Title: Ódio ou Amor?
Author name: Ana Jully Granger
Category: Drama/ Romance
Shippers: Harry e Hermione

Disclaimer: Harry Potter infelizmente não é meu, se fosse eu seria rica e provavelmente não estaria escrevendo esta fic e sim o sexto livro da serie e já contando os milhões que ganharia com ele... Ai mais chega de besteira e vamos logo pro que interessa.

Sinopse do capitulo: nossa ele desapereceu simplesmente nao o vi mais sera que para ele a vida nao passa de um jogo? Nao quero pensar mais sobre isso o unico jeito é continuar vivendo... foi ilusao achar que poderia significar alguma coisa para ele...

Capitulo 05

Dias sem fim

Nos dias que se seguiram Harry não voltou a contactar Hermione, parecia que os dias que eles haviam passado nada tinha significado para o rapaz.
"E provavelmente não significou mesmo". Pensou um pouco desolada. "Burra e o que você pensou que ele gostava de você?" É mais ingênua do que se pode imaginar ele provavelmente só queria se divertir as suas custas.
- E conseguiu. Balbuciou em um tom quase inaudível.
Já fazia mais de uma semana que ela nem ao menos tinha noticias de Harry, parecia que ele havia desaparecido mais uma vez da face da terra.
As coisas acabaram entrando na rotina novamente. Os dias passavam e cada vez mais ela sentia falta daquele "Grande Idiota" pensou para si mesma.
Por que ele tinha que voltar para a sua vida? Ela já havia se acostumado a viver longe daquilo tudo. Havia se acostumado a viver longe dele. E isso sim havia sido a parte mais de difícil de enfrentar nesses últimos anos. Não que ela fosse apaixonada por ele na escola. Não isso definitivamente ela não era (continue pensando assim... Quem sabe você realmente se engana! Hehehe), mas foi um golpe muito duro toda aquela indiferença e frieza que ele a tratou antes de desaparecer de sua vida. Agora dez anos depois ele volta tentando tirar a paz que ela tanto havia lutado para conseguir.
- E conseguiu gloriosamente. Disse sarcasticamente para si mesma lembrando das brigas que ambos sempre travavam.
Estava uma bela manha naquele dia. O sol brilhava alto no céu, uma brisa fresca sobrava em seu rosto e balançava seus longos cabelos enquanto ela parava no meio da calçada para olhar para as nuvens do azul infinito. Automaticamente levou a mão aos olhos tentando se proteger dos intensos raios solares. Ate mesmo o maldito sol fazia ela se lembrar daquele beijo. Mas afinal o que tem o sol a ver com o beijo? Simples o calor dos lábios e do corpo de Harry com certeza se comparavam aos raios de sol que ardiam nos seus olhos à única diferença era que a presença de Harry ardia em seu corpo.
Caminhou lentamente pelas ruas da movimentada Londres, os carros aos poucos tomavam as ruas e causavam congestionamentos quilométricos. Todos queriam estar com as suas famílias no horário de almoço. Ela no entanto...
- Marc cheguei! Anunciou ao entrar na loja.
- Ola doçura como foi seu dia? Perguntou com carinho.
- Doçura? Perguntou desconfiada.
- Não gostou? Indagou interessado
- Não é isso você só se torna mais carinhoso quando quer alguma coisa.
- Nossa que mulher mais desconfiada eu nem posso agradar a pessoa mais importante da minha vida?
- Agora sim eu to preocupada o que é que você quer?
- Te pedir dois favorzinhos. Disse com cara de inocente.
- Sei. O que é?
- Bom primeiro eu queria saber se você pode me ajudar aqui na loja por uns tempos. Eu tive que demitir dois vendedores ontem e to sem pessoal.
- Mas eu ainda to em aula. E no trabalho eu ainda não tive feria vai ser um pouco difícil.
- Eu sei, mas eu prometo que não vai ser por mais que dias. E vai ser só no período da tarde. Alem do mais na faculdade de relações internacionais você só vai pra dizer que não falta a aula porque eu sei que você já terminou de preencher a grade de notas há muito tempo.
- Ta bom, ta bom. Eu te ajudo. Mas só por alguns dias mesmo viu mocinho?
- Isso é ótimo. Disse beijando-lhe o rosto.
- E o segundo pedido?
- Quero saber se você não quer sair pra jantar no Montreal?
- O que? Ta maluco. Nos não podemos papai não ira gostar disso. E você sabe o quanto de gente conhecida sempre janta lá.
- Você sabe muito bem que não ligo para o Jonah quer.
- Não fale assim ele...
- Tudo bem. Suspirou interrompendo-a. E então?
- Exatamente para que seria esse jantar?
- Mera casualidade. Um encontro entre dois bons amigos.
- Mas nos somos mais que bom amigos nos somos...
- Eu sei, mas as pessoas não sabem disso. E ele ainda não quer que elas saibam não é mesmo? Prefere manter tudo em segredo. É por isso que nos nunca podemos aparecer juntos em lugares muito frequentados como o Montreal.
É só o jeito dele. Você vai ver tudo vai dar certo.
Ás vezes eu acho que você é o único pontinho de luz que existe em toda essa escuridão que a minha vida.
- Não fale assim. Eu te proíbo. Você tem que ter fé.
- Não sou tão otimista quanto você.
- Pois então deixe que eu serei por nos dois.
- Eu sei disso e é por isso que eu ainda acredito no futuro.
- Esta combinado então. Disse abraçando-o para lhe dar forças.
- O que?
- O jantar oras. Quando vai ser?
- Que tal sexta a noite?
- Perfeito. Vai me pegar lá em casa?
- Acho melhor irmos directo da loja.
- Não quer vê-lo não é mesmo?
- Ele quer me ver?
- Sabe que sim.
- Acho que não. Mas vamos mudar de assunto. Já almoçou?
- Ainda não. Estou faminta.
- Hehehe. Ah, não brinca! Vou pedir a comida.
- Bobo!

Ela corria pela rua em direção ao ponto de ônibus o caixa da loja havia demorado mais para ser fechado do que ela tinha imaginado e se não corresse logo para casa não iria conseguir chegar a tempo para tomar banho e ir pra faculdade de administração Fazer tantas coisas ao mesmo tempo sem nem ao menos ter um vira tempo para o auxilio podia ser bem estressante.
Estava ofegante quando conseguiu alcançar ônibus que já estava de partida. Levou instintivamente a mão ao peito tentando controlar a respiração. Exercícios definitivamente não eram com ela. Pensava enquanto se sentava em um dos bancos e olhava a noite que já começava a cair através do vidro da janela.
- Esse tipo de coisa combina mais com ele. Murmurou. Lembrando dos jogos de Quadribol do tempo em que eles ainda estudavam em Hogwarts.
- Como? Perguntou uma voz de alguém que acabava de sentar ao seu lado
- Oh! Desculpe eu só estava falando comigo mesma. Disse dando um carismático sorriso a senhora que acabara sentar ao seu lado.
É muito bom colocarmos os pensamentos em ordem, e para isso não há nada melhor como o céu para nos acalmar. Disse olhando-a com interesse.
- Concordo. O céu exerce um fascínio sobre mim que às vezes nem mesmo eu consigo explicar.
- Isso porque ele tem uma magia única. Você acredita em magia minha querida?
- Mais do que a senhora possa imaginar. Disse observando-a de canto de olho.
- Você gostaria de saber a sorte minha criança? Perguntou com os olhos brilhando. Eu vejo que você esta preocupada com alguma coisa. Quem sabe essa velha senhora não possa te ajudar?
- Desculpe, mas eu não acredito muito nessas coisas. Acho que não seria justo nos termos o nosso destino escrito sem nem ao menos termos o direito de escolher o melhor caminho pra trilharmos. A senhora me entende?
- Entendo. Mas a verdade é que você tem medo de se ver excluída novamente da vida de alguém não é mesmo querida?
Hermione levou um enorme susto com as palavras da gentil senhora que estava sentada ao seu lado. Como ela poderia saber? Logo o susto deu lugar a um imenso fascínio, enquanto mirava fixamente à senhora.
- Me de sua mão. Pediu gentilmente a senhora.
Hermione há estendeu um pouco hesitante. A senhora, no entanto apenas pegou na delicada mão da menina e passou gentilmente o dedo pela palma da mão de Hermione como se estivesse lendo com os dedos as linhas e cada traço da mão da menina.
- Vejo um grande potencial em você minha querida.
"As videntes sempre dizem isso para aqueles que querem enganar" pensou com um sorriso debochado nos lábios lembrando-se da sua antiga professora de adivinhação Sibila. Porem esse sumiu completamente dos seus lábios quando a mulher continuou.
- Você deixou muito para trás. Parte de si mesma eu diria e com o tempo todo esse potencial vai se perder se não for trabalhado.
- Eu sei. Mas não há muito que eu possa fazer. Disse dando uma gargalhada nervosa.
- Você esta enganada. Há sempre uma escolha. Eu posso te dizer o que eu vejo para um possível futuro, mas não posso dizer o que vai acontecer caso você tome outras decisões. Cada futuro é feito pelas decisões que você toma agora no presente. Basta uma decisão diferente e tudo o que eu vejo não servira mais para nada.
- Nos fazemos nosso próprio destino não é mesmo?
- Exatamente. Mas eu devo lhe avisar que é muito difícil mudar o futuro apenas os fortes são capazes de fazê-lo.
- E o que mais você vê? Perguntou com interesse.
- Vejo você sendo perseguida por um homem de cabelos negros. É ele quem te completa, mas no destino de vocês existe muito sofrimento. Vários espinhos vão atravessar seu coração antes que você possa ser feliz. A mulher deixou uma fina lagrima cair pelo canto de seu olho enquanto levantava a vista da mão de Hermione e a encarava docemente. Você vai ter que ser forte minha querida. O que o destino lhe reserva não vai ser nada fácil. Apenas não desista.
- Quem é esse homem? Eu o conheço ou é um estranho? Perguntou apesar de intimamente já saber a resposta.
- Há pessoas que agente encontra nos sonhos. Pessoas que são estranhas sem serem desconhecidas. Esse homem é um conhecido seu, mas ao mesmo tempo é completamente estranho e é isso o que vai te fazer sofrer.
- Não o conhecer?
- Esperar que ele seja como era antes. As pessoas mudam. Cabe a nos aceita-las e derreter aos poucos o gelo que se instalou em seu coração. Esse homem já sofreu demais e vai te fazer sofrer também. Essa sombra que eu vejo nos seus olhos é outra coisa. Agora cabe a você escolher que caminho tomar.
- Você não pode me dizer algo mais interessante? Perguntou Hermione com um sorriso irónico. Aquela conversa já estava começando a afetar.
- Há algo mais interessante do que os segredos do coração?
- Eu não sei do que você esta falando. Eu não conheço moreno nenhum. Mentiu (descaradamente). E puxou sua mão abruptamente.
A mulher a olhou com carinhosamente para a expressão nervosa de Hermione.
- Pronto! Agora eu afastei esse tal de homem com cabelos negros da minha vida. Completou esfregando nervosamente uma mão na outra.
- Não minha criança. Não afastou. Você pode fugir por algum tempo, mas o destino sempre vem atrás de você. Foi assim que você o reencontrou não é mesmo?
- Eu... Eu... Não sei do que você esta falando. Disse levantando-se bruscamente e fazendo sinal para o ônibus parar.
Antes que ela se afasta-se mais a senhora pegou gentilmente seu pulso e a encarou nos olhos.
- Você não vai poder fugir para sempre. Eu sei que você já sofreu. Mas o melhor agora é enfrentar o futuro. Você não deveria ir atrás desse homem. Mas eu sei que você ira. Disse gentilmente. A propósito minha criança, sua magia é muito forte use-a para te guiar no momento em que você vir apenas escuridão. Suscitou.

Hermione voltou-se com nervosismo para a saída do ônibus. As palavras da mulher martelando em sua cabeça.
"Você não deveria ir atrás desse homem. Mas eu sei que você ira".
Eu jamais iria atrás de um presunçoso como aquele.
"Vários espinhos vão atravessar seu coração antes que você possa ser feliz."
Mas isso também significa que eu vou ser feliz não é mesmo?
"Tudo depende das suas escolhas"
E como eu posso saber que escolha certa a tomar?

Quem passou pela vida em branca nuvem
E em plácido repouso adormeceu...
Quem não sentiu o frio da desgraça.
Quem passou pela vida e não sofreu...
Foi espectro de homem, não foi homem,
Só passou pela vida, não viveu...
(Francisco Otaviano)

Hermione nem ao menos conseguiu ir à aula naquele dia e ao chegar em casa trancou-se no seu quarto e só reapareceu no dia seguinte porque realmente tinha que acabar uma matéria no jornal e ajudar Marc na loja. Ela tinha vontade de sumir. Esquecer todos os problemas que a rodeavam e ser feliz. Mas isso seria impossível enquanto a sombra de Harry pairasse sobre a sua cabeça ou pior pairasse sobre seu coração.
- Eu sou uma completa estúpida mesmo... Riu gostosamente.
Depois de se arrumar desceu para o café da manha que Laura já havia preparado a algumas horas. Ela sempre era a ultima a ir dormir e a primeira a levantar e colocar tudo em ordem.
- Bom dia! Cumprimentou a menina assim que desceu as escadas e viu Laura saindo da cozinha.
- Boa dia querida! Dormiu bem?
- Ah! Sim claro. Muito bem. Mentiu (isso já ta virando costume)
- Fiquei preocupada. Ontem você não foi para a faculdade. Esta se sentindo bem?
- Estou sim. Só estava muito cansada ontem (que desculpa mais esfarrapada)
- Eu não sei como você aguenta essa sua carga horária isso sim. Eu provavelmente já teria enlouquecido.
- Não é tão difícil depois que você se acostuma. E papai já acordou?
- Hoje ele madrugou e foi direto para o escritório no centro da cidade. Acho que só vem para o jantar. E você vem almoçar?
- Infelizmente não. Prometi dar uma ajudinha para o Marc e vou almoçar essa semana lá na loja dele.
- E como ele esta?
- Bem, ou melhor, ele esta levando as coisas. Você sabe que ele não aceita as decisões do papai. Ele queria dizer tudo logo de uma vez e parar com esses segredinhos.
- Seria o melhor, mas nunca vi um homem mais cabeça dura como seu pai.
- Bom não adianta nos discutirmos isso agora. Eu tenho que ir ou minha editora vai me matar.
- Não vai tomar café?
- Tomo no caminho. Disse pegando uma torrada e saindo correndo em direção a porta de entrada. Tchau!
- Ate mais tarde.
- Ah! Se me ligarem fale que...que...que eu sai da cidade e que você não tem nem ideia de quando eu vou voltar.
- Nossa por que tudo isso?
- Apenas faça o que estou pedindo. Não quero falar com certas pessoas.
- Tudo bem então.
"Como se ele fosse me ligar" pensou com o semblante magoado.

- Você esta atrasada Hermione. Dizia uma voz irritada que estava sentada atrás de uma enorme mesa de mogno preta em uma suntuosa sala de escritório que ficava no ultimo andar de um antigo prédio.
- Desculpe Lhaila, mas eu não consegui pegar o primeiro ônibus que vinha para ca.
- Não me interessa. Eu quero produtividade e não desculpas.
- Falta pouco pra mim fechar aquele bloco de matérias. Hoje mesmo eu te entrego.
- Acho bom mesmo. Não é porque que você é considerada a melhor desse setor que vai levar vantagem em cima dos outros. Alem do mais suas matéria de uns tempos para ca tem caído muito de qualidade.
- Desculpe! Mas isso não é verdade. Elas continuam as mesmas. Eu jamais entregaria um trabalho que não valesse a pena.
- Pois para mim você perdeu parte da sua essência. Eu quero algo grande. E ultimamente você só tem em trazido casos insignificantes. Desse jeito não tem condição.
- O que você quer? Fofocas desprezíveis sobre a vida de celebridades?
- Claro que sim. Barraco vende minha querida, quanto mais sujo o passado mais interessante se torna o presente. É isso o que o leitor quer saber, todos os podres de seus tão "intocáveis" e supostamente "perfeitos" ídolos.
- Pensei que nossa função fosse passar informação.
- Não minha querida essa é a versão infantil do jornalismo. Nos vivemos em um mundo selvagem. Dominado pela ganância e cobiça as coisas do próximo e saber que aqueles tem mais do que a gente também pode ter a vida transformada em lixo nos torna mais humanos.
- Você quer dizer mais doentes não é mesmo?
- Interprete como quiser. Apenas me traga uma grande historia. Ou isso ou rua.
- Sendo gentil desse jeito não tem como eu não entender.
- Não me interessa o que você acha. Apenas faça. Agora volte para a sua mesa e comece a trabalhar.
- Com licença pediu se retirando da sala da sua editora chefe.

Ela odiava o modo como a sua chefe brincava com a vida das pessoas. Tudo para ela era motivo para escândalo. Ninguém tinha o direito a vida provada se tivesse uma historia triste e interessante para se contar aos leitores. Exploração selvagem dos problemas alheios era o que melhor definia o que o jornal fazia agora. O sensacionalismo barato valia a pena. Esse era o lema de sua editora o que não gera escândalo não promove lucro e nos (jornalistas) temos o dever de sugar ate a ultima gota de informação possível para assim criar um verdadeiro caos sensacionalistico.
- E ai a chefinha ta brava? Ela tava bufando e destilando veneno para todos os lados antes de você chegar. Comentou um rapaz alto de cabelos loiros e intensos olhos azul acinzentado que acabara de sentar na beira da mesa de Hermione.
Ela nem ao menos levantou os olhos para encarar o jovem que a observava discontraidamente.
- O de sempre Paul. Disse Hermione dando de ombros e finalmente levantando a cabeça para encará-lo. Ela só quer mais produtividade da minha parte.
- E isso porque você é quem produz a maioria das matérias que são editadas. Acho que ela acabou se acostumando a te explorar. Ninguém aqui trabalha tanto quanto voce. Por que você atura tudo isso?
É meu trabalho.
- Você é muito profissional.
- Talvez esse seja meu defeito não é mesmo?
- Definitivamente.
- Hehehehe! Você não tem nada para fazer não?
- Nossa se tava querendo me dispensar era só falar.
- Chato. Não é isso e você sabe disso. Onde esta Amy?
- Despedida.
- O que- Exclamou perplexa.
- Ela não entregou a matéria dela e a Lhaila simplesmente colocou ela no olho da rua.
- O poder subiu a cabeça daquela mulher.
- Que cabeça?
- Tem razão. Duvido profundamente que tenha algo a ser perdido dentro daquela caixa craniana.
- Hahahaha. Gargalhou Paul com vontade. Vou apressar o pessoal da redacção. - Disse se levantando de cima da mesa de Hermione
- Ah! Por favor, pede para me mandarem as matérias para impressão antes das nove. OK?
- Claro.

Paul começou a atravessar as inúmeras estantes com mesas que ficavam dispostas na imensa sala de informação e edição de matéria.
Ele realmente conseguia melhorar o humor da menina com o seu carisma ate mesmo o seu mordaz sarcasmo fazia com que a sua personalidade se tornasse ainda mais interessante. Era uma das poucas pessoas que podia chamar de amigo.
- Ora, ora quem diria que a perfeita Granger perfeita estaria encrencada? Ainda não foi demitida queridinha?
- Caso você seja cega e não esteja me vendo trabalhando não eu não fui demitida.
- Pois deve ser muito bom ser a protegida do chefe, já que nem mesmo a Lhaila pode te tocar. Ou será que você é mais que isso?
- Deixe essas insinuações estúpidas guardadas para você mesma Sherry eu tenho muito trabalho a fazer.
- Eu suponho que tenha mesmo. Ou pelo menos finge que tem.
- Olha aqui Sherry eu ate admito que você não goste de mim
- Te odeie.
- Que seja. Mas eu não te dou o direito de criticar meu trabalho.
- Cuidado Granger as coisas mudam e eu ainda vou te humilhar, basta uma oportunidade e eu vou te machucar onde mais te dói.
- Porque? Por que tanto ódio por mim?
- Você não sabe mesmo?
- Não.
- Você sempre teve tudo o que queria. Nunca precisou trabalhar pelo seu sustento, nasceu em berço de ouro e ainda por cima tem uma inteligência superior a qualquer um de nos. Você chama isso de justiça? Pois eu acho que você já teve demais. Eu sempre lutei e nunca consegui ter metade do que você tem. Me sujeitei aos mais variados tipos de humilhações para chegar ate aqui e quando eu penso que teria alguma chance de melhorar de vida você aparece e me transforma em uma pessoa obsoleta. Você sabe o que é isso?
Hermione estava perplexa com tudo aquilo.
- Eu..eu.. Não sabia.
- Ah! Mas é claro que não sabia. A srt. Perfeita não se importa com os outros que estão ao seu redor. Sempre fria e arrogante. Tem que ser a melhor em tudo não é mesmo? Não importa quantos sonhos você destrua para chegar aos seus objetivos. Já pensou de quantas pessoas você tirou a chance de trabalhar por causa dessa mania de querer fazer tudo sozinha?
- Pare por favor;
- Parar? Eu nem ao menos comecei. Duvido que você tivesse amigos na escola. Não ninguém seria louco o suficiente para ficar perto de você e correr o risco de ser esmagado por essa sua ambição desenfreada. Coitado daquele que te amar pois este vai estar condenado a viver na sua sombra assim como todas as pessoas que estão ao seu redor. Você não quer deixar ninguém brilhar mais do que você. E é por isso que eu não só te odeio mas te desprezo profundamente. Srt perfeição. - Dizia Sherry muito alterada e quase gritando para que todos na redacção ouvissem.
Ninguém mais naquela imensa sala estava prestando atenção no seu trabalho, todos tinham a atenção voltada para aquela calorosa briga que acontecia no canto mais afastado da imensa sala de redacção.
- Você...você... É... - Indagava Sherry com raiva nos olhos.
- Eu pararia ai se fosse você.
Todos se viraram imediatamente para a voz masculina que vinha da entrada da redação. Todos prenderam a respiração ao ver a figura altiva daquele homem olhando com fúria para a mulher que bravejava ofensas a Hermione.
Sherry congelou ao ouvir os passos do dono daquela voz tão fria e seca. Ele caminhou lentamente sendo seguido apenas pelos olhares curiosos dos funcionários.
- Algum problema aqui senhorita Granger?
- Her... Não.. Não. SR. Roth esta tudo certo.
- Porque tanta gritaria?
- Sherry estava apenas me mostrando seu ponto de vista.
Sherry a olhou com um olhar de fúria. Como ela ousava ainda bancar uma de vitima inocente e boazinha.
- Não preciso de sua ajuda menina. Disse ferozmente. Deixe sua compaixão para quem a queira.
Hermione apenas afundou ainda mais na cadeira. E realmente não tinha idéia de que era tão odiada.
- Tome cuidado com as suas palavras Srt. Pattenger. - Disse Roth. - Agora voltem todos ao seus trabalhos. Completou fazendo um gesto com as mãos para que todos continuassem o trabalho. Isso inclui você também Sherry. Trabalho agora.
- Humf! Soltou um suspiro furioso e saiu de perto de ambos.
- Quanto a você Hermione. - Disse em um tom mais carinhoso. - Vamos a minha sala.
- Sim senhor. Assentiu desolada.
Eles caminharam pelo corredor sendo seguido pelos olhos atentos de todos. Ate que dobraram o corredor da sala do SR. Kyan Roth o dono do jornal.
- E então o que foi tudo aquilo- Perguntou retirando o palito e colocando-o sobre a cadeira.
- Apenas ouvi mais do que queria.
- Não ligue ela tem muita inveja de você.
- Não o que ela sente por mim é ódio. Puro ódio e desprezo.
- Se você queria ser amada deveria ter escolhido outra profissão. Ser jornalista significa ter inimigos já que muitas vezes as matéria que publicamos prejudicam outras pessoas.
- Eu sei. Mas não pensei que seria tão difícil assim. Disse se sentando na cadeira em frente a mesa de vidro do seu chefe.
Aquele era o maior escritório de todo o andar. Possuía uma janela de vidro que ocupava toda uma parede e lhes dava uma bela visão de toda a cidade e seus imensos arranha céu. Ela desviou o olhar de seus próprios pés e encarou as costas de Roth que admirava a paisagem através da imensa janela.
- O que eu posso fazer Kyan? Não aguento mais.
- O que você tem? Não é mais a mesma. Suas matéria perderam a qualidade e a única coisa que eu consigo ver são palavras escritas sem nenhuma emoção. Um texto sem valor. Acredito que ate mesmo a Lhaila já tenha percebido isso.
- Mas... Eu sei. Disse resignando-se. Vou melhorar. Nem que eu tenha que...
- O que?
- Não sei. Mas eu vou voltar a ser como antes prometo. Só estou um pouco confusa.
- Eu não me importo com os meios e sim com os fins. Não me importa o que você tenha que fazer eu quero a minha Hermione de volta.
- Ela vai voltar. Prometo. Disse levantando-se e caminhando em direção a porta.
- Espere.
Hermione parou e voltou a encarar Kyan que agora a olhava atentamente.
- Seu chefe já disse o que tinha que ser dito. Agora seu amigo quer saber em que pode te ajudar.
- Em nada Kyan. Isso eu tenho que resolver sozinha.
- Não quero te ver triste desse jeito. Disse se aproximando da morena e abraçando-a com carinho.
Hermione afundou a cabeça no ombro de Kyan buscando o conforto que seu coração tanto precisava. Ela não conseguia entender o porquê de estar se sentindo daquele jeito.
- Eu vou melhorar. Indagou dando um fraco sorriso para ele. Mas agora em deixe trabalhar sim.
- Não.
- Como assim não?
- Vá para casa e descanse só volte aqui quando estiver realmente bem. Uma mulher doente só da trabalho.
- Nossa você é um poço de egoísmo. Disse em tom de brincadeira e eu inocente pensando que você estava preocupado comigo.
- Eu faço tudo pelo meu lucro, você é meu "As" de ouro não posso te perder.
- Deixe de ser mentiroso, se você fizesse tudo pelo dinheiro mesmo não teria quase falido no ano passado. Esse jornal poderia ter lucros muito mais exorbitantes e não dois sabemos disso.
- Oras, aquilo foi apenas um pequeno descuido e quer me fazer o favor de não me fazer parecer um fraco?
- Hahahaha. Tudo bem Sr. Roth
- Agora vá pra casa.
- Já disse que não. Os outros já falam besteiras demais sem eu me aproveitar dos meus "privilégios" imagine se eu desse motivos saindo mais cedo que todo mundo so por que tive uma simples discussão.
- Você é muito orgulhosa menina.
É o meu jeito.
Ele apenas sorriu abanando a cabeça.
- Desapareça. Disse apontando para a porta. Eu quero toda a matéria pronta ate o meio dia.
- Sim senhor chefe. Disse debochada saindo da sala.
- Sempre perfeita, minha doce Hermione. Indagou fechando os olhos e sentindo o cheiro da menina que ainda impregnava a sala.

Hermione voltou a sua mesa só voltando a levantar a cabeça da imensa pilha de matérias que se acumulavam em cima de sua mesa quando Paul foi lhe entregar a matéria a ser revisada. Mas ele estava com um semblante serio e não falou ou fez nenhum de seus mordazes comentários. Apenas deixou o trabalho em cima da mesa e antes de sair murmurou:
- Não é verdade. Ela não sabe o que diz.
- Obrigada. Agradeceu emocionada.
Trabalhou duro e as onze e meia já havia colocado tudo em ordem. Foi a edição e entregou a matéria que deveria sr publicada no dia seguinte. E dirigiu-se a saída do prédio sem encarar ou falar com ninguém.
As coisas na vida dela realmente haviam saído completamente de ordem. Nada mais fazia sentido. Tudo antes era mais fácil e menos complicado. Agora ate mesmo colegas de trabalho furiosas faziam parte do seu diário.
É uma maravilha mesmo.
Caminhou de cabeça baixa e com um semblante triste ate o ponto de ônibus sem encarar ninguém na rua.
- Bom não adianta ficar sofrendo. Disse erguendo a cabeça. Não a nada como um dia atrás do outro e eu já passei por situações piores.

Não te queixes nem te desesperes
Só porque, hoje, te ocorre tudo mal;
Aguarda confiante o dia de amanha,
Que poderá vir a ser tão com
Quanto aquele em que foste feliz.
(Dante Veoléci)

Pedindo mil desculpas para os meus leitores...

Eu sei quer enrrolei um tempao para postar o novo capitulo mas eu to viajando e realmente eu nao consigo usar a ner com frequencia muito menos escrever capitulos novos. Mas graças a minha Beta (Kirina)que teve o maior trabalho para ajeitar esse capitulo eu to conseguindo postar...

Me desculpem... mas assim que eu voltar da viagem prometo nao atrasar mais muito os capitulos... e principalmente se este cap nao fik tao bom qts os outros...

N/A: bom o Harry sumiu de novo da vida da Hermione... (tipico), mas ele volta e... bom isso eu nao vou contar, mas a Mione ainda vai ter que passar por algumas coisinhas pra finalmente poder ser feliz (dramaticoooo). Existe um motivo muito forte pra ele ter ido embora mas as coisas vao ficar feias quando ele voltar porque ele vai achar que a Mione... isso so lendo... hehehehe! brigaduuuu

Meus agradecimentos especiais :

Julia Yuri: obrigado pelos elogios e especialmente pela critica construtiva (hehehehe), mas vamos adimitir que em certas ocasioes da vontade de esganar o Harry (cara mais desconfiado) e agora que ele sumiu de novo (aiaiaiaia). Bjs! Brigaduu por ler a fic...

Mari Gallagher: nossa mil desculpas pela demora eu to atualizando depois de tanto tempo mas é porque eu ainda to viajando entao o capitulo nao deve ter ficado 10 porque nao tive tempo de pensar direito. Desculpa se nao ficar tao bom quanto os outros. No proximo eu melhoro. Bjs!

Sara Lecter: ainda bem que voce gostou do destino dos outros personagens sabe eu gosto muito deles entao decidi dar uma participaçaozinha na historia eles merecem... hehehe... fico muito feliz por voce esta gostando. E é verdade eles brigam tanto que as vezes fik quase inacreditavel que alguem consiga ter tantas ideias para ofensas... continua lendo ta... bjao...

witchysha: muito obrigado e desculpa pela demora pra postar... obrigada por acompanhar a minha fic e sempre dar sua opiniao...

Rafinhass Potter: se o marc é especial? Na verdade é sim e muito principalmente para a Hermione que se sentia muito sozinha antes de conhece-lo... hehehehe isso so lendo. Ele vai ganhar ainda mais espaço na fic principalemte depois de um acidente(nossa ja falei demais) xau"""

tlw-veronica-e-ned: o Harry parpu de acreditar nas pessoas ele agora acredita que a vida nao passa de um jogo e que cada peça deve ser avaliada corretamente antes do proximo movimeto... ele desapareceu por isso ele esta tentando avaliar... hehehehe o resto so lendo. Bjs!

JessicaReis: bom as brigas sao mesmo engraçadas (como alguem pode brigar tanto?) e sim ainda haverao desentendimentos... mas mesmo assim adianto que as brigas vao piorar ainda um pouco... bjao...

Schwinpt: muito obrigada prometo continuar tentando e me desculpe se esse capitulo nao fik tao bom... bjs!

Kirina-Li: pois é voce é a unica que ja sabe quem é o Marc nao espalha hehehehe... blinks!obrigado por tudo o que voce faz por esta fic... bjhs!