Capítulo 4

Sesshoumaru entrou no quarto que dividia como irmão com um sorriso satisfeito nos lábios. Não que desastres ou mortes o agradassem, ao menos não como antes. Resultado compreensível, o pior assassino cansaria depois de séculos presenciando a mesma cena, com algumas variações, mas o mesmo desfecho. As peças que pregava em InuYasha eram apenas um meio de desviar sua atenção do trabalho. Deixá–lo cair na lama, acidentalmente, fora divertido. 'Seria mais vê–lo acordar assustado durante o acidente... mas nada é perfeito'

– Onde está o idiota? – a voz da mulher às suas costas soou no mesmo instante que o casaco molhado atingiu o chão.

– Tomando banho – Sem preocupar–se com a presença da mulher, ele retirou a camisa que seguiu o mesmo caminho do grosso casaco encharcado. – Teve um... acidente. – Pegou uma toalha no armário antes de voltar sua atenção a Kikyou – Acho que ele escorregou em uma poça de lama... Vai entender...

– Você o empurrou, não é? – O tom divertido na voz feminina contradizia a expressão impassível.

– Não exatamente... – Ele respondeu calmamente. – Tem uma razão para estar aqui ou... – Sentou–se na beirada da cama, com a toalha sobre as costas antes de completar – Veio apenas apreciar a vista?

– Admirar a vista? – Kikyou repetiu a pergunta lentamente, seus olhos desviando para a janela que exibia um límpido e estéril... nada. Nada de céu ou terra. Apenas um infinito nada. – Seria interessante se houvesse alguma.

– Eliminamos essa possibilidade, então você quer algo –A voz masculina soou impaciente o que atraiu a atenção da garota novamente. – Especifique ou vou imaginar que veio aqui na esperança de ver InuYasha sem roupa.

– Ora, seu... – Kikyou parou de falar e girou os olhos percebendo a expressão satisfeita no rosto do rapaz – Por favor... – Ela falou calmamente – Tenha mais respeito pela minha inteligência. Não vou cair nas suas armações e estender seu prazo novamente.

– Não pode me culpar por tentar.

– Quero saber o que descobriu até agora.

– Não muito... – Ele estendeu a mão para pegar o notebook embaixo da cama – Não pergunte. – Murmurou ao deparar–se com o olhar curioso da garota, deu de ombros quando ela levantou uma sobrancelha. – InuYasha é pior do que uma criança curiosa, ok? – Ligou o aparelho, voltando sua atenção à tela.

– Ele não descobriu que você guarda isso aí?

– Talvez sim, mas tem medo.

– De você?

– Do bicho papão.

–...

– Sua irmã caçula retornou várias vezes à Terra – Ele começou disfarçando um sorriso pela expressão contrariada distorcendo as feições femininas. – Nunca como uma sacerdotisa novamente, mas sempre em algo que a aproxima da verdade.

– Já sabíamos disso.

– O provável é que descubra tudo dessa vez.

– Com uma pequena ajuda sua, eu presumo.

– É o destino, as coisas têm que voltar a acontecer novamente. – Ele deu de ombros novamente e voltou a consultar a tela. – É o que a profecia diz.

– Continue.

– Kagome parece ter voltado algumas vezes...

– Isso é impossível.

– Embora nunca na forma humana. – Ele terminou de falar e estreitou os olhos para a mulher – No futuro, espere que eu termine sem me interromper.

– No futuro... Seja mais rápido.

– Mulher intragável. – Ele murmurou antes de deslizar os olhos pela tela uma ultima vez. – Eu não disse que a alma dela retornou completamente, tampouco voltou a reencarnar.

– Isso não é possível! – 'Ela está trancada dentro da jóia no porão' Completou em pensamento.

– Vou ignorar essa sua pequena explosão, Kikyou – O rapaz fechou notebook lentamente antes de encarar a garota que pela primeira vez parecia transtornada – Eu poderia lhe perguntar o que a faz ter toda essa certeza sobre Kagome, mas não acredito que vá me contar sem uma guerra.

– Em nenhuma parte das escrituras existe algo dizendo que ela pode sair livremente. Suas pesquisas estão erradas

– Ela não está reencarnando, Kikyou – Voltou a guardar o aparelho no esconderijo embaixo da cama – Não é algo físico... A presença dela na Terra é a de uma guardiã.

– Está dizendo que Kagome se tornou uma espécie de anjo?

– Não. – Ele levantou lentamente – O que estou dizendo é que pelos registros Kagome está acompanhando Rin através dos tempos. – Ele lhe deu um meio sorriso, satisfeito com a confusão da garota – Eu posso ter sido descuidado, mas a verdadeira culpada da evolução de Rin é sua irmã.

Kikyou ficou em silencio, analisando as palavras dele sem que pudesse realmente compreendê–las. Kagome estava no porão. Adormecida dentro da jóia que um dia tivera a missão de proteger.

Piscou ao ouvi–lo pigarrear, chamando sua atenção. Voltou a costumeira expressão fria, dando meia volta para deixar o cômodo.

– Você tem um mês. – Murmurou sem olhar para trás.

oOoOoOoOoOoOo

Kikyou observava a garota morena flutuando no centro da sala novamente. Não tinha tentado se aproximar, a lembrança do que tinha acontecido da ultima vez ainda forte demais em sua mente. Tinha medo que Midoriko cumprisse sua palavra de bani–la daquele lugar se continuasse a perturbar sua irmã, mas se o que Sesshoumaru lhe dissera era verdade... Kagome não estava realmente 'adormecida'.

– As coisas têm que ser sempre do seu modo, não tem? – Suspirou quando a garota continuou placidamente flutuando em meio ao cálido brilho rosa – Estou cansada dessa brincadeira... Por que não facilita as coisas e me dá algumas respostas?

– Ela não pode dar o que você procura. – A voz de Midoriko ressoou na sala, sobressaltando Kikyou. – As respostas que precisa não estão aqui.

– Por que ela pode dormir enquanto nós fazemos todo o trabalho? – Kikyou perguntou em voz baixa, os olhos fixos na irmã – Kagome foi a causa de tudo isso, e agora fica esperando, como um tipo de Bela Adormecida, que um príncipe venha acordá–la?

– Você tem uma visão tão limitada das coisas, Kikyou... – A sacerdotisa morena apareceu ao lado da jóia, sua expressão indecifrável – Tudo é branco e preto... Existem apenas as vitimas – Fez um gesto delicado com a mão, apontando Kikyou – E os culpados... – Encostou a palma na superfície translúcida da jóia – Se você ao menos tivesse idéia da verdade.

– Eu continuei em meu lugar quando ela o abandonou. – Kikyou deu um passo na direção d a mulher que parecia ignorá–la – Eu aceitei as conseqüências dos atos impensados que ela cometeu. – Estreitou os olhos, apertando as mãos contra o corpo – Eu recebi o castigo por guardar essa maldita coisa enquanto ela apenas se refugiava dentro dela!

– Você é uma mártir, você diz isso desde a primeira vez que entrou aqui – Midoriko voltou sua atenção para Kikyou – Devo ter pena agora? Recompensá–la por toda a dor e sofrimento que passou? – Estreitou os olhos, sua voz adquirindo um tom mais duro a cada palavra que pronunciava. – Talvez deixá–la descansar com sua irmã?

– Eu fiz por merecer!

– Você não fez nada! – Midoriko a cortou. – Renegou suas qualidades humanas com a desculpa de sua 'missão'. Virou às costas às suas irmãs, quando elas não agiram de acordo com sua vontade. – Encarou a garota em silêncio por alguns momentos esperando algum tipo de mudança em sua expressão. Suspirou quando isso não aconteceu –Eu tinha tanta esperança que os anos lhe trouxessem sabedoria.

– Estou presa nesse mundo frio a mais de cinco séculos! – Kikyou murmurou, desviando os olhos da Sacerdotisa – Forçada a conviver com essa espécie que tanto abomino... Que costumavam ser meus inimigos! – Voltou–se para a irmã, dando mais um passo em sua direção – Ela está apenas dormindo!

– Kikyou...

– Dormindo tranqüilamente nessa maldita jóia enquanto nós buscamos por uma saída para a confusão que ela mesma criou! – Fechou as mãos em punhos, cruzando o pequeno espaço que a separava da jóia.

– Sua irmã está morrendo.

Kikyou parou, as mãos levantadas a poucos centímetros da superfície da jóia. Sentiu toda a cor fugir de seu rosto, enquanto uma letargia espalhava–se por seu corpo. Observou a expressão serena da irmã uma ultima vez antes de voltar–se para Midoriko.

– Impossível. Ela está—

– Kagome ofereceu a própria vida para que vocês tivessem uma outra chance – Midoriko viu a garota estremecer em silêncio e virar–se para a irmã novamente – Ela não fugiu para dentro da jóia, apenas foi absorvida como pagamento.

– Ela não envelheceu.

– Sua energia espiritual foi desgastada. O tempo dela está acabando. – Midoriko acariciou a superfície da jóia com um sorriso triste. – Você reclama por conviver com seus inimigos? Sua irmã sustenta essa realidade, essa chance de vocês se redimirem por seus pecados.

– O que... – Kikyou respirou fundo, as palavras falhando em deixarem seus lábios enquanto observava a irmã de uma forma diferente – O que acontecerá conosco quando ela...

– Nada... – Midoriko virou–se para Kikyou, a ternura em seu rosto desaparecendo. – Quando o poder de Kagome se extinguir, e ela deixar de existir, vocês continuarão exatamente como estão.

– Não está me contando tudo.

– Eu contei tudo, você que esta falhando em entender o real significado.

– Permaneceremos como estamos... – Kikyou repetiu lentamente, abrindo os olhos em espanto – Estaremos presos aqui para sempre.

– Suas chances de terem uma vida normal acabarão quando sua irmã deixar de existir.

– Não é justo! Nós nunca fomos informados disso! – A garota falou irritada, dando um passo na direção da sacerdotisa e sendo repelida pela barreira protetora que a cercava. – Kagome vai morrer e nós não poderemos fazer nada para impedir!

– Preocupando–se com sua irmã? – Midoriko deu um pequeno sorriso – Evolução finalmente... – Murmurou. – A resposta que procura está mais perto do que imagina, mas você não poderá alcançá–la sozinha... – Levantou a mão transportando a garota para fora da sala – Você a decorou quando ainda era uma criança... Todas vocês decoraram.

Kikyou permaneceu em silêncio, observando a porta fechar a sua frente. Fechou os olhos, confusa com a informação que recebera. Tinha descido ali em busca de respostas, mas nunca imaginara que poderia encontrá–las.

Respirou fundo e deu meia volta, decidida a sair daquele lugar. Ficar parada olhando para uma porta fechada não lhe traria beneficio nenhum. Precisa de um lugar calmo, em que não fosse interrompida para poder organizar as informações que recebera naquele dia e tentar extrair algo útil do resultado.

Parou, depois de alguns passos e virou–se para encontrar o corredor vazio. Piscou confusa, ouvindo a melodia cantarolada tornar–se mais alta embora não pudesse ver a fonte.

Fechou os olhos, concentrando–se na canção conhecida. Já havia escutado aquilo antes, mas sua mente negava–se a deixá–la lembrar–se das palavras certas.

– Já faz tanto tempo... – Murmurou, frustrada consigo mesmo.

'Yuugure chiisana kage ga hashaide'

( Dentro da noite, pequenas sombras dançam)

Kikyou abriu os olhos, reconhecendo aquela voz murmurada em seus ouvidos.

'Watashi o toorisugi ieji e kaette yuku'

(Eu atravesso as estradas à caminho de casa)

– Kagome?

Um riso calmo e cristalino soou a sua volta, fazendo Kikyou estremecer.

'Ano hi anata to konna fuukeiokutte kawashita nefutari dake no takaramono o'

(Aquele dia com você, em um cenário como esse

Foi trazido para mim

Um tesouro apenas nosso)

– Kagome?

– Pare de lutar, Kikyou – A voz da irmã soou calma e ela continuou a cantarolar a melodia. Ficando mais baixa a cada segundo até que desaparecesse por completo.

oOoOoOoOoOoOo

InuYasha suspirou mais alto e olhou desanimado para o irmão que continuava a ignorá–lo. Levantou irritado quando não obteve atenção.

– Qual o problema agora, InuYasha? – Sesshoumaru perguntou sem levantar os olhos do livro que estava lendo.

– Por que estamos aqui novamente? – O rapaz mais novo choramingou, fazendo um gesto com as mãos que abrangia a biblioteca.

– Só se passou um mês.

– Nós saímos ontem!

– Foi uma emergência. – Sesshoumaru respondeu calmamente, ignorando a urgência na voz do irmão.

– Eu quero sair!

– Sabe onde fica a porta.

– Quero ir para a Terra.

– Tome. – Sesshoumaru empurrou um vaso na direção do irmão e pegou outro livro.

– O que diabo quer que eu faça com isso?

– Sei lá. – Sesshoumaru deu de ombros – Você disse que queria terra, aí tem um pouco... Divirta–se.

– ...

Sesshoumaru sorriu, observando o irmão olhar para o vaso como se quisesse atrá–lo em sua cabeça. Puxou o notebook e começou a digitar rapidamente. Tinha que aproveitar o pouco tempo de silêncio enquanto o irmão pensava em outra coisa para reclamar.

– Estou com fome.

– Coma.

– E sono.

– Durma.

– Não tem cama aqui.

– Isso não o impediu de dormir aqui semana passada.

– Inferno! Você é irritante.

– Eu sei.

– Isso não é um elogio.

– Irritar você é uma tarefa que aprimorei durante nossa existência. Considero um elogio quando consigo concretizá–la.

InuYasha sentou novamente, cruzando os braços na frente do peito com a costumeira expressão emburrada no rosto.

Shippou balançou a cabeça, desanimado, enquanto caminhava na direção dos dois com uma pilha de livros em suas mãos. Aquilo não tinha fim. Aqueles dois idiotas já eram insuportáveis por algumas horas, um mês confinado com as constantes discussões e provocações tinha sido o suficiente para enlouquecê–lo. Tinha a impressão de que passaria a eternidade tentando se recuperar daquele trauma.

– Esses são os últimos. – O kitsune falou, colocando os livros em cima da mesa com dificuldade.

– Obrigado, Shippou.

– O que você está fazendo afinal? – InuYasha perguntou, olhando para os volumes grossos e antigos de maneira curiosa.

– Ahn... Lendo?

– Para?

– Saber o que está escrito?

InuYasha gemeu, recostando–se na cadeira e atirando a cabeça para trás.

– Tédio!

– Ok, se prometer parar de gemer como um fantasma eu te dou algo para fazer.

– O que? – Sentou–se direito na cadeira, olhando esperançoso para o irmão mais velho.

– Terminei com esse aqui. – Sesshoumaru apontou para a pulha de livros a seu lado – Pode poupar Shippou e guardá–los.

– Eu. Não. Sou. Seu. Maldito. Escravo! – InuYasha levantou de um pulo e saiu da biblioteca pisando duro antes mesmo que a cadeira que estivera ocupando atingisse o chão.

Shippou suspirou aliviado com o silencio que caiu no ambiente.

– Está me devendo uma, Kitsune.

– Paz... – Foi a resposta sorridente do pequeno yokai.


N.A. – Oi, minna. ( tirando as teias de aranha do fic )

Faz muito tempo, eu sei. Peço mil desculpas por esse atraso, mas apesar de ter escrito esse capítulo já faz um tempo eu não tinha certeza se deveria ou não acrescentar algo.

Ta pequeno, eu sei, mas as cenas extras que eu tinha escrito ficarão para o próximo capítulo ( que desejo ferozmente não demorar tanto para postar :) )

Ainda está confuso, vocês devem estar sentindo falta de uma parte constante nos capítulos anteriores, mas foi proposital :P

Obrigada as reviews do capítulo anterior:

Kisamadesu – Que bom que a espera anterior valeu... Está aqui também? T–T

Kagome não ficará para sempre sem fazer nada, apenas... Tinha que aparecer de alguma forma a principio. :D

Yume Rinku – Oh, você deve estar mesmo me xingando dessa vez. Demorei mais do que a ultima.

Tenha calma que eu chego nas respostas para suas perguntas XD

Leila Wood – As confusões acabam pouco a pouco, é como um grande quebra cabeça que você tem que montar :D

Palas Lis – Outra que deve estar com pensamentos assassinos contra minha gentil pessoa!

Eu juro que as demoras não são intencionais T–T

CaHh Kinomoto – Eu demorei de novo... ( sorri ) E você me ameaçou algumas vezes... ( sorri mais ) mas ta pronto agora... Não tenha pensamentos assassinos para com sua pobre e bondosa mãe u.u

Shampoo–chan – Sumida! Apareça mais vezes ao menos para dizer como está ù.u

Eu gosto da Meg Ryan, mas Cidade dos Anjos é um sonífero para mim P

Ainda não mudei ( esperando impacientemente que os documentos fiquem prontos), só estou esperando calmamente aqui pelo dia ( tique nervoso )

Discussões! Eu adoro discussões!

São tão divertidas! Por isso eu adoro escrevê–las em todos os fics :D

Kiki–chan – Já ficou careca:D

Eu realmente adoro discussões!

Esse capítulo não teve uma missão... É porque eu dividi ele em dois e a missão ficou para o próximo XD

Garanto que será divertido ( rindo ao lembrar da cena )

Não foi maldade, garanto ( ok, talvez tenha sido um pouco ), mas eu achei que esse capítulo tinha que ficar assim. Apenas mostrando algumas descobertas, entende?

Rachel – Que bom que gosta desse fic! Fico imensamente feliz ao saber disso:)

Perdão pela demora, tentarei não repeti–la.

Rin–chan – Oi!

Feliz aniversário! ( atrasado, eu sei, mas o que vale é a intenção, certo:P )

Não pode perguntar coisas que abordarei no futuro!

Sim, elas foram irmãs no passado. Três sacerdotisas encarregadas de protegerem a Shikon no Tama... E isso é tudo que posso dizer por enquanto :D

Aya Neko–chan – Eu sempre sou boazinha!

Demorei como capítulo, mas isso é apenas um detalhe.

Fico feliz que esteja gostando. :)

Obrigada mais uma vez, mesmo a quem apenas lê.

Espero que gostem do capítulo e digam o que acharam dele, duvidas, etc.

Apenas peço que se alguém for me perguntar algo,faça o favor de deixar e–mail para resposta. Minhas habilidades de adivinha andam meio enferrujadas, entendem? ;D

Vejo vocês no próximo capítulo!

Kissus e ja ne,

Naru

P.s. – O trecho que eu usei é de uma música chamada Yakusoku (Promessa).

Só não consigo lembrar quem é o interprete dela.

Como ela ainda vai ser usada no futuro, eu prometo descobrir e contar, ok?