Nota do autor: As personagens de Beyblade não me pertencem. Todas as outras são personagens minhas. O enigma pertence a Agatha Christie.
Para não ficarem confusos, aqui têm os nomes das personagens que vão aparecer e que não pertencem a beyblade, mas sim a este enigma.
- Mulher Assassinada - Natasha Silva
- Filha de Natasha - Luísa Rodrigues
- Marido de Natasha – Álvaro Silva
- Médico – José Alves
- Irmã da Natasha – Mariana Almeida
- Filha do Médico – Alice Alves
- Criada da Casa – Susana Carvalho
- Motorista – Róger Guerra
- Empregada do Hotel – Diana Costa
"Finalmente!" – disse o Kai, ao ver a Hilary a sair de casa.
"Ora, eu tinha de me arranjar." – disse a Hilary.
"E precisavas de demorar 1 hora para te arranjares?" – perguntou o Kai mal-humorado.
"Eu tenho de ir bem arranjada, afinal não é todos os dias que vou ver alguém resolver um crime e ainda por cima na presença dos suspeitos." – disse a Hilary. – "Mas onde é que nos vamos encontrar com eles? O escritório é muito pequeno para toda a gente…"
"Vamos esperar por eles na minha mansão." – disse o Kai.
Eles entraram no carro e alguns minutos depois chegaram à mansão do Kai. A mansão do Kai era mais pequena do que a Hilary. Estava mobilada num estilo mais rústico, mas a decoração era extremamente bonita. Eles sentaram-se na sala. A Hilary esperava ansiosamente que as pessoas chegassem. A primeira pessoa a chegar foi a Luísa, que trazia um vestido amarelo, que realçava os seus cabelos castanhos. A seguir a ela chegou o médico, José Alves e a sua filha Alice. A criada, Susana chegou acompanhada do motorista, Róger. O Kai também tinha pedido à Diana, a empregada do hotel, que ela estivesse presente. O último a chegar foi o Sr. Álvaro Silva.
"Bem, agradeço a todos por terem vindo." – disse o Kai, levantando-se da sua cadeira. – "A pedido da Luísa Rodrigues, investiguei o caso da morte da Sra. Natasha Silva. Pedi a todos que aqui estivessem, porque vos interroguei a todos e porque são todos suspeitos."
"Eu também sou suspeita?" – perguntou a Diana Costa, indignada. – "Eu trouxe-lhe informações sobre o caso!"
"Sim, mas isso todos fizeram. É melhor acalmar-se ou vamos pensar que está nervosa por causa de se saber quem é o criminoso… podem pensar que tem algo escondido…" – disse o Kai.
A sra. Diana ficou vermelha de raiva mas não disse nada.
"Bem, eu investiguei o caso e descobri o culpado… ou melhor, os culpados!" – disse o Kai.
A sala explodiu em murmúrios.
"Bem, vamos pensar desta forma, as pessoas que ficavam a lucrar mais com a morte da Sra. Natasha eram o marido dela e a filha." – disse o Kai.
A Hilary olhou com atenção para o Álvaro e para a Luísa. Muitos dos outros suspeitos fizeram o mesmo.
"No entanto, os culpados poderiam ter outro motivo sem se o dinheiro. Em resumo, qualquer um de vós poderia ter morto a Sra. Natasha, mas só dois de vós o fizeram." – disse o Kai.
A Luísa mexeu-lhe na sua cadeira, a filha do médico e a criada tremeram, o Sr. Álvaro permaneceu imóvel, o médico tossiu.
"Ora, vamos analisar a situação. A sra. Natasha morreu, não deixou testamento. Os bens foram repartidos pela família, mas precisamente, o marido, a filha e a irmã. Aparentemente nem todos os suspeitos tinham uma razão aparente para matar a sra. Natasha." – disse o Kai. – "Vamos analisar o que se passou naquela noite, segundo as testemunhas. O sr. Álvaro chegou a casa quase atrasado para o jantar, passou pela cozinha apressado, subiu as escadas e juntou-se à cunhada e à mulher na sala de jantar. O jantar foi servido normalmente. A filha da sra. Natasha não estava em casa nesse momento. O motorista já tinha saído. Também ele tinha passado pela cozinha. Eles comeram lagosta em conserva, salada, pão, queijo, bolo de creme com frutas, frango e arroz. A meio da noite, a sr. Álvaro levou uma sopa à mulher. Ela acabou por não a comer. Quando a irmã dela a foi ver ao quarto, ela acabou por comer a sopa. Nessa noite, todos se sentiram mal. Chamaram o médico. Ele chegou à mansão dos Silva, acompanhado pelo motorista. O médico examinou a sra. Natasha e viu que ela estava mal, mandou o motorista ir buscar uns compridos. Quando o motorista voltou, já a sra. Natasha tinha morrido. Pensou-se que tinha sido uma intoxicação alimentar por causa da lagosta, que era o que tinha acontecido com os outros. Mas, foi um homicídio!"
"Kai, passa à parte em que dizes quem é o assassino." – pediu a Hilary.
"Calma. Vamos começar pela sra. Diana. Pelas investigações que fiz, vi que ela não tinha qualquer contacto com a família Silva. Além disso, não estava na mansão no momento em que a sra. Natasha morreu. A sra. Diana não é a assassina." – disse o Kai.
"Eu sei que não sou! Eu dei-lhe informações. Não lhas daria se fosse a criminosa." – disse a Diana, zangada.
"Nunca se sabe. Poderia estar a tentar incriminar alguém." – disse a Hilary.
"Continuando. O motorista, depois de feitas as investigações, também se concluiu que ele não tinha nada contra a sra. Natasha. O motorista, Róger também não é o assassino." – disse o Kai. – "Embora a filha do médico pudesse ser suspeita, ela estava numa viagem na altura da morte, logo, a Alice não é a criminosa."
A Alice suspirou. Os outros suspeitos, que ainda não tinham sido ilibados, permaneceram quietos.
"E assim ficamos com 5 suspeitos." – disse o Kai.
"Kai, diz logo quem é!" – pediu a Hilary.
"Calma." – disse o Kai.
"Eu já estou impaciente! E os leitores também devem estar." – disse a Hilary.
"Houve aqui pessoas que não contaram exactamente a história correcta." – disse o Kai. – "Eu vou dizer-vos realmente o que se passou."
"O sr. Álvaro, mulherengo como é, queria livrar-se da mulher. Apaixonou-se por uma jovem e queria que a mulher desaparecesse. Então, ele decidiu escrever uma carta, para o cúmplice do crime. Mas acabou por perceber que a maneira mais fácil era telefonar. Verifiquei o registro de chamadas do hotel. O sr. Álvaro voltou para casa e entrou pela cozinha. A sua cúmplice é a criada, a Susana. Uma rapariga nova e vistosa, que ainda por cima convive diariamente com o Sr. Álvaro. O sr. Álvaro deu-lhe confeitos envenenados para pôr no bolo de creme. Normalmente os cozinheiros chamam centenas e milhares aos confeitos. Era isso que estava escrito na carta do sr. Álvaro. Eles também puseram um químico na lagosta, porque assim ficavam todos mal dispostos e não se desconfiava de envenenamento. Infelizmente para eles, quando foi feita a autópsia, o veneno ainda não tinha desaparecido completamente. E agora vocês perguntam, como é que o Álvaro e a irmã de Natasha não morreram. Obviamente que o Álvaro não comeu os confeitos e a irmã da Natasha estava de dieta, logo não comeu o bolo. Um crime que podia ter sido perfeito, mas não foi."
Toda a sala ficou imersa no silêncio. Depois o Álvaro saiu da sala a correr.
"Ele vai fugir Kai!" – gritou a Hilary.
"A polícia está lá fora." – disse o Kai. – "Ele não escapa. E você, Susana, também está presa."
O Álvaro e a Susana foram levados pela polícia. A Luísa agradeceu ao Kai por ter descoberto os criminosos. Depois de todos os ex-suspeitos terem ido embora, a Hilary sentou-se na sala, juntamente com o Kai.
"Kai, foi espantoso! Como é que tu adivinhas-te?"
"Eu não adivinhei." – disse o Kai. – "Foi só juntar os pedaços da história."
"Mas, a parte dos confeitos…"
"As mulheres de hoje já não se interessam tanto pela comida. Se tu te interessasses também saberias." – disse o Kai.
"Bem, tenho de dizer que me surpreendeste." – disse a Hilary.
"Então, já reconheces que sou um bom detective?" – perguntou o Kai.
"Sim. Estava enganada, tu és mesmo um bom detective." – disse a Hilary. – "E já agora, da próxima vez que tiveres um caso… posso acompanhá-lo como fiz com este?"
O Kai fechou os olhos. Parecia que ainda tinha de aturar a Hilary por muito tempo…
Fim!
E assim, acabou a fic. Os culpados foram presos e o Kai ainda vai ter de aturar a Hilary por muito tempo. Espero que tenham gostado. Mandem reviews. Vimo-nos noutra fic minha. Adeus.
Agradecimentos
littledark: Não sei se vou escrever mais algum mistério, provavelmente não. Claro que depois de acabar a fic leio as reviews, só que não as vou agradecer porque já acabei a fic. Se alguém me mandar uma pergunta na review do capítulo final de uma fic, eu mando a resposta para o e-mail dessa pessoa.
brunaiu: Bem, acertaste num dos culpados, mas não acertaste no outro. De qualquer maneira, obrigada pela review.
E a todos os outros que me mandaram reviews ao longo da fic.
