Capítulo 8: Começando de novo


Mitch acordou cedo. Por algum motivo, não conseguira dormir direito: os sonhos sobre a queda de Caer Masar voltavam à sua mente. Ele estranhou muito isso, pois fazia um ano que não tinha sonhos com aquilo. Mas tudo estava agora muito mais claro do que antes: os gritos, as risadas, as magias. Pela primeira vez ouviu a Geantraí ser quebrada pela Avada Kedavra. O sonho quase o arrancou da cama naquela manhã. Ele acordou a tempo de ver o sol nascer pelas frestas da janela. Tomou um banho rápido, apenas para matar o sono e desceu para o Salão Comunal. Nakuru estava acordada lá:

- Nakuru, o que houve?

- Nada... Falta de sono. E você?

- Tive um pesadelo.

- Caer Masar?

- Sim.

- Alguma coisa nova?

- Não, apenas o que eu já sabia, mas mais intenso.

- Bem, acho que não podemos esquentar a cabeça com isso. Temos aulas hoje. É melhor você ir tomar um banho mais animado. Helen deve estar acordando daqui a pouco.

- Certo.

Mitch subiu e foi tomar um banho mais animado. Ele entrou ouvindo alguém cantar:

- Give it away... Give it away... Give it away... now/ Give it away... Give it away... Give it away... now/ Give it away... Give it away... Give it away... now!

- Nathan, que música é essa?

- Red Hot Chilli Peppers! Os caras são massa! – disse Nathan.

Mitch e Nathan conversaram muito durante o banho:

- Ainda preocupado, Mitch? Já sei, é aquele Andaluzia do ano passado, o Adrian, não é?

- Bem, sim e não. A verdade é que eu tenho medo de que possa falhar de novo...

- Você não falhou! Adrian foi vacilão de acreditar nas promessas de Voldemort. Você sabe disso. Aquele imbecil acreditou nas promessas de um cara que matou o próprio pai. Deveria ter imaginado que ele não teria medo de o matar se isso fosse necessário para ele alcançar poder individual.

- Isso não muda a responsabilidade...

- Olha, Mitch, você é um cara que tem o coração no lugar, mas tem que parar de se exigir demais! Isso vai acabar matando você! – disse Nathan – Cara, se todos os problemas que acontecerem com pessoas próximas de vocês, você achar que é culpa sua, você vai sentir-se culpado por tudo que acontecer em Hogwarts nos próximos tempos. E algo me diz que não serão tempos felizes.

Mitch ficou preocupado, mas logo esqueceu disso, enquanto conversavam animadamente. Depois do banho, Mitch e Nathan vestiram-se. Mitch percebeu que duas capas da Guarda apareceram em seu armário, e a que ele tinha usado (e que estava suja por causa de poeira e sangue da batalha no Expresso de Hogwarts) estava limpa e lustrosa. Mitch vestiu as vestes de aluno de Hogwarts e a capa de Guardião. Claramente, Mitch estava com medo de como seria o ano: não gostaria que cada dia fosse um dia de luta. Mas o medo passou quando Hermione entregou seu novo horário: suas primeiras aulas seriam de Advomagia e Defesa Contra as Artes das Trevas, enquanto à tarde teria Combate Mágico e Trato de Criaturas Mágicas:

- Mitch, como será que vai ser Advomagia esse ano? – perguntou Nakuru

- Bem, se estou certo, vamos passar o ano inteiro vendo o Estatuto Internacional de Sigilo da Magia. – disse Mitch – Pelo menos, foi o que foi pedido, e o bendito é uma tora!

- Certo.

De repente, corujas de Hogwarts mesmo começaram a despejar bilhetes em certos alunos. Mitch foi um dos que receberam a correspondência. Eram os mesmos papéis Cinza Escuro que chegaram anteriormente a Mitch, Harry e outros. Diziam o seguinte:


Reunião da Guarda, às 8 da noite, no Salão de Combate Mágico, na Torre Norte.

Pauta: Organização Tática

Alvo Dumbledore

Diretor


- Ei, McGregor! – disse Galahad Starshooter, que vinha se aproximando – O que está escrito nisso aí?

- Talvez fosse bom você não tocar nisso aqui. Apenas integrantes da Guarda podem tocar uma Confidencial.

- Balela... Isso não passa de um Berrador disfarçado... – disse Galahad. Quando o mesmo a tocou, porém, sentiu um choque elétrico violentíssimo.

- McGregor, quer o matar, é isso? – disse Helena Adison, uma garota da Sonserina com cara de buldogue raquítico.

- McGregor não tem culpa, Adison, – disse Sally Wittlesbach – que esse panaca se esqueceu que quando alguém que não seja o remetende de uma Confidencial a toca, rapidamente cai inconsciente devido ao choque elétrico provocado.

- Quem é você, sua metidinha Lufa-Lufa para dizer para mim o que é certo fazer?

- Quer que eu responda?

- Ora, sua vagabunda de sangue-... – disse Adison.

- Termine o que ia dizer! – disse Eric Wittlesbach, sacando rapidamente sua varinha e praticamente a colocando no pescoço de Helena Adison – Me dá um motivo. Termine o que ia dizer, e você vai ver o verdadeiro significado da expressão "Texugo Raivoso".

- Wittlesbach, o que pretende? – disse o professor Severo Snape, professor de Poções, diretor da Sonserina e vencedor por seis anos consecutivos (no mínimo) do concurso "O Professor mais Intragável de Hogwarts" e do concurso "Os Cabelos mais sebosos de Hogwarts". Junto com ele, aproximava-se a professora de Transformações Minerva McGonagall, diretora da Grifinória e a professora de Herbologia Susan Sprout, diretora da Lufa-Lufa – Quer se beneficiar do seu posto de Guardião para atacar uma aluna da minha casa desprotegida?

- Ela começou! – disse Nakuru – Adison ia ofender a honra de Sally Wittlesbach, dizendo que ela era... ela era... eu me recuso a dizer, mas nós sabemos o que ela ia dizer!

- É mentira dessa japonesa metida a besta, essa sangue-...

Foi a vez de Nakuru apontar algo para o pescoço de Helena, mas dessa vez não foi apenas uma varinha, e sim a sua katana:

- Diga algo – disse Nakuru – e eu juro que posso ter minha varinha partida, mas vou te estripar de um jeito que você vai me implorar para morrer.

- Baixe a arma, Hiiragisawa. Já! – disse Snape, em seu habitual tom fleumático – A não ser que queira realmente voltar para o Japão com sua varinha partida.

- Ela me ofendeu a honra, essa desgraçada. – disse Hiiragisawa – Quer comprovar se meu sangue e o da Sally é realmente sujo, como você queria dizer? Pois bem: o criador da Sonserina criou uma coisa bem legal, chamada O Exame. E eu peço para mim e para Sally.

- Ótimo. – disse com despeito Helena – Quem vai doar o sangue?

- Eu vou! – disse Nathan.

- Eu também! – completou Mitch.

Helena assustou-se. Não imaginava que iria estar sendo levada a séria. Ela olhou para Snape com um olhar do tipo "Me salva!".

Nathan, que tinha sangue puro, cortou, com a katana de Hiiragisawa, um pequeno fio em seu pulso, deixando um filete escarlate aparecer e algumas gotas escorregarem para a bandeja prateada que foi arrumada.

Mitch, que tinha sangue comum, embora seus dois pais tivessem parentescos bruxos (ambos eram abortos, ou seja, trouxas que nasciam em famílias bruxas) fez o mesmo, mas utilizando sua Espada do Trevo de Quatro Folhas.

Nakuru então fez uma coisa muito interessante:

- Helena, você deve saber que Salazar Slytherin criou uma Prova chamada Prova de Sangue, semelhante ao Exame. Coloca-se um pouco do sangue do ofensor junto com o do ofendido em uma questão de sangue. Se por um acaso houver uma mentira por parte do ofensor, ele começará a cuspir sangue, até que seja curado por uma poção que Snape sabe fazer, pois é bem simples: a Poção da Paz Sangüinea. Senão, nada acontece. Pois bem, agora vejamos se você tem peito para encarar o desafio. – disse Nakuru, passando a katana levemente sobre o pulso de uma desesperada Helena Adison. Apenas o suficiente para uma gota de sangue.

Rony ficou preocupado e comentou com Harry:

- Se a Nakuru provar que realmente tem sangue puro pela Prova do Sangue, vamos ver um espetáculo não muito bonito de se ver.

Nakuru furou o próprio dedo e pingou o sangue, misturando-o com o de Helena. Em seguida, falou para Helena:

- Termine o que começou. Ou será que vai querer perder pontos para Sonserina logo de saída?

Helena tocou com cautela a varinha no sangue, que automaticamente saltou para o lado aonde Nathan tinha colocado seu sangue.

E realmente, o que começou a acontecer não foi um espetáculo muito bonito de se ver: no mesmo instante, Helena dobrou-se no chão, gritando de dor. Antes que alguém pudesse fazer algo, ela vomitou sangue e bílis no chão. Snape pegou rapidamente Adison e a levou para a Ala Hospitalar.

- Ela teve o que merecia. – disse Nakuru, um olhar vazio, nem alegre nem triste, nem raivoso nem calmo, no rosto, enquanto guardava sua espada de volta à bainha.

- Hiiragisawa, McGregor. – disse McGonagall – Compreendo que suas armas possam vir a ser úteis quando em confronto contra as forças de Vocês-Sabem-Quem, mas devo dizer que Hogwarts não é um lugar para se andar armado.

- Tudo bem! – disse Nakuru – Deixarei minha espada na Torre.

- Eu também.

- Assim espero! – disse McGonagall em seu tom severo – E, mais uma coisa, Hiiragisawa! Quanto ao seu irmão Tora – disse ela mais tranqüila – a transferência dele foi aceita. Só estamos acertando algumas coisas.

- Obrigada, professora! – disse Nakuru, sem esconder a felicidade.

Mitch, Nakuru e os demais terminaram seu café da manhã e foram à torre de Grifinória, aonde largaram as espadas, e voltaram rapidamente, até a sala da profesora Palkovic. A mesma bruxa do ano anterior os esperava, com a mesma determinação de sempre:

- Bem, então vamos começar mais um ano de estudos de Advomagia. Apesar de ser inesgotável o assunto da Advomagia, vamos dedicar um ano inteiro apenas a um conjunto de leis, que é o Estatudo Internacional do Sigilo da Magia. Isso será feito porque essa talvez seja a lei mais importante entre os bruxos, quase mais importante que a Constituição dos Bruxos. Agora, vejamos então a base histórica da lei. Alguns aqui vão se perguntar porque isso é importante. Bem, é necessário entender qual o clima na época que tais leis foram criadas para então entender-se porque a lei surgiu.

- Vejamos então... Quando o Estatuto foi criado? Alguém... Srta. Hiiragisawa.

- Por volta do Século XVI. – disse a jovem japonesa.

- Ótimo! – disse a professora. – Bem, vejamos então... Robbins, o que acontecia na época?

- Naquela época, os trouxas chegavam ao ápice do movimento que eles chamavam de Inquisição.

Mitch detestava ouvir o termo Inquisição: fazia o lembrar dos pecados que os católicos como um todo cometeram naquela época.

- Bom! 15 pontos para Grifinória por isso. Agora, vejamos: se todos nos lembrarmos bem da história da magia, e foi por isso que pedi para que comprassem "O Sigilo da Magia: História, Importância e Polêmicas", de Judicius Whitney, os trouxas começaram a ter olhos ruins para a magia porque alguns grupos de bruxos começaram a abusar do poder da magia procurando prejudicar aqueles que não lhe agradavam. Agora, vejamos bem uma coisa: com isso, muitos bruxos bondosos, e pior, muitos trouxas, acabaram pagando por crimes que não cometeram.

- Vamos então para uma rápida leitura da Introdução do "O Sigilo da Magia: História, Importância e Polêmicas".

Todos pegaram o livro, que era bem grosso e com páginas boas e duráveis e começaram a ler a introdução do mesmo. Era fascinante: o cara tinha pesquisado de tudo, desde acervos de livros da Seção Reservada da Biblioteca do Vaticano até mesmo livros trancafiados a sete chaves nas partes mais ocultas de outra Seção Reservada, a da Biblioteca de Hogwarts. E ainda era mais interessante por ser pontuada com os comentários bem elaborados da professora Palkovic, que era adorada por todos (exceto pelos arrogantes alunos da Sonserina, pois ela era americana, mestiça e tinha um diploma de advogada trouxa pela Stanford University). Foi quando o sinal tocou.

- Lembrem-se: próxima aula, quero uma redação falando do Artigo 1 do Estatuto do Sigilo da Magia e o que motivou a redação de tal Artigo. Dois metros de redação. Classe dispensada.

Mitch e os demais desceram para ir até a sala de Defesa Contra as Artes das Trevas. Mitch ainda teve tempo de dar um boa sorte para Cedric na aula de Adivinhação (que Rony disse ter sido apelidada carinhosamente por ele e Mione de a aula de "Vamos prever a morte de Harry Potter" – a professora, Sibila Trelawney, teria previsto e continuava prevendo a morte de Harry EM TODOS AS AULAS! – "Harry teria que morrer umas mil vezes para concretizar as profecias da Trelawney!" dizia Hermione) e de ver Enya indo para sua primeira aula de Medibruxaria (não sabia se Enya ia agüentar, mas sabia que ela tinha que ter sangue frio e estômago – Helen teve problemas em seus primeiros dias estudando Medibruxaria, quando chegou a vomitar e teve que ser enervada para poder continuar as aulas no resto do dia).

A aula de Defesa Contra as Artes das Trevas ainda era dada por Remo Lupin, o professor que alguns, como o próprio Mitch, sabiam ser um lobisomem. Mitch, porém, não temia Remo: ele sabia que Remo tomava uma poção fornecida por um "amigo" misterioso que o deixava controlável. Além disso, como Mitch conhecia o Feitiço da Voz Comum, mesmo na forma lupina Mitch seria capaz de conversar normalmente com o velho e bom Lupin.

A sala perdera aquele tom de "depósito de monstros cyberpunk" e passara a ganhar um tom de "depósito de restos de cenário de filme do Tarzan": máscaras, colares, pulseiras, lanças e outros objetos esquisitos estavam por todos os lugares. Lupin recebeu todos eles e disse:

- Bem, como já vimos nos últimos dois anos o suficiente sobre monstros mitológicos, vamos passar a uma das mais estranhas e perigosas facetas das Artes das Trevas. Por isso, mais uma vez eu vou ter que dizer: qualquer gracinha que fizer com uma coisa dessas aqui, e provavelmente será a ÚLTIMA que irá fazer em Hogwarts, até mesmo porque muitos desses itens são autênticos, cada um deles contendo sua própria Maldição e seus próprios Poderes Mortais. Alguns são apenas imitações, pois não seria nada bom trazer um desses DE VERDADE!

- Ah, que besteira! – disse Galahad Starshooter – Como se algumas máscaras, charutos e lanças pudessem nos fazer temer.

O incrível azar de Galahad é que ele sempre abria a boca nos momentos mais inoportunos possíveis: mal abriu a boca, e logo Remo Lupin já o ouvira:

- Para sua informação, senhor Starshooter, – disse Remo – algumas dessas máscaras são capazes de o fazer coisas tão profanas que você ficaria enojado. E se o senhor pensa que eu tenho, como certos professores em Hogwarts, predileção por esse ou aquele aluno, pode ter certeza que você está errado. E por seu comentários sem propósito, são menos 15 pontos para a Sonserina. E se eu te ouvir de novo, farei questão em te deixar em uma detenção que você não vai gostar nem um pouco!

- Bem, voltando ao assunto inicial, esse ano iremos estudar um pouco da chamada Magia Cultual. Agora, a Magia Cultual é uma das áreas mais intrigantes das Artes das Trevas. E porque? Alguém? Senhor Freire?

Gustavo Freire era um grifinório vindo do Brasil, transferido do Liceu Brasileiro de Magia, mulato alto, cheio de ginga e pose, de fala macia mas que era muito duro na queda quando a coisa apertava. Como ele próprio se auto-definia, ele era "chave de cadeia", o que em gíria de "malandro" quer dizer que a pessoa era encrenca certa, quando alguém "arrumava treta", ou seja, tirava ele do sério:

- A Magia Cultual é considerada intrigante porque é um ramo da Magia Negra que pode ser executado até por trouxas devidamente armados dos rituais necessários para isso. Isso o torna especialmente perigoso quando se trata do Sigilo da Magia.

- Exato. – disse Lupin, satisfeito – Acho que nem Hermione Granger poderia dar uma definição melhor. Portanto são 20 pontos para a Grifinória. Agora, a base da Magia Cultual vem de antigos cultos africanos. Alguém poderia citar um exemplo? Higgenbotham, Belarus, Amaral?

Nathan Higgenbotham e Carlos Amaral da Grifinória e Troy Belarus da Sonserina levantaram a mão ao mesmo tempo:

- Vodu! – disse Nathan.

- Candomblé! – disse Carlos.

- Santeria! – disse Troy.

- Perfeito! Sem sombra de dúvidas vocês andaram se aplicando nas férias. Muito bom: são 10 pontos para cada casa por cabeça, o que dá 20 pontos para a Grifinória e 10 pontos para a Sonserina... Parece que esse ano vamos ter uma Taça das Casas muito disputada. Bem, voltando ao assunto da aula, vamos dar uma pincelada rápida sobre qual o risco da Magia Cultual...

Lupin foi explicando detalhadamente todos os riscos da Magia Cultual, incluindo aí a parte de incorporações e coisas do gênero. Claro que os alunos de todas as casas, menos da Sonserina, ficaram assustados: nunca em sua vida algum deles, principalmente os bruxos de Sangue Puro com menor contato com o mundo dos trouxas, poderiam imaginar que um poder tão grande estaria tão facilmente acessível aos trouxas. E pior: sem eles poderem controlar.

A aula passou rápida. Ao tocar o sinal, Lupin ainda deu uma pequena carga de trabalho:

- Quero um trabalho de 1 metro sobre uma entidade envolvida na Magia Cultual e os tipos de coisas que podem ser feitas por seu intermédio, para o bem e para o mal. Dispensados!

Mitch sabia que o dia ainda não tinha acabado, mas estava com uma fome insana, por isso foi correndo para o Salão Principal. Encontrou-o quase vazio: apenas Enya e Anastasia estava na mesa da Grifinória, e Cedric estava acabando de entrar o Salão Principal:

- Mas que velha louca... – disse Cedric.

- Quem?

- Trelawney. – disse Cedric – Parece que o Harry tem razão: aquela velha não manja nada de Adivinhação de verdade... Bem, vou ter que me contentar com o que tem.

Mitch lembrou-se então que Cedric McGregor era dotado de um talento divinatório herdado em parte pelo sangue cigano que corria nas veias do jovem irlandês, trazido da Espanha por sua mãe Andrea.

- A primeira coisa que ela fez foi observar as borras da xícara de chá. A coitada da Alanis Ahern foi a vítima dessa vez. A velha louca disse que ela teria uma morte terrível até o final desse ano.

- Bem... – disse Mitch irônico – Faz três anos que ela prevê a morte de Harry... E, mesmo com tudo que aconteceu, ele está bem vivinho aí para contar a história.

Cedric deu uma boa risada:

- Bem, hora do rango! – disse Cedric – Tenho DCAT e Poções agora a tarde. E você, Mitch?

- Combate Mágico e Trato de Criaturas Mágicas. Não vai ser difícil.

Mitch voltou então para a mesa da Grifinória, aonde Enya ainda estava fraca:

- Mitch... Tivemos que...

- Já sei, dissecar um corpo. – disse Mitch – A Helen e a Erika fizeram o mesmo ano passado. Conversa com elas que elas podem te ajudar.

Os dois riram e passaram a conversar amenidades. O retorno para Hogwarts até ali era o habitual...