Incógnitos

N/A: O epílogo prometido! Que também é uma ponte para o que virá depois... Procurem por alguma coisa em uma semana ou duas. Ainda estou criando alguns pedaços da história.

MetroDweller: você é tão esperta! sorrindo orgulhosamente E eu também gosto muito daquele capítulo... Gosto de um pouco de pieguice e esperteza misturados. Por isso aquela cena seguinte... mordendo os lábios

Shahrezad1 - atirando beijos Eu sempre posso contar com você para aumentar meu ego, não? Quanto a Harry captar a indireta, ele não é um garoto estúpido. Mas ele é um garoto, infelizmente. (heh heh heh...)

A todos que estão lendo: Obrigada por lerem! Por favor continuem por aqui para acompanhar a história final dessa série.

Epílogo – Passado, Presente, Prólogo

Cara estava morna e confortável e não tinha intenção de se mexer. Por isso, quando alguém a cutucou do lado, ela grunhiu qualquer coisa nada gentil e muito determinadamente manteve os olhos fechados.

Uma risada baixa os fez se abrirem um momento depois. Ela ergueu a vista com grande choque para o rosto de Draco, apoiado sobre ela. Seus olhos instintivamente baixaram para seu peito nu, ficando de um vermelho brilhante. Ela podia quase sentir as raízes de seus cabelos se arrepiando, estava enrubescendo tão intensamente...

"Eu realmente não tinha percebido que você enrubescia inteira até as pontas dos pés, McDouglas", Draco disse naquela sua voz preguiçosa que era tão sexy. O que a fazia enrubescer ainda mais, maldição. "Acho que gosto disso."

Cara se forçou a encará-lo. "Idiota", murmurou. Mais uma vez tentando não baixar os olhos, para aquele tórax logo ali, na sua frente...

Ele riu de novo, e ela se descobriu envolvida contra ele, com tão pouco espaço entre os dois. O rosto dele estava sério, e seus olhos suaves, e ela o observou com certo medo. Ela nunca o vira daquele jeito, tão aberto, tão, bem, feliz.

Ele correu um dedo pela linha do rosto dela. "Bom dia", ele disse suavemente.

Ela sorriu, embora ainda estivesse vermelha. "Bom dia", disse de volta, também com suavidade.

Ele estava observando-a com aqueles olhos prateados, de prata líquida, morna na qual ela se afogara qualquer dia daqueles. "Obrigado", ele disse, a voz ainda calma.

ENTÃO ela realmente enrubesceu. "Humm...", ela murmurou, sem saber o que responder àquilo. Afinal de contas, ela não tinha planejado nada do que eles tinham acabado por, bem, fazer noite passada. Ok, talvez a possibilidade tivesse passado por sua cabeça uma vez ou duas, afinal de contas, ela usara aquele Feitiço Contraceptivo do Semanário das Bruxas... mas na verdade, aquilo estava planejado para dali a muito tempo.

Um canto da boca dele se curvou àquilo. "Por aquilo, também", ele disse, um sorriso muito presunçoso tomando lugar em seu rosto. Cara resistiu ao impulso de rolar os olhos. Homens. Ahhhh.

"Não", ele disse, ficando sério outra vez. "Obrigado por não me deixar abandonar você", falou, expressivo. Cara não tinha certeza de que poderia ter se mexido se quisesse, não com ele olhando para ela com todo aquele calor em seus olhos, em sua voz.

"Eu te amo", ela disse a ele.

Ele traçou um dedo pelo rosto dela de novo, passando-o pela maçã de seu rosto, a ponte de seu nariz, seus lábios. "Malfoys não amam", ele falou seriamente. "Eles têm bons casamentos, têm herdeiros, têm um caso ou dois por mero prazer físico." Ele ficou em silêncio por um momento e Cara esperou, um pouco tensa. Ela estava claramente certa sobre ele e sobre o que ele sentia, mas ele ainda não tinha dito...

"Mas você", ele disse com suavidade, e ela relaxou. "Você faz tudo diferente." Ela se ergueu o beijou então, incapaz de se conter. Ele era tão tonto de lindo, de sincero. Ele a beijou intensamente antes de afastar, só um pouco.

Draco olhou-a muito solenemente. "Eu...", ele começou, e então engoliu em seco. Cara teve vontade de chorar. Perguntou-se se ele nunca dissera aquelas palavras a ninguém, nem mesmo para sua família. Ele respirou fundo. "Eu te amo", ele disse num mero sussurro.

Ela o apertou em seus braços e forçou mais, pele contra pele, os corações martelando e amor simplesmente emanando dela. Claro, eles eram jovens, e quem saberia se aquilo seria pra sempre? Mas por enquanto, aquilo era tudo que importava. E uma certa parte suspiciosa dela, a parte que sempre se perguntara se Adivinhação não seria uma completa bobagem, sussurrou que era mais do que aquilo.

Por enquanto, embora, ela ficava contente em abraçar o garoto que amava o mais forte que podia.

Harry Potter estava sentado em uma sala de aula abandonada e suja, no lado Norte do castelo e observava pela janela os gramados brilhantes do sol. Todos os outros estavam fazendo alguma coisa, lá fora aproveitando o último dia de outono, ou jogando jogos com os amigos, ou fazendo o dever de casa na sala comunal. Rony estava naquele momento lavando o chão com Hermione no xadrez, e se divertindo à beça com isso. Hermione, obviamente, estava inconformada, dizendo que deveria haver um modo de bater o mestre de xadrez da Grifinória, e estava provavelmente murmurando coisas tolas sobre uma visita à biblioteca pra procurar livros sobre estratégias de xadrez.

E Gina estava provavelmente ovacionando os dois, observando e esperando que Cara voltasse da Torre de Astronomia. Pelo que sabia, ela e Draco ainda estavam lá, o que insinuava coisas boas para ambos. Ele podia até mesmo pensar com gentileza em Draco e desejar o melhor para os dois. Não que ele fosse ficar amigo do insuportável, mas Cara realmente parecia gostar dele.

Harry passou uma mão pelo rosto e encarou o lado de fora pela janela. E ali estava ele, sentado no meio da sujeira e sozinho.

Ele não perdera aquela conversa indireta de Cara na noite passada, sabia exatamente do quê ela estava falando. Infelizmente para Cara, Hermione e Gina, elas não sabiam de tudo. Aquela maldita profecia. E agora, aqueles novos poderes...

Harry tirou os olhos da janela e fitou suas mãos. Elas não o tinham ajudado muito contra Bellatrix. Verdade, seus feitiços estavam ficando mais fortes do que ele qualquer dia imaginara possível. Verdade, Rony e Hermione estavam começando a perceber. Mas eles falharam com ele quando mais importara. Bellatrix simplesmente fora uma maldita rápida demais, e, bem, louca.

Apenas pela raiva em tudo, ele apontou para uma estante vazia e suja. "Limpar", ele murmurou, e viu a sujeira desaparecer e um aroma de limão encher o ar. Baixou a mão e suspirou. Era melhor para ele não fazer aquilo perto de ninguém. Ele já era estranho o suficiente, e além do mais, era sempre melhor manter as coisas daquele jeito, apenas para si próprio. Algum dia, provavelmente ele precisaria do elemento surpresa.

Puxando a varinha, ele examinou-a atentamente. Girando-a entre os dedos, apontou-a para a estante de livros. "Reducto", disse. A estante se encolheu mais depressa do que ele conseguira pensar, até que não pudesse mais ser vista de onde ele estava sentado.

Os lábios de Harry se crisparam. De que servia toda aquela magia se ele não podia controlá-la? Se ele não podia usá-la quando realmente importava?

Ele podia sempre ir até Dumbledore e pedir ajuda. Harry bufou baixinho. Pouco provável. Algo tinha acontecido entre os dois, desde que ele fora informado sobre a profecia, desde que ele destruíra o escritório do diretor. Ele apenas não confiou mais no velho como costumava, não mais aquela fé cega de que o bruxo tinha a resposta para qualquer questão. Dumbledore era só um humano como o resto deles, e cometera uma bela série de erros claros até onde Harry sabia. E dado o fato de que Harry estava mais do que um pouco furioso por ter aquilo escondido dele sua vida inteira, ele não estava mesmo propenso a ir pedir ajuda ao diretor.

Suspirou e esfregou mais o rosto. Também podia pensar no Professor Lupin, mas ele iria imediatamente falar com Dumbledore. De fato, de acordo com o que sabia, sobrava apenas ele próprio, se você se lembrar de que mais ninguém sabia sobre a profecia.

Ao menos ele conseguia de alguma forma manter o maldito Voldemort fora de sua cabeça. Não estava certo sobre como, mas em algum momento durante o verão ele mudara algum botão qualquer ali dentro e era como se houvesse um muro entre os dois. Coisa essa que era um grande alívio. Claro, ele tinha pesadelos ocasionais, mas era tudo muito melhor mesmo do que no ano passado. Agora se ele conseguisse se controlar um pouco, era capaz de ver dentro da cabeça das pessoas...

Era tudo apenas aprender sobre controle, ele decidiu ao guardar a varinha. E isso era algo que teria que descobrir por si mesmo. Significava biblioteca, significava treinos afastados dos outros. Ambas as coisas não seriam fáceis de fazer. Especialmente com o modo como Gina andava mantendo um olho nele...

Esfregou mais o rosto, sentindo-o ficar vermelho. Gina. Droga. Seus lábios se imobilizaram num sorriso amargo nada característico. O que era aquilo que ele dissera a Draco quando estiveram bêbados na outra noite? Você não pode se livrar do amor, ele volta e te dá uma mordida no traseiro. Ou algo por essas linhas.

Ele bufou. Não tinha essa opção. Ele tinha que matar a droga do Voldemort, e qualquer um que chegasse perto dele estava certamente, abso-droga-lutamente propenso a ser um alvo. E ele não colocaria ninguém naquela posição, especialmente não Gina. Ela já passara por bastante daquilo.

Ele suspirou e afastou aqueles pensamentos. Ele tinha trabalho a fazer, pensou, levantando-se e dando as costas para a janela e para a brilhante luz solar lá fora. Teria que começar agora, porque tinha a sensação de que não possuía todo o tempo do mundo. Hogwarts terminaria, mais cedo ou mais tarde, e se ele não estivesse pronto...

Não era tão divertido assim, pensou o Menino-Que-Sobreviveu amargamente ao cruzar em largas passadas o caminho até a biblioteca, ter que salvar o mundo. Nem um pouco.

-------FIM-------

N/T – E aqui termina a segunda fic desta série! Tradução terminada, e em tempo recorde, vocês têm que assumir... Estou felicíssima, adoro terminar trabalhos, e ainda mais este, que me divertiu tanto! Na semana que vem, devo começar a postar um capítulo ou dois; não peguei ainda os capítulos da última fan fic, mas sei que serão trinta, será uma HG (quem ainda não sabia, aí está). Ainda não traduzi o título, até porque esqueci como se escreve uma das palavras (), tudo bem...

Certo, tenho que agradecer a todos que lêem a fic e acompanham a série desde a Intenções Secretas, gente como a Sheyla Snape, a Miri, a Ka, todas do também a Hermione Granger Potter da Ed... Obrigada mesmo por acompanharem! E, obviamente, à autora, Eleanor Ferguson, você foi mesmo ótima escrevendo tudo isso, somos todos seus fiéis servos, principalmente eu... Também à Nina (eu sou mesmo muito eficiente, não acha? D) e à Paty (menina, você vai imprimir isso aqui também? Oh-oh, eu vejo dois egos cof-autora-cof-tradutora-cof indo lá em cima...)... Acho que é isso! Obrigada e não me percam de vista, por favor, logo eu volto!