RISCOS DO CORAÇÃO

AUTHOR: Kyriah

DISCLAIMER: Todos os personagens da série "Sir Arthur Conan Doyle's The Lost World" são propriedade de John Landis, Telescene, Coote/Hayes, DirecTV, New Line Television, Space, Action Adventure Network, Goodman/Rosen Productions, e Richmel Productions (perdoem qualquer omissão).

COMMENTS: Decidi escrever uma pequena historia, sobre os personagens que mais amo, Roxton e Marguerite. Foi uma historia solta, pois não me sinto ainda capaz de atrelar a fic com os acontecimentos dos episódios. Foi uma experiência fascinante, apesar de estar muito longe de ser uma "Escritora" no pleno sentido que a designação merece. Mas para quem não era simpatizante sequer de uma corriqueira redação de colégio, foi um grande avanço.

Agradeço a todos, que de maneira direta e indireta contribuíram para que eu escrevesse a Fic: Aline Krux, Nessa, Maga-Patologica, Rafinha, Cláudia, Kakau, Cris Zanini, Di Roxton, Crys Richard, Fabi K Roxton, Rosa, Ke (Deborah), Mistress Sahib, Jessy, Lady F e Camila Geisa e a todos os que a leram. Agradeço em especial a Lady K. pelo apoio irrestrito, revisando e tornando possível colocá-la no ar.


CAPÍTULO 8 - FINAL

Eu estava pensando.

Em mim?

Em quem mais?

Marguerite desvencilhou-se de seu tórax e sentou-se. Olhando fixamente nos olhos de John, sem preocupar-se com a nudez de ambos exposta.

Quero lhe dizer uma coisa e quero que preste muita atenção.

Certo, minha rainha, eu prestarei muita atenção. Mas o que acha de cobrir esta visão maravilhosa, senão não conseguirei manter as minhas mãos longe de você, e muito menos prestar atenção em alguma coisa. - Roxton disse com um sorriso malicioso, circundando e acariciando os mamilos antes de entregar-lhe a sua blusa.

Sinceramente, Lord Roxton, poderia jurar que você seria capar de manter seus desejos sob controle. - Ela comentou sorrindo e pegando a blusa, que foi displicentemente jogada no chão.

Eu quero vestir a sua camisa. Sabe que é um dos meus desejos secretos? Sentir na pele a maciez do tecido de sua camisa, aspirar o seu cheiro e sentir o calor de seu corpo...

Ah. Então é por isso que você vive lavando e costurando as minhas camisas, principalmente uma certa camisa branca listrada de vermelho.

Oh, meu segredo maior foi descoberto. Ela fez uma cara de espanto.

Roxton sorriu e deu-lhe um apaixonado beijo que deixou ambos sem fôlego.

Marguerite vestiu a camisa com a ajuda dele. Sentindo-se totalmente confortável e confiante para o que revelaria.

Satisfeito?

Sinceramente não. Mas só assim para concentrar-me.

Marguerite respirou fundo e segurou fortemente as mãos dele.

Lembra que eu te disse que estava tendo o mesmo sonho há aproximadamente duas semanas?

Como não lembrar? Fui tão rude com você... Será que algum dia você me perdoará? - Roxton indagou com um olhar tristonho.

Foi uma falta muito grave desdenhar dos meus sonhos. Não sei se será possível... Não. Não se preocupe, meu Lord. Depois dessa noite maravilhosa, você está devidamente perdoado. - Marguerite viu o rosto dele suavizar-se.

Roxton observou que Marguerite estava hesitante em continuar.

Não precisa me contar, se não quiser.

Eu quero contar, John. Eu preciso contar par você.

No sonho, eu era empurrada para uma luz muito intensa e brilhante. Quanto mais me aproximava, era estranho, ela parecia ficar mais e mais distante. Aos poucos ela se tornava esverdeada e abruptamente desaparecia, surgindo algo vivo e pulsante em seu lugar. Eu sempre acordava quando meus dedos tocavam esta luz.

Na noite em que eu estive em seu quarto, para propor que você me acompanhasse, pouco antes havia tido um sonho. Uma pessoa apareceu e disse que eu encontraria o que seria a coisa mais valiosa de minha vida, e que somente um homem muito próximo e querido por mim poderia me fazer enxergar o que era e onde estava. - Marguerite estava com a voz trêmula e as lágrimas não tardaram a cair.

Roxton a abraçou e Marguerite escondeu seu rosto no tórax dele, deixando as lagrima fluírem. Era uma das poucas vezes em que ele não sabia o que dizer ou o que fazer. Apenas acariciava os cabelos dela, embalando-a.

Marguerite desvencilhou-se dos braços dele e, com os olhos vermelhos, olhou docemente para aquele homem que lhe ensinara a viver novamente.

Eu encontrei o que procurava, John. - Ela disse num sussurro - Estava todo o tempo próximo de mim. Como não pude perceber? Quando aqueles olhos de um verde intenso e cheio de vida cruzaram o meu olhar... Pela primeira vez em minha vida, eu soube que eu nunca mais seria a mesma. Algo divino estava reservado para o meu sofrido coração. - As lágrimas voltaram a cair. - O meu mais valioso tesouro está à minha frente agora e é... Você, John. Você é o que eu estava procurando. Você, que sempre esteve ao meu lado, arriscando a sua vida para salvar a minha, agüentado os meus sarcasmos, meus azedumes, meus mistérios. É você, meu amor, meu Lord, meu caçador, e o meu maior tesouro

Ela pode sentir a tensão no corpo dele, os braços que a amparavam subitamente afrouxaram. Marguerite tremia, sentindo falta do seu apoio.

Eu teria evitado se pudesse - Ela tentou se controlar. – Não deveria amar você. Disse simplesmente - Eu não podia amar você, o meu passado não permitia que eu o amasse.

Marguerite, o que você está dizendo?

Não importava mais o que ela dissesse, ele já tinha deixado claro que sabia o que ela sentia.

Estou dizendo que o amo, John. Que sempre o amarei. E que o que eu mais queria era fazer parte da sua vida, mesmo que fosse apenas durante a nossa permanência no Platô. E apenas em seus pensamentos ela completou: Eu não sou digna de ser sua esposa, sua companheira, sua amante, sua amiga. Eu não posso lhe dar a jóia mais preciosa que uma mulher pode oferecer ao seu homem, um herdeiro, um filho.

Enquanto as palavras saiam da boca de Marguerite, Roxton podia apenas ouvi-la sem acreditar.

Eu sei que quando sairmos desse platô, tudo vai mudar. Você certamente encontrará uma mulher que seja digna de construir uma vida com você, de lhe dar filhos dos quais você irá orgulha-se. Mas pelo sentimento que você tem por mim, eu prometo que não...

Que não vai o que? Ele a desafiou com a voz firme, quando percebeu que havia interrompido o que ela dizia.

Marguerite balançou a cabeça, o rosto tenso quando se recusou a colocar em palavras o que pensava.

Que não vai mais permitir que eu faça isto? Ele sugeriu, causando-lhe um choque quando a tomou nos braços e inclinou a cabeça para dar-lhe um beijo afetuoso nos lábios. - Ou isso... Ele murmurou passando a língua pelos lábios dela, forçando-a a se abrirem.

Marguerite estava trêmula de ansiedade e paixão. O que ele estava tentando fazer com ela?

Foi quando para seu espanto, ele a ouviu dizer docemente, a voz rouca de paixão.

Marguerite, minha rainha... Meu primeiro e único amor. Eu mal posso acreditar que isso é real. Que possa me amar quando fiz tão pouco para merecê-la.

Roxton a chamara de seu único amor!

Eu te amo, te amo, te amo... Minha amada. Roxton não cabia em si de felicidade, seu coração parecia que ir sair pela boca. Ela o amava. Isso era tudo que importava.

Naquele momento, quando ela não tinha mais com que se preocupar, quando o desejo e o amor brilhavam nos olhos dele com tal intensidade, ela achou que ia derreter. Alcançou os lábios dele, tremendo de prazer, sentindo a reação do corpo dele, abraçado com o seu.

Eu te amo mais que a minha própria existência, meu Lord.

Eu te amo mais que o próprio ar que respiro, minha Lady.

Roxton gentilmente afastou uma mecha do rosto dela, e admirou-a carinhosamente, aninhando-a em seus braços.

A camisa dele que Marguerite estava usando estava entreaberta, deixando-o antever a pele alva e a suave curva de seus seios. Roxton não resistiu e começou a acariciá-los, enquanto ela ofegava de prazer.

Acho que essa é a melhor forma de compensar o tempo perdido. Ela sussurrou, a boca se curvando em um sorriso suave, quando o abraçou e o trouxe para mais perto de si.

Não sei o que faria se a tivesse perdido - Roxton confessou emocionado, horas mais tarde, enquanto descansavam abraçados, com a claridade a brincar com os seus corpos nus. - Prometa-me que nunca vai duvidar do meu amor por você.

Prometo, meu amor. Marguerite assegurou num sussurro apaixonado.

Agora, minha rainha. Vamos dormir um pouco, porque daqui até a casa da arvore é uma boa caminhada.

A luz da manhã entrava pela entrada da caverna. Com um suspiro satisfeito, ela enterrou o rosto no tórax macio e quente de John e tentou ignorar o chamado do sol.

Por um instante acreditou estar sonhando, enquanto o aroma diferente de suor masculino e sensualidade entrava em suas narinas. Entreabriu os olhos e deparou-se com uma cena extraordinária. O grande caçador coberto apenas por uma nesga de tecido sobre os quadris dormia a seu lado.

Haviam compartilhado algo maravilhoso naquela noite. Embora seus corpos tivessem se procurado diversas vezes insaciados, não visaram apenas à saciedade dos sentidos, a conexão fora quase espiritual.

John a brindou com um sorriso preguiçoso e seu coração vibrou de emoção.

Fazer amor pela manhã é uma delicia. Sabia disso, minha rainha?

Marguerite encostou sua perna na dele, contente pelo convite.

Gostaria de experimentar?

Dessa vez não houve delicadeza e ternura. Roxton a possuiu com impetuosidade,

Fazendo-a pulsar de paixão e desejo. Ela amou também aquele jeito selvagem dele amá-la.

Marguerite, acorda meu amor. Roxton tocou o rosto dela delicadamente.

Hum... Estou com sono - Respondeu, abrindo lentamente os olhos e deparando-se com Roxton já vestido, arrumando as coisas.

Tem certeza que temos de ir? Está tão gostoso aqui só eu e você juntinhos.

Tanto quanto você meu amor, eu gostaria de ficar, mas os nossos amigos devem estar preocupados e já deviríamos ter retornado.

Marguerite, o que foi? Indagou quando percebeu que ela não se mexia.

Estou esperando você se virar pra eu me vestir.

Ah, Maguerite não é hora para pudores. Eu já vi tudo e conheço cada pedacinho de seu maravilhoso corpo. Pode apostar, eu já vi tudo, mesmo - Roxton sorriu maliciosamente.

Nada disso. Você esta vestido. Portanto vire-se.

Está bem. Mas ande logo. Ele disse, virando-se para dar privacidade à sua amada.

Depois de alguns minutos, Roxton perguntou já se virando.

– Posso me virar minha donzela?

Claro meu lord. Não só pode como deve. Ela respondeu com um sorriso de tirar o fôlego.

Quando saíram da caverna, Marguerite virou-se e fitou por alguns instantes o lugar onde passara os momentos mais maravilhosos e importantes de sua vida até ali.

Se você quiser, podemos retornar outras vezes. Este será o nosso ninho de amor. John disse, colocando as grandes mãos nos ombros delicados de sua amada. – O que você acha?

Acho uma idéia adorável, meu romântico caçador...

Caminhavam com as mãos entrelaçadas, mais atentos a qualquer perigo.

FIM! – Por enquanto...