RISCOS DO CORAÇÃO
AUTHOR: Kyriah
DISCLAIMER: Todos os personagens da série "Sir Arthur Conan Doyle's The Lost World" são propriedade de John Landis, Telescene, Coote/Hayes, DirecTV, New Line Television, Space, Action Adventure Network, Goodman/Rosen Productions, e Richmel Productions (perdoem qualquer omissão).
COMMENTS: Realmente, devo admitir que dei uma de "Malone, dinossauros... etc", mas penso que o Roxton foi muito esperto em recuar, só Deus sabe, onde ele encontrou forças para não sucumbir ao avassalador desejo, que o consome a cada segundo, desde que colocou os seus maravilhosos e penetrantes olhos em cima dessa mulher de fogo e aço. Mas com isso ele deixou a Marguerite explodindo de desejos, com gostinho de quero muito mais, com tudo que tem direito. E quem sabe ela não toma a iniciativa, difícil pode ser, mas não impossível. Porque ninguém melhor do que ele para conhecer a herdeira. Brigadão pelos Reviews: Fabi, Claudia, Nessa, Rosa, maga, Kakau, Cris e Di e para a Lady K, porque sem a ajuda dela e de vocês essa Fic não sairia.
CAPÍTULO 6
Marguerite ainda estava trêmula, aos poucos as batidas de seu coração voltaram ao normal e agradeceu a Roxton por não ter aproveitado da facilidade com que ela se lhe oferecera. Porém seu corpo clamava por mais beijos, mais caricias e tudo mais.
Uma lágrima traidora teimava em cair de seus olhos.
Roxton estava compenetrado em seus pensamentos. - Como uma mulher intrigante e misteriosa conseguia fazê-lo perder o juízo? - Tomou mais um gole de café. O sabor forte da bebida não eliminava o gosto doce dos lábios macios. O ar fresco não arrefecia o calor de seu corpo que continuava ansioso, insatisfeito.
Marguerite não podia acreditar que Roxton voltara a agir minutos depois como se nada tivesse acontecido.
Entrara na barraca, pisando firme.
Posso desarmar a barraca? - E sem esperar pela resposta começou a desarmá-la.
A manhã estava chegando ao fim e eles não disseram mais nenhuma palavra. Pararam alguns instantes para descansar e fazer um pequeno lanche. Voltaram a caminhar, cada um perdido em seus próprios pensamentos.
O céu começou a escurecer.
Vamos ter uma tempestade pela frente. Teremos que encontrar uma caverna para nos abrigarmos. - Finalmente Roxton quebrou o silêncio.
A tempestade não tardaria a desabar. Os relâmpagos e trovões tornaram-se constantes. O vento frio ficou mais forte. Então um estrondo e os primeiros pingos da chuva vieram abaixo.
Roxton gritou para que Marguerite corresse o mais rápido que pudesse. Mas de repente ela escorregou no chão molhado e como num pesadelo ele a viu estatelada no chão, deitada, sem se mexer.
Com o coração acelerado, Roxton aproximou-as dela e ao ver seus olhos fechados, seu estômago se contorceu. Ao vê-la abrir os olhos um sorriso de alívio inundou o seu rosto.
O que aconteceu? - Quis saber, atordoada.
Estávamos correndo para procurar abrigo. Você escorregou e caiu.
Eu escorreguei e caí? - Estava tão desapontada que Roxton teve vontade de rir.
Bem, acho que qualquer um cairia naquelas condições.
Está dizendo isso para eu me sentir melhor!
É a pura verdade. Ele observou que ela tremia. – Também é a pura verdade que estamos ensopados. Sente alguma dor?
Só o meu orgulho que está ferido.
Consegue se levantar?
Acho que sim.
Tentou se levantar. Então fechou os olhos.
– Estou um pouco tonta.
Depois de alguns instantes, tornou a levantar as pálpebras.
Pronto, agora estou melhor.
Quantos dedos você vê aqui?
Cinco. Ela fez uma careta.
Vamos andando, estamos molhados até a alma, e não queremos correr risco de ter uma hipotermia. Eu te levo no colo.
Alguns minutos depois, Roxton avistou uma caverna.
Hei, não vai dormir agora, Srta Krux.
Quem é Srta Krux?
Teoricamente é você. Mas acho que não vai me contar seu nome verdadeiro. Não é?
Não me lembro de termos sido apresentados.
Roxton mordeu os lábios tentando lembrar de tudo que já ouvira sobre hipotermia. E a confusão mental era um dos sintomas.
A caverna era pequena, porém segura.
Sente-se aqui. Eu volto já.
Roxton procurava alguma coisa para acender uma fogueira. Por sorte havia alguns pedaços de madeira secos perto da entrada da caverna.
Enquanto acendia a fogueira, tentou falar com Marguerite, mas ela apenas resmungava. Foi ao encontro dela, pegando-a no colo e a colocou em cima do cobertor próximo à fogueira. Ele sabia que precisava tirar a roupa molhada dela e aquecê-la o quanto antes.
Primeiramente, tirou-lhe a bota.
Temos que tirar essa saia e blusa molhada. Nunca imaginei que seria desse modo a primeira vez que a levaria para a cama - Disse Roxton sorrindo.
Marguerite levantou-se e sussurrou no ouvido dele. – Toda noite fantasio que estou indo para a cama com você.
Roxton engoliu um seco, perguntando-se se teria ouvido direito.
Em meus sonhos, fazemos coisas incríveis juntos. - Continuou Marguerite sussurrando.
Tão bom assim, é? E eu que pensei que era o único que nos imaginava fazendo amor.
A expressão vazia nos olhos dela o fez voltar à realidade.
Tentando ao máximo não tocá-la, começou a despi-la. A saia molhada grudara no corpo dela, obrigando-o a tocá-la e a ver suas longas pernas. Quando por fim conseguiu tira-lhe a saia, deu-se conta de sua excitação.
Em seguida tirou a blusa dela. Não pôde deixar de admirar a pele alva e macia. Com um olhar rápido, notou que ela usava um corpete e uma calcinha de seda vermelha, que fatalmente permaneceria em suas fantasias durante muito tempo.
Roxton cobriu-a com o cobertor e enxugou os cabelos dela. Em seguida fez Marguerite se deitar. Ele também tirou as calças e a camisa ficando apenas de cuecas. Deitou ao lado dela e puxou o outro cobertor até o pescoço. Ele temia que mesmo em seu estado de confusão ela o rejeitasse, porém Marguerite deu um suspiro e se aninhou em seus braços.
Horas depois, Roxton verificou a temperatura de sua amada, que estava quase normal. Lá fora escurecera e a chuva continuava forte.
Levantou-se delicadamente para não acordá-la, e vestiu suas roupas que ainda estavam úmidas. Colocou mais madeira na fogueira e preparou um café forte.
Lamentava acordá-la, mas era necessário que ela tomasse algo bem quente.
Então ele aproximou-se dela e tocou delicadamente o seu rosto.
Hei, sua dorminhoca, você precisa acordar.
Quando a herdeira abriu os olhos, ele agradeceu a Deus em silêncio.
Oi. – E esboçou um sorriso terno e sonolento. Que teve nele um efeito imediato.
Como está se sentindo?
Um pouco cansada. Marguerite arregalou os olhos, ao observar que estavam em um lugar estranho. – Onde estamos?
Em uma caverna. Você escorregou e caiu, ao corrermos para procurar um abrigo. Ficou ensopada e começou a apresentar sinais de hipotermia.
Agora me lembro vagamente... - De repente, ela franziu a testa e olhou em baixo do cobertor. – Como foi que conseguiu me esquentar?
Usei o calor do meu corpo. E antes que comece a pensar o pior, fique sabendo não a toquei além do necessário.
Sei... Afinal você é um Lord, não é?
Exatamente, Marguerite, por incrível que pareça ainda sou um Lord. Agora você precisa tomar este café enquanto está bem quente, vai ajudar a normalizar sua temperatura.
Sentou-se, cuidando para prender o cobertor debaixo do braço.
Depois de beber o café e comer algumas frutas, ela vestiu a blusa e a saia que já estavam quase secas.
Não está pensando em dormir nesse chão duro, est�? - Indagou-o ao vê-lo deitar-se no chão, do outro lado da fogueira.
Ainda deitado Roxton a encarou.
Se está me convidando para dividir o seu leito com você, vou–lhe avisando que não é uma boa idéia. Não hoje!
Já estou me sentindo bem melhor. E você não vai me perturbar.
Mas você vai me perturbar, e muito. Direi com todas as palavras, Marguerite: estou me esforçando ao extremo para me comportar como um cavalheiro e, no entanto, se eu me deitar nesse cobertor com você, nenhum de nós dormirá esta noite.
Marguerite corou, mas não se deixou abater. Por alguns segundos ficou pensativa.
Vários segundos se passaram até que o silêncio foi quebrado.
Desejo dormir com você, John... Quero que faça amor comigo. Não. Quero fazer amor com você. E não tenho dúvidas disso. E, ao dizer estas palavras, sabia que era a pura verdade.
CONTINUA!
