Capítulo 17: Explicações de e a Dumbledore
Não havia sorriso ou raiva no rosto de Alvo Dumbledore: o bruxo mais poderoso do mundo estava muito sério, mas sem demonstrar nenhum sentimento em absoluto naquele momento pelos jovens irlandeses. Eles repararam que estavam sozinhos nos corredores: a festa já havia acabado a algum tempo, e todos iriam descansar durante o final de semana. Mas os três jovens McGregor ainda estavam acesos e vestidos: Mitch retirara o nariz e a peruca de Serelepe, Enya as asas de anjo, enquanto Cedric retirara o chapéu de Peter Pan que estava usando. Foi quando se aproximaram da Sala de Dumbledore: Mitch sabia disso por causa do mapa mental que ele possuia. Ao aproximar-se da gárgula que mantem a torre fechada, Dumbledore disse:
- Chocolate Meio-Inteiramente Amargo!
A gárgula abriu-se e os quatro subiram as escadarias até a sala do Diretor de Hogwarts. Fawkes estava muito bela naquela noite, com penas iriscendentes e majestosas cobrindo seu corpo. O Chapéu Seletor repousava a um canto, indicando que estava preparando sua canção para o ano seguinte. Os três sentaram-se, com uma devida preocupação: o ritual do Eidolon foi um uso de magia fora do horário de aula, o que era contra as normas de Hogwarts, enquanto o mero fato de estarem fora da cama durante a madrigada já era suficiente para colocá-los em apuros. Naquele momento, os três estavam preocupados.
Dumbledore sentou-se na cadeira atrás de sua mesa e disse:
- Estou esperando que vocês se expliquem.
Mitch foi pensar em alguma coisa, quando Enya assumiu:
- Fiu eu, professor! Eu fiz o Ritual do Eidolon! Nós saímos mais cedo do Baile e fomos à Sala do Conselho e lá executei o Ritual do Eidolon! Os dois não tinham nada à ver com a história!
- Bem, senhorita McGregor... Acho que o senhor Mitch McGregor quer falar.
- A culpa não é só dela, mas deixe-me contar tudo, tudo, até os pingos nos is e depois o senhor decide qual vai ser nosso castigo.
- E quem falou em castigo, senhor McGregor? – disse Dumbledore, voltando a ter o sorriso tradicional nos lábios, e também os brilhos nos olhos – O Eidolon é um ritual que não era feito em Hogwarts desde o tempo de sua avó, Mitch, e é um ritual que pode fornecer grande sabedoria, quando utilizado corretamente. Eu quero saber o que vocês ouviram de seus pais?
- Como soube que nós chamamos no Eidolon nossos pais? – disse Enya.
- Era óbvio... A saudade que trazem em seus corações de seus pais... E seus estranhos sonhos, senhorita McGregor... Existem muitas coisas sobre os poderes de uma barda verdadeira que você desconhece, senhorita McGregor.
Enya ficou assustada: como o professor Dumbledore descobrira que Enya tivera sonhos sobre o Eidolon?
- Devo apenas dizer, senhorita, que não precisam ficar preocupados sobre essas coisas: tenho minhas fontes de informação dentro de Hogwarts, mas posso dizer que não pretendo revelar a ninguém sobre seus sonhos, a não ser que você mesmo queira.
- Ainda não... – disse Enya.
- Mas estamos perdendo nosso tempo e vocês devem ainda ir dormir. Por hoje, quero que me contem o que viram no Eidolon.
Mitch falou tudo que lhe foi falado, inclusive sobre a Lança, Nicodemos e tudo o mais...
- Muito interessante. – disse Dumbledore coçando a barba – Agora, se me permitem, preciso descansar. Aliás, os senhores também precisam. – enquanto falara, Dumbledore retirara um pedaço de pergaminho da gaveta e uma pena. – Se por um acaso Filch ou qualquer outro professor os pegar, entreguem-lhe isso. Acho que eles não irão fazer mal a vocês se vocês tiverem com esse papel em suas mãos a hora que vocês forem pegos.
Enya, Mitch e Cedric correram. Mitch e Enya levaram Cedric até as Masmorras de Sonserina, e depois dispararam para a Torre da Grifinória, aonde chegaram rapidamente. Mitch apenas retirou a maquiagem rapidamente e caiu na cama, sem chamar a atenção de nenhum dos seus companheiros de quarto. Estava realmente cansado, pois dormira ainda usando a roupa de Serelepe.
No dia seguinte ao Baile, um Sábado, a Torre de Grifinória estava lotada. Mitch aproveitara a agitação e mandara Hawking entregar uma carta a Cedric, dizendo para encontrá-los na Saída do Salão Principal após o almoço.
Mitch e Enya tomaram seu café da manhã e puseram a lição em dia. No almoço, após almoçarem rapidamente alguma coisa, encontraram-se com Cedric, que rapidamente perguntou:
- Mitch, o que vamos dizer a Dumbledore? – disse Cedric.
- Estou mais preocupado no que ele vai nos dizer. – disse Mitch.
Foram então até a entrada da Sala do professor Dumbledore, que estava esperando-os, enquanto cuidava de Fawkes tranqüilamente. Logo em seguida, Dumbledore os observou e disse:
- Senhor Mitch, o senhor tem consciência do que o Eidolon revelou para vocês?
- Mais ou menos... Acho que é um objetivo... Devemos procurar a todo o custo a Lança de São Longuinus de Antióquia...
- Isso mesmo! – disse Dumbledore – A Lança Longuinus é um item de raro poder, que pode ser muito poderosa na mão de qualquer um, mas que na mão das pessoas erradas pode representar um perigo incrível...
- Está falando... Do... Você-Sabe-Quem? – disse Enya.
- Senhorita Enyamarana, acho que sabe muito bem que o nome dele é Voldemort, portanto chame-o pelo nome: Voldemort! Chamá-lo dessas formas só irá aumentar o medo que você tem dele.
- Professor... – disse Cedric – Porque nós? Porque o Mitch?
- Nicodemos era um homem estranho... Foi puro, à sua própria maneira: sempre teve uma vida regrada e correta, e no fim morreu pobre, mas feliz. Quando Longuinus, José de Arimatéia e Nicodemos subiram até aqui, na Bretanha, Cliodna fez profecias sobre cada um deles. Sobre Longuinus creio eu que vocês já saibam.
- Sim! – disse Mitch
Mas é importante que saibam também sobre Nicodemos e José de Arimatéia:
"Já tu, Nicodemos, desce até a Ibéria. Lá você guardará sangue, água e espinho. O sangue dos homens e o Sangue de Deus se unirão ao Sangue das Fadas e cruzarão os séculos. De sua descendência nascerá o Escudeiro. Armado de Sangue, Prata e Fúria, ele irá lutar com corpo, mente, espírito, alma. Usará a força como arma, a inteligência como arma, o brio como arma, a alegria como arma, a compaixão como arma, a reconciliação como arma. E não antes que setenta vezes sete gerações tenham-se passado, e a linhagem precise ser descoberta no fogo, e que irmãos fiquem separados e se reunam, não irá encontrar o Sangue necessidade de grande uso. Dois serão os herdeiros: um será rastejante, o outro caçador, um com cabelos de palha e outro com cabelos de fogo. Um crescerá acreditando em uma mentira, e outro confiará na Verdade. Um trairá e será traído, e por sua família será marcado, e do seio de sua família será separado para sempre, e o pai lutará contra o filho. O outro terá que ser pai, irmão e amigo, e lutará para redimir seu Sangue. E a força desse ressurgirá. Pois ele é o Escudeiro. Mas o Pajem é o outro. Com O Escudeiro estarão a Donzela e o Sábio. E com o Herdeiro, a Vencedora e o Amigo. E a todos orientando, o General. Setenta vezes sete gerações..."
- Que é tudo isso? – disse Mitch
- Você é o Escudeiro, senhor McGregor. – disse Dumbledore – Isso você já deve estar ciente... O Eidolon deve ter lhe contado isso. E a Donzela e o Sábio são seus irmãos.
- Até aí, tudo bem! – disse Cedric – Nós já sabemos disso. Agora, e quanto ao resto?
- Por enquanto, nossa função é descobrir o Pajem, que é o segundo Herdeiro de Nicodemos e quem é o Herdeiro de Longuinus. Pelo menos nesse lado... Agora vejamos o Cliodna diz sobre José de Arimatéia.
Então Dumbledore correu alguma coisa: naquele momento, Mitch descobriu que Dumbledore abria um grande e maciço rolo de pergaminho pesado, feito em velo de platina (uma espécie de papíro mágico, de complexa feitura e que só era usado para construir coisas que tinham que durar por muito tempo).
- Aqui! – disse Dumbledore, apontando certos pictos. Runas antigas: provavelmente escritas em algum idioma morto da antiqüidade:
"José, filho da Arimatéia, vá até a Ilha Esmeralda pelo norte. Lá encontrará uma jovem esperando-o para que você entregue o Graal, vestida em luz e folhas, com flores à cabeça, e um diadema, e torcas aos punhos, sem nada nos pés alvos e impecavelmente limpos. Dela tomará geração, e ela se espalhará pelo mundo, e setenta vezes sete gerações irão acontecer, antes que o Bardo surja. Ele terá pais sem tê-los, tomado deles pela Loucura e pelo Mal que cairá uma vez e outra vez. Será o Desprezado, aquele que a ninguém serve de nada, como o Bufão que tem de seus patrões pão, pano e pau. Será reconhecido como Parvo, como Tolo, por apreciar a natureza mais que a Alta Magia. Ele não nascerá das terras dos Thuatha De Danann, pois ele não é destinado para elas. Ele nascerá das terras do Pendragon, das terras dos Grandes Cavaleiros. E, como eles, terá como missão encontrar e usar o Graal. Muitas coisas poderão se perder, e outras que se imaginavam perdidas aparecerão. E a ele caberá salvar os necessitados e auxiliar, como os demais, o Herdeiro de Antióquia!"
- Mas, professor Dumbledore, se por um acaso José de Arimatéia tenha formada sua descendência entre os ingleses, como saber se esse descendente irá ser bruxo ou trouxa? E como saber se por um acaso Voldemort já não sabe disso? E se o descendente de Arimatéia, o Bardo, como dito na rima, já estiver do lado de Voldemort? – disse Mitch
- Na verdade, ao menos essa resposta eu tenho para vocês: por mais estranho que possa aparentar, o Bardo é Neville Longbottom.
- Longbottom? – disse Cedric – Aquele que é o "desastre de Hogwarts", como diz o professor Snape?
- Tirando o comentário de Snape, sim, é dele mesmo quem estamos falando. Neville Longbottom não conta a ninguém, mesmo a seus amigos mais chegados de Grifinória, mas os pais deles foram torturados magicamente por seguidores de Voldemort e ficaram loucos, sendo agora internados no St. Mungus.
- "Ele terá pais sem tê-los, tomado deles pela Loucura e pelo Mal que cairá uma vez e outra vez!" – disse Mitch.
- E o gosto dele por Herbologia é considerado tolice por muitos...
- "Será reconhecido como Parvo, como Tolo, por apreciar a natureza mais que a Alta Magia!"
- Isso! – disse Dumbledore.
- Agora, e quanto aos demais... Parece que o Herdeiro não é outro senão Harry. Se isso está certo, o Amigo deve ser Rony Weasley...
- Sim...
- E a Vencedora, Hermione Granger!
- Isso mesmo.
- E eu serei a Donzela! – disse Enya.
- E eu, o Sábio! – disse Cedric com convicção.
- Corretíssimos.
- Mas e quanto ao Pajem... Quem será ele?
- Iremos descobrir... logo... – disse de forma misteriosa Dumbledore.
