Capítulo 29: Luta de Pai e Filho – Draco x Lucio
Harry, Rony, Mione, Draco e Mitch continuavam a avançar pela Floresta, todos mais cautelosos. Mitch já guardara sua varinha e tomara sua Espada do Trevo de Quatro Folhas em mãos. Não tinha dado nem cinco minutos que tinham se separado de Neville quando eles viram:
O homem se vestia como um Comensal, com sua Capa Negra e sua arma em punho: uma Espada Longa que parecia um Buraco Negro que devorava a própria noite em suas mãos. Mas ele não usava máscara: não, não ele.
Não Lucio Malfoy:
- Esperava que viessem! E vieram. Muito bom, isso vai tornar tudo mais fácil. Legionare Crucio!
Todos esquivaram-se dos múltiplos raios que saiam da Espada de Aço Estígio de Lucio Malfoy, exceto Draco, que urrou de dor ao ser atingido pela Maldição Imperdoável da Dor:
- Malfoy! – gritou Mione, Rony e Mitch.
Harry não teve tempo de gritar o nome de Draco: a dor lancinante que apareceu na cicatriz dele não permitiu que ele o fizesse.
- Tirem... o... Potter... daqui! – gritou Draco, em meio às dores.
Rony e Hermione apoiaram Harry nos ombros, enquanto Mitch fazia a salvaguarda deles:
- Crucio! – gritava Lucio, ao qual Mitch respondia.
- Protegis! – isso até que Mitch conseguiu se afastar o suficiente de Lucio para não ser mais alvo de suas Maldições. Os quatro conseguiram correr em direção à Floresta.
- Maldição, os quatro escaparam! – disse Lucio, ao ver que Harry, Rony, Mione e Mitch conseguiram novamente se embrenhar na Floresta.
- Ei, velho! – gritou alguém para Lucio.
Lucio observou que Draco ainda sentia algumas dores da Maldição Imperdoável da Dor, mas estava ereto, e havia sacado o sabre e colocado-o en garde.
- Vamos ver se você é bom no jogo de espadas como o McGregor disse! – disse Draco, com seu inabalável sorriso irônico parcialmente oculto pelo sabre que ele empunhava.
- Então está me desafiando, moleque? – disse Lucio, segurando com as duas mãos a sua Espada de Aço Estígio.
- Quero ver até que ponto você é bom! – disse Draco, tirando a arma do en garde e passando-a para uma pose de cumprimento.
- Pois bem, prepare-se então! – disse Lucio, atacando em carga.
Draco sabia que era suicídio tentar aparar a lâmina de Lucio com seu sabre: a Espada de Aço Estígio era uma espada de duas mãos, bem mais pesada que a Espada Bastarda de Mitch.
Mas Lucio não contava com o corpo.
Draco se esquivou para a lateral no momento em que Lucio golpeou, ao mesmo tempo em que rotacionava o corpo para aplicar uma rasteira diretamente no pé de Lucio, que foi mandado ao chão.
Draco esqueceu, porém, de considerar o efeito do Aço Estígio.
Draco foi tentar dar um coup de grace, quando Lucio apontou a Espada contra Draco, como se fosse uma cruz invertida. Draco sentiu o golpe psíquico da Espada:
- Maldito! – gritou Draco, em dores terríveis, o Sabre caído ao chão.
- Pensei que tivesse entendido, garoto, que Lord Voldemort é invencível, e que tudo o que ele deseja ele consegue! – disse Lucio, com um sorriso insano no rosto – E o que ele quer agora é a Lança que Estocou Cristo, e quer profaná-la, para provar que não existe força que seja superior à de Voldemort.
- Pai... Você... fala... DEMAIS! – gritou Draco, recuperando o sabre e cortando-lhe a perna com uma boa cutilada do sabre.
Foi a vez de Lucio cair ao chão e largar a Espada:
- Moleque maldito! Passou para o lado do campeão dos Sangue-Ruins, Alvo Dumbledore?
- Não! – disse Draco, irônico – Não menti para eles... Essa é uma aliança tácita, e mesmo Potter sabe disso. Digamos que temos interesses comuns.
Draco chutou a Espada de volta na direção de Lucio:
- Pegue! – disse Draco.
- Está demonstrando fraqueza... Misericórdia! – disse Lucio, enojado – Deveria saber que isso é um sinal de fraqueza!
- Não é misericórdia! – disse Draco, tão esnobe quanto Lucio poderia ser capaz de imaginar que seu filho era – É honra! Existe uma diferença entre as duas coisas! Além disso, vai ser mais divertido ver o poder de sua Espadinha contra isso.
Naquele momento, Draco deixou a luz da Lua Cheia brilhar, mostrando o nome de Salazar Slytherin no sabre.
- O Sabre de Salazar!
- Isso mesmo! – disse Draco, artificialmente natural – Sabe, descobri ela perdida nas masmorras, apenas aguardando que um legítimo Filho de Slytherin estivesse à disposição.
- Maldito! – gritou Lucio – Agora você vai me pagar!
Draco então passou a esquivar os golpes de Lucio: aparar com o Sabre uma Espada de duas mãos era algo suicida. Lucio então tentou novamente o golpe baixo de usar as emanações psíquicas da Espada de Aço Estígio contra Draco. Draco, porém, foi mais esperto: colocou a lâmina sobre a testa, protegendo-se das emanações da espada.
- Como! – ficou estupefato Lucio.
- Acho que esqueci de lhe dizer, mas esta Espada é feita de Prata Feérica. Salazar era muito mais esperto do que se imagina.
- Desgraçado! Moleque desgraçado! Agora sim eu vou acabar com você! – disse Lucio.
Atacando em carga, Draco não previu o movimento, o que lhe custou uma cutilada no peito bastante generosa.
- AIII! – gritou Draco.
Um corte rompeu-se no peito de Draco.
- Agora é o seu fim, moleque! Avada Kedavra! – gritou Lucio.
Draco ficou preso ao chão. Sem reação, esperando o raio verde lhe atingir e lhe mandar para o outro mundo.
Foi quando aconteceu.
Antes do raio da morte o tocar, tocou uma pessoa. Uma garota.
Pansy Parkinson.
- Par... Parkinson! – gritou Draco.
O Avada Kedavra não foi poderoso o suficiente para matar de imediato, mas foi poderoso o suficente para causar dano mortal.
- Malfoy... Draco... Eu... te... amo... Viva... por... mim! – disse Pansy, antes de morrer.
O corpo de Pansy foi caindo lentamente, escorregando pelo de Malfoy. Foi quando ele apenas observou, estático o corpo de Pansy caído no chão. Ao levantar os olhos, Draco viu seu pai rindo:
- Ahahahahahahahahahaah! Tola! Como se ela fosse conseguir repetir o sacrifício da mãe do Potter! – disse em meio a gargalhadas insanas Lucio.
- CALE... A... BOCA! – gritou Draco.
Os olhos de Draco não eram mais do azul-cinzento frio típico, e sim de um azul-cobalto brilhante e terrível. O olhar também expressava apenas o ódio. Mas o que mais assustou Lucio naquele momento foi ver que o filho tinha cada poro do corpo transbordando em magia.
- Dellocattio! Turbinae! – disse Draco, utilizando o Sabre de Slytherin como varinha.
Lúcio viu sete Dracos Malfoy correndo em sua direção:
- Eu não preciso de uma varinha! Vou matar-lhe com meu Sabre! – disseram os sete Dracos em coro.
- Não seja tolo, garoto! – disse Lucio – Você irá morrer! Avada Kedavra! – atirando aleatoriamente suas Maldições contra os Dracos ilusórios.
Mas os Dracos ilusórios esquivaram-se da Avada Kedavra, intuitivamente, como se tivesse previsto o movimento de Lucio.
Sucedeu-se uma série de estocadas com o Sabre de Slytherin. Quando acabou, Draco acabou decaptando a cabeça de Lucio Malfoy, que escorregou suavemente pelo chão, acompanhando o sangue quente e pulsante que ainda deixava-lhe o corpo pelos mais diversos furos.
Draco então foi até o corpo de Pansy Parkinson.
Nunca assumira, mas ela era a paixão de sua vida: sangue-puro, forte, poderosa, ambiciosa... Draco nunca pedira mais que isso.
E tudo estava acabado.
Neville chegou alguns segundos depois:
- Malfoy, o que...
- História comprida, Longbottom! – disse Draco, com a máxima frieza que poderia colocar em sua voz naquele momento. – Vamos. Acho que os demais devem estar preocupados conosco.
- E quanto a... Meu Deus!
Neville chegou perto de onde Pansy e Lucio jaziam, mortos:
- Sim, Longbottom! Pansy morreu por mim, nas mãos do meu pai, e eu vinguei sua morte!
- Malfoy... – tentou dizer algo Neville, quando Draco levantou-se.
- Vamos, Longbottom! Não temos tempo a perder. A qualquer momento, Potter vai encontrar aquele cara-de-cobra. E eu quero estar lá para ver o fim dele!
"Por você, Pansy!", pensou Draco. "Voldemort vai ser derrotado em definitivo hoje, por você e por todos que ele já matou! Eu juro! E também juro que não vou mais sujar o nome Malfoy nesse tipo de coisa em que meu pai o sujou."
E correu, junto com Neville, para mais fundo na Floresta, deixando para trás toda a vida como a conhecia.
