Capítulo 4: Aniversário e Armas Lendárias


Mitch estava de repouso. Anya quase explodira de raiva (literalmente!) quando descobriu que Duda fizera todo aquele estrago contra Mitch:

- Você deveria ter transfigurado aquele porco em um porco... com rabo e tudo!

Claro que Mitch aproveitou o meio tempo e fez uma coisa que gostava de fazer, mas que não fazia a muito tempo: jogar xadrez de bruxo. Suas pedras estavam cansadas e desacostumadas, o que fez com que ele levasse verdadeiras surras de Boris e Harry.

A notícia do que acontecera com ele chegou na boca dos amigos, e com isso caixas e mais caixas de doces chegavam a Kievnashravostok pelo correio-coruja. Nathan (que ainda estava nos EUA), mandou-lhe duas caixas de Hershey's Extra-Creamy with Almonds e duas de Sapinhos de Chocolate – Edição Quadribol, sapos de chocolates que, ao invés de falarem de grandes bruxos, falava dos grandes jogadores de quadribol daquele momento. Através dele, Mitch descobriu que Fábio Astolfo era o apanhador revelação da Liga de Quadribol Sulamericano, mandando o Brasil para a final e conseguindo um índice de captura de 100 na última temporada, e que estava sendo negociado entre os Galos de Minas Geraes e os Montrose Magpies, e que Shinmen Fuyutsuki era chamado de "batedor divino" pelos fãs dos Yokohama Godzillas, campeão japonês e asiático de interclubes, e que entre seus maiores feitos havia o impedimento da captura do pomo por parte do apanhador dos Appleby Arrows com uma batida X (rebater os dois balaços usando um movimento em X do bastão), na final do Mundial de Interclubes, com um índice de aproveitamento dos balaços de 75.

A festa de Mitch, originalmente marcada, como a tradição mandava, para a Florean Fortescue, foi realizada em Kievnashravostok e contou com bem menos gente que o normal: Harry convidou os Weasley, que também trouxeram os irmãos Gui (recentemente transferido para a gerência-geral da agência Brasil do Gringotes) e Carlinhos, que estava terminando seu N.E.R.D.(Nível Estupidamente Radical de Dedicação), o equivalente bruxo ao Mestrado, em Magizoologia, voltada a dragões. Hermione também veio, e trouxe seus pais, para que eles pudessem ver como era uma festa de bruxos. Claramente, eles se sentiam deslocados, mas depois de cinco minutos eram tão bem tratados por todos como se fossem apenas bruxos aos quais não se via a muito tempo.

Dos amigos de Mitch, claro que veio a namorada Helen Ebenhardt, o brasileiro Carlos Amaral, a japonesa Nakuru Hiiragisawa e a finlandesa sonserina Erika Stringshot. Também vieram os irmãos Andaluzia: Fatima, ainda mais sensual do que nunca, e Juan, compenetrado e sério, mas que sabia rir quando a ocasião permitia. Eles também trouxeram um irmão de Fatima, Diego, que era mestre na esgrima espanhola, e tinha um ar de quem se dedica nas coisas. E claro, tinha todos que estavam lá e a família de Mitch: Anya, Geena, Angus, Mikhail, Vassily, Boris, Anastasia, Olga, Vasya, Sergei, Ramon, a sua esposa Medea e seu filho recém-nascido, Christian Andaluzia Adler McGregor (Medea acreditava que nomes longos davam MUITA sorte), que era ruivo, ou seja, iria ser bruxo, pois possuia A Marca.

A festa foi muito animada, mesmo sem contar com os sorvetes deliciosos da Florean Fortescue. Anya, que tinha como hobby, além da numinástica (o estudo das moedas antigas), bruxa e trouxa, a culinária, fazia bolos excelentes, entre eles um bolo Floresta Negra (com direito a pequenos lobisomens de chocolate que se mexiam e uivavam bem baixinho) aonde ela colocou baunilha Zero-G (uma baunilha mágica que, acredita-se, leva ferrão de gira-gira na preparação, que também é usado nas Delícias Gasosas). Todos acabavam flutuando depois de comer um pouco, o que foi uma sensação nova e muito divertida, principalmente para o Sr. e a Sra. Granger, não habituados às coisas dos bruxos.

- Está gostando da festa? – perguntou Anya.

- Muito... – disse Mitch feliz – Pena que eu estou no estado em que estou.

Mitch ainda usava uma espécie de tala no peito, que protegia as costelas enquanto tomava as poções de cura. Mitch lembrara-se da queda que teve no primeiro ano, durante uma partida de quadribol, na qual lesionou a coluna cervical. Ele tinha que andar com uma prancha que o impedia de fazer movimentos que pudessem piorar a lesão da coluna.

Os amigos, claro, contavam o que fizeram nas férias: Helen tinha representado um texto de Shakespeare no Teatro de sua cidade e acabou participando de um festival shakespereano em Stratford-Upon-Avon, aonde encontrou Olivia Gibbs e seu irmão Bernhardt. Berhardt estaria indo para Hogwarts naquele ano, e tinha as mesmas espectativas da irmã: aprender transformações. O presente de Helen não podia ser menos condizente: Uma coleção completa de obras de Shakespeare.

Já Carlos tinha sido campeão de capoeira, o que obrigou a Mitch, quando ele mencionou isso, solicitar uma demonstração. A namorada Erika, que também lutava a arte marcial brasileira, se ofereceu para a apresentação, e isso aproveitou para permitir que Mitch estreasse o presente que recebera de Carlos: um CD com músicas de Capoeira. Claro que, principalmente para bruxos de Sangue Puro, como os Weasley, aquilo era incrível, simplesmente sensacional.

Nakuru, porém, foi a que mais interessou a Mitch. Primeiro que ela estava vestida com roupas de trouxa, mesmo sabendo que todos os seus presentes, com a exceção de Angus, Ramon, Olga e dos Granger, eram bruxos. Em segundo porque ela contou sobre o curso que fez de Magiarqueologia, o estudo de artefatos mágicos antigos e lendários que poderiam ser encontrados em muitos lugares:

- Meu clã é renomado em armas bruxas... Muitos dos samurai, os renomados Aurores Japoneses, carregam Espadas-Varinha Hiiragisawa especialmente preparadas. E como segunda filha, eu vou seguir o que quero, que é a área de Armas Mágicas. Só que é importante conhecer a origem dos itens mágicos e as lendas que envolvem alguns deles.

E continuou a contar sobre as lendas das armas mágicas japonesas, inclusive falando das bokken, espadas de madeira, do espadachim Miamoto Musashi, o maior e melhor mestre da espada de todos os tempos no Japão. Foi quando ela comentou uma coisa que impressionou Mitch:

- ... e depois de fazer o curso, voltei ao templo do meu clã em Aomori, e foi quando recebi a coruja de Hogwarts, e recebi aquela capa estranha...

- Capa? – perguntou Mitch.

- Sim. Vermelha, com aramelas e dragonas douradas e com o brasão de Hogwarts bordado...

- Da Guarda?

- Sim! Como você sabe?

- Eu também recebi.

- Mas como? E qual será...

- Não sei qual será nossa função, mas acho melhor deixar para lá... Pelo menos agora.

Foi quando Mitch percebeu que Anya chamava-o para cantarem os parabéns, com um imenso bolo no formato do brasão dos McGregor irlandeses. Ao soprar a vela, uma pequena explosão de fogos de artifício se ergueu, soltando centelhas para todos os lados em padrões hipnóticos. Foi quando Mitch ouviu Rony comentar:

- São velas "gemiais"... Criações do Fred e do Jorge. Soltam faíscas e são como Filibusteiros...

Claro que houve muita comemoração ainda. Muito papo aconteceu e Mitch aprendeu muito mais. Foi então que recebeu de Nakuru seu presente de aniversário. Na verdade, SEUS presentes de aniversário: um relógio tecnomântico que podia ser usado como relógio bruxo, mediante uma simples programação que Mitch rapidamente aprendeu a fazer, um livro A Arte das Armas-Varinhas: Criando armas para derrotar seus inimigos com estilo, de Yusuke Massaki, e o livro Artefatos Lendários de Magia: 10001 armas, caldeirões, bastões, e outros itens antigos de magia, do pesquisador Frank Starsinger. Pesquisando o livro, reparou que tanto a sua Espada do Trevo de Quatro Folhas quanto a Harpa de Brigitte de Enya eram registradas no livro. Foi quando ele leu uma entrada que o interessou:


A Lança Longuinus:

Muitos bruxos acreditam que a Lança Longuinus, assim como o Graal, são lendas cristãs trouxas que ganharam contorno nas lendas celtas e gaélicas. Mas a verdade é que, da mesma forma que existiu o Graal, a Lança Longuinus também existiu, e acredita-se, ainda existe.

A Lança recebeu esse nome devido ao seu portador, Longuinus de Antióquia, soldado romano que estava presente e fazia parte da centúria responsável pela crucificação de Jesus Cristo. Conforme conta-se em João 19,34-35, Longuinus perfurou Cristo no lado, de onde jorrou sangue e água, e Longuinus reconheceu o que viu e quem era verdadeiramente Cristo e tornou-se puro. Depois do episódio, Longuinus deserdou o exército romano e pregou, sempre sendo guardado pela Lança, o único bem que carregava consigo além das roupas do corpo, à qual utilizava como única arma de proteção e cura, usando-a como apoio para suas duras caminhadas na região da Palestina.

Acredita-se que, nesse meio tempo, a Lança tenha o abençoado com um poder maior que o do Sangue Auror de enxergar as verdades dos corações e mentes dos outros por seus olhos. Ninguém jamais conseguiu mentir a Longuinus de Antióquia depois de o mesmo passar a carregar a Lança.

Acredita-se que, certa vez, certos bruxos do mal se aproximaram de Longuinus e, percebendo o tamanho do poder mágico que estava armazenado na Lança, disseram, cheios de malícia em suas vozes doces:

- Você é Longuinus de Antióquia. Sua fama é conhecida em todas as regiões, de sua terra natal a Creta, passando por Samaria, Roma, Judéia e Galiléia, e nas terras dos coríntios, e entre os tessalonicenses e efésos seu nome é grande. Pois com tua lança tocaste e estocaste o Filho de Deus. Determine seu preço em ouro, prata, jóia e todo tipo de coisas preciosas, que pagaremos: apenas desejamos a Lança. Pois ela contem um poder especial.

Foi quando Longuinus os observou e disse:

- Sei quem são... São feiticeiros do Mal, especializados em invocar pestes e malefícios e toda sorte de sortilégios negros e augúrios profanos contra seus semelhantes por dinheiro ou poder. Sua força não pode ser comparada com a da Lança, pois ela tocou e estocou Um Poder Maior, que apenas pode ser tocado e estocado por aqueles que Ele desejar. E essa Lança é fonte de cura, paz e proteção, mas também é arma de luta contra o Mal. Vou lhes dar apenas uma chance: desviem-se do caminho do ímpio e parem de utilizar os dons que Deus lhes deu para o mal, ou serei obrigado a mostrar-lhes o real poder da Lança.

Os bruxos das trevas observaram-o, escarneceram dele e, sacando suas varinhas, disseram a Longuinus:

- Pobre trouxa, deveria ter aceito a nossa proposta. Agora irá pagar por sua tolice!

Longuinus pegou de sua lança e disse:

- Se pretendem desafiar o Guardião da Lança, que façam, mas não se arrependam das conseqüências que cairem sobre suas cabeças, filhos de Gog e Magog!

O combate começou com os bruxos das trevas utilizando-se de toda a potência de suas Maldições, inclusive algumas tão profanas que, para o bem de todos, foram perdidas com o tempo. Longuinus desviou e protegeu-se das Maldições utilizando-se da Lança Que Tocou Cristo. Depois de algum tempo apenas na defensiva, ele decidiu atacar. Desviou-se e começou a estocar rapidamente os bruxos, que eram 13 e tinham o corpo tatuado com termos blasfemos. Os bruxos não conseguiam se defender da Lança, aparentemente indestrutível, e Longuinus, sempre que conseguia um bom golpe em um deles, destruia sua essência, como se fosse o Beijo de um dementador. Logo, todos os 13 bruxos do mal estavam destruídos. Não apenas mortos, mas mais que mortos: suas almas não mais existiam, tendo a Morte Final como prêmio por atacar Longuinus.

Depois desse combate, Longuinus percebeu que estava velho, e que deveria partir. Descobriu que Nicodemos e José de Arimatéia (que alguns dizem ter sido bruxo, ou ao menos ter alguma parcela de sangue bruxo), amigos de Longuinus desde a época da morte de Cristo, iriam viajar ao Norte, então decidiu viajar com eles, servindo de guardião, carregando a Lança para proteger eles dos Salteadores. José de Arimatéia transportava o Graal, recuperado por ele da sala da Última Ceia com a ajuda dos Apóstolos Pedro e André, enquanto Nicodemos guardava, acredita-se, uma pequena quantidade da Água e do Sangue que jorraram pelo ferimento que a Lança abrira no Corpo de Cristo, embora alguns digam que Nicodemos transportava os Quatro Cravos de Cristo e a Coroa de Espinhos. Longuinus então decidiu acompanhá-los, sempre tomando de sua Lança para defendê-los dos Salteadores e dos Ladrões e dos Demônios e Criaturas do Mal que o atacavam. Foi quando chegaram à ilha da Bretanha e encontraram uma bruxa muito antiga e poderosa (à qual alguns dizem tratar-se de Cliodna ou de alguma antepassada de Morgana). Ela estava ajoelhada perto de um laguinho de água límpida e cristalina e carregava pães e frutas frescas. Foi quando ela disse:

- Então vocês vieram do Sul, trazendo o Cálice do Deus Inominável, ao qual chamamos em nossa língua de Graal.

- Sim. Somos nós. José é meu nome e sou de Arimatéia. Meus companheiros são Nicodemos, um grego, e Longuinus, nosso guardião, que é de Antióquia. Fizemos uma longa jornada desde a terra dos judeus até essa terra estranha, distante de todas as terras por nós conhecidas, mesmo aquelas dos romanos e corsos, e dos gregos e cretenses e efesos e tessalonicenses, e até mesmo dos fenícios e dos egípcios, que tinham grande domínio sobre o mar. Recolhemos de nossa terra algumas coisas importantes, e as levamos para terras estrangeiras, aonde elas não se perderão ou serão destruídas. Estamos cansados e famintos. Dê-nos um pouco de sua comida e água, para esses pobres peregrinos sem provisões, e lhe contaremos sobre as maravilhas operadas Pelo Que Tocou o Cálice.

- Muito bem, que assim seja! Pois as maravilhas do Filho do Deus Inominável já começaram a alcançar terras mais longinqüas do que vocês ousam sonhar, e saber mais de tais maravilhas me deixariam feliz.

Longuinus, José e Nicodemos sentaram-se e comeram e beberam e, como prometido, contaram à bruxa as maravilhas operadas pelo Carpinteiro. A bruxa ficou maravilhada e tornou-se pura naquele momento. Ela já utilizava seus poderes apenas para o bem de todos, mas agora ela tornara-se definitivamente pura. Longuinus, porém, não se separava da Lança e logo a bruxa reparou nisso. Foi quando ela disse:

- Bem vejo que são três. Mas os itens que carregam não devem ficar juntos... Isso eu vejo e acredito que vocês saibam. Vocês, o que desejam?

- Paz. – disse Longuinus – Desejo paz do fardo que carrego, pois estou velho, e não tenho mais a força dos jovens...

- Sim. Paz: tu, Longuinus de Antióquia, deverá viajar ainda mais ao Oeste, para a Ilha-Esmeralda, sozinho. Ao chegar lá, arremesse a Lança e dirija-se ao local para onde ela for. Lá será seu túmulo e seu descanso final. Quanto à Lança, aonde você cair, ela cairá com você, e não antes que setenta vezes sete gerações se passem, ela não poderá ser retirada, até que o Sangue do Escolhido, daquele que irá purificar o mundo dos bruxos e dos trouxas, caia uma vez. O mal deverá cair uma vez para cair uma segunda vez, depois de se reerguar, e o jovem deverá lutar para vingar os pais. Um do povo da Ilha-Esmeralda deverá ser o Escudeiro, podendo carregar a Lança, mas é destino do Escolhido, usá-la para vencer o mal. Quanto aos demais, assim que Longuinus partir, poderemos conversar.

E Longuinus assim o fez: abençoado pela bruxa com poderes de detecção do perigo e visão do sobrenatural, Longuinus empreendeu batalhas contra muitos monstros e criaturas até chegar à Ilha-Esmeralda, a atual Irlanda. Ao arremessar a Lança, porém, um vento a carregou de volta, e ele voltou à Ilha da Bretanha, aonde ficou perto do local aonde a Lança caiu, e terminou os seus dias nessa região, como sábio, guardado por centauros, fadinhas e outras criaturas: até mesmo algumas ditas malignas, como os lobisomens, não aproximavam-se do antigo soldado, a não ser para buscar conselho e consolo para a dor de suas maldições. E ele falava com os animais e criaturas da floresta e, mesmo sendo trouxa, era respeitado e querido por todos. E lá ele dormiu.

A Lança, acredita-se, foi usada apenas uma vez, pelo lendário guerreiro inglês Finn McCool, que lutou pela unificação da Irlanda pela bandeira do Culto Antigo, mais tolerante com outros cultos do que os cultos modernos. A Lança teria permitido que McCool a utilizasse para unificar as tribos irlandesas sobre uma só bandeira. Mas McCool acabou tendo seus sonhos destruídos pelos seus sucessores, que não respeitaram os juramentos do Povo Antigo, e abriram as portas da Irlanda para as Igrejas Cristãs, totalmente radicais em seus principios de exclusividade na missão Daquele-Que-Deve-Sempre-Ser-Nomeado. Há quem duvide, porém, de que Finn McCool a tenha utilizado, pois a lança de Finn McCool descrita nas tradições dos Bardos Celtas era bem diferente da descrição da Lança de Longuinus de Antióquia.

Seus poderes, acredita-se, são vários, embora como arma seja apenas uma pilium tradicional do exército romano, apenas com uma lâmina mais afiada, que permite que ela seja utilizada como uma alabarda, sem nenhum tipo de adorno ou inscrição, de forma que poderia passar despercebida por um observador sem entendimento. Entre os poderes mencionados nas lendas, mencionam-se: cura ao toque, retribuição (se o alvo atingido for maligno, ele sofrerá todo o mal que já causou aos outros), aura de paz, aura de proteção, reflexão de ataques (devolve ataques realizados contra seu portador) e outros.

A localização da Longuinus é desconhecida, embora acredita-se que seja em alguma das florestas protegidas pelo Ministério da Magia Inglês como reservas para os centauros e lobisomens."


A leitura era muito interessante, mas mesmo assim, decidiu descansar, no dia seguinte, faria suas compras no Beco Diagonal, e depois visitaria, com Harry, o Orfanato da Madame Kinnigan para Bruxos Desafortunados.

E assim Mitch foi dormir, pensando no que leu...