Incógnitos
N/A - Aos meus leitores fiéis: Sim, eu sei que este é um capítulo pequeno. É mais uma ponte para o que acontece depois. A qual, eu prometo, vai começar a incluir um pouco de intriga e romance...
Shahrezad1 – Você e sua bola de cristal. Hmm. Por favor desculpe essa trama maluca e o desenvolvimento dos personagens... A diversão de verdade começa no capítulo nove. Heh heh. Ah, mas ainda assim comente. Lol.
MetroDweller – Sim, eles são... e o nosso querido Menino-Que-Sobreviveu vai logo juntar-se a eles...
Ms CE – Eu sou mesmo da opinião de que chocolate resolve tudo. Não que um homem pudesse saber disso. Lol. E sobre Bellatrix... Revelarei mais nos próximos capítulos.
N/T: certo, dois capítulos na mesma semana! Felizes? Oh, eu espero sinceramente que sim...
(porque se toca o telefone, pode ser alguém com quem você quer falar por horas e horas e horas...)
Capítulo Oito – Vidas Individuais
Draco estava, para colocar isso simplesmente, excitado. Ele tinha três penas recém apontadas, um vidro cheio de tinta (ele encomendara o melhor da Floreios e Borrões noite passada) e um rolo de pergaminho limpo. Estava pronto.
A Professora Stone gargalhou, sim, gargalhou, quando ele preparou caprichosamente seu espaço de trabalho. "Um pouco entusiasmado demais, Draco?", ela perguntou, os lábios entreabertos e os olhos alegres.
Draco franziu a testa para ela, só para seguir a rotina. "Eu gosto de estar preparado", ele disse orgulhosamente. E em segredo riu com ela.
Os olhos da Professora Stone estavam felizes e conscientes. "Bem, assim que o SR. MUITO LENTO CHEGAR AQUI", ela gritou na direção do escritório do Professor Snape, "nós poderemos começar", concluiu, em sua voz normal.
"Realmente, Sonora, você precisa gritar?", veio o sussurro sombrio de Snape, da sua cova escura de um escritório. "Eu lhe garanto, não posso transportar todos os ingredientes que você requisitou mais rápido do que já estou fazendo."
A Professora Stone piscou para Draco. "Eu sou o tipo excitável", assumiu para ele. "Não gosto de esperar."
"Eu sei", veio a resposta abafada, e Draco teve que segurar o riso. Havia de longe muito mais significados naquela resposta, como o rubor da Professora Stone acabou provando.
Limpou a garganta, esperando voltar ao que ele estivera esperando toda a semana. "Professora, no que a senhora e o Professor Snape estão trabalhando?"
A Professora Stone lançou um olhar para Snape, que estava justamente emergindo de seu escritório, com uma bandeja carregada nas mãos. O Mestre de Poções sorriu afetado em retorno. "Na verdade, Draco", a Professora Stone disse, virando-se para ele. "Você pode achar isso muito interessante." Draco sentiu seu sangue pulsando em interesse. "Você se lembra da poção contra a crucio do ano passado", ela disse. Draco assentiu. Ela finalmente contara a ele toda a verdade sobre aquela poção durante aquele período terrível no qual Umbridge estivera pela escola, dizendo que ela precisava de alguém mais a quem ela pudesse confiar o quê e onde aquela poção estava estocada. Ela não quisera que aquilo caísse em mãos erradas, e temeu que Umbridge confiscasse seus suprimentos, ou pior, a banisse do colégio. Felizmente nada daquilo acontecera afinal, mas ela e Snape foram proibidos de usar a propriedade da escola para avançar em suas pesquisas. A "Diretora" desconfiava profundamente de que todos pudessem ter algum laço com Dumbledore.
"O Professor Snape e eu passamos todo o verão trabalhando na teoria de que uma Poção de Intenção poderia ser transformada em outra para ser usada mais genericamente". A Professora Stone virou-se para o lado enquanto Snape baixava a bandeja, seu braço roçando o dele. Aos olhos de Draco, o movimento o movimento era natural, tranqüilo, e completamente intencional. Ele disfarçou um sorriso. A Professora Stone gostava de tocar. Ela especialmente gostava de tocar o Professor Snape, ainda mais quando estavam fora de um mero trabalho em sala de aula. Ele às vezes se divertia observando-os à mesa dos professores, enquanto Snape franzia a testa e se contorcia e tentava fingir que não estava saboreando cada mínimo contato.
Draco enrugou uma sobrancelha, tão logo processou o que ela dissera. "Isso pode ser feito?", ele perguntou, confuso. Ele pensara, depois de toda aquela leitura no ano passado sobre Poções de Intenções, que aquilo fosse impossível.
O Professor Snape falou então. "Nada é impossível, Sr. Malfoy, isso simplesmente ainda não foi conseguido", ele disse, sua voz lenta e profunda e sombria. Suas vestes negras inflaram-se um pouco conforme ele começava a arrumar os ingredientes em volta do caldeirão.
"Então, encontraram um modo...", a voz de Draco sussurrou sem força. Wow. Wow. Pegou sua pena rispidamente, as mãos começando a suar, um pouco por empolgação.
A Professora Stone sorriu para ele, os olhos cintilando. "Excitante, não é? Nós achamos que encontramos algumas possibilidades... mas o tempo dirá", ela disse, enquanto o Professor Snape começava a despejar alguns ingredientes no caldeirão. "Não esqueça as hemerocales, Severus."
"De fato, porque era toda a minha intenção deixá-las de fora", ele murmurou num tom muito sarcástico.
Draco pegou a pena de novo e sorriu largamente. Começou a escrever a lista de ingredientes enquanto o Professor Snape os murmurava baixinho. "Duas colheres de chá de unha de grifo, quatro copos de água pura..."
-
"Não! O que você é, insano?"
"Eu te aviso, vadia, pare e desista dessa ação traidora de uma vez!"
"Vem me pegar, vem me pegar, vem me pegar!"
"NÃÃÃÃÃÃÃÃÃO..."
Cara virou os olhos enquanto recolhia seu bispo. Sua rainha estava naquele momento empurrando uma vítima imóvel, pulando e agitando seus pinos pulsos de pedra para Cara, e o tempo todo, do outro lado do tabuleiro um cavalo negro estava observando-a com um brilho em seus olhos de pedra.
"Com licença?", ela disse num tom afrontado, sua voz se erguendo acima da zoeira das peças. "Se vocês calassem a boca antes, poderiam ver isso", disse, baixando então o bispo. Ele se sacudia tanto que ela tinha até medo de derrubá-lo, de alguma forma. Olhou para Gina e sorriu largamente. "Cheque-mate."
O rei dela fez uma pausa. "Oh, nesse caso, bela diversão, bem jogado."
"Aqui, aqui", cantarolou uma rainha subitamente muito mais feliz.
"Inferno Sangrento! Nós nunca perdemos!", gritou o rei negro, erguendo sua espada. "Fiquem aí, seus bandidos!"
Gina revirou os olhos. "Esta é a última vez que empresto o tabuleiro do Rony", disse. "As peças dele são todas insanas."
Cara sorriu para suas peças brancas, que estavam naquele instante empenhadas numa espécie de comemoração da vitória, que incluía alguma grande dança em grupo. "Eu não sei, Gina, esses caras parecem mesmo muito felizes."
Gina bufou, começando a guardar as peças negras, ainda furiosas. "Isso é porque Rony é sempre as pretas, e Harry sempre as brancas. E Harry sempre perde."
Cara riu enquanto preparava-se para arrumar as peças brancas, que continuavam festejando. "Harry é assim tão ruim?"
"Bem, Rony é que assim tão bom", Gina disse pesarosamente, esperando até que a última peça estivesse em seu lugar antes de fechar a tampa. "Por mais que eu odeie admitir isso."
"Falando em Harry", Cara disse, inclinando-se sobre a poltrona, sem a menor vontade de começar a tarefa de Feitiços como deveria. "Ele está bem? Eu o vi outro dia, e ele parecia branco como um lençol..."
Gina franziu a testa. "Dois dias atrás?", perguntou. "Porque eu acho que também o vi, e sei o que você quer dizer...", sua voz falhou e ela suspirou. "Claro, tudo que o grandessíssimo idiota diria era 'estou bem' ou 'não está na hora do almoço?'" Baixou os olhos para o tabuleiro de xadrez. "Estúpido.", ela murmurou.
Cara sentou-se e examinou sua amiga. "Gina", murmurou cuidadosamente. Era sempre algo esperto ser muito cauteloso com Gina Weasley, e ela era esperta demais e ligada para agir de outra forma. "Hum, exatamente a quantas anda a sua paixão por ele?"
Gina girou depressa a cabeça para cima e encarou Cara. "Eu não sou apaixonada por Harry Potter!", atirou. "Eu superei isso há dois anos, muito obrigada." Ergueu-se num acesso de ira, agarrando o tabuleiro de xadrez. "Honestamente, só porque ele não quer contar a mim, sua amiga, sobre o que está deixando-o inquieto não quer dizer que eu ainda goste dele! Está vendo?"
Cara ergueu as mãos. "Desculpe, meu erro", ela disse cautelosamente, não querendo encontrar o famoso Morcego Fantasma sem sua varinha em mãos. "Eu só estava um pouco curiosa."
Gina olhou-a de canto dos olhos. "Eu tenho tarefa a fazer", ela anunciou antes de sair, o tabuleiro em mãos.
Cara observou-a sair, antes de suspirar. Gina superaria aquilo, e elas estariam bem antes do jantar. Mas enquanto isso, ela refletiu carrancuda, ela não tinha outra desculpa para deixar de fazer o ensaio de Feitiços. Droga.
