Amanhã é um novo dia
Capítulo Oito:
Alexandra
As notas musicais já começavam a tocar do lado de fora, as flautas entoavam uma canção tranquilizadora, junto com as vozes das jovens que pareciam saltitar em frente á sua janela.
Dido abriu os olhos, observando o teto de madeira, enquanto o desanimo abatia em seu corpo, achando impossível mexer qualquer coisa. Soltou um gemido, fazendo um esforço absurdo para levar a mão direita até seu olho e coça-lo.
Soltou o ar com força, sentando-se em seguida. Sentiu os pés descalços tocarem o chão frio de madeira escura e jogou todo o peso de seu corpo sobre eles, caminhando até o banheiro. Entrou, deixando a porta aberta. Abriu a torneira, sentindo a água quente natural sair pela torneira de ferro. Esticou as mãos, fazendo a forma de concha, para enche-la de água e jogar em seu rosto, despertando.
Olhou seu reflexo no espelho: seus cabelos eram longos, batendo nos ombros, loiros; os olhos azuis como o céu em um dia de sol; traços fortes e marcantes; o peito, coberto por um pano leve, branco, e em seu pescoço, um cordão feito pelas mãos de sua avó, Cândida. Era feito de pele de dragão, com duas cores, preta e verde, e se entrelaçavam, segurando a miniatura de um chifre de unicórnio. De acordo com a velha sábia, aquele símbolo atraía sorte, fato que Dido ignorava totalmente.
Era um rapaz em seus vinte e dois anos de idade, neto da grande matriarca. Dido morava em uma aldeia pequena, de pessoas simples, com uma fé grande, e cheia de superstições. Ele parecia simplesmente um peixinho fora de água; o único membro que não se importava com todos os simbolismos presentes por toda a aldeia, e era exactamente por isso que Dido ainda não fora nomeado o chefe da tribo. E ele agradecia sua avó por cuidar de tudo.
Cândida... A velha cuidava dele desde que seus pais haviam lhe abandonado, ainda recém-nascido... Era praticamente a mãe de todos ali... Com todo o seu carinho, toda sua atenção, paciência e sabedoria. E isso Dido sabia agradecer. Tinha um enorme carinho por ela, a respeitava e cumpria todas as suas ordens, com uma imensa admiração.
Então, Dido escutou a porta de seu quarto ser aberta e a voz acolhedora de Cândida lhe sorrir um saudoso "bom dia".
'Bom dia, vovó... – Dido secou rapidamente o rosto e as mãos na toalha que se encontrava ao lado da pia e andou até a senhora de idade que estava parada em seu quarto, trajando um longo vestido em tom pastel, os cabelos presos em um coque e vários cordões artesanais pendurados em seu pescoço.
'Dormiu bem, meu querido? – Cândida lhe sorriu, segurando as mãos de Dido, enquanto o rapaz lhe beijava a testa.
'Sim, muito bem... E a senhora?
'Como sempre...
Dido se afastou da senhora, correu até a cómoda e em questão de segundos, correu para o banheiro, saindo de lá já propriamente vestido: a calça larga e clara tinha um cordão que estava pendurado na cintura, servindo de cinto, os pés estavam calçados por uma sandália masculina, preta, de couro de dragão e a larga camiseta, no mesmo tom que a calça, de algodão.
'Eu vou até o rochedo... – informou, enquanto passava as mãos rapidamente pelos cabelos, ajeitando-os despreocupadamente. – Volto antes do almoço. – E, com um beijo sobre a testa enrugada de sua avó, saiu de casa, dando de cara com o circulo de meninas entre seus quinze e dezassete anos, cantarolando bem debaixo de sua janela, enquanto Marisa, a mais velha, lhe sorriu com os olhos, sem parar de tocar a flauta.
Acenou para a menina e passou a correr, até alcançar as árvores que cercavam sua aldeia. Quando assim o fez, parou a correria e começou a andar calmamente, tentando diferencias os vários sons que chegavam até seus ouvidos. Abaixou, até alcançar com facilidade, sem dobrar as pernas, as sandálias e retira-las.
Passo por passo, foi caminhando, sentindo a terra fria em seus pés. Suspirava vez ou outra. Seu coração batia forte. Afinal, o que iria acontecer de tão importante naquele dia, que a expectativa era tão forte dentro dele?
Toda a manhã, Dido levantava-se cedo e ia até o rochedo, sentava-se bem na beirada, passava horas e horas observando o horizonte. Passava toda a manhã lá, só voltando para a aldeia quando seu estômago roncava. Mas, não sabia porquê, naquele dia ele não tinha vontade de ir ao rochedo, pensar na vida tediosa que tinha... Algo dentro dele pedia para sentir a terra preta molhada sob seus pés em outro lugar...
Parou, de repente, olhando em sua volta. Só o que conseguia enxergar eram árvores em sua volta. O sol brilhava entre as folhas e o ar fresco entravam em suas narinas, batendo contra seu rosto. Deixou que seus olhos pesassem e fechassem de todo, querendo sentir tudo que tinha por ali; entender o que estava acontecendo com ele.
Sem perceber, começou a abrir os braços, escutando o barulho das folhas em seus ouvidos. Era capaz até de ouvir o barulho do mar, e em um estalo, sabia onde queria tanto ir.
Abriu os olhos, abaixando os braços de imediato, e com as sandálias nas mãos, desatou a correr em direcção da praia. Não se importava com as pedrinhas incomodas em seus pés, nem nos galhos que arranhavam superficialmente seus braços. Era um desejo tão grande... Como pode ter esquecido daquele lugar? Quando era menino, era onde mais gostava de ir... Fazia tanto tempo que não passava por lá...
Sabia que era lindo; talvez até mais lindo que o rochedo. A água era verde, tão clara que Dido podia ficar admirando o fundo sem forçar a visão. Era a única parte daquela região onde ainda tinha areia branca. E como era branca! A areia fina escorregava em seus pés de criança, quando assim o era, e corria, fugindo das ondas. O céu quase sempre estava azul, e mesmo tendo poucas árvores por perto, o vento corria tão fresco quanto no meio do bosque.
E, assim que as árvores foram ficando cada vez mais distantes uma das outras, Dido pode admirar o paraíso. Largou as sandálias na areia; o mesmo fez com a blusa, e em segundos, estava mergulhando na água gelada.
Pode sentir seu corpo estremecer um pouco ao senti-la tão gelada, e assim indo se acostumando mais uma vez com a aquela água de que quando era pequeno adorava brincar, e mergulhar cada vez mais fundo.
Como sentira falta de se sentir tão tranquilo e calmo como se sentia naquele lugar. O vento agora bagunçava seus cabelos molhadas, levando o de encontro ao seu rosto. Balançou a cabeça e permitiu que estes fossem jogados as suas costas.
Mergulhou mais uma vez, e ficou encantado ao ver um belo peixe cor dourado segui-lo. Pressionou o corpo para mais fundo, assim permitindo-lhe tocar na areia molhada.
Olhou ao redor, e sentiu como criança novamente. Como adorava aquele lugar. Não sabia a certo como fora capaz de esquece-lo e nunca mais ir até lá.
Sorriu para si mesmo lembrando-se de tempos felizes, e quando estava começando a voltar a superfície, algo lhe chamou atenção.
Havia algo brilhante atras de umas das pedras perto de si. Inclinou o corpo até lá, e pode ver uma linda pérola que brilhava intensamente. Esticou sua mão de dedos largos e fortes, e assim a pegou.
Voltou á superfície, e assim abriu a mão em que havia segurado a pérola, e permitiu mais um vez se admirar com ele.
A pérola era uma espécie de jóia rara, emitia um brilho magnifico, e era maior que todas as pérolas que havia visto em sua vida, maior e magnifica, como nenhuma outra naquela praia.
Guardaria ela como algo especial, e só daria a pérola um dia para um pessoa que merece-se, uma pessoa em que amava e confiava acima de tudo. Poderia dar ela até sua avó, como sinal de agradecimento por Ter cuidado de si, mas pensando mulher resolver guardar aquela jóia em segredo e só a mulher que amava.
Balançou a cabeça, permitindo que um sorriso amável escapasse de seus lábios. Olhou ao redor, e concluiu que havia se afastado demais para o caminho de volta para sua aldeia.
Se virou observando aquele lugar novo, em qual na sua infância não conhecia. A água parecia ser mais quente naquela parte, talvez pela proximidade do vulcão, que dali, Dido podia ver mais claramente.
Prendendo o ar com força, afundou a cabeça, e com os olhos abertos, foi nadando até a parte com areia mais próximo. Jogou os cabelos para trás, assim que seu corpo saiu da água, molhando os grãos da areia branca, conforme Dido andava até a sombra adquirida por algumas árvores mais para trás da praia.
Levantando os braços, alongou o corpo definido, a mão esquerda fechada em volta da jóia. Soltou um gemido com a boca, de olhos fechados, até sentir o corpo chegar ao limite e abaixar os braços, apoiando as mãos nos quadris, admirando o horizonte.
Era tão lindo de se ver... O mar ia muito além do que sua vista alcançava; a água azul fazia um belo contraste com o céu sem nuvens; ao fundo, o sol reflectia alaranjado na água. Puxando o ar com força, Dido sentiu a tranquilidade entrar em si, como se nada mais existisse... Como se o mundo se limitasse apenas a ele e ao mar.
Fechando os olhos por uns instantes, seus ouvidos puderam capturar os sons dos pássaros que cantavam atrás de si, por entre as árvores. Era como se eles quisessem lhe trazer um recado de paz... e tinham sua missão concluída com excito.
Pendeu o pescoço para o lado esquerdo, como se estivesse fazendo um alongamento. Permanecendo assim por alguns segundos, voltou a ficar com o pescoço reto, para então, deixá-lo cair para o lado direito, ficando pelo mesmo tempo de antes, e em seguida, voltando novamente para o meio.
Hmm, como aquilo era relaxante... E, ainda com o corpo molhado, começou a andar, sentindo as ondas quebrando em seus pés e a areia afundando com seus pés, cedendo sob seu peso. As marcas se formavam na areia molhada, para logo serem apagadas pela água salgada que vinha, trazida pela leve onda, que fazia como uma espuma de champanhe ao contacto com a areia.
Em passos largos e lentos, as calças molhadas, grudadas no corpo, o peito nu, com as gotas de água salgada escorrendo. Os cabelos loiros, molhados, estavam jogados para trás de qualquer modo, dando um charme á mais.
E, foi andando com toda essa cautela, que Dido observou algo de diferente sobre a areia da praia, mais adiante.
Era algo que ele não conseguia identificar, que estava estirado na beira do mar e era banhado pela água salgada.
Caminhando com mais cautela, porem mais rápido, Dido logo alcançou o que quer que fosse, somente para ver que era uma mulher, de longos cabelos vermelho. O corpo bem torneado era marcado com perfeição pela roupa molhada, enquanto ela parecia estar morta; a pele pálida fazia um belo contraste com os cabelos e os lábios, que provavelmente eram vermelhos, estavam brancos.
Ajoelhando-se ao lado da mulher, Dido pegou o pulso dela, somente para ver se ainda estava viva; e estava. A pulsação era quase nula, mas isso não mudava o fato de que ainda havia alguma esperança para ela e não seria ele, Dido, que permitiria que ela passasse para o outro mundo.
Olhando ao arredor, o loiro suspirou pesadamente, antes de voltar sua atenção para a ruiva desacordada. O que poderia fazer por ela, sendo que estava a quilómetros de distancia de sua aldeia? Como poderia ajudá-la se não conhecia aquele lado da ilha, de modo que não soubesse qual era o local, onde havia as ervas que precisaria?
Puxando o ar com força, deixou toda a cautela de lado, antes de pegá-la nos braços, como se ela fosse uma noiva, e começar a caminhar apressado pela floresta, de modo que não precisasse nadar até o outro lado; se bem que achava que nadando chegaria mais rápido.
Segurando-a com mais firmeza, começou a correr por entre as arvores, sem se importar com os espinhos que arranhavam seu braço e seu rosto; em sua mente somente passava a ideia de que precisava ajudar aquela estranha, nada mais que isso.
'E como ela ta? – Já era a...décima vez? Bem, ninguém tinha realmente parado para contar as vezes que Dido havia perguntado, cada vez que sua avó saía do quarto para pegar algo mais que ajudasse no tratamento da estranha que estava, naquele momento, dormindo em seu quarto.
E, diferente das outras vezes, Cândida parou de frente para o loiro, o olhando de um jeito sério. Soltando o ar com força, a mulher falou:
'Não é nada fácil, ela engoliu muita água... É um milagre que tenha conseguido chegar até a praia.
'Isso quer dizer...?
Com um sorriso fraco, Cândida segurou, com suas mãos enrugadas, as mãos de Dido, fitando os olhos azuis do neto.
'Ela está fora de perigo... Está só descansando.
Dido fechou os olhos, um sorriso cortando a face, junto com um suspiro de alivio.
'Então, posso entrar para vê-la? – pediu, abrindo os olhos de imediato.
'Agora não, querido. Eu sei que você está curioso... Mas é melhor deixá-la descansar um pouco, antes de enchê-las de perguntas.
Depositando um beijo na testa do jovem, a senhora seguiu em passos lentos em direcção ao seu quarto. Acompanhando a direcção que a avó ia, algo chamou a atenção de Dido á janela, com as cortinas floridas abertas.
Caminhando descalço até por onde entrava o vento fresco, Dido mirou o céu. Já estava noite! Como o dia havia passado e ele nem havia percebido? Sempre passava o dia brigando com o relógio, com as horas que passavam tão lentamente. E naquele dia, passara o dia na frente daquele quarto...
Soltando um suspiro, sacudindo os ombros, Dido levantou os braços, alcançando a parte suspensa da janela, soltando suas laterais, descendo com o vidro, e assim, cessando o vento que as árvores traziam. Com um leve movimento, fechou as cortinas e caminhou até a sala, encontrando o sofá gasto, com um travesseiro de penas de ganso, junto com uma coberta, preparados especialmente para ele.
Lançando mais um olhar para a porta de seu quarto, onde a desconhecida dormia, Dido jogou seu corpo no sofá duro, olhando frustrado para o travesseiro.
'Será uma longa noite... – murmurou para si mesmo, passando a mão pelos cabelos, e assim, virando-se para dormir.
A música chegava em seus ouvidos tão fracamente, mas mesmo assim, uma felicidade explodia em seu peito. Podia sentir seus músculos do rosto doerem, pelo sorriso ali exposto. Sentiu, de repente, um par de mãos lhe segurarem pela cintura e a rodopiar no ar. Escutou sua própria voz soltar um gritinho espontâneo. O vento balançou seu vestido, e junto, desarrumou seu penteado, que ela tanto demorou para arrumar. Mas ela parecia não se importar, fitando os olhos verdes que brilhavam na sua frente.
Viu uns lábios masculinos se movendo, mas não compreendia palavra nenhuma. Só conseguia sentir a felicidade dentro de si crescendo cada vez mais. O lugar estava escuro. Parecia ser um jardim, durante a noite, e parecia, também, estar tendo uma festa ali perto. Ela podia ouvir a música e o barulho de muitas pessoas se divertindo em um lugar, mas não reconhecia nada por ali, nem os olhos tão brilhantes que a observavam.
Então, sentiu as mãos fortes que lhe seguravam pela cintura, a puxarem para perto. Conseguiu sentir o hálito quente chocar com seu rosto, e fechou os olhos, sentindo-se mole. "Eu te amo". Não, ela não havia conseguido ouvir o que o homem dissera, mas seus lábios grossos haviam formado exactamente essas palavras. Então, o homem fechou os olhos, e ela não pode mais ver os olhos verdes. E junto com os olhos do homem, tudo foi ficando escuro, e num repente, ela não estava mais no jardim escuro.
E sim, em um quarto fracamente iluminado pela luz da lua que entrava pela janela, que parecia que alguém havia esquecido de fechar a cortina, enquanto esta, sacudia com o vento fraco da noite.
'Onde eu estou? – murmurou, passando as mãos pelos cabelos, sentindo-os embaraçados e ásperos. Esfregou os olhos, sentindo o corpo dolorido. Inclinou-se um pouco para frente, tentando entender o que estava acontecendo.
'Ué... – a mulher conseguiu, com um certo esforço, levantar-se. Passou a tactear no escuro, até que, em cerca de dois minutos, achou algo parecido com um interruptor.
Assim que a luz banhou o quarto, ela pode observar tudo com mais clareza. Era um quarto simples, com as paredes e o chão de madeira. Havia um tapete gasto ao chão, perto da cama em que ela estava deitada, os lençóis bagunçados. Próximo á janela, havia uma estante repleta de livros, e ao lado da estante, uma porta. Havia outra porta, atrás de si, que ela logo pôs-se a abrir.
Descalça, sentiu a madeira do chão em contacto com os seus pés pequenos, mas isso não fez com que sua curiosidade desse tchau. Muito pelo contrário, queria ver até onde aquele corredor lhe levaria. Queria saber onde estava.
Do lado de fora, pode escutar uma coruja piando, e isso fez um frio correr em sua espinha, fazendo com que os pêlos de seu braço e nuca ficassem arrepiados no mesmo instante, como um gato assustado. Mas nem assim, ela parou.
Passo por passo, até chegar em um cómodo, onde encontrou um sofá, ao seu lado, havia uma mesa de madeira, e um vaso de flores enfeitavam o ambiente. Aproximou-se do objecto, até constatar que havia um homem ali. Cruzou os braços, dando a volta, até parar de frente para o rapaz que dormia de forma calma.
Estava deitado de barriga para cima, a mão depositada sobre a barriga, o lençol embolado em suas pernas; a boca mexendo-se fracamente; Ele estava tendo um sonho, provavelmente.
A mulher esticou a mão, cutucando a costela do homem, o q o fez soltar um risinho, encolhendo um pouco os ombros, mas logo voltando a se esticar todo. Mais uma cutucada, o homem novamente riu, mas em vez de se encolher, virou-se no sofá, ficando de barriga para baixo. Com um suspiro frustrado, a mulher passou as mãos nervosamente pelos cabelos, e então, levantou, colocando as mãos na cintura, olhou a sala. Com um sorriso maldoso, esticou a mão até o jarro de flores, retirando com cuidado que as rosas cor de chá que ali estavam, depositou-as sobre a mesa que havia, em frente ao sofá, e voltou sua atenção para o homem dorminhoco.
Olhou para o interior do vaso de porcelana, encontrando a escuridão. Sacudiu de leve, e pode escutar o barulho de água. Riu para si mesma, e então, com o vaso na direcção da cabeça do homem, virou-o de boca para baixo, entornando toda a água sobre ele.
Dido foi imediatamente despertado de seu sono, fitando com os olhos arregalados a mulher que o mirava, como se nada demais tivesse acontecido.
'Que foi? – ela perguntou, dando de ombros.
'Ei, você acordou?
'Não, eu ainda estou dormindo... – ela deu um tapa na testa dele. – É que sou sonâmbula, sabe...
Ele fechou a cara, sentando-se de vez no sofá, com a mão direita, coçando o ouvido, onde suspeitava que havia entrado água.
'Que bom que está aqui... Sou Edward Gilmore – ele esticou a mão, que foi apertada de imediato por ela – Mas ninguém aqui me chama de Edward, então, esse nome não existe... Me chame de Dido.
'Peraí! Você tem um nome... – ela fazia um certo esforço para entender. – Que no caso, é Edward, certo?
Dido fez que sim com a cabeça.
' Mas ninguém te chama pelo seu nome, certo?
Novamente, ele sacudiu a cabeça de cima para baixo.
'Então... Por que "Dido" ? – Ela coçou a cabeça, mas Dido apenas suspirou pesadamente.
'Escuta aqui, eu já me apresentei, agora não sei se você tem educação, mas... O certo seria você dizer seu nome agora.
Ela fez uma careta, sentando ao lado dele, no lado molhado, os braços cruzados em frente ao peito, trajando uma camisola que ia até seus pés, branca, escondendo as curvas de seu corpo.
'Eu sei que eu deveria dizer meu nome agora, Edward. – Dido olhou enfezado para ela, mas deixou-a concluir. – Acontece que eu simplesmente não lembro o meu nome!
O loiro virou no mesmo momento sua atenção para a mulher na sua frente. Então, a mulher que ele havia resgatado, que sua avó havia salvado a vida, que ele havia perdido o pensamento várias vezes com coisas de "Cabelos vermelhos" ou "Aquele corpo..." Então aquela ruiva ali, na sua frente...Oh céus!
'Você está com amnésia!
CONTINUA...
NA: Primeiramente, PERDÃO! Eu sei q dessa vez eu exagerei com a demora...Mas tava vindo um problema atrás do outro. Sem contar na falta de criatividade... Bem, o capítulo não saiu exatamente como eu queria, mas tava mais do que na hora de postar, né?
O próximo capitulo? Realmente não sei... Mas com certeza, sai antes do final do ano...
NA2: Beijos Especiais:
1 – Primeiramente, queria agradecer á Andréia, q se não fosse por ela, esse cap demoraria mais uma semana pra ser postado. Valeu Déia, por ter betado o cap!
2 – Beijão especial pra Kazenha, q tb ajudou mto, escreveu algumas partes, e botou um óleo no meu motor, dando um jeitinho de eu continuar..Bigadu, more! da um tiro no Tom pronto, sem perigos agora XD
Valeu tb, pra dona Quel, q mesmo nom tendo betado o cap, ajudou com uma parte tb, bigadu linda! peteleco na Quel
– Brigada pra todo mundo q anda comentando, e o próximo cap só sai qdo atingir pelo menos 70 comentarios Ka mtoooo má
Bjs pra todos!
H/G É A RAZÃO DO MEU VIVER!
