico com a primeira opção. Disse brincando.
- É mesmo? Você não vai gostar se eu disser que sabia, não é mesmo?
- Provavelmente não. Respondeu fingindo indignação.
- Você viajou sozinha?
- Durante certa parte da viagem sim, porém acabei fazendo alguns amigos e terminamos nossa excursão juntos?
- Foi um grupo de ambos os sexos?
- Sim.
- Nenhum especial para você?
- Fizemos um pacto. Nada de envolvimentos amorosos. Hermione falava tranquilamente, agora que a tensão entre ambos parecia ter sumido.
- Onde foram?
Hermione estava em terra firme. Falou sobre suas viagens ate a hora em que a comida chegou e então perguntou se ele viajara muito.
- Ah! Viajei muito nos primeiros cinco anos. Depois estabeleci moradia em uma ilha do pacifico e minhas viagens passaram a ser apenas nas regiões periféricas desse meu pequeno paraíso. Todavia de uns dois anos para cá minha louca rotina recomeçou.
- e fez universidade?
- fiz. Mas é um pouco diferente. Tinha preceptores que me acompanhavam em algumas viagens e uma vez por mês fazia as provas. Acabei terminando mais rápido do que se estivesse cursando uma faculdade normal.
- que curso você fez?
- bom ai a historia se complica. Acho que nunca me imaginei cursando uma escola trouxa. No começo fiz Direito, mas quando faltavam três períodos para terminar passei a me interessar por economia, já que tinha que dirigir melhor meus negócios, então fiz as duas faculdades, no entanto nunca cheguei a usar meu diploma de advogado.
Isso era interessante e Hermione encheu-o de perguntas, enquanto terminavam o jantar. E descobriu que Harry era capaz de rir de si mesmo, pelo menos dos anos em que passara nessa ilha, das viagens e tantos outros momentos que marcaram a sua juventude.
- Parece que foram bons tempos esses. Hermione comentou.
- De certa forma. Acredito que tenham sido os melhores de toda a minha vida.
- Então valeu a pena. Deixar tudo para trás.
- Talvez, contudo...
- Contudo?
- Deixa pra lá, um dia quem sabe.
- Você é quem sabe, mas me diz por que decidiu voltar para os holofotes? Pensei que detestava a fama.
- De certa forma detesto. Mas às vezes ela abre certas portas. Me manti afastado o máximo que pude. Mas fracassei completamente como pode ver.
- Nem tanto. Eu nunca mais tinha tido noticias suas.
- Você trabalha em um jornal e não tem noticias minhas?
- Acho que bloqueei minha mente para esse fato. Você pediu para não te procurar e foi isso que eu fiz. Apenas respeitei sua decisão.
- Entendo.
- Você ainda é um grande jogador de Quadribol?
- Às vezes me arrisco em algumas partidas. Nada comparado ao velho Potter ou ao Rony é claro.
- Rony se tornou um grande jogador.
- ele agora é Ministro dos Esportes Mágicos. Fui a uma festa em sua homenagem semana passada. Agora ele tem ate uma galeria sobre a sua fantástica trajetória no mundo dos esportes.
- assim como você eu suponho.
- bem. É verdade, mas nunca visitei essa galeria. Para mim é pura perda de tempo. Nunca gostei de ser herói e muito menos gosto da idéia de ser honrado quando tudo veio proveio da morte de tantos.
- Quer dizer que ainda freqüenta assiduamente o mundo bruxo? Perguntou de repente.
- Tenho vários negócios lá. Consequentemente...
- Não deixou sua magia de lado como eu.
- Exatamente. Mas confesso que a uso bem menos.
- Bons tempos aqueles em que éramos livres.
- Livres?
- Para sermos nós mesmos.
- E você acha que deixamos de ser nós mesmos?
- Eu pelo menos sim, já que escondo algo do qual me orgulho muito.
- Por que não volta?
- Porque fugir é bem mais fácil. Como você deve saber. Alfinetou Hermione.
- Depende do que fugimos.
- Não, nos tornamos covardes a partir do momento em que não enfrentamos a realidade de frente.
- Qual a sua realidade?
- Eu sou uma bruxa, que tem muito medo.
- De que?
- De voltar e encontrar apenas cinzas de onde antes fui feliz.
- O povo bruxo vive em paz agora.
- Mas meu coração não viveria.
- Por que me afastei?
- Não. Por que eu me afastei.
- Acho que minha historia não é muito diferente da sua. Já que também fui covarde.
- Ainda é muito famoso por lá? Perguntou Mione tentando mudar de assunto.
- Ah! Sim a cada dia surge uma teoria nova sobre as minhas façanhas e a minha disputada vida amorosa.
- Disputada vida amorosa?
- É acho que devo ter uma noiva para cada canto de Londres que me viro.
- Certas coisas nunca mudam.
- E outras já mudaram. Disse Harry tocando na delicada mão de Hermione. Ela sentiu um friozinho na barriga, como se Harry estivesse ameaçando-a de alguma maneira.
A sobremesa chegou e Hermione ficou grata pela interrupção.
- O que faz diariamente? Harry quis saber.
- Trabalho no Jornal de manha, de tarde faço faculdade de relações internacionais e a noite administração de empresa.
Ele não pareceu nenhum pouco impressionado.
- Sei. E há quanto tempo vem fazendo isso?
- Trabalho no Jornal há dois anos e estou no ultimo semestre da faculdade tanto de relações quanto de administração.
- Sempre estudiosa. Variadas áreas de atuação. Interessante.
- Gosto de variar. As coisas ficam chatas quando entram na rotina.
- Não há homens em sua vida?
- Se tivesse, não estaria aqui com você?
- Faz do tipo fiel? Ele zombou, como se esse tipo não existisse.
- Se eu amasse um homem, seria fiel a ele.
- E já amou?
- Eu...
- É uma simples questão, mas se não quiser responder.
Não era uma simples questão. Envolvia sentimentos nos quais às vezes ela se sentia confusa e perdida. Tudo o que desejava era que quando o verdadeiro amor aparecesse, o reconhecesse.
- É uma questão muito pessoal. Disse depois de algum tempo.
- Esqueça. Talvez um dia eu descubra a resposta.
Harry deu um belo sorriso. Hermione respirou fundo e estava pronta para retrucar, contudo era isso o que ele queria. E, então bancaria a inocente e desentendida. Não daria esse gostinho a ele. E muito menos ficaria discutindo.
- A comida estava maravilhosa. Obrigada. Disse com polidez.
- De nada, fiquei feliz com a sua companhia. À noite esta agradável. Vamos dar uma volta pelo porto?
- Tudo bem. Mas bem rápida.
Eles caminharam lentamente. Depois de um tempo pararam e encostaram-se à mureta, olhando a água e os coloridos reflexos das luzes. Hermione apoiou-se na mureta.
Harry encostou as costas na mureta, inclinando-se de modo a fitar a face da morena.
- O que seu pai disse, quando você contou que ia sair comigo?
- Nada
- Nada? Tem certeza?
- Esta me chamando de mentirosa? Perguntou irritada.
Harry seu uma breve risada.
- A menina boazinha sumiu?
Hermione afastou-se da mureta e deu um passo para trás.
- Pensei que tivesse admitido que estivesse errado quanto a isso.
- Sobre você. Ele corrigiu. E seu pai não é um idiota. Você tem um rosto bonito Hermione. Qualquer um ficaria apaixonado por você. Entende?
- Devo ficar lisonjeada?
- Não precisa.
- então, não estou entendendo. Acha mesmo que meu pai me usaria como um objeto?
- não sei. Usaria?
- pare de insinuar e diga logo o que pensa. Você acha que ele seria tão canalha assim?
- o desespero corrompe as pessoas. A situação dele não é das melhores.
- no entanto isso não significa que ele me venderia para o primeiro que aparecesse.
- você esta se iludindo.
- ele é meu pai. Logo se vê que você não tem coração. Que tipo de mostro você acha que ele é.
- você não conhece o mundo como ele realmente é Hermione.
- talvez não, mas tem uma coisa que eu sei...
- e o que seria? Interrompeu-a.
- que meu pai me criou muito bem. E eu acho que ninguém que seja tão ruim assim pode dar amor ou ensinar a filha o que é certo ou errado. Talvez eu não tenha tanta experiência de mundo quanto você, mas eu estou aprendendo a cada dia e o que eu sei ate hoje em grande parte foi ensinado por meu pai.
- já ouviu o ditado faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço? Encaixa-se perfeitamente na situação.
- ah! Pelo amor de Deus, você é um...
- acho melhor não continuarmos essa conversa. Interrompeu-a Harry
- precisamente.
Hermione não sabia onde ele queria chegar, mas começava a se arrepender de ter vindo a esse jantar.
- Estou com frio. Disparou tentando encerrar aquela conversa.
- Claro. Ele respondeu embora perecesse não acreditar. Vamos voltar para o carro.
Harry a levou para casa em silencio. Quando chegaram, desceu para abrir a porta do carro, mas Hermione já tinha descido.
- Obrigada. Agradeceu Hermione. A comida estava deliciosa.
- Não vai me convidar para entrar?
- Preciso dormir cedo. Estou um pouco cansada.
- Não esta acostumada às noitadas?
Harry fitava-a com curiosidade.
- Não passo a minha vida em festas se é isso o que quer dizer.
- E amanha a tarde estará livre? É domingo você não precisa estudar.
- Não precisa me oferecer mais nada. O jantar foi o suficiente. Esta perdoado se é isso que te incomoda. Falou indiferente.
- Isso significa que não quer mais me ver?
Por que ele insistia nisso? Hermione ergueu os ombros sem dizer nada.
- Bancando a difícil? Harry zombou.
- Se você ainda acha que eu sou esse tipo de mulher que...
- Já disse que não é isso.
- Jeito estranho você tem de demonstrar. Primeiro ofende o meu pai...
- Isso não tem nada a ver com o seu pai. É entre você e eu.
- Do que esta falando? Ela perguntou atônita.
- Disso. Ele falou, abraçando-a e dando-lhe um beijo antes que Hermione pudesse ter alguma reação.
Os lábios dele eram quentes e firmes. Hermione apoiou as mãos no peito musculoso, empurrando-o. Sua respiração estava acelerada.
- Era disso que eu estava falando. Ele declarou. Pare de fingir, Hermione. Vamos ser honestos um com o outro.
N/A: As coisas estão começando a esquentar entre o Harry e a Mione. E pra quem pensa que esse beijo significou algo mais e eles já vão se acertar. Bom é melhor pensar de novo (hehehe...blinks). Muitas brigas ainda vão rolar entre esses dois.
Ficarei muito feliz em ouvir a opinião de vocês caso não gostem de alguma coisa. Por isso muito obrigado aos leitores que usam um pouco do seu tempo lendo minha fic. E por favor continuem postando.
Bjs para todos...
Ana Jully Potter.
Gostaria de agradecer as reviews de:
Kirina-Li Primeiríssima Review!!! Valeu mesmo!!! Serio que você gostou do Harry cínico? Confesso que estou mais aliviada. No começo achei que ninguém iria gostar desse novo Harry, mas a sua review me deixou inspirada para continuar. E você tem razão ele parece bem mais atraente, sei lá acho que os bad boys têm um "Q" a mais. Li o seu perfil e adoro Sailor Moon também, se bem que andei traindo ela com Inuyasha ultimamente (hehehe). Também vi que você não gosta muito do "Sr.cicatriz", as vezes nem eu gosto, mas sei lá, acho que tenho uma quedinha por heróis. Espero que essa fic continue interessante e que você possa continuar lendo e me dando a sua opinião. Muito Obrigada (pelo amor de Deus, como eu falo). E ate a próxima! Bjs!!
Mione-Potter-loveMuito obrigada pela review! Eu adorei o seu comentário. Acho que todo autor fica muito feliz quando tem seu trabalho elogiado. Estou super feliz por você ter gostado (apesar dos erros de português é claro). Não se preocupe acho que não vou atrasar nenhum capitulo (mas caso isso aconteça, sorry, sorry, sorry). Não pude dizer mais muita coisa por que não vi nada no seu perfil. Mas sua Review também serviu de inspiração para que eu terminasse logo esse capitulo 02. Bjs!!! Ate a próxima!!! Continue dando sua opinião!!!
P/S: gostaria de agradecer tambe3m a minha Beta (na verdade a minha irmã) que eu obrigo a ler esses textos e adaptar alguns trechos. Ela também me ajuda a fazer vários capítulos e a outra fic que eu tenho aqui nesse site é feita por nos duas (olha a propaganda!!!). Por isso valeu mesmo. Bjinhos.
