RISCOS DO CORAÇÃO

AUTHOR: Kyriah

DISCLAIMER: Todos os personagens da série "Sir Arthur Conan Doyle's The Lost World" são propriedade de John Landis, Telescene, Coote/Hayes, DirecTV, New Line Television, Space, Action Adventure Network, Goodman/Rosen Productions, e Richmel Productions (perdoem qualquer omissão).

COMMENTS:

Lady F – A principio pode parecer estranho, essa atitude não tão típica de Marguerite, mas mesmo ela sendo tão independente, haverá um momento em que precisara da ajuda de alguém e não resta duvidada que esse alguém é o Roxton.

Toda critica construtiva é bem vinda.

Jessy – Do jeito que a Marguerite é esquentada. Mas será que ela não esta dando margem, mesmo sem quere para ele se achar o dono do pedaço? Porque ate o momento ela não disse a que veio.

Maga – Não dizem que o amor é cego... Quanto ao que a Marguerite procura...

Nessa – Seja o que for, estará em boas mãos e que mãos...

Kakau – É por isso que R M, são tão amados. Aventuras alucinantes, dramas, romances e pitadas de ironia são a formula para o sucesso do nosso casal 20.

Claudia – Será que ela quer escapar?

Di Roxton – Concordo com você, ele é um menino super poderoso mesmo.

Rafinha – Como eu gostaria de encontrar alguém como ele. O nosso Lord esta se achando, mesmo porque ate agora a herdeira não disse o que esta procurando.

Cris – Se dependesse do Lord, eles já teriam passado há muito da fase dos beijos e já estariam nos finalmente, mas ele sabe que só poderá avançar o sinal, quando ela permitir. Quando o sinal verde será acionado? É isso que esta deixando o nosso caçador louco.

Mistress- Sahib – Nesse primeiro momento é todo de Roxton e Marguerite, mas em breve os outros entrarão em cena.

Crys Richard – Só posso garantir que é algo muito precioso, para a herdeira.

CAPÍTULO 4

"Nada, estou bem". Mentiu Marguerite.

"Pois não é o que parece."

"Só estou um pouco cansada. Vamos parar um pouco".

Roxton estava começando a ficar preocupado, mais um motivo para insistir em saber o verdadeiro motivo dessa louca procura.

"Marguerite, me responda sinceramente: o que você esta procurando? Pois estamos há quase dois dias andando e até agora nada. Eu estou seriamente propício a acreditar que tudo não passou de uma desculpa para você ficar sozinha comigo."

Marguerite, que estava tomando um gole de água, quase engasgou. – Você deve estar brincando. Acha mesmo que me sujeitaria a andar nesse calor infernal, correndo todos os tipos de perigos, me privar do mínimo de conforto da casa da árvore, para ficar a sós com você? Só em seus sonhos, Lord Roxton.

"Digamos que você esteja me dizendo a verdade. O que você está procurando? E não me venha com essa historia de não saber. Roxton estava começando a perder a paciência."

Marguerite sabia que ele não a deixaria em paz enquanto não soubesse a verdade.

"Eu... tive um sonho". Marguerite disse quase num sussurro.

"Um sonho? Você nos arrastou para essa situação por causa de um sonho?" Roxton definitivamente estava nervoso.

"Não foi um simples sonho. Eu tenho sonhado a mesma coisa há duas semanas. Será que você não entende que ele quer me dizer algo?" A cabeça dela começava a doer.

Roxton passou as mãos nos cabelos, não acreditando no que ouvira. Respirou fundo tentando acalmar-se.

A essa altura não bastasse a cabeça que estava doendo, a perna de Marguerite também latejava de tanta dor, ela mal conseguia ficar de pé. Mas orgulhosa como era, precisava ser forte para que ele não percebesse.

"Pois bem, Srta. Krux, pelo menos você tem uma vaga idéia do que seja e onde encontr�-la".

A dor era tanta que ela não teve forças para responder, apenas acenou negativamente com a cabeça, controlando para as lágrimas não cairem.

Roxton percebeu que ela não estava bem. - Tudo bem, vamos dar por encerrada a nossa jornada por hoje. Vamos acampar aqui.

Quando Marguerite tentou caminhar para sentar próxima a uma árvore, sentiu uma forte pontada na perna. Se não fosse a rapidez de Roxton em segui-la, com toda certeza ela teria caído.

"Marguerite, pela última vez, diga-me o que você tem". Ele disse sério, ao mesmo tempo em que a ajudava a caminhar e a sentar-se.

"John, você esta fazendo uma cena".

"Não acredito. Fiz uma pergunta e quero uma resposta".

"Não terá nenhuma resposta. Estou apenas cansada, faminta e preciso apenas de algumas horas de descanso".

Roxton sabia que não adiantaria insistir. – Vou montar a barraca e trazer algo para comer. Tome um pouco de água -disse entregando o cantil para ela.

Como havia dito, montou a barraca e preparou algo para ela comer. Em nenhum momento tirou os olhos de sua amada e ele sabia que se quisesse saber o que estava acontecendo teria que tomar uma atitude drástica.

Roxton levou para ela frutas e uma caneca com café. Apesar de haver dito que estava com fome, comeu muito pouco, apenas para não dizer que não comera nada.

"Roxton, vou me deitar um pouco". Antes que ela fizesse menção de se levantar, ele foi mais rápido e a pegou no colo, levando-a para a barraca e colocando-a em uma cama improvisada. Mas não saiu.

"Agora, Marguerite, você tem um minuto para me dizer o que está acontecendo. Fui claro?"

"E se eu não disser?"

"Aí eu mesmo vou ter que verificar".

"Você não ousaria fazer isso".

"Quer apostar?"

Roxton era mesmo um grosso. A dor era tanta, que Marguerite não conseguia raciocinar direito.

"Por favor, Roxton, me deixe em paz".

"Bom, Marguerite, foi você quem pediu".

Marguerite engoliu seco.

"Minha paciência esgotou-se. John tirou as botas de Marguerite, e examinou os pés. Não havia nenhum sinal de torção. Tomou-lhe o tornozelo e subiu as mãos bem devagar, forçando a saia para cima, apesar dos esforços dela em contrário".

"Um inseto me picou".

"Onde? Em que lugar?"

"Na perna. Acima do joelho. Agora esta feliz?"

"Imensamente. Agora erga a saia e deixe-me ver o ferimento".

"Nem em seus mais doces sonhos".

"Vamos Marguerite, não hora para falsos pudores. Uma picada pode ser tão perigosa quanto uma perna quebrada. Para sua informação já vi muitas pernas e, além do mais, não será a primeira vez que verei as suas lindas pernas", completou com um sorriso maroto.

"Não posso acreditar! Que dizer que você fica me espionando? Eu estou pasma. Pensando bem, isso não deveria me surpreender, não é mesmo? É uma atitude típica de homens como você."

"E que tipo de homem eu sou? Perguntou num tom sarcástico".

"Você sabe, não preciso dizer".

"Ah, não. Dessa vez você não vai atiçar fogo e fugir como sempre faz"Roxton estava injuriado.

Por alguns minutos o silêncio tomou conta da barraca.

"E então, Marguerite... Posso esperar o tempo que for necessário, só sairei daqui quando você me disser que tipo de homem eu sou", disse colocando-se, na frente da abertura da barraca, de modo que ela não pudesse sair.

Vendo que ele não sairia enquanto não respondesse a sua pergunta, Marguerite fixou o seu olhar no dele e deu um profundo suspiro antes de falar.

"Já que você insiste. Você é... Arrogante, pretensioso, presunçoso, rude, grosso, mulherengo e..." Completou em pensamento apenas: bonito, viril, extremamente másculo e deliciosamente sexy como nenhum outro homem que ela tivesse conhecido. Ele era tudo que ela detestava, tudo que desprezava, e ao mesmo tempo tudo o que desejava e sonhava em um homem.

"E o que mais, Marguerite? Roxton estava perplexo."

"E... E tão seguro de si mesmo, que pensa que pode ter todas as mulheres os seus pés, num estralar de dedos. Isso pode funcionar com as donzelas que vivem a espera de seu príncipe encantado, mas não funciona comigo."

"Então é assim que você me vê?" Os olhos de Roxton estavam tão verdes, quase negros de tanto ódio. "Não são adjetivos que um homem gostaria de ouvir de uma dama, mas pelo menos agora eu sei que não sou transparente para você. Porque para definir-me como fez, só há uma maneira e você sabe muito bem qual é."

"Acha mesmo que perco o meu precioso tempo observando-o? Você só pode estar sonhado". Agora quem estava indignada era Marguerite.

"Quem está dizendo isso é você..."

"Ora, seu..."

Roxton deu um passo em direção a ela, mas se conteve, lançando-lhe um olhar furioso. – vou sair. Tire o que for necessário. Examinarei o ferimento com ou sem seu consentimento.

"Você é..."

"... Mais alto mais forte e muito mais teimoso que certa pessoa, que prefere colocar em risco a sua perna a mostríla a um homem. Você tem dez minutos."

Assim que Roxton saiu, Marguerite levantou-se. Sua perna latejava e provavelmente não encontraria meios de sair dessa situação embaraçosa.

"Estou entrando",Roxton disse.

"Ainda não!" Marguerite gritou.

Roxton começou a contagem, e ela sabia que ele não passaria do dez para entrar. Tirou depressa a saia e estendeu o cobertor acima de suas coxas.

"... Dez..." E Roxton entrou, ajoelhando-se ao lado dela, examinando a área inflamada.

"Deve ter sido alguma formiga gigante que eu tirei da cama ontem. E não me pareceu importante na hora."

"Na selva há formigas, escorpiões e... Bem não importa. Seja o que for você conseguiu um enorme furúnculo."

A raiva de Marguerite era tanta que teve vontade de bater nele. Como ousava agir como se ela tivesse feito de propósito?

Por um momento Roxton a deixou e foi lá fora. Voltou com os cantis e uma vasilha com água quente.

A selva, assim como as savanas, ensina uma grande lição, disse Roxton. Já ajudei a extrair balas, costurar machucados e até ajudei uma criança a nascer.

Tornou a fitíla. Dessa vez com uma gentileza a toda prova.

"Tentarei não machuc�-la."

Quando Roxton a tocou, ela estremeceu. A área inflamada parecia um vulcão preste a expelir suas lavas.

"Calma, minha rainha..."

Os dedos bronzeados eram ao mesmo tempo fortes e delicados e contrastavam com a pela alva das coxas de Marguerite. Era fácil imaginíla nua na cama e em seus braços. Pensar no que estava encoberto pelo cobertor fez Roxton enrijecer de desejo.

"Dói?" Ele perguntou.

"Um pouco."

Roxton pegou seu canivete.

"O que vai fazer?" Marguerite perguntou apreensiva.

"O furúnculo precisa ser lancetado. Senão você não conseguirá andar amanhã. Não vai doer mais do que uma picada de alfinete, eu te asseguro."

O que estava amedrontando Marguerite não era o procedimento. Mas a idéia de Roxton bancar o médico a estava desorientando emocionalmente. Era curioso como ele a fazia pensar em uma coisa e sentir outra.

"Tenho um pouco de uísque. Quer um gole?"

"Para uma 'picada de alfinete'? Não".

Respire fundo e relaxe.

A ponta do canivete estava quente, mas não a feriria.

"Pronta?"

Marguerite fez que sim.

Roxton cortou bem no meio da área inflamada. O ferimento começou a drenar de imediato.

"Quase não doeu", ela admitiu.

"Quando o sangramento parar, farei um curativo com ungüento que a Verônica preparou. Amanhã não sentirá mais nada."

"Obrigada."

"Se a senhorita tivesse me contado antes, não estaria limpando o meu canivete de estimação."

Marguerite tinha que admitir que merecia a represália. Só o que queria agora era dormir.

"O que era, Roxton?"

"O que?"

"A criança que você ajudou a nascer... Menino ou menina?"

"Era um garoto."

"Ah..."

"Não gostaria de fazer isso outra vez. Roxton disse.

"Tenho certeza que você seria um bom marido e um excelente pai. A maioria dos homens não sabe nada sobre bebês, a não ser como fazê-los."

"Nunca fiz um e nunca pensei em me casar", respondeu Roxton. "Ou melhor, não havia pensado nisso antes de conhecer uma misteriosa dama, pensou saído da barraca".

Alguns minutos depois, Roxton retornou com o ungüento, e colocou uma generosa porção em um pedaço de pano limpo e cobriu a ferida.

"Agora, Srta Krux, você pode colocar a saia e voltar a ficar decente" disse Roxton com um sorriso cínico.

"Ah... Aproveite para descansar bastante, pois amanhã vamos retornar para a casa da árvore" Roxton disse sério.

"Mas..."

Sem mas. Chega dessa loucura. Amanhã vamos voltar. E não se fala mais nisso. Agora durma.

CONTINUA!