RISCOS DO CORAÇÃO

AUTHOR: Kyriah

DISCLAIMER: Todos os personagens da série "Sir Arthur Conan Doyle's The Lost World" são propriedade de John Landis, Telescene, Coote/Hayes, DirecTV, New Line Television, Space, Action Adventure Network, Goodman/Rosen Productions, e Richmel Productions (perdoem qualquer omissão).

COMMENTS: Rafinha, Maga, Kakau, Claudia, Di Roxton, Cris e Nessa, obrigada pelos Reviews e desculpe pela "falha nossa" no 4º capitulo. Espero que gostem deste, porque a temperatura só esta começando a subir, subir, subir...

Beijos.


CAPÍTULO 5

Marguerite dormiu o resto da tarde. Quando acordou, já era noite.

O luar iluminava a noite fria e o céu estava escuro. O sussurrar do vento e o zumbido dos insetos eram os únicos sons que se ouvia no meio do silêncio.

Roxton suspirou. Não conseguia parar de pensar em Marguerite. Voltou a fixar-se na barraca distante e na fogueira acesa. Não era fácil encarar a verdade e manter o desejo por ela sob controle. Era uma verdadeira aventura.

Enquanto isso, na barraca, Marguerite não parava de pensar em Roxton. Só de lembrar o beijo da noite anterior era suficiente para seu sangue ferver. Será que ele iria cobrar o seu pagamento hoje? A resposta veio alguns minutos depois, quando ele entrou na barraca.

"Como está sua perna?" Perguntou docemente.

"Quase boa."

"Da próxima vez, procure não ser tão teimosa."

"Não se trata de teimosia. Eu estava..."

"...Agindo como uma Lady?" perguntou Roxton com seu característico arquear de sobrancelhas que apenas o deixava mais sexy.

"Você não gosta de ladies?"

"Durma." Roxton deu-lhe as costas.

Decepcionada, Marguerite compreendeu que ele não cobraria seu beijo naquela noite.


Marguerite acordou pouco depois dos primeiros raios do sol despontarem. Sonolenta, sentou-se. Não demorou para que Roxton entrasse trazendo o seu café da manhã. Ele ajoelhou ao seu lado e entregou-lhe uma caneca de café fumegante e um pedaço de pão.

"Bom dia, milady." Roxton disse com um alegre sorriso.

"Bom dia, milorde." Ela respondeu, devolvendo-lhe o sorriso.

"É melhor comer tudo, pois iremos andar muito hoje. Enquanto você come, vou preparar as coisas para nossa partida."

Quando Roxton voltou, ela ainda estava sentada na cama.

"John, por que você não me beijou ontem?" Marguerite finalmente perguntou, não conseguindo esconder a sua curiosidade.

"Nosso acordo era que você teria que me beijar." Roxton afirmou, olhando em seus olhos.

"Bem... Foi você que tomou a iniciativa da outra vez."

"Achei que você precisava familiarizar-se com o fato. Agora que sabe o que fazer. Faça ou esqueça."

"Muito bem."

Marguerite passou a língua nos lábios e Roxton preparou-se para o caso dela optar pela segunda escolha, "Esqueça".

"Eu lhe darei um beijo de bom dia."

"E se eu quiser mais do que um beijo? E se lhe disser que não sou nenhum cavalheiro que se contenha com um beijo casto?"

"Esteja certo que não será nenhum beijo 'casto'."

Roxton suspirou, mas não se mexeu quando Marguerite aproximou-se e apoiou as mãos em seu tórax. Ela sentiu o calor do seu corpo e as batidas aceleradas do coração de Roxton.

Na ponta dos pés, ela pressionou os seus lábios de encontro aos de Roxton e teve certeza de que jamais vira tanto brilho naqueles olhos esverdeados. O perigo de machucar novamente o seu sofrido coração foi esquecido pelo desejo avassalador que queimava o seu interior. Só importava o homem que estava à sua frente. O homem corajoso, honesto e fora de alcance de seus sonhos. Estar nos braços dele era uma realidade.

A agonia e o prazer mesclaram-se quando ele sentiu a respiração cálida de Marguerite e viu os olhos aveludados irradiando paixão.

Não podendo mais resistir, apertou-a de encontro ao seu peito e aventurou-se com a língua no interior da boca de sua amada.

Ao interromper o beijo, Roxton mordiscou-lhe o pescoço. Marguerite apoiou-se nele, confiante.

"Marguerite..." Roxton sussurrou, afagando-lhe as costas com uma das mãos.

Com a outra mão, abriu o primeiro botão da blusa dela. Roçou-lhe o pescoço com ponta do dedo indicador e em seguida beijou a pele sedosa, fazendo Marguerite estremecer.

Roxton experimentou a angústia de um condenado. Sua mente ordenava o afastamento imediato. Admitiu que a desejava desesperadamente, mas não só por um momento. A queria para todos os momentos de sua vida. Apesar disso, continuou a acariciá-la e a apertá-la ainda mais de encontro a seu ventre tenso.

Desabotoou mais alguns botões da blusa, revelando-a ainda mais.

Desta vez, Roxton a beijou com uma ternura que jamais empregara com outra mulher. E sentia-se assustado com o tamanho da própria ansiedade. Já estivera com muitas amantes, mas nenhuma delas despertara uma paixão tão pura como a de Marguerite.

Continuou a abrir o restante dos botões da blusa e delicadamente a despiu. Passou a ponta dos dedos na curva macia dos seios, desarmando a pouca resistência que Marguerite ainda tinha.

De olhos cerrados, ela seguiu o comando silencioso de Roxton, movendo-se dentro do círculo daqueles braços poderosos e firmes.

"Meu Deus, como você é linda!"

Ele desceu os lábios e alcançou a protuberância dos seios encobertos pelo corpete. Lambeu e mordicou, provocando com a língua e os dentes. O atrito entre o tecido e os mamilos fez Marguerite agarrar as dobras da camisa dele, arquear-se para trás e gemer.

Roxton entendeu o apelo e continuou com as caricias sensuais.

Os seios de Marguerite ficaram doloridos sob o prazer intenso que a ação da boca ávida e quente do caçador lhe provocava. Suas pernas enfraquecidas mal suportavam seu corpo.

Roxton ajoelhou-se e levou Marguerite consigo. Sem deixar de acariciar-lhe os seios e sua curvas, estendeu-se com ela sobre a cama improvisada, deslizando um joelho entre as pernas dela e pressionou-a.

Ela segurou-se com força em Roxton. Recusava-se a deixar escapar a realidade que em breve tornar-se-ia um sonho. Ao olhá-lo, viu o rosto másculo, tenso e mais belo do que nunca.

Roxton beijou-lhe o vale perfumado entre os seios. Tomou-os entre as mãos, como se fossem o tesouro de valor incalculável. Uma volúpia intensa tomou conta de Marguerite.

Ela deslizou a mãos por dentro da camisa dele, que rangeu os dentes. Acariciou o tórax coberto e quente e adorou não só os gemidos que escutava, mas também o calor da pele morena e macia.

Hesitante a princípio, Marguerite imbuiu-se de coragem e puxou a camisa de Roxton para baixo, desnudando os ombros largos. Beijou-lhe a pele descoberta e imitou-o nas carícias.

"Meu Deus..." Ele gemeu e arrancou a camisa rapidamente.

Marguerite passou as pontas dos dedos da cintura até os ombros largos.

Roxton moveu-se para cima dela e a cobriu por completo. Afastou-se um pouco e com uma das mãos levantou a saia até revelar o local onde havia sido picada. Tocou na pequena mancha rosada e dessa vez não houve dor. Marguerite sentiu apenas a carícia ardente e o próprio desejo. Ele começou a desfazer os laços do corpete, sentiu a reação feminina e quente na maneira como Marguerite se pressionava contra o seu corpo, implorando sem palavras para que não parasse.

Roxton buscou um pouco de sanidade, para não atender seu pedido.

"Marguerite..." Sussurrou, com a boca encostada na pele sensível do pescoço dela.

Ele respirou fundo em uma tentativa vã de acalmar-se. Estava tão tenso que nem mesmo atinava em como fazer para sair dali.

Marguerite ainda com as mãos em seu tórax, procurou relaxar por sentir que ele procurava libertar-se dela.

Ela jamais tivera sentimentos tão avassaladores. A paixão e o desejo queimavam, mas a sensação não era apenas física. Era...

O movimento de Roxton, saindo de cima do corpo dela, a fez interromper seus pensamentos. Ele levantou-se, sem ao menos saber de onde tirara forças para interromper o momento mágico que vivia, e frear o desejo que o consumia todas as noites deste o dia em que colocou os olhos em Marguerite.

"Procure se arrumar. Quanto mais cedo partimos, mais cedo estaremos de volta à casa da arvore." Disse quase num sussurro, controlando a vontade de jogar tudo para o alto, e saciar sua sede de Marguerite.

CONTINUA!