Incógnitos
N/A –Ms CE: Sim, o Rony é o seu típico homem estúpido. Pobre Rony. Heh Heh Heh. Acho que ele terá que adquirir uma amplitude melhor antes que ele comece a "conhecer"as garotas. E Cara? A batalha entre ela e Draco está apenas começando...
Shahrezad : pendurando no seu pescoço, toda aliviada Você me encontrou! Oh alegriaêxtase, exulto... sorrisão cheio de dentes Como eu disse acima, os joguinhos estão apenas começando entre a Cara e o Draco, e os capítulos futuros devem ser uma confusão para eles... hehe
A todos os outros que estão lendo: Comentem, por favor! Muito obrigada.
N/T – Gente, claro que essa fic é uma tradução. E o título original em inglês é "Undercurrents". Queria agradecer os comentários pela Eleanor. Vou traduzir todos e mandar pra ela, mas enquanto isso eu mesma respondo, se importam?
Carol – Obrigada por gostar do meu trabalho. Eu não sabia mesmo que era tão divertido! Eu também ando dando boas risadas com a Cara. E quando você reescreve o que ela está fazendo, a coisa toda parece melhor ainda. Sobre a terceira fic, "Rising Depths", ainda não tenho nada certo. Eu nem mesmo estava planejando traduzir esta! Mas eu senti saudades da Sonora ... É provável que eu traduza sim, mas não é certo. Ai, puxa brigada por tudo... É pra isso que os tradutores estão aqui!
Sheyla Snape – As N/As são sempre da autora. Quando for eu falando, como agora, você verá este N/T. E obrigada por comentar, não se sinta na obrigação de resenhar cada capítulo... Eu também estou adorando tudo isso... Mal posso esperar para avançar nesta tradução! Obrigadíssima por comentar!
Mariana Navarro – Só duas coisas: pode relaxar que eu vou atualizando sempre que puder. E dois, claro que estou traduzindo, como já falei acima... que bom que você gostou da fic anterior e também está curtindo essa... Obrigada! Ah, a história agora é sobre o Draco e a Cara, mas com certeza a Eleanor não esqueceu do Sevie e da Sonora!
Capítulo Cinco – Linhas de Batalha São Desenhadas
Draco resistiu ao impulso de bater a cabeça contra a parede de pedra da masmorra e sala de aula. Merlin, a garota era uma idiota. Ela confundira pus de bubotúberas e escamas de dragão, usara uma colher de madeira quando ele deixara bem claro que devia ser uma de prata, e adicionou madeira a outro caldeirão quando ele mandou alimentar o fogo. E ela dissera, com grandes olhos, que havia pensado que ele dissera para adquirir o fogo, e como ela podia saber se eram ambas palavras com "a"? "Alimentar"não tinha a ver só com comida?
Malditos grifinórios estúpidos..., ele pensou selvagemente, enquanto passava a limpo com muito cuidado a sua proposta sobre sua própria poção. Ele manteve um olho na garota, que estava literalmente atiçando fogo no caldeirão.
"A outra esquerda, McDouglas", grunhiu para ela, sua paciência a ponto de terminar.
"Ops!", a parva esganiçou-se, sim, esganiçou-se. Prontamente trocou as mãos e continuou a mexer na mesma direção de antes.
Draco se ergueu da mesa num único movimento frustrado. "Droga, garota, você tem algum cérebro aí dentro?", ele ralhou, dando dois passos largos na direção dela. Inclinou-se e agarrou a mão dela, com a colher junto. "Mexa do outro lado!"
Quando ele forçosamente tentou corrigi-la, os olhos da idiota se estreitaram e ele empurrou a mão dela para longe. Um pouco do líquido escapou da ponta da colher e iniciou uma trajetória pelo ar. Draco gritou sofrivelmente conforme algumas gotas acertaram a manga das vestes que ele usara para proteger o rosto, mas sua atenção estava focada no pedaço desprotegido de pergaminho. Ele observou numa fúria aterrorizada enquanto o líquido, generosamente atingindo seu impecável relatório quase terminado nas pontas e começando a desintegrar o pergaminho.
"Sua besta incompetente", ele sibilou, apertando novamente a mão dela e com mais força, forçando-a a encará-lo. "Você arruinou horas de trabalho."
A garota estava olhando para ele, de repente sem nenhum sinal daquela burrice vaga que estivera mais que aparente nas últimas duas horas. "EU sou a idiota?", ela retorquiu a ele. "Seu cara de rato amante de cobras maldito nojento de um sonserino..."
O rosto de Draco contraiu-se aos insultos, e então uma pequena luz acendeu-se em sua cabeça. "Você estava fingindo", ele disse, a fúria gelada lancinando sua voz, levando a temperatura da masmorra a níveis subárticos.
"Oh, por favor, eu não sei o que é uma escama de dragão...", ela falou normalmente, suavizando os olhos diante dele, enquanto os do próprio garoto se crispavam em raiva.
Quase involuntariamente, Draco pôs mais força em seu aperto na mão dela enquanto registrava o fato de que gastara duas horas daquela noite caindo no joguinho daquela garota. "Você...", ele disse, quase num sussurro, mesmo quando a mão dela tentou se libertar.
"Algum problema, Sr. Malfoy?", uma voz suave veio do portal. Draco não se moveu, exceto para soltar a mão da menina. Ele observou com olhos inconformados enquanto ela flexionava os dedos em alívio.
"Não, professora", ele disse em resposta. "Aparentemente a Srta. McDouglas passou duas horas brincando de algum tipo de jogo, ao invés de aproveitar o tempo para o que ele foi designado."
Ele ouviu o ruído familiar dos passos da Professora Stone se aproximando, mas não tirou seus olhos da garota que ainda tinha aquela expressão afetada. "Srta. McDouglas?", a professora perguntou.
"Ele tem insultado a minha inteligência a cada oportunidade, professora", não se movendo nem um centímetro. Tola. "Desde o primeiro minuto, ele me tratou como uma tonta e deixou perfeitamente óbvio que eu sou um desperdício de seu tempo tão precioso."
"E você é, sua pequena patética...", Draco grunhiu, furioso por aquela pequena grifinória ousasse encará-lo daquela forma.
"Sr. Malfoy", a voz da Professora Stone interrompeu-o atrás dele. Por pouco. "Srta. McDouglas." Ela parou, próxima aos dois. Draco pode sentir o respeito por ela ir tomando seu rosto rapidamente. Droga. "Eu o pedi para fazer um trabalho como tutor, Sr. Malfoy", ela disse calmamente, "porque eu senti não apenas que você tivesse a sabedoria para fazê-lo, mas porque eu senti que você possuía a maturidade e a inteligência para verdadeiramente lidar com o trabalho."A garota sorriu maliciosamente para ele, e Draco estreitou seus olhos para ela, mesmo quando uma leve sensação de culpa queimou dentro dele. Então ele tratara mesmo a garota como a imbecil que era. E ela ainda teria que provar que ele estava errado.
"Srta. McDouglas", e então foi a vez dele de sorrir em malícia, enquanto aquele olhar sabe-tudo da Professora Stone se voltava para ela. "Eu lhe dei um tutor como um esforço para ajudá-la a atingir uma nota nesta matéria, para disponibilizá-la a ajuda de que você realmente precisa."Ela fitou ambos. "Vocês dois me desapontaram."
McDouglas finalmente tirou os olhos de Draco, recuando um passo e se virando para olhar para a professora. "Desculpe-me, senhora", ela disse, erguendo o olhar para a mulher mais velha. Draco observou-a cuidadosamente. Puritana ingrata e escorregadia... "A senhora está certa. Eu me deixei distrair com as provocações dele", ela indicou com a cabeça o lugar onde Draco estava e ele fitou-a fixamente. "Isso não vai acontecer de novo. Eu prometo", disse.
A Professora Stone crispou os lábios enquanto estudava a garota, e então assentiu. Então voltou-se esperançosamente para Draco.
Inferno sangrento, ele pensou. Suspirou rapidamente. "Eu peço desculpas", disse ele. "Eu me esforçarei para fazer um trabalho melhor, professora."
Ela observou-o cuidadosamente, os olhos escuros o estudando. Merlin, será que ela lia mentes, ele se perguntou vagamente. Ele sabia que o Professor Snape estivera ensinando a ela alguns truques novos... "Draco", ela disse numa voz calma", "ensinar não é apenas obter sucesso. Você não aprendeu algo de verdade até que ensine essa coisa para alguém em retorno." Draco piscou. O que quer que ela estivesse prestes a dizer, ele não esperara por aquilo. O rosto dela estava suave e sério, e fazia algo que tranqüilizar dentro dele em conseqüência. "Eu acredito que você possa ser extraordinário, Draco, e não apenas em Poções."
Dito isso, ela se virou para McDouglas, e Draco se sentiu voltando a si mesmo conforme ele notou e divertiu-se com o desconforto da garota. "Cara, por favor limpe isso, e venha preparada para recomeçar tudo amanhã." A garota assentiu respeitosamente, ele era forçado a admitir, e virou-se para o caldeirão. A Professora Stone olhou-o rapidamente então. "Draco, ajude-a", falou com calma. Draco teve uma sensação que ela não estava se referindo apenas à bagunça. Assentiu brevemente.
A Professora Stone caminhou em linha reta de volta para seu escritório enquanto ele se virava para a bagunça que a parva fizera. Que a garota fizera, ele corrigiu a si mesmo com um sorrisinho de desdém. Ela estava naquele momento adicionando cozido de soda no caldeirão num esforço de neutralizar a acidez antes de eliminar os componentes.
Eles trabalharam em silêncio por vários minutos, Draco ainda furioso com a garota e seu joguinho. Ninguém o fazia de idiota. Ele não permitia. E ainda assim aquela pequena grifinória brincara com ele por quase duas horas, apenas porque ele esperara que ela cumprisse o que ele imaginara dela. Então ele limpava e se irritava ao mesmo tempo.
O silêncio foi finalmente quebrado pela garota. "Você é insuportável, mas eu ainda tenho que pedir desculpas por ter brincado com você daquele jeito.", ela disse, atrás dele. Draco endireitou-se mas não disse nada. Não estava certo do que deveria fazer, não quando a Professora Stone estava ainda ouvindo tudo de algum lugar nas sombras. "Olhe, eu vou te dizer uma coisa. Você para de me chamar de idiota, e eu paro de ser uma... bem, vou parar com os jogos. E não imponha coisas, também." Ela pareceu esperar que ele dissesse alguma coisa, mas Draco meramente continuou limpando o espaço de trabalho. Melhor deixar que ela continuasse com a conversa fiada. Ele não tinha tempo a perder.
"Merlin", ela atirou entre os dentes. "Desculpe pelos seus papéis, ok? E eu vou ajudá-lo a consertá-los quando você quiser. Enquanto isso, vamos apenas acabar por aqui". Houve então um ruído dela jogando um caldeirão sobre a prateleira, seguido do som de uma portinhola sendo fechada.
Ele a ignorou até que ela caminhou até onde ele estava, reunindo seus papéis. "Inferno sangrento, você é um desgraçado", ela disse diante dele. "Trégua ou não, eu te verei se qualquer forma, amanhã à noite."Dito isso, girou nos calcanhares e irrompeu fora da sala.
Draco continuou e reunir metodicamente os restos mortais de sua proposta de Poções enquanto permanecia na sala silenciosa. Gradualmente ele se deu conta de outra presença ali. Olhou em volta e para cima com um ar gelado no rosto, rapidamente encontrando o lugar onde estava o Mestre de Poções, parcialmente oculto nas sombras de seu escritório. "Senhor", ele disse, baixando a cabeça em reconhecimento ao diretor de sua Casa.
Snape ficou parado e estudou-o com olhos impenetráveis. Se Draco fosse honesto consigo mesmo, ele admitiria que o Professor Snape era uma das poucas pessoas que ele temia e respeitava. O homem possuía um amontoado assustador de sabedoria, da luz e das trevas, e tinha a impetuosidade e a astúcia para usá-la. Aumentava ainda mais o respeito de Draco saber que ele tivera o tutano para enfrentar sozinho a Escuridão, mesmo quando sua vida estava por um fio.
Depois de vários momentos longos e dolorosos nos quais o bruxo alto e sombrio permanecera observando-o com aqueles olhos decididamente apavorantes, ele finalmente falou. "Desaponte a Professora Stone", ele disse, a voz lenta, suave, e completamente sincera, "e eu me assegurarei de que você não chegue intacto ao final do semestre." Vindo de qualquer outra pessoa, Draco teria sorrido em desdém e rido da ameaça, mas vindo de Snape... Aquilo fez seus ossos tremerem.
Ele sacudiu a cabeça. "Não, senhor", disse em resposta. Preferiu não falar que preferia ele mesmo executar o desmembramento em si mesmo do que falhar com a única pessoa que verdadeiramente confiava nele.
Os olhos de Snape estavam impassíveis e remotos e ao mesmo tempo muito observadores. "Termine e vá para o seu dormitório", disse. Virou-se e irrompeu silenciosamente pela porta antes fechada do escritório da Professora Stone, e Draco parou apenas por um momento para observar o Mestre de Poções entrando.
Por um momento, algo tristonho sacudiu-se dentro dele. Snape encontrara algo extraordinário em sua colega professora. Draco vira, em alguns raros instantes, o homem mais velho lançando olhares para a professora. Snape olhava para Sonora Stone como se todo o seu mundo estivesse suspenso nas mãos dela, como se simplesmente vê-la respirando fizesse sua vida valer a pena. E ela... Ela não se importava em esconder sua afeição por ele. Aquilo apenas exalava por ela.
Por aquele momento, Draco fechou os olhos e desejou que alguém olhasse para ele do mesmo modo que a Professora Stone mirava Snape. Era fraco, e ele se arrependeu por permitir-se pensar daquela forma logo em seguida, mas naquela ocasião ele admitiu que não havia nada no mundo que ele ansiasse mais desesperadamente.
Então ele respirou bem fundo e afastou aquele pensamento de fraqueza. Bufou mais uma vez sobre os resquícios de sua proposta, colocando-os cuidadosamente dentro da mochila. Ele não tinha nenhuma ilusão de algum dia encontrar alguém tão miraculosa quanto a Professora Stone para ele mesmo. E ao mesmo tempo, era melhor para ele focar-se no que ele podia fazer. Ele sorriu friamente enquanto fazia seu caminho desde a escura sala de aula até a sala comunal da Sonserina. E ele podia planejar uma vingança para uma certa grifinória pagar por tê-lo feito de tolo.
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Cara foi carregava por pura raiva não diluída por todo o seu caminho até a Torre da Grifinória, e para dentro da sala comunal. "Ahhhhh!", ela gritou conforme se aproximou do canto onde Gina estava debruçada sobre um livro-texto.
Gina pulou e encarou-a. Cara jogou sua mochila no chão e jogou-se sem aviso na poltrona ao lado do assento onde estava sua amiga.
"Oh, querida", Gina disse, soando o mínimo incomodada possível. "As coisas não andaram bem?"
Cara franziu a testa para o chão e cruzou os braços. "Infeliz estúpido desgraçado maldito", murmurou.
"E só agora você percebeu isso?", sua amiga perguntou secamente. Cara fuzilou-a com o olhar. "Desculpe, desculpe", Gina disse, erguendo as mãos em rendição. "Ah, quer falar sobre isso?"
Cara resmungou, em dúvida. "Não", disse. Gina assentiu, virou uma página de seu livro-texto a começou a ler, aparentemente. Terminou aquela página e lançou uma espiadela a Cara pelo canto dos olhos, antes de erguer um dedo e virar a folha.
"Ele me disse que um caldeirão era uma coisa redonda de metal com alças!", Cara deixou escapar. "E que eu não podia dançar! E então a Professora Stone gritou com nós dois e eu me senti realmente mal e droga, eu ofereci ajuda com a droga dos papéis dele!"
"Espere, você estava dançando?", Gina perguntou, derrubando o livro no chão e virando-se de frente para ela. Cara virou os olhos. Confie em Gina para se interessar pelo elemento mais desimportante.
"Eu não sabia que ele estava ali", ela disse impacientemente. "Estou dizendo, ele me tratou como se eu mal fosse capaz de me vestir sozinha!"
"Volte para a coisa da dança", Gina disse. "Que tipo de dança?"
Cara franziu a testa. "Algo que os meus primos me ensinaram", murmurou.
Os olhos de Gina se alargaram. "Oh! Aquele movimento que você nos ensinou o ano passado?", perguntou. Cara assentiu, só então percebendo o quão humilhante fora a coisa toda. "Wow", Gina suspirou. "E Draco Malfoy viu você fazendo aquilo?"
Cara grunhiu e deixou sua cabeça cair sobre o encosto da poltrona. "Você não está ajudando", ela disse, piedosamente.
"Desculpe", Gina disse, soando totalmente fascinada e totalmente insincera. "Então o que aconteceu?"
Cara limpou a garganta. "Ah... Eu meio que... Decidi brincar com as esperanças que ele tinha de mim", admitiu. E então riu. Aquilo havia sido engraçado, ela pensou, lentamente fazendo-o subir pelas paredes com a brincadeira de burra.
Gina fez um som com a garganta. "Você fingiu que era estúpida?", perguntou. Soando novamente daquela forma muuuuuuuuuito fascinada.
"Sim. E ele continuou dizendo coisas horríveis pra mim, assim eu apenas continuei fingindo, até que ele finalmente me dissesse pra mexer pro outro lado, então eu troquei de mão ao invés de direção, então ele chegou perto e pegou a minha mão pra me forçar a fazer direito, e a poção espirrou e depois..."
"Ele pegou sua mão?", Gina interrompeu. Cara virou a cabeça para ver o queixo de sua amiga não muito longe do chão.
Ela olhou-a afetadamente. "É. Viscoso nojento.", disse. Surpreendentemente forte viscoso nojento, ela pensou, um pouco desconsertada por seus pensamentos errantes.
"Wow", Gina disse, os olhos grandes e bem abertos. "Eu não acho que tenha visto Malfoy se inclinar e tocar alguém, por nada, em toda a minha vida."
Cara riu desdenhosamente. "Ele deve ter se arrependido desse ponto", murmurou. E então sorriu. O que fora realmente sua intenção.
"Então o quê?", Gina perguntou. "Você disse alguma coisa sobre os papéis dele..."
Cara encolheu-se. "A poção meio que espirrou e pegou em alguma coisa que ele estava trabalhando havia muito tempo, e então ele enlouqueceu de verdade."Lembrando-se, ela flexionou a mão que ele espremera e franziu o cenho.
Gina se inclinou e pegou-a entre suas próprias mãos, examinando os dedos de Cara. "Eu acho que você vai ter machucados", ela disse seriamente, logo parecendo impressionada e fascinada.
Cara umedeceu o lábio e suspirou. "Isso não é tão ruim.", disse. "Mesmo. E pra ser honesta, eu realmente mereci isso." Gina observou-a surpresa a isto, e então Cara corrigiu suas palavras. "Ok, eu mereci que ele tenha ficado louco, mas não mereci a mão esmagada."
Sua amiga assentiu. "Ok." Livrou a mão de Cara e sentou-se de volta um pouco. "Então o quê?"
Cara suspirou. "A Professora Stone entrou, e fez nós dois nos desculparmos. Devemos recomeçar tudo amanhã". Gina contraiu os lábios e estudou-a com o olhar pensativo. Cara conhecia aquele olhar. Aquele olhar geralmente significava que ela estava com o cabelo azul ou camisetas curtas demais, ou qualquer outra coisa aguardando-a em seu futuro. "O quê?", ela perguntou, com um amontoado de dúvida nada pequeno.
Gina olhou-a inexpressivamente. "Nada.", ela disse, pegando seu livro-texto mais uma vez. "Apenas curiosa sobre como será amanhã."
Cara lançou-lhe um olhar alerta. Ela teria que ficar esperta agora, graças a Gina e aquela porcaria de expressão. Ela grunhiu um pouco antes de se erguer pesadamente do sofá. Ela tomaria um banho e talvez trabalhasse um pouco naquele ensaio de Defesa que teria que entregar no final da semana. Agarrando a mochila, foi em direção às escadas, passando pelo canto da sala onde o irmão de Gina e seus amigos estavam sentados. Eles estavam encolhidos juntos como que discutindo algo sério, e Cara se perguntou o que haveria com eles. Então começou a subir os degraus para o dormitório e para seu banho quente. Ela poderia comer um pouco de chocolate, também.
