Nota do autor: As personagens de Beyblade não me pertencem. Todas as outras são personagens minhas. O enigma pertence a Agatha Christie.

Para não ficarem confusos, aqui têm os nomes das personagens que vão aparecer e que não pertencem ao beyblade, mas sim a este enigma.

- Mulher Assassinada - Natasha Silva
- Filha de Natasha - Luísa Rodrigues
- Marido de Natasha – Álvaro Silva
- Médico – José Alves
- Irmã da Natasha – Mariana Almeida
- Filha do Médico – Alice Alves

Interrogatório a José Alves

"Bom dia, posso entrar?" – perguntou o médico, à porta do consultório do Kai.

"Claro, entre." – disse o Kai.

O médico, José Alves entrou no escritório. O médico era um cavalheiro idoso, com cabelos grisalhos e olhos escuros. Parecia ter um carácter íntegro e seguro e parecia simpático também.

Depois de ter cumprimentado a Hilary e o Kai, o médico sentou-se numa das cadeiras.

"Bem, sabe por foi chamado, não sabe?" – perguntou o Kai.

"Sim, claro que sim. Quer fazer-me perguntas sobre a morte de Natasha Silva, não é assim?" – perguntou o médico.

"Exactamente." – disse o Kai. – "Quero que me conte o que aconteceu na noite em que a Sra. Natasha morreu."

"Bem, chamaram-me por volta da meia-noite. Eu fui o mais rapidamente possível até à casa dos Silva. Quando lá cheguei, encontrei a Natasha, o marido e a irmã dela, todos muito mal dispostos. Examinei-os e vi que a Sra. Natasha estava muito mal. Pedi ao motorista, Róger, que me fosse buscar uns medicamentos à minha clínica. Ele foi, mas antes de ter chegado, a pobre Natasha morreu. Pensei que ela teria comido mais lagosta que os outros e por isso teria sido fatal para ela."

"No entanto, ela foi envenenada." – disse o Kai.

"Sim, é verdade. Nunca me passou pela cabeça que alguém quisesse envenenar a Sra. Natasha." – disse o médico.

"Bem, então não sabe mais nada?" – perguntou o Kai.

"Não." – respondeu o médico.

"Bem, nós sabemos que a sua filha teve um caso com o Sr. Álvaro Silva, o que pensa disso?" – perguntou a Hilary, recebendo um olhar frio do Kai.

"Sim, é verdade, eles tiveram um caso." – disse o médico. – "Eu não gostei nada disso. O Sr. Álvaro era casado. Felizmente eles acabaram tudo."

"E qual é a sua impressão sobre o Sr. Álvaro?" – perguntou a Hilary.

"Bem, não gosto dele. Ele desencaminhou a minha filha. E mesmo sendo casado traía a mulher. É um desavergonhado." – disse o médico, com a voz mais elevada.

"E, na sua opinião, se alguém quisesse envenenar a Sra. Natasha, quem acha que faria isso?" – perguntou a Hilary.

"O marido, o Sr. Álvaro, sem dúvida. De certo que ele se queria livrar da mulher para viver as suas aventuras. Além disso recebeu muito dinheiro da herança." – disse o médico.

"Chega Hilary." – disse o Kai. – "Não temos mais nada para lhe perguntar Sr. José. Quando precisarmos de si, chamamo-lo."

O Sr. José saiu do escritório.

"Hilary, que ideia foi a tua?" – perguntou o Kai, zangado.

"Ora, eu só queria saber mais coisas, para termos mais informação." – disse a Hilary.

"Bem, mas o detective aqui sou eu, por isso, a partir de agora permanece calada quando eu os tiver a interrogar."

"Está bem. Mas vês, o médico não gosta do Sr. Silva, mas não tinha razões para matar a mulher dele, a não ser que a sua filha quisesse casar com o Sr. Álvaro. Nesse caso, ele matava a mulher do Álvaro, a filha dele casava com o Álvaro e ficava rica. Hum… é uma ideia." – disse a Hilary.

"Pois, mas ainda precisamos de interrogar três pessoas." – disse o Kai.

"Sim, quem é que vais interrogar a seguir?" – perguntou a Hilary.

"A seguir vou interrogar a Mariana almeida, irmã de Natasha." – disse o Kai.

"Engraçado como sendo as três mulheres da mesma família, todas têm sobrenomes diferentes." – disse a Hilary.

"Bem, a Natasha adquiriu o sobrenome do Álvaro. A filha dela adquiriu o sobrenome do pai e a Mariana ainda tem o seu nome de solteira." – disse o Kai.

Interrogatório a Mariana Almeida

"Você é irmã da falecida não é?" – perguntou o Kai.

"Sim." – respondeu a Mariana. Mariana tinha mais ou menos 50 anos, um cabelo castanho como o da sobrinha e olhos castanho também. As suas roupas não eram vistosas, mas via-se que tinham boa qualidade.

"Conte-nos o que aconteceu na noite em que a sua irmã morreu." – disse o Kai.

"Bem, tudo parecia normal. Eu jantei com a minha irmã e o meu cunhado. Ele quase chegou atrasado ao jantar." – disse a Mariana.

"Notou algo de esquisito ou diferente em qualquer um deles?" – perguntou o Kai.

"Não."

"Certo. Continue."

"Bem, jantámos. O jantar estava muito bom, mas eu não comi muito porque estou de dieta. Só comi um pouco de lagosta e pão e queijo. Bem, depois, a meio da noite fui ao quarto da minha irmã como era costume. Eu ia lá ver se estava tudo bem. Ela tinha apanhado uma constipação e eu fui ver se estava tudo bem." – disse a Mariana. Inspirou fundo e continuou. – "Quando lá cheguei ela estava deitada. Ainda me lembro bem do que aconteceu…"

Flashback…

"Não me estou a sentir bem Mariana." – disse a Natasha. – "É o que mereço por ter comido lagosta à noite. O Álvaro trouxe-me uma sopa, mas não me apetece comê-la."

"É pena." – disse a Mariana. – "Cheira muito bem. A Susana sabe fazer sopas muito boas. A mim apetece-me mesmo comer a sopa. Estou esfomeada."

"Ah, finalmente paras-te com o disparate da dieta." – disse a Natasha. – "Não é bom para ti fazeres dieta. Se nasceste "forte", é porque devias ser assim. Come a sopa. Vai fazer-te bem."

Fim do Flashback…

"Eu comi a sopa toda e depois deixei o quarto da minha irmã." – disse a Mariana.

"Sim. Mais uma coisa, você também recebeu parte da herança, não foi?" – perguntou o Kai.

"Sim, mas foi muito pouco, passou quase tudo para a minha sobrinha e para o meu cunhado." – disse a Mariana.

"Bem, penso que é tudo…" – disse o Kai, mas foi interrompido.

"Hum… Sra. Mariana, por acaso você não estava apaixonada pelo seu cunhado pois não?" – perguntou a Hilary.

A Sra. Mariana corou: "Eu? Claro que não! Ele era marido da minha irmã!"

"Desculpe a impertinência dele." – disse o Kai. – "Pode ir agora."

A Sra. Mariana saiu do escritório.

"Que ideia foi a tua?" – perguntou o Kai zangado.

"Ora, os homens não percebem logo o que está à vista. Ela gostava do cunhado. Talvez tenha morto a irmã para se casar com o cunhado. Se calhar nem comeu a sopa…"

Nesse momento bateram à porta e a Hilary, sorridente, foi abrir.

"Bom dia Alice, pode entrar." – disse a Hilary deixando entrar uma rapariga de cabelos loiros e olhos azuis. – "Esta é a Alice Alves, filha do médico José Alves."

Interrogatório a Alice Alves

O Kai não ficou nada contente pela Hilary ter chamada ali a filha do médico sem a permissão dele, de qualquer maneira interrogou-a.

"Tinha um caso com o Sr. Álvaro, não é verdade?" – perguntou o Kai.

"Sim." – disse a Alice.

"Mas, consta que terminaram o namoro." – disse o Kai.

"Sim, à 2 meses." – disse a Alice.

"E porque é que terminaram?" – perguntou o Kai.

"O Álvaro disse que queria ficar comigo, mas não queria que a mulher sofresse com a separação, por isso eu acabei tudo com ele." – disse a Alice.

"Mas ele é mulherengo, sabia disso, não sabia?" – perguntou o Kai.

"Sim, mas ele disse que gostava de mim, de verdade." – disse a Alice.

"E ainda o ama?" – perguntou o Kai.

"Sim." – respondeu a Alice.

O interrogatório terminou e a Alice deixou o escritório.

"Outra vez Hilary?" – perguntou o Kai zangado. – "Porque é que não te limitas a ouvir e não te intrometeres no caso?"

"Porque tu não a ias interrogar e eu penso que ela é importante. Vê bem, o Álvaro não queria magoar a mulher com a separação, mas com a morte dela, ele já podia casar com a Alice." – disse a Hilary.

"E porque não estão eles juntos agora?" – perguntou o Kai.

"Bem… ia ser estranho que ele arranjasse logo outra mulher mal a Natasha morresse." – disse a Hilary. – "O que é intrigante neste caso é que todos os suspeitos, até agora, têm uma razão para ter morto a Sra. Natasha…"

"Sim, mas ainda falta interrogar dois suspeitos e vou falar de novo com a filha da Natasha. Depois veremos quem é o assassino." – disse o Kai.

Continua…

O que acharam deste capítulo? Mais 3 suspeitos. Terá sido o marido que matou Natasha? Ou a irmã dela? Ou o médico? Ou a filha do médico? Ou até a própria filha de Natasha? Fiquem atentos aos próximos capítulos onde ainda vão aparecer suspeitos.

Agradecimentos

mione11: Obrigado pelo elogio e pela review.

Yami no Goddess: Com este capítulo já dá uma ideia melhor sobre o assassino, mas ainda não é visível a linha completa do crime. De qualquer maneira, obrigado pela review e sim, a Hilary é chata, pelo menos nesta fic.

Hikari-Hilary-Chan: Pois é, ainda faltam suspeitos e a história pode mudar completamente. Tenta manter o raciocínio e vê se consegues descobrir o assassino. Atenção aos pormenores.

LaDiNi: Nunca leste nenhum livro da Agatha Christie? Não sabes o que estás a perder, os livros dela são óptimos. Ainda não dá para tirar conclusões, mas como tu sabes que eu deixo os pormenores sempre para trás, quando vires algo com muitos pormenores, desconfia, pode ser algo importante sobre o assassino. Quanto à Hilary, está cá a fazer o papel dela, de observadora, vamos ver se consegue tirar conclusões certas sobre o caso.