Nota do autor: As personagens de Beyblade não me pertencem. Todas as outras são personagens minhas. O enigma pertence a Agatha Christie.

Para não ficarem confusos, aqui têm os nomes das personagens que vão aparecer e que não pertencem a beyblade, mas sim a este enigma.

- Mulher Assassinada - Natasha Silva
- Filha de Natasha - Luísa Rodrigues
- Marido de Natasha – Álvaro Silva
- Médico – José Alves
- Irmã da Natasha – Mariana Almeida
- Filha do Médico – Alice Alves
- Criada da Casa – Susana Carvalho
- Motorista – Róger Guerra
- Empregada do Hotel – Diana Costa

Interrogatório a Susana Carvalho

A Hilary foi abrir a porta do escritório. No escritório entrou outra das pessoas suspeitas pela morte da Sra. Natasha. Desta vez era a criada da casa, que tratava da limpeza e da comida. Susana era uma rapariga de pele clara, de vinte e poucos anos, tinha longos cabelos loiros enrolados numa trança e uns olhos azuis muito bonitos.

"Sente-se por favor." – disse o Kai.

A Susana sentou-se numa das cadeiras. A Hilary, como sempre ficou sentada num canto da sala, atenta a tudo o que os suspeitos diziam.

"Então, foi você que cozinhou para as três pessoas na noite em que a Sra. Natasha morreu, não foi?" – perguntou o Kai.

"Sim." – respondeu a Susana.

"Já agora, diga-me o que eles comeram naquela noite." – disse o Kai.

"Bem, além da lagosta em conserva, comeram salada, pão, queijo, bolo de creme com frutas, frango e arroz." – respondeu a Susana.

"E não reparou que a lagosta estava estragada?" – perguntou o Kai.

"Não, pareceu-me perfeitamente normalmente. Não parecia estar estragada." – disse a Susana.

"Bem, conte-nos o que aconteceu naquela noite, antes de servir o jantar." – disse o Kai.

"Bem, eu estava a acabar de preparar tudo e ia servir o jantar. O Sr. Álvaro entrou pela coisa rapidamente, pediu desculpa por ter de passar pela cozinha, atrapalhando o meu trabalho e depois subiu até à sala de jantar. Poucos segundos depois eu servi o jantar. Tudo correu bem." – disse a Susana.

"Muito bem." – disse o Kai. – "O que aconteceu quando a Sra. Natasha morreu?"

"Bem, o médico chamou a policia." – disse a Susana. – "Eu estava muito nervosa na altura. Nunca pensei que uma coisa daquelas pudesse acontecer."

"Bem, por agora é só. Eu contacto-a quando precisar de si." – disse o Kai.

A Susana saiu do escritório.

"Bem, o veneno devia estar na comida, mas se todos a comeram, então todos estariam envenenados." – disse a Hilary.

"Ainda falta interrogar um suspeito. Vamos ver o que acontece." – disse o Kai.

Interrogatório a Róger Guerra

A Hilary olhou para o motorista da família Silva. Era um homem de quarenta e poucos anos. Com cabelos e olhos pretos e com um bigode farfalhudo.

"Então, onde estava na altura em que o jantar estava a ser servido?" – perguntou o Kai.

"Eu tinha voltado para minha casa." – disse o motorista, Róger. – "Já não precisavam de mim nesse dia. Eu moro na aldeia e por isso deixei a mansão e fui para casa."

"A que horas foi para casa?" – perguntou o Kai.

"Fui para casa, meia hora antes do jantar começar." – disse o Róger.

"E quais foram as últimas pessoas com quem falou antes de ir embora?" – perguntou o Kai.

"A Sra. Natasha, que me dispensou e a Susana, quando passei pela cozinha." – disse o Róger.

"E depois, nessa noite, voltou à mansão?" – perguntou o Kai.

"Sim, o médico passou pela minha casa e fomos os dois até à mansão." – disse o Róger. – "Ele examinou os três intoxicados e depois mandou-me ir buscar um remédio para a Sra. Natasha, mas quando voltei para a mansão, já era tarde demais."

"Tem mais alguma coisa a dizer?" – perguntou o Kai.

"Não." – respondeu o Róger.

"Certo. Pode ir." – disse o Kai e o Róger saiu do escritório.

"Então, já os interrogaste a todos." – disse a Hilary. – "Já sabes quem é o culpado?"

"Bem, ainda falta qualquer coisa ao caso…" – disse o Kai.

Nesse momento bateram à porta do escritório e o Kai abriu a porta.

"Este é o escritório do detective que está a investigar a morte de Natasha Silva?" – perguntou uma mulher de meia-idade, com cabelos negros que lhe caiam pelos ombros.

"Sim, o detective sou eu." – disse o Kai.

"Então, por favor eu queria falar consigo." – disse a mulher. O Kai deixou-a entrar e ela sentou-se numa cadeira.

"Então, o que a traz aqui?" – perguntou o Kai.

"Tenho algo importante a dizer sobre o caso." – disse a mulher.

Interrogatório a Diana Costa

"Então o que tem para me dizer?" – perguntou o Kai.

"Bem, eu trabalho num hotel." – disse a mulher. – "O meu nome é Diana Costa."

"Prazer em conhecê-la." – disse o Kai.

"O Sr. Álvaro Silva dormiu no hotel na noite anterior à que a Sra. Natasha morreu. Quando andei a limpar o quarto, descobri alguns papéis no lixo. Obviamente que eu faço sempre a limpeza, mas naquela altura despertou-me a atenção para o que estava escrito naquele papel." – disse a Diana.

"E o que estava escrito no papel?" – perguntou o Kai.

"Bem, o papel estava quase todo riscado e amarrotado, mas consegui ver algumas partes, nelas estava escrito, Inteiramente dependente da minha mulher… quando ela morresse, teria… centenas e milhares… foi o que descobri." – disse a Diana.

"E veio contar-me isso para ajudar no caso?" – perguntou o Kai.

"Sim." – disse a Diana. – "Estou certa de que o marido de Natasha a assassinou."

"Muito bem." – disse o Kai. – "Vou ter em conta o que descobriu. Deixe-me o seu contacto. Posso precisar dele."

A Diana deixou o seu contactou e saiu do escritório.

"Hum… parece que foi mesmo o marido." – disse a Hilary.

"Talvez, mas precisamos de esclarecer a história." – disse o Kai. – "Vou chamar o Sr. Álvaro."

No dia seguinte…

"E foi isto que descobri." – disse o Kai, acabando de contar a história que Diana lhe tinha contado. – "Tem explicação para isso?"

"Claro que sim." – disse o Álvaro, mantendo o seu ar calmo. – "Era para ser uma carta para o meu irmão. Mas ficou mal escrita e deitei-a no lixo. Escrevi-lhe outra."

"Mas, tem justificação para as palavras?" – perguntou o Kai.

"Sim. O meu irmão que está na Austrália pediu-me dinheiro e eu respondi-lhe dizendo que, eu estava inteiramente dependente da minha mulher, que quando ela morresse, teria completo controlo no dinheiro e, se pudesse o auxiliaria. Lamentei não estar em condições de o ajudar, mas afirmei que, existiam centenas e milhares de pessoas no mundo em idêntica situação difícil." – disse o Álvaro.

"Parece-me uma explicação plausível." – disse o Kai. – "Pode ir agora."

O Sr. Álvaro saiu do escritório.

"Então, já sabes a solução do caso?" – perguntou a Hilary.

"Mais ou menos." – respondeu o Kai. – "Só falta pensar um pouco e encaixar as peças."

"Bem, vamos ver se consegues resolver o caso." – disse a Hilary.

"Claro que sim." – disse o Kai.

"Que tal convidarmos o Tyson e os outros para um jantar na minha casa?" – perguntou a Hilary. – "Assim poderíamos discutir este assunto, cada um dava a sua opinião."

"Muito bem. Então amanhã faremos isso." – disse o Kai.

Continua…

Agora já temos todos os suspeitos. Muitas coisas apontam para o marido, mas ele parece não ser o culpado, também poderia ser a irmã de Natasha ou qualquer outro dos suspeitos. Já tens alguma pista? Estás perto de resolver o caso? Não? Então continua a ler a fic e lê o próximo capítulo que te dará umas ideias sobre o fim do caso.

Agradecimentos

Hikari-Hilary-Chan: É verdade, a maioria das personagens tem algum razão para ter morto a sra. Natasha. Continua atenta aos pormenores e obrigado pela review.

littledark: Eu vou tentar pôr um capítulo por dia. Além deste já só faltam dois. O papel da Hilary é mesmo ser metediça, o que pode fazer com que alguns dos suspeitos digam algo ou que a Hilary perceba algo sobre eles. Quanto aos outros Blade Breakers, eles vão aparecer no próximo capítulo, embora não tenham um papel muito relevante na história.