Incógnitos

N/A - HerRoyalInsaneness: coçando a cabeça Cabelo azul? Hã? Você vai ter que esclarecer um pouco a coisa. Lol. Entretanto eu estou muito feliz que você esteja lendo, aproveitando e, mais importante, comentando! O resto dos leitores aí fora, sigam o exemplo DELA! apontando

MetroDweller: Obrigada! Eu realmente pareço ter essa coisa por homens torturados, sombrios e perigosos. suspiro Claro, Draco é loiro, mas é essa escuridão oh-que-sexy dentro dele que é tão intrigante. Continue lendo, e não hesite em oferecer conselhos se eu começar a ficar fora dos personagens (N/T: o famoso O.O.C.).

Shahrezad1 - pegando vorazmente os biscoitos Casamenteira? Eu? Certamente você me confundiu com algum outro escritor absurdamente ambicioso. Quero dizer, como poderiam almas cruéis como as de Snape e Draco terem alguma coisa boa dentro? estalando os lábios sugestivamente Hummm... Snape. É. De qualquer forma. Fique ligada e veja se Draco vai lutar ou ceder. Heh heh heh.

Para o resto dos meus Gentis Leitores: Leiam! Comentem! (e por favor aceitem minhas desculpas por demorar tanto).

N/T – Carol: Nossa, nossa, obrigada pelos seus elogios! Estou adorando fazer esse trabalho, de verdade. A Cara é mesmo surpreendente, não acha? Eu também dou muita risada com ela... Ela é apaixonante; e aposto como o Draco não demora pra perceber isso! Obrigada por comentar!

Sheyla Snape: Han, se a Gina já pegou no ar eu não sei; mas que ela realmente estranhou aquela coisa de pegar na mão, isso sim... Talvez a idéia tenha parecido absurda demais pra ela! Oh, tradução impecável? Muito obrigada! Isso é mais divertido do que parece, acredite... E continue aqui, ok?

Capítulo Seis – Força e Fraqueza

No dia seguinte, Cara estava surpreendentemente alegre. No café da manhã, houve pão doce de passas. E então Feitiços pela manhã, que sempre a deixava de bom humor. Ela gostava do Professor Flitwick, mas bem, ela gostava de todos que eram menores que ela própria.

Então, após o almoço, que continha uma torta de maçã muito boa, ela tinha Defesa Contra as Artes das Trevas. E aquela era sua aula favorita entre todas.

Escorreu para uma cadeira próxima à de Gina, que sempre tentava se esconder de seu irmão mais velho bem no fundo da sala. Coisa engraçada, ela nunca conseguia.

"Boa tarde, Srta. Weasley", o Professor Weasley falou alegremente diante da turma. "E você não parece realmente uma gracinha hoje?"

"Dá um tempo, irmãozinho", Gina murmurou por sob a respiração, tentando sem sucesso alisar o cabelo mais uma vez, antes de sorrir docemente. "Oh, obrigada, professor, mas você não acha que deveria passar o tempo da aula com coisas mais importantes do que a minha aparência?"

Seu irmão mais velho sorriu afetadamente conforme o resto da classe escorregava para suas carteiras, trocando sorriso cúmplices. Eles faziam coisas parecidas com aquela todas as aulas, Cara pensou num riso sombrio. "Oh, mas se fosse assim eles não descobririam que em casa você dorme com seu panda roxo favorito, desde quando tem três anos."

"GUI!", Gina gritou com voz aguda, soando furiosa, conforme o resto da classe quebrava-se em risadas. O Professor Weasley apenas sorriu e mandou um beijinho para a irmã.

Cara engoliu as risadas e tentou confortar a amiga, que estava encafurdada em seu assento, murmurando furiosamente sob a respiração. Algo sobre contar tudo à mamãe e sobre onde Gui guardava suas roupas de baixo. Cara enrubesceu diante do pensamento. Afinal de contas, o Professor Weasley era uma gracinha.

"Não se preocupe, Gina, eu ouvi que ele está fazendo isso muito mais com Rony na aula dele", ela sussurrou.

"Maldito idiota de um irmão.", Gina continuava murmurando.

O Professor Weasley limpou a garganta e Gina se endireitou, ainda encarando furiosamente o irmão. "Certo então, de volta para o mundo real", ele disse com um sorriso. "Página 102 em seus livros, o Escudo de Bolha. Nós já lemos sobre ele, vocês já escreveram ensaios sobre ele, e hoje vamos trabalhar na prática dele, aos pares. Vocês tentarão manter o seu escudo enquanto o seu parceiro usa feitiços médios. Feitiços médios, agora", ele enfatizou. "Vi algum sangue, no momento seguinte vocês estarão limpando a parte de baixo de cada carteira neste castelo."

Cara sorriu largamente e esfregou as mãos, empolgada. Agora era quando ela realmente via para que servia aquela aula.

"Escolham seus pares e arrumem um bom lugar para praticar", o Professor Weasley estava dizendo conforme todos começavam a se mover. Cara segurou a mão de Gina.

"Ande, eu quero ir primeiro", ela disse excitadamente, puxando a ruiva consigo para um canto próximo da parede.

"Droga de irmãos estúpidos", Gina ainda estava resmungando, antes que balançasse a cabeça. "Certo, você pode ir primeiro. Eu preciso atacar alguma coisa, de qualquer forma." Lançou um último olhar por cima do ombro para onde seu irmão estava, do outro lado da sala.

Cara virou os olhos. "Tanto faz. Ande, me enfeitice", ela pediu enquanto erguia a varinha. "Bulbous protectiago!" Sentiu um arrepio ao ver a luz alaranjada e ondulante envolvê-la. Exatamente como deveria.

Ela se concentrou em manter aquele brilho cor-de-laranja, enquanto observava Gina erguendo sua própria varinha e começando a lançar pequenas azarações sobre ela. A primeira fez seu escudo tremer um pouco, e a testa de Cara franziu-se em concentração enquanto ela focava sua atenção em mantê-lo ali. De forma alguma os feitiços de Gina estavam a atingindo, pelo menos. Não no humor em que sua amiga estava. Ela não queria pensar em quão forte poderia sair aquela Azaração do Morcego Fantasma. Outro feitiço chocou-se violentamente contra a bolha, e ela piscou. Certo, aquele era provavelmente o Morcego Fantasma, ela pensou.

Continuaram daquela forma por quase quinze minutos, Cara mantendo o escudo e Gina tentando quebrá-lo. Seus braços começavam a dor com a fadiga, e ela podia sentir o suor começando a escorrer por suas costas ao mesmo tempo que sua amiga baixou a varinha, parecendo ela própria um pouco cansada.

Com um suspiro, Cara rompeu o feitiço, derrubando a varinha. A luz alaranjada desapareceu, e Cara pulou num impulso diante do som de alguém aplaudindo.

"Muito bom, Srta. McDouglas", o Professor Weasley disse em aprovação. "Não conheço muitas pessoas que possam sustentar um escudo contra o Morcego Fantasma da minha irmã". Lançou um olhar para a ruiva. "Feitiço este que, tecnicamente, ela não deveria usar."

"Eu estava perfeitamente certa de que a Cara agüentaria.", Gina disse docemente.

O Professor Weasley virou os olhos. "Não me faça falar com a mãe sobre você, irmãzinha", ele disse. "Agora troquem, e vejam como saem as coisas da outra forma." Ele se afastou precisamente um segundo depois que Colin Creevey aterrissasse no lugar onde ele estivera, devido a um feitiço particularmente forte de seu parceiro, uma Azaração dos Membros de Chumbo.

Gina flexionou os braços antes de sorrir largamente para Cara. "Pronta?", perguntou.

"Vou acabar com você, Weasley", Cara disse, ela própria sorrindo como uma maníaca.

"Veremos", Gina retrucou. "Bulbous protectiago"

-

Draco odiava aquela aula. Ele a odiava, absolutamente. Com honestidade, como alguém poderia aprender alguma coisa quando seu professor era semi-transparente, flutuava a um metro do chão e era mais estúpido do que ele próprio em vida?

Continuou a ignorar o Professor Binns, e ao invés disso continuou copiando sua proposta de Poções. Ele estava determinado a entregá-la para a Professora Stone aquela noite. Antes que aquela grifinória maluca conseguisse destruí-lo de novo.

Estava quase terminado. Cuidadosamente preencheu a última linha e enrolou gentilmente o pergaminho. Agora tudo que ele tinha a fazer era entregar a coisa toda para a Professora Stone.

Relaxando e apoiando-se no encosto da cadeira, deu uma olhada no resto da turma. A maioria dos seus colegas dormia. Ele resistiu ao impulso de gargalhar à visão verdadeiramente ridícula de Pansy, adormecida com o rosto amassado em cima da pena. Deu um sorriso de canto de boca. Ela teria tinta na cara toda quando acordasse. Ele se sentiu tentado a adicionar alguma coisa à tinta em questão, por exemplo algum feitiço de cola, mas decidiu que não valia a pena pela tortura que seria ouvi-la gritando por toda a semana seguinte.

Seus olhos vagaram pela sala, finalmente parando no Trio de Ouro. Franziu a testa. Normalmente Weasley estava dormindo, e Potter fazendo companhia a ele. Granger, claro, estava sempre copiando cada palavra que o velho Binns dizia, apenas pelo palpite de que poderia cair nas provas. Naquele dia, entretanto, os três estavam sentados, as cabeças quase juntas, sussurrando entre si.

Mas o que diabos eles estariam planejando agora, ele se perguntou, e então assumiu um ar desdenhoso. Que importância tinha, Potter e Companhia estavam sempre metendo seus narizes em coisas que não eram da sua conta. Mais cedo ou mais tarde, eles seriam pegos e ele riria bastante.

Olhando de volta para Binns, ele fez um esforço para não suspirar. Talvez ele também deve tirar um cochilo, pensou. Merlin sabia que ele não conseguiria fazer nada mais produtivo naquela aula.

Afundou-se em sua cadeira e apoiou a cabeça no encosto. Ou, ao invés de cochilar, ele poderia tentar descobrir exatamente o quê ele faria com aquela maldita garota da qual se tornara tutor. Curvando os lábios, sorriu diante da proposta. As coisas que ele fazia. Bufou. E era tudo culpa daquele seu maldito pai. Cada pequeno erro. Se o velho bastardo não tivesse ido tão longe com Você-Sabe-Quem, então naquele verão ele não teria tido nenhuma preocupação...

Interrompeu aquela linha de pensamento. Ele não ficaria devaneando sobre aquilo quando isso não era necessário. Ele tinha coisas mais importantes para pensar, como a Poção Mata-Nervos e como ela poderia salvar sua pele no fim do ano. E para isso, ele teria que dar aulas para aquela pequena grifinória.

Draco resistiu a franzir a testa e ao invés disso ficou fitando o espaço vazio. O que ela dissera noite passada? Inferno sangrento, você é um desgraçado. Trégua ou não, eu te verei de qualquer forma, amanhã à noite. Um canto de sua boca se curvou num gesto num tanto sádico. Com certeza ele era um desgraçado. Será que ela não tinha ouvido nenhum dos rumores que circulavam por Hogwarts? Aquele era um dos mais populares apelidos, afinal ele era odiado por todos.

Pensou nos olhos escuros e sérios da Professora Stone sobre ele na noite anterior e engoliu um suspiro desagradável. Droga. Ele teria que se sair bem, ou ao menos tão bem quando pudesse, com aquela garota irritante. Inclinou-se para pegar pena e um pedaço limpo de pergaminho. Talvez ele pudesse tentar uma tática diferente, na qual ele não precisasse falar com a garota. Lembrou-se dos insistentes insultos dela em sua cabeça e bufou silenciosamente. De alguma forma, ele tinha a sensação de que ela tornaria a coisa mais difícil.

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Cara estava cantarolando quando ergueu a mochila com uma mão em seu caminho para as masmorras. Ela tivera um bom dia. Defesa fora brilhante, especialmente ao acertar uma Azaração das Penas Bambas contra o Escudo de Bolha realmente bom de Gina. Eka sorriu outra vez. Engraçado como o Professor Weasley parecera não ver a irmã vacilando pela sala por cinco minutos inteiros. Ele estava sempre tão atento ao desempenho dos alunos. E com toda a gritaria que Gina armara, também...

Ela riu diante da lembrança enquanto empurrava aberta a porta da sala de aula, e até conseguia manter grande parte de seu sorriso feliz conforme entrava na sala e tornava-se vulnerável àqueles olhos cinzentos e gelados.

"Vamos tentar de novo, certo?", ela disse alegremente, caminhando até onde Draco Malfoy, sexto ano, sonserino, arrogante e infeliz insuportável estava inclinado contra uma parede. "Sou Cara McDouglas. Estou na Grifinória, quinto ano, e não consigo fazer nada certo em Poções."

Ela ficou ali parada com uma mão estendida para ele e esperou. E esperou. Hah. Ele imaginou que pudesse desfazer dela, ela pensou selvagemente. O Sr. Malfoy não tinha NENHUMA idéia do quão teimosa ela era.

Manteve seu sorriso firmemente fixo no rosto, e encarou sem trégua aqueles olhos cinzentos. Eram gelados e calculistas, e rígidos como a parede de pedra à qual ele estava apoiado. E de alguma forma fascinantes, ela pensou em surpresa, esquecendo-se de si mesma. Será que ela estava vendo um sinal de algo por trás dos olhos dele, algo mais gentil e mais suave? Algo que não fosse exatamente o que ela via por fora?

E então houve uma rápida mudança em seus olhos, e ela quase pôde ouvir o click de sua mente decidindo, quando ele estendeu uma mão para apertar a dela. "Draco Malfoy", ele disse num tom vago. "Sexto ano da Sonserina."

Cara sorriu para ele, seu primeiro sorriso genuíno. "Certo então", ela disse, ainda o encarando, sua mão ainda envolvida pela dele. "Por onde você quer começar?"

Ele pareceu estudá-la por outro momento, antes que libertasse sua mão. "Traga seus materiais para essa mesa", ele disse, na mesma voz estável. "Arrume seu equipamento, e então iremos começar." Cara ergueu a mochila e foi em direção à mesa, ainda sorrindo. "E me faça um favor", ele acrescentou para as costas dela, naquele mesmo tom arrastado.

Ela lançou-lhe um olhar por cima do ombro. "Sim?", perguntou, enquanto começava a posicionar seu equipamento.

O olhar dele estava controlado e remoto mais uma vez. "Tente não fazer nada estúpido demais", disse.

Cara piscou, de alguma forma desapontada por estarem de volta ao tratamento de antes. "Oh, nunca tema", ela retorquiu. "Eu teria que estar usando verde e prata para isso."

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Draco bateu à porta do escritório da Professora Stone, o tempo todo mantendo um olho atento em McDouglas. A garota era verdadeiramente incompetente em Poções. Ela simplesmente não conseguia manter sua atenção no que estava fazendo. Ele disse a ela para adicionar três colheres de chá de pedra-pomes, e ela adicionou três colheres de sopa. Ele disse a ela para pegar uma colher de doze polegadas, e ela pegou uma de dez. Ele poderia ter desconfiado que ela estivesse fingindo de novo, mas ela pareceu realmente brava com seus erros constantes.

Logo então, ela estava sentada observando sua poção, esperando que ocorresse a mudança de cor. Ele dissera a ela para retirar imediatamente o caldeirão do fogo quando isso acontecesse, imaginando que isso fosse algo que ela estivesse menos propensa a errar.

A porta do escritório se abriu, e a Professora Stone apareceu. "Draco", ela disse com um sorriso. "Como estão as aulas esta noite?"

Ele inclinou a cabeça respeitosamente, sabendo que ela estava mesmo interessada. "Bem, senhora. Eu tenho minha proposta para a senhora". Estendeu para ela o rolo de pergaminho.

A Professora Stone ergueu uma sobrancelha. "Já? Céus, você e a Srta. Granger, vocês são ambos muitos motivados. Você SABE que tem o ano todo para isso?"

Não, ele pensou. "Sim, senhora", disse.

Ela estava desenrolando o papel, observando-o atentamente. "A Poção Mata-Nervos?", ela perguntou, olhando-o com curiosidade. "Por que esta poção em particular?"

Draco estava então sobre solo instável. Ele não podia mentir para ela, era humanamente impossível. Quando ele tentava, sua garganta se fechava e as palavras se recusavam a sair. E ainda assim, não havia nada no mundo que o convencesse a falar a verdadeira razão pela qual ele queria aquela mesma poção. Ao invés disso, optou por parte da verdade. "É uma poção difícil, Professora", disse. "E desde que foi a senhora quem a inventou, eu queria tentá-la quando puder me ajudar, caso haja alguma dificuldade."

A Professora Stone sorriu para ele. "Você geralmente não precisa de ajuda", ela disse, e Draco sentiu-se ruborizar de leve. "Vou dar uma lida nisso e lhe darei minha decisão final amanhã", ela disse. "Não imagino que possa haver algum problema, de qualquer forma."

"Obrigado, senhora", ele disse, sentindo uma onda incomum de alívio. Ele precisava daquela poção, precisava de verdade. E antes que fosse tarde demais.

"Oh, e Draco, estarei esperando por você no sábado de manhã, correto?", ela perguntou, enquanto virava-se.

"Eu não perderia isso, professora", ele disse sinceramente. A chance de ver o tipo de gênios criativos que ela e o Professor Snape podiam ser juntos. Aquele idiota do guarda-caça e todos os seus animais nojentos não o afastariam. Ela deu a ele um último aceno, e então fechou a porta mais uma vez.

Draco encarou a porta por um minuto, sua mente acelerada. Ele faria a poção. Talvez a chance de usá-la antes do final do ano.

Um barulho atrás de si fez Draco voltar à realidade, e ele silenciosamente amaldiçoou-a. Aquela maldita grifinória. Ele daria tudo para esquecer que ela estava sentada ali. Ele se virou, lenta e friamente, seu melhor olhar intimidante no rosto. "Você está de olho naquele caldeirão?", perguntou, rígido como gelo.

Tão logo disse isso, McDouglas pulou e deixou escapar uma frase surpreendentemente profana antes de puxar o caldeirão de cima do fogo. E então xingou em voz alta mais uma vez quando se queimou, esquecendo-se que o metal ficava quente depois de passar muito tempo exposto ao fogo.

"Talvez você devesse usar as almofadas", Draco grunhiu, enquanto jogava para ela o item em questão, cuja função ela acabara de esquecer.

Ela olhou afetada para ele, a boca aberta em dor. "Cale a boca", ela murmurou, freneticamente tirando a almofada da mão dele, e se inclinando mais uma vez sobre o caldeirão. Ele percebeu o quanto ela estremeceu ao tocar a pesada vasilha de metal, e franziu a testa. Ela não tinha se queimado tanto assim, tinha?

Deu um passo à frente e pegou a mão dela depois que o caldeirão já estava seguro sobre a mesa. "Aparentemente você não conhece nenhum feitiço de cura", ele falou de forma arrastada, examinando-a como se fosse só um ingrediente incomum de uma poção qualquer. Na realidade, ele estava surpreso. A mão dela tinha algumas marcas sensíveis e vermelhas nos lugares onde segurara o caldeirão pouco antes, e também algumas sombras de hematomas em volta.

Ela estava olhando-o fixamente, e puxou com força a mão dele. "Oh, certo, repita", ela retorquiu. "Já é bastante ruim você ter me dado esses machucados, e agora você quer se divertir só porque ainda estão aí?", ela bufou e pegando um frasco, começou a enchê-lo com a poção. "Bem, Senhor Sou-Tão-Convencido Malfoy, eu não sei como curar uma ferida, porque eu não estou realmente acostumada a tê-las. E eu não vou passar na Madame Pomfrey pra dar uma olhada nisso, porque tenho que passar as noites aqui embaixo, com seu ego encantador." Ela apertou a rolha sobre a garrafa e jogou na direção dele. "Então você vence."

Ela estava irrompendo pra fora da sala de aula, quando Draco se recuperou de seu pequeno discurso, e descobriu-se surpreendentemente divertido. McDouglas era mesmo tipo da mulherzinha precipitada, certo? Ele pensou. "McDouglas", ele resmungou, conforme ela passava pela porta. Ela fez uma pausa, mas não se virou.

"O quê agora?", ela sibilou.

Ele se inclinou vagarosamente pela mesa e apenas observou-a, a revolta pulsando em cada polegada do corpo dela. Divertido. "Amanhã, escreva um relatório sobre cada um dos seus erros desta noite", ele disse friamente. "Faremos a mesma poção de novo."

Ele pensou ter ouvido-a murmurar por sob a respiração, talvez algo como "droga de sonserino desgraçado sabe-tudo", mas então deu um empurrão na porta e ela se foi. Seguro e sozinho, Draco sorriu. Ele tinha que admitir. Essa tutela sua poderia ser uma pouco mais interessante do que ele imaginara.

Sua mente escapou para a lembrança das queimaduras na mão da garota e ele franziu a testa. Ele fizera aquilo? Sua mente retrocedeu mais um pouco e ele se lembrou de quando segurara a mão dela durante, hum, durante seu desentendimento da noite passada. Inferno Sangrento. Ele não percebera que estivera apertando tanto a mão dela. Por alguma razão que o incomodava, a visão das marcas escuras naquela mão pequena e frágil o havia incomodado. Fez uma careta. Merlin, ele estava ficando sensível. Alguns meses atrás, ele não pensaria duas vezes se machucara uma garota, e da Grifinória ainda. Seus pensamentos ficaram mais sombrios conforme sua mente retrocedia. Alguns anos atrás, ele imitava seu pai de todas as formas que podia, inclusive para usar e abusar de qualquer forma que o agradasse.

Ele estremeceu e afastou aqueles pensamentos. E então chegara a Professora Stone, e de alguma forma arrancara algo de dentro dele que ele nem sabia que existia. Ele silenciosamente começou a limpar o lugar onde haviam trabalhado. E agora, ali estava ele, irreconhecivelmente sentindo-se mal por ter ferido uma grifinória do quinto ano.

Sacudiu a cabeça enquanto jogava o lixo no fogo e o observava queimar. Ele estava ficando sensível. Ele teria que ser um pouco mais cuidadoso, considerando que sua própria vida poderia correr algum risco. Lembrou-se do verão mais uma vez, e estremeceu. Ele não podia se permitir a ser sensível.