Capítulo 2 - Uma surpresa para Harry
Harry subiu as escadas e se virou para o quarto onde Rony e ele dormiam. Lá dentro estava uma barulheira. Ele abriu a porta e uma porção de almofadas voou em sua direção. O silêncio foi instantâneo. Uma almofada foi retirada e Harry pode ver os óculos um pouco tortos de um Lupin suado.
Tudo bem? Um pouco de diversão para animar o ambiente, quer entrar na roda?
Não vai dar, subi para dizer que o jantar já está pronto. A Sra. Weasley disse que você poderia ter uma distração momentânea... – Lupin sorriu.
Coloquei suas coisas perto do baú. Edwiges ainda não voltou.Quantos dias faz que ela saiu?
Uns dois acho, não sei ao certo.
Bom, é natural. Vamos vocês todos, estou faminto e com certeza, já passei da idade de pular desse jeito. É melhor irmos logo antes que Molly dê seus avisos como o de costume. Harry, você vem?
Daqui a pouco. Vou tomar um banho e trocar de roupa.
Está bem, nos vemos então. - Gina o seguiu e eles saíram para as escadas, Rony o encarou por mais um momento antes de sair.
Você não respondeu minhas cartas. Não deu notícias descentes para a Ordem. Cara, você não deve estar muito animado para se comunicar.
Desculpe. Não tive vontade de falar com ninguém esses dias.
Eu entendo, vê se não demora.
Rony saiu fechando a porta. Harry abriu seu malão, escolheu uma roupa qualquer e subiu para o banheiro. Quando desceu as escadas, as gargalhadas enchiam a sala que anteriormente era dominada pelos gritos da Sra. Black. Só agora havia percebido que desde que chegara, ela não havia soltado um piu, era estranho passar por ali sem ser enxotado como das outras vezes. Harry abriu a porta da cozinha, um calor invadiu seu rosto, ele podia perceber que suas bochechas haviam corado. Os Weasley estavam aturdidos com as novidades dos gêmeos e Tonks divertia os outros com suas metamorfoses esquisitas.
Harry parecia não ter sido notado até reparar pela primeira vez que o homem encapuzado da frota o encarava. "Um novo membro da Ordem" - pensou ele. O garoto se sentou com os olhos do estranho ainda o seguindo ao mesmo tempo em que a Sra. Weasley trazia os pratos dizendo que o garoto precisava se alimentar direito, para melhorar a aparência.
Harry, como é bom vê-lo, tenho uma coisa para você – disse Fred olhando para Jorge.
Vejo que o negócio vai bem. Rony me disse que seus logros são um sucesso.
E como, por isso nós resolvemos devolver o que você nos deu, mas como sabíamos que você não ia querer o dinheiro de volta, lhe compramos isso – sussurrou Jorge – Mamãe ainda não sabe que você nos ajudou.
Não quero presentes. Já disse que se vocês não aceitassem ia jogar fora.
Mas isso você vai gostar – persuadiu Fred – Vamos abra.
Harry pegou o pacote contrariado, olhou para o canto da mesa onde estava Hermione e recebeu um incentivo. Ele puxou a fita amarela, rasgou o papel de seda vermelho que envolvia a caixa e retirou a tampa. Era a coisa mais estranha que Harry já vira. Parecia um cinto comum, só que com vários itens a mais, como se fossem porta objetos e próximo ao feixe tinha uma caixinha com um botão vermelho minúsculo. Harry ia aperta-lo quando Fred e Jorge gritaram juntos:
NÃO, Harry, não abra. – Todos levaram um susto enorme e pararam de fazer o que estavam fazendo para prestarem atenção nos três.
Por que não?
Essa é a nossa nova invenção o Porta Trecos. Ele foi feito exclusivo para você, essa caixa é para emergências do tipo que você costuma se meter. – explicou Jorge. - A Caixa possui um elemento surpresa, adaptado para cada pessoa.
E o que é?
Não sabemos, reage diferente para cada tipo de pessoa. – exclamou Fred.
Certo. E esses furos para que servem?
Bom, este aqui é para a varinha. Você já a perdeu uma vez, então, achamos que ia gostar. Nos outros você pode colocar bisbilioscópios, ingredientes de poções e o que achar melhor.
É feito de couro de dragão. É inquebrável e super leve.
Obrigado, mas não posso aceitar.
Harry não seja modesto. Ele é super prático para quem se mete em tantas encrencas como você.
Além do mais, agora que Você-sabe-quem voltou você deve estar preparado para as coisas que podem acontecer. E Rony nos disse que você queria ser auror, Não acha que isso vai ser útil?
Tudo bem, eu fico com ele. Obrigado mais uma vez pelo presente, pensando bem eu acho que vai ser ótimo.
Fred e Jorge Weasley, o que vocês estão aprontando?
Nada mamãe. Só estamos entregando um presente de boas-vindas ao Harry.
Ótimo. Sente-se aqui ao lado de Hermione e Rony, Harry querido, antes que a comida esfrie.
O jantar foi muito divertido, mas passou rápido e logo todos foram dormir. Durante a noite, Harry sonhou com seu padrinho. Ele gargalhava durante a luta com Belatriz Lestrange, recebia um jato de luz e caia sobre o véu preto da sala oval. Harry acordou gritando, olhou para o lado, Rony apenas se virou. Ele estava suado e com sede, fora assim todas as suas noites na casa dos Dursleys. Seus sonhos reviviam os seus últimos momentos com Sirius, e quando não aconteciam, Voldermont aparecia com sua risada triunfante, prestes a fazer alguma maldade com seus amigos. Harry sentou-se na cama e olhou para o quarto escuro, Edwiges ainda não voltara. Então decidiu ir a cozinha pegar um copo d'água e se acalmar um pouco.
Harry desceu as escadas silenciosamente, entrou na cozinha sem ascender à luz e bebeu um pouco d'água. Só então se lembrou de uma coisa. Monstro, o elfo doméstico da família Black, morava numa portinhola perto da pia. Harry se aproximou do local para dar uma espiada, ainda não tinha se cruzado com Monstro, não depois da morte de Sirius. Quando estava prestes a abri-la uma voz estremecida disse:
Ele morreu – Harry deu um salto ao perceber que havia mais alguém na cozinha, o homem encapuzado estava sentado perto da lareira no lado mais escuro da cozinha. – logo após descobrir que seu dono havia morrido, estava muito velho, seu coração não agüentou de felicidade. – Harry observou o homem se levantar e lentamente se aproximar. – meu nome é Nicolas Quirrel, meu irmão Frederico foi seu professor em Hogwarts.- Harry levou um choque, que jeito mais estranho para apresentações.
Muito prazer, Harry Potter. – respondeu o garoto.
Eu sei. – Harry apenas observou. - Quero me desculpar pelo Fred. Você sabe, pelas atitudes dele. Antes de conhecer Você-sabe-quem, ele era uma ótima pessoa.
Não guardo nenhum ressentimento.
Eu sei, Dumbledore me disse que você tem um coração muito justo. – Harry deu um bocejo falso e se dirigiu a porta. – Quero que saiba... – com um tom de voz mais elevado.
Saiba o que?
Que sinto muito por Sirius.
Humm, está certo. Vou voltar para cama. Boa noite.
Boa noite.
Harry subiu as escadas, foi para seu quarto e se deitou. Deu uma última olhada para a janela a procura de algum sinal de sua coruja e voltou a dormir.
Na manhã seguinte, Harry foi acordado por leve bicadas de Edwiges, que estava toda enlameada. Lá fora dava uma chuva torrencial típica de verão.
Por onde andou? – recebia pequenas bicadas no dedo em resposta.
Bom dia, Harry.
Ol�, Rony.
Rony, você conheceu o Nicolas, irmão do Prof. Quirrel.
Ele chegou na segunda. É um pouco estranho não acha?
Levei um susto com ele na cozin...
Bom dia, meninos.
Hermione, você não devia entrar aqui sem bater, podia pegar um de nós desprevenido.
Não a nada aí que eu não tenha visto.
O que você quer dizer? – perguntou Rony, Harry deu apenas um sorrisinho.
Ora, Rony, eu estava só brincando – respondeu Hermione levemente corada – Então, Harry, como foi à noite?
Era isso que ia dizer ao Rony. Levei um baita susto com Nicolas na cozinha ontem.
Por que?
Acordei a noite para beber água e quando estava indo ver o Monstro, ele falou que seu nome era Quirrel.
Quirrel, mas...
Hermione, ele é irmão mais velho do Prof. Quirrel. Lupin o convidou para entrar na ordem semana passada e ele aceitou. – respondeu Rony satisfeito por saber algo que a amiga não sabia. – Foi mamãe quem falou.
Ahh, ele estava na guarda ontem, achei ele um pouco sinistro. Mal mostra o rosto.
Não sei se gosto dele. Quero dizer, pediu desculpas e tudo, mas é meio estranho.
É, bom, você soube o que houve com Monstro, Gina me contou, quando cheguei, coitado.
Não tenho pena dele. E você também não devia ter, Hermione. Poderia ter matado todos nós. – retrucou Rony olhando com censura.
Como foram suas notas nos NOM's? – perguntou Harry para mudar de assunto.
Consegui nota máxima em tudo - disse Hermione orgulhosa – já tinha lhe contado isso.
Fui mal em poções e astronomia. Mas no geral tirei "Aceitável", acho que vou poder ser auror. E você?
Não sei, não abri meus envelopes ainda.
O que você está esperando? Vamos abrir.
Está certo. - Harry foi até seu malão, pegou a pilha de cartas sem abrir e as jogou na cama. Hermione se sentou a um canto e começou a escolher as cartas de Hogwarts.
Harry, você estava desanimado mesmo. Olha só a pilha de cartas da Ordem que você nem abriu.
Não iriam ter notícias nenhuma.
Você é que pensa. Ultimamente têm acontecido coisas todos os dias. Por que acha que voltamos para c�? Todos os membros da Ordem correm sérios perigos.
Por que?
Voldermont, por favor Rony, tem espiões em todos os lugares e o Ministro ainda não sabe direto o que fazer com os Comensais que ele prendeu.
Além disso, as pessoas estão em pânico por saber que os dias de terror voltaram. Acabaram com estoques de proteção e vivem com medo de aparecer nas ruas. Olham várias vezes as portas e janelas para ver se não tem suspeitos na rua.
Certo, aqui estão as cartas dos NOM's. – Harry pegou as duas cartas e as abriu. Um pilha de pergaminhos caiu em seu colo. – Cada um fala sobre uma matéria. Vamos leia logo. - Harry pegou o primeiro.
Humm, Adivinhação. – Harry olhou o pergaminho, continha vários gráficos explicando o desempenho da turma em relação a cada aluno. – Acho que fui bem.
Leia aqui, ó. - apontou Rony para o final da página onde tinha uma pequena conclusão.
"Conclui-se que o Sr. Harry Potter obteve um aceitável, por apresentar pequenos índices de visão quando se trata em ler a borra de café e bola de cristal..."
Pula o resto, Harry, é só enrolação.
Não é não, Rony. É bom saber o que os professores acham do nosso desempenho.
Mas essa matéria não interessa.
Certo, vou escolher outro. – Harry sentiu um frio na barriga – Poções. Acho que não vou escapar do Snape esse ano. "Excede as expectativas" e nem sei como.
Que bom, Harry. Poderemos ter aulas juntos. Pegue outro.
Humm. Transfiguração. "Excede as expectativas". Olha só o que o jurado escreveu.
"Ele tem uma aptidão forte para aprendizado, além de apresentar interesse por áreas de alta concentração e de periculosidade..."
Acho que isso é padrão, escreveram a mesma coisa para mim. E você, Hermione?
Eu tirei inexplicável, lembra? Os comentários foram o mesmo para todas as minhas notas.
O próximo é Trato das Criaturas Mágicas. "Ótimo".
Perto das criaturas que a gente enfrentou, ouriços e bichos pau não eram tão complicados. Qual mais?
Defesa contra Artes das Trevas. "Ótimo". Pensei que a Umbridge ia interferir na minha nota.
Sua nota foi até maior que a minha, Harry. – retrucou uma invejosa Hermione. – Foi a única que eu não tirei inexplicável.
Agora é Astronomia. Tirei um "Passável", também teve a prisão do Hagrid e a Prof. McGonagall ferida, quem podia prestar atenção em alguma coisa.
Hermione, você nem se preocupou com a Prof. McGonagall tirou inexplicável de novo.
Claro que me preocupei, né Rony. Só que eu já estava revisando os mapas. O que mais, Harry?
Feitiços. "Ótimo". Flitwich sempre gostou de mim.
Ele foi bonzinho com todo mundo, foi meu único "Ótimo". Cara, você foi melhor do que eu.
É, Harry, Em História da Magia você tirou "Passável", mas não importa para a carreira que você escolheu. Com certeza você vai ser um auror.
Hermione... você ainda não disse que carreira quer seguir.
Anh?
É mesmo, Hermione. Agora com essas notas você pode ser qualquer coisa.
Eu, bem, eu quero ser Ministra da Magia.
Você o que?
Você ouviu Rony. Só assim poderei aprovar minhas leis de libertação dos elfos domésticos e outras coisas que eu tenho em mente. Prof. McGonagall disse que não seria difícil já que eu tenho um bom currículo, mas que eu realmente deveria impressionar os examinadores. E bem parece que eu consegui não acham?
Hermione, você é sensacional, ou melhor, inexplicável.
Obrigada, Harry, você também é muito bom. E você também, Rony.- acrescentou a garota ao reparar na cara amarrada que ele fez.
Bom dia, gente.
Bom dia, Gina – responderam os três juntos.
Mamãe está chamando para o café da manhã.
Os garotos só então perceberam que não haviam comido nada. Harry guardou os pergaminhos no malão, os envelopes da ordem ele deixou em cima da cama ainda por fazer. Ao chegarem na cozinha, o cheiro delicioso de ovos mexidos invadiu a sala. O Sr. e a Sra. Weasley pararam de conversar imediatamente a entrada de Harry, mas o garoto não ligou. Em Grimmauld Place isso era natural. Os adultos trocavam segredos a todo instante. O resto do dia foi ótimo. Rony e Harry foram alimentar Bicuço, e passaram a tarde jogando Xadrex Bruxo.
Rony o venceu em todas as partidas, mas para Harry era muito divertido. Gina quase dormia lendo um livro em cima da cama. Edwiges estava empoleirada em cima do armário tirando uma soneca e uma excitada Pitchí piava sem parar sobre a cabeça de Rony.
Cala o bico. Às vezes essa coruja enche.
Não fala com ela assim. – resmungou Gina.
Mas ela enche mesmo.
HARRY! – chamou Hermione. – HARRY, vem cá. – O garoto foi até o quarto onde ela e Gina dormiam.
Hermione o que foi? Você me assustou.
Desculpe, Harry, É que meus pais chegam hoje à noite e estou querendo enviar uma carta a eles porque esqueci um livro.
Se quiser Edwiges é só pegar.
Não, ganhei o Ptolomeu, mas ele não me obedece. – Harry achou muito estranho, uma coruja decididamente não agiria assim com seu dono.
Quem sabe se eu tentar. Cadê ele?
Está lá em cima do armário. - Harry olhou para cima. Uma coruja enorme estava, com seus grandes olhos negros, olhando feio para Hermione.
Você o tem alimentado?
É obvio.
Bom, chame ele.
Ptlomeuzinho – disse Hermione cheia de dengo, Harry olhou para a coruja e teve a certeza de que ele piorara o humor – Vem c�, meu floco de neve, vem. – a coruja abriu as asas e voou em direção a Hermione tão rápida e furiosamente que Harry mal teve tempo de puxar a garota para o chão. A coruja deu mais um rasante e voltou para cima do armário.
Mione, acho que o problema é que o Ptolomeu não gosta de ser chamado assim.
Mas ele sabe que eu gosto muito dele, não é Ptolomeuzinho. – a coruja fez um forte estalo com o bico.
Eu chamo dessa vez. – Harry estendeu o braço para frente, como fazia com Edwiges. A coruja saiu do armário e pousou suavemente no ombro do garoto. – Agora o que você quer que o Ptolomeu envie.
Este envelope.
Certo. Quero que leve essa carta para a casa dos pais de Hermione. Seja educado com eles porque eles são trouxas e não sabem como lidar com corujas. Volte rápido. – a coruja levantou voou e saiu pela janela. – Hermione, da próxima vez que você for usar sua coruja me chame para eu ver você se consegue repetir o gesto. E outra coisa, o trate como um coruja macho, pelo jeito ele não gosta muito de frescuras.
Obrigada, Harry. Vou tentar não chamar mais ele assim.
Harry saiu do quarto se segurando para não rir. Foi ao quarto de Rony e Gina e viu que eles tinham saído, ele recolheu as peças de xadrez que estavam ainda em cima da cama e olhou para a janela. Já tinha escurecido e Harry nem havia percebido. Ele desceu as escadas e estranhou o silêncio sepulcral que rondava o ambiente, além do mais estava tudo escuro, era como se todos tivessem ido dormir mais cedo. Abriu a porta da cozinha, apenas uma vela iluminava a mesa. A primeira coisa que teve em mente foi que Voldermont descobrira o esconderijo da Ordem, mas depois racionalizou e percebeu que não ouvira nada quando estava lá em cima no quarto com Hermione. Por falar nisso, onde foi Hermione? Estava tudo muito estranho, quando ele resolveu voltar para a sala ouviu um estalo, virou rapidamente com a varinha em punho e em resposta ouviu em coro:
SUPRESA! FELIZ ANIVERSÁRIO, HARRY!
Harry não podia acreditar, nem tinha se lembrado que era seu aniversário e esta era a primeira festa que ele já teve na vida ou melhor a única festa. Todos estavam reunidos: Tonks, Mood, Lupin, os Weasley, incluindo Gui, Percy e Carlinhos, os professores McGonagall e Hagrid e todos os membros da Ordem, além de Rony e Hermione, é claro. A Sra. Weasley segurava um enorme bolo com confeitos em forma de pomos de ouro e detalhes vermelhos e amarelos. Uma vela em forma de raio estava tremeluzente, aguardando ser apagada. Todos os pratos e bebidas prediletos de Harry estavam sobre a mesa. E ao canto, sobre um banquinho tripé uma pilha de presentes aguardava ser aberta. Pela primeira vez, Harry ouvia em coro:
PARABÉNS PRA VOCÊ
NESTA DATA QUERIDA
MUITAS FELICIDADES
MUITOS ANOS DE VIDA
É PIC, É PIC, É PIC, É PIC, É PIC,
É HORA, É HORA, É HORA, É HORA, É HORA,
RÁ TIM BUM
HARRY, HARRY
Faça seu pedido, Harry – gritou Hermione, enquanto Harry puxou ar para assoprar a vela – Faça o seu pedido. – Harry pensou por um momento "Gostaria de ter Sirius de volta" e a vela se apagou.
Muito bem. Parabéns, Harry. – disse a Sra. Weasley, dando um forte abraço. Depois de vários abraços e muitos parabéns, as pessoas se serviram e Harry pode se sentar e comer um pouco de cada coisa. Enquanto ouvia Rony explicar como tudo foi armado.
Mamãe descobriu que você nunca teve uma festa de aniversário decente e decidiu comemorar como se deve. Ela explicou como cada um de nós deveria agir. Por isso Hermione veio com você.
Então, você fingiu toda aquela história de Ptolomeuzinho.
Eu sabia que o Ptolomeu não gostava de ser chamado desse jeito, a vendedora me disse que ele fica realmente muito bravo. Então, quando o Rony me escreveu contando sobre a festa. Planejei com a Sra. Weasley como fazer para atrair sua atenção.
E a carta? Era falsa?
Bom, Harry, na pressa eu me esqueci do seu presente, então, aproveitei para pedir ao papai que o trouxesse quando viessem para cá.
Você ainda não explicou por que seus pais vêem para cá.
Houve muitos ataques a trouxas nesses dias. Prof. Dumbledore acha que os pais de bruxos nascidos trouxas estão mais vulneráveis a esses ataques, então como já viria para c�, ele sugeriu que meus pais viessem junto.
Você-sabe-quem não tem sido nada sutil. Ouvi papai contando que está com o dobro de trabalho, porque o Ministro reformulou as tarefas no Ministério. Tudo deve estar voltado para um possível atentado dele.
Não sabia disso. Desde quando estão pensando assim?
Desde o início das férias. Li no Profeta que o Ministro está pensando numa forma de tirar Azkaban do poder dos dementadores. Ele ainda mandou mensageiros para diversas regiões em busca de novas alianças contra esta nova ameaça. Acho que finalmente está entendendo o que Prof. Dumbledore estava querendo dizer.
Acho que tudo isso se deve mais pelo medo que o Ministro tem de Voldermont. Da última vez que o vi, estava tão assustado que mal podia se conter. Dumbledore deve estar lhe aconselhando a cada instante.
Meninos, querem mais um pouco de merengue?
Não, Prof. Lupin, obrigado.
Não pude evitar ouvir o que você estava falando, Harry. Acho que numa noite tão feliz como essa vocês deveriam parar de pensar nessas coisas e comemorar o primeiro aniversário de Harry. O que acham?
Acho que o senhor tem razão, professor. – disse Rony enfiando mais um garfo da mistura de pratos que estava se servindo.
Rony, como anda o relacionamento de seus pais com Percy.
Papai ainda não quer falar com ele, quase que ele não vinha hoje. Mamãe teve de interferir, dizendo que Percy só ouviu os fatos. Mas eu, como papai, perdi a confiança nele. – Harry não queria admitir para o amigo, mas achava que tinha sido um erro, dizer a Percy o esconderijo da Ordem, além do mais o que o impedia de traí-los novamente.
A festa durou bem mais do que um jantar normal, afinal veio à abertura dos presentes. Harry teve de adivinhar cada um deles o que era muito difícil pois não conhecia muitos presentes bruxos. Teve de tudo, sweaters, sapos de chocolate, kit de primeiros-socorros, que Harry suspeitou ser do Olho-Tonto, uma pena de repetição, uma carteira falante e um par de meias, muito mal feitas. Rony lhe deu uma foto com uma moldura muito bonita da turma do AD.
O presente de Hermione chegou no final da festa junto com seus pais. Era um enorme embrulho quadrado. Harry o abriu e se admirou era um diário de recordações, tinha coisas de todas as aventuras que o trio tivera desde que se encontram. Uma pena de chave voadora, a foto de Dumbledore numa figura dos sapos de chocolate, um papel todo amassado de livro, um caco de espelho e várias outras coisas.
Sempre guardo coisas de recordação, principalmente Hogwarts. No último ano você praticamente nos acusou de cuidar de tudo sozinho...
Mione, eu
Harry, eu sei que você estava nervoso, mas queria te dar algo que marcasse você. Achei, bom, que poderia guardar essas coisas como prova de que sempre estivemos do seu lado e que você pode contar com a gente. – disse Hermione quando estavam subindo as escadas.
Não gosto de lições de moral.- disse Harry entrando em seu quarto.
Está vendo, isso não nenhuma lição de moral, é mais um lembrete. Você pode contar com os amigos, Harry. Para sempre. E Rony e eu estaremos sempre do seu lado. Mês passado você teve a prova, Harry. Fomos ao Ministério com você e enfrentamos os Comensais da Morte porque acreditamos que poderíamos salvar Sirius.
É mais...
Harry – Rony começara ao deitar na sua cama – não foi sua culpa. Fomos lá porque queríamos, fizemos tudo para ter certeza de que seu sonho fora real. Monstro te enganou e a gente fez o que achava que era melhor.
O melhor? Vou te dizer o que era melhor. Era melhor eu ter aprendido Oclumencia, era melhor eu ter escutado Hermione o tempo todo, era melhor eu ter ido até lá sozinho.
Mas tudo isso não aconteceu, Harry. Será que você não entende? Tudo o que nós queremos é te ajudar a passar por tudo isso. – Rony olhou abismado, de Hermione para Harry, nenhum dos dois ainda tinha tocado no assunto da morte do Sirius. Harry deitou na sua cama furioso e fechou os olhos para terminar a conversa – Não adianta fugir do assunto. Você sabe muito bem o que eu estou querendo dizer. Nos também sentimos falta de Sirius, ele era nosso amigo.
Harry, só queremos te ajudar...
Eu não preciso de ajuda nenhuma!
Certo, podemos começar a falar do assunto então? – Hermione perguntou asperamente. Harry não fez menção de responder. – Não se tem palavras para esses momentos, tudo o que posso oferecer é o meu apoio, mas já que você não quer, não vou mais perder tempo. Boa noite! Rony vou para o quarto com meus pais. Até amanhã. – a garota saiu pisando forte e encostou a porta, Rony ainda pode ouvir seus passos até chegarem ao quarto.
Harry? – o garoto se virou e fingiu querer dormir – Boa noite, então. –
Rony apagou a luz e se deitou. Harry ainda olhou para o presente de Hermione sobre seu malão e não entendera porque começaram a discutir, se arrependeu.
Nota da Autora:
Mil desculpas pela demora, mas a vida real me impediu de atualizar antes... ESpero que gostem do capítulo e continuem me escrevendo.
Snaps Explosivos
Lessa
