Patty - Que bom que você está gostando. Pode se segurar, porque tem mais!
Youko - Eu procuro atualizar todos os dias, ou sempre que posso. Sim, como você deduziu, a fic já está pronta. Para sua informação, ela tem 14 capítulos e uma surpresa no final. Que eu não vou falar, claro!
MEL - Nossa, você está tão certa sobre Harry ver muito sangue. Mas quem sabe com o Sev ele também tem um pouco de carinho?
ATENÇÃO: capítulo intenso à frente. Espero que todos gostem.
Capítulo 6
Harry acordou tarde no dia seguinte, profundamente envergonhado. Tinha agido como um bebê chorão, e não havia nada que justificasse isso.
Tomou banho e saiu do banheiro disposto a pedir milhões de desculpas a Severus. Só que ele estava sozinho em casa.
Severus não estava nem laboratório e Harry ficou apreensivo. Teria acontecido algo? Será que ele tinha sido chamado? Por quem – Voldemort ou Dumbledore?
Suas perguntas foram respondidas pouco depois, quando ele ouviu um estalido na cozinha e correu para ver. Enfiado em trajes leves de verão, Severus trazia vários pacotes de compras encolhidos e ergueu uma sobrancelha ao ver Harry:
– Bom-dia.
– Bom-dia. Vejo que foi às compras.
Severus começou a guardar os itens pela cozinha:
– Calculei que você fosse descansar até mais tarde, e aproveitei para re-estocar as prateleiras, que estavam ficando um pouco baixas. Já comeu?
– Não estou com fome.
– Aqui – pegou uma maçã de uma sacola e passou-a a Harry – Coma pelo menos isso.
Ele pegou a fruta e de repente se sentiu embaraçado, olhando para o chão:
– Olhe, eu... queria pedir desculpas. Você sabe, por ontem à noite.
Severus parou de guardar mantimentos e olhou para ele, com uma expressão séria:
– Harry, sua reação não é incomum entre praticantes de Legilimência. No seu caso, a reação apenas foi mais intensa, só isso. Para evitar repetição de cenas como a da noite passada, eu mantenho a recomendação de tomar uma poção para equilibrar suas emoções.
– Eu vou tomar – prometeu Harry – Aprendi minha lição.
– Preste atenção, Harry – Severus abandonou totalmente as compras e o encarou – Você pode se sentir vulnerável e abrir sua mente para uma invasão externa. Especialmente vinda do Lord das Trevas. Se isso acontecer, eu quero que me avise imediatamente. Imediatamente mesmo. Isso é de extrema importância. Se precisar me acordar ou me interromper no laboratório, não hesite em fazê-lo. E procure praticar seus exercícios de Oclumência antes de dormir só para prevenir.
– Está bem.
– Então vamos fazer diferente. Desta vez nós dois vamos preparar as poções de que você precisa para restabelecer o equilíbrio emocional.
– Vai me deixar fazer minhas próprias poções?
– Você vai tomar cuidado com o laboratório e meus estoques. Pense nisso como crédito extra.
Fazer poções com Severus podia ser uma atividade bem silenciosa. Os únicos ruídos do pequeno laboratório eram o borbulhar do caldeirão e o suave farfalhar das vestes bruxas que Severus usava. Era relaxante.
Harry ficou aliviado ao perceber que Severus aparentemente não tinha mudado de opinião a seu respeito apesar do lamentável incidente da noite passado. A última coisa que Harry queria era despertar pena nas pessoas, e ele não vira um pingo disso no rosto do Mestre de Poções. Mas também não vira o que ele geralmente esperava encontrar em Severus Snape: ódio, ressentimento e desprezo. Não, desta vez, ele só vira genuína preocupação.
A verdade é que essas semanas tinham feito Harry pensar a respeito de seu professor sob uma luz totalmente diferente. Há muito sabia que Severus era da Ordem da Fênix e que salvara sua vida muitas vezes. Mas ele nunca tinha se dado conta do que isso realmente significara: Severus tinha se arriscado por Harry, tinha bancado o advogado para soltá-lo da cadeira, tinha lhe dado permissão para chamá-lo pelo primeiro nome, tinha aceitado passar o verão com Harry, ensinando-o, cuidando dele, protegendo-o. Isso era completamente novo e inesperado para o rapaz.
A convivência o tinha feito reparar em algumas coisas a respeito de Severus. Harry tinha se surpreendido com a atitude dele na noite anterior, mas era mais que isso. Harry jamais imaginou que, de todas as pessoas, Severus pudesse fazê-lo sentir-se tão protegido e seguro. A sensação toda ia além disso: Harry tinha se sentindo como se pertencesse àqueles braços – era como se ele, que nunca conhecera um lar de verdade, estivesse voltando para sua verdadeira casa, que era Severus.
E tinha mais: Harry também notou as mudanças que ocorreram em Severus agora que ele estava mais relaxado. Ele continuava ácido, claro, mas agora suas tiradas ferinas eram mais divertidas e requintadas. Ele estava tão relaxado que as linhas do rosto pareciam menos profundas, a pele menos amarelada. Tentando disfarçar para não ser inconveniente, Harry olhava o Mestre trabalhando quando achava que ele não estava reparando. Foi assim que também reparou em outros traços dele: os dedos longos e elegantes que se movimentavam com precisão entre os ingredientes, manipulando-os com graça e maestria. Os olhos também eram profundos e muito espertos, típicos de quem guarda profundos segredos.
Foi nesse momento, ao observar Severus profundamente, que Harry lamentou ter deixado uma impressão precipitada de sua parte quando tinha apenas 11 de idade anos ter obscurecido seu julgamento sobre esse homem fascinante. Sua curiosidade havia sido atiçada e ele queria descobrir mais sobre Severus.
E o que era melhor para isso do que as aulas de Legilimência?
– Muito bem, Harry – disse Severus depois que tinham almoçado e guardado as poções recém-cozidas – Vamos começar com uma pequena resistência. Quero que procure penetrar na minha mente. Descubra se estou escondendo alguma coisa.
Harry apontou sua varinha e se concentrou:
– Legilimens!
Ele se viu junto a um homem muito parecido com Severus, embora mais baixo e um pouco mais atarracado. Ele gritava com uma mulher:
– Sua vagabunda! Eu sei que você foi dar por aí! Espero que tenha pelo menos conseguido um bom dinheiro!
Uma criança chorava, agarrada às pernas na mãe. Era óbvio que a mulher tentava protegê-la do homem, mas ela também estava apavorada:
– Sevinus, não! Eu só fui pedir um pouco de leite para Severus!
– Agora está me acusando de não conseguir manter a família?
– Não, não, eu...
O homem se enfureceu:
– Faça-o parar de chorar!
Harry olhou a criança. Não deveria ter mais do que três anos, mas era muito menor do que qualquer criança dessa idade. Os cabelos eram bem pretos, o nariz pontudo, as roupinhas surradas. A mãe agachou-se e o enlaçou nos braços:
– Por favor, Severus, não chore. Mamãe está aqui.
– Não pense que ela vai te proteger, garoto! Pare com a berraria!
O homem arrancou o pequeno Severus dos braços da mãe, e ambos gritaram:
– Não!
– Vem cá, moleque! Pare de ser manhoso!
A pequena criatura foi sacudida violentamente como um saquinho de batatas, a mãe tentando deter:
– Pare, Sevinus! Pare!
– Seja um homem! – O pai gritava, sua voz trovejando – Pare com essa berraria!
O tapa que ele aplicou no menino fez a criança voar e seu corpinho frágil bateu com toda força na parede, bem de frente. Apavorado, Harry viu o pequeno cair no chão e lá ficar, imóvel. A mãe soltou um grito e correu a agachar-se ao lado do corpinho, virando-o com cuidado. Sangue saía do narizinho, agora quebrado.
– Não! – A mulher urrava, desesperada – Você o matou!
De repente, a cena se desfez e Harry simplesmente cambaleou, cercado pelo ambiente líquido que o levou a uma outra cena. Ele reconheceu Sevinus, agora mais velho, de pé, confrontando um Severus adolescente. Ambos pareciam prestes a se engalfinhar de tanto ódio.
– O que você fez, seu inútil! Deixou-me mal junto a meu cliente!
– Eu completei a maioridade, pai. Estou indo embora.
– Como ousa?
Severus puxou a varinha, ameaçando:
– Não ouse tentar me impedir. Estou livre de seus negócios.
– Você me pertence – rosnou Sevinus – É o que diz a lei.
– Não, eu agora já tenho idade. Não tem mais poder algum sobre mim.
– Você sabe que isso não é verdade. É só as circunstâncias certas acontecerem, e elas i vão /i acontecer, e aí você...
– Isso jamais vai acontecer – A voz de Severus era mais fria do que Harry se lembrava. – Adeus, pai. Tenha uma vida curta.
E virou as costas. Sevinus ainda vociferou:
– Você é igual à vagabunda de sua mãe! Nunca servirá para coisa alguma! Ouviu, Severus? Nunca vai ser nada na vida!
Harry sentiu que era hora da cena mudar, pois ela desaparecia, mas outra não vinha substituí-la. Parecia haver uma barreira impedindo-o de acessar o próximo pensamento. Ele precisou se concentrar, e depois de alguns segundos de impasse, ele viu.
Era um dormitório de Hogwarts, um que ele não conhecia. Ele reconheceu as cores prata e verde de Slytherin, mesmo que o quarto estivesse escuro e fosse de noite. Mas a penumbra não impediu que ele notasse um movimento numa das camas.
Harry se aproximou cuidadosamente, e arregalou os olhos com o que viu. Dois corpos jovens, nus, estavam entrelaçados na cama, os ruídos suaves ecoando pelo quarto silencioso. Havia os sons delicados de pele nua roçando em pele nua, gemidos abafados, e Harry chegou mais perto para ver se reconhecia os ocupantes do quarto.
Um deles era Severus, claro. O rosto mais jovem, aliás, parecendo muito jovem, mas mesmo assim o corpo tinha cicatrizes e marcas. Ele estava de bruços, uma expressão de arrebatamento que era o retrato da sedução. Deitado por cima dele, estava seu amante, engajado num movimento de vai-vem cheio de vigor, puxando o corpo de Severus para junto de si. Ele não tinha o rosto voltado para Harry, mas não havia dúvida quanto à sua identidade: o cabelo longo e louro quase branco era a marca registrada de um Malfoy. No caso, Malfoy Sênior, claro.
Por um instante, Harry ficou tão espantado com o que via que apenas ficou ali, parado, sem ação. Claro que ele sabia o que acontecia numa relação homossexual, mas ele nunca tinha visto, de verdade, como era com dois homens juntos. Ele sequer tinha idéia de que Severus preferisse a companhia de seu próprio sexo. Era muita informação para se processar ao mesmo tempo.
Nunca Harry tinha tido a sensação tão forte de voyeurismo. Ele viu Lucius agarrar os quadris de Severus e aumentar a velocidade das estocadas, grunhindo com selvageria. A cópula se tornou frenética, e Harry não podia evitar as reações em seu próprio corpo adolescente. De repente, ele se imaginou ali naquela cama, o corpo coberto de suor, os músculos se movimentando, a pele toda formigando, seus nervos em alerta máximo...
Ele viu Lucius jogar a cabeça para trás, o cabelo voando, e uivar desarticuladamente, antes de desabar, exausto, nas costas de Severus. Fascinado, Harry esperou o momento em que veria o rosto de Severus naquela expressão de êxtase, mas Lucius simplesmente virou de lado, separando-se do parceiro ainda insatisfeito. Foi então que Harry sentiu um puxão mental forte, uma espécie de empurrão que de repente o transportou para longe da cena.
O novo ambiente se tornou novamente nítido quando Harry se viu em meio a um grupo de figuras com vestes negras, e todas pareciam agitadas e cheias de animação. Harry localizou o jovem Severus, o cabelo bem penteado, uma expressão de expectativa no rosto. A seu lado, Lucius, com o cabelo solto penteado para trás, inclinou-se para ele:
– Não tem com o que se preocupar. Ele vai aceitá-lo, tenho certeza. Eu falei de você para ele e ele ficou impressionado.
Severus assentiu, e Harry pôde notar que ele estava mesmo nervoso. Alguns minutos mais tarde, a agitação cresceu: alguém novo chegava ao grupo.
Harry viu o homem alto, de cabelos pretos e olhos amendoados castanhos extremamente penetrantes. Seu rosto era agradável, franco, e era cumprimentado efusivamente.
Lord Voldemort.
Aquela era a primeira encarnação de Voldemort, seu corpo original, não aquele restaurado por um feitiço no cemitério durante o quarto ano de Harry. Para surpresa do menino Gryffindor, Voldemort inspirava vitalidade e confiança. Ele tinha carisma, e sua juventude dava ânimo a seus seguidores ali reunidos.
Lucius se adiantou:
– Lord Voldemort, gostaria de lhe apresentar Severus Snape.
Voldemort virou-se para Severus e olhou-o longamente. Polidamente, Severus inclinou a cabeça, tentando esconder seu nervosismo.
– Então esse é o jovem do qual me falou, Lucius?
– Sim, milord. Creio que será uma excelente aquisição para a causa.
– Isso é verdade, Mr. Snape? Lucius mencionou que está prestes a tornar-se um Mestre em Poções.
– Exato, senhor – disse Severus.
– O mais jovem e o mais brilhante de toda Grã-Bretanha – ajudou Lucius – Ele vai apresentar à banca uma criação sua capaz de aprimorar os efeitos do Veritaserum.
Voldemort ergueu uma sobrancelha:
– Ora, ora. Parece que vai valer a pena manter um olho no senhor, Mr. Snape. Sua família... tem o sangue puro, não é?
– Certamente, senhor – ele empalideceu.
– A causa pode usar um jovem valoroso e de fina estirpe como o senhor, Mr. Snape. Teremos em breve uma cerimônia de iniciação para novos membros, e sua associação será muito bem-vinda.
Severus abriu um sorriso como Harry jamais vira: aberto, transparente, franco e genuíno. Era palpável o orgulho que ele sentia diante dos elogios e da aceitação de Voldemort. Naquele instante, Harry entendeu o fascínio e a atração de Voldemort no jovem Severus. Era uma sensação poderosa, a aceitação, e Harry estava quase contagiado por ela. Quis trocar de pensamento e novamente sentiu alguma resistência, desta vez bem maior. Ele teve que se concentrar, e muito, e literalmente perfurar uma barreira semi-sólida para de repente se ver diante de outra cena.
Lucius estava diante de Severus. Os dois estavam sentados à mesa de um restaurante elegante, provavelmente Muggle. O ambiente era requintado e exclusivo. Lucius parecia estar em casa. Severus, porém, estava com uma de suas características carrancas, reconheceu Harry.
– Eu vi o anúncio – A voz dele era baixa e dura.
– Como assim?
Com os dentes cerrados, Severus respondeu:
– O anúncio de seu casamento com Narcissa Black. Achou que ia conseguir esconder isso de mim?
Lucius empalideceu e manteve a voz baixa:
– O que quer dizer? Você sabe que estou fazendo a corte a ela. Esse casamento está arranjado há décadas, literalmente.
– Mas você vai se casar com ela – A voz de Severus abaixou ainda mais, e ele estava com o rosto branco de fúria.
– É claro que vou, seu idiota! – Lucius também sibilava entre os dentes, agitado – Não pode ter sequer passado por sua cabeça a hipótese de que eu algum dia reconheceria em público ter alguma coisa com você. Não tem cabimento, Severus, e você sabe disso.
– Pode me dizer por quê?
– Eu realmente preciso? Eu sou um Malfoy, pelo amor de Merlin, e você é um... Ora, não preciso relacionar o seu passado em público – Malfoy Sênior olhou para Severus com uma expressão de profundo desgosto, depois tentou se emendar – Mas não posso negar que você tem qualidades pessoais e habilidades úteis à nossa causa, por isso eu mantenho a nossa... associação.
Ninguém diria que isso era possível, mas Severus ficou ainda mais branco. O rosto jovem simplesmente perdeu toda a cor, ele cerrou os punhos com força por baixo da mesa, e Harry achou que ele fosse desmaiar ali mesmo.
Sempre mantendo a voz baixa e arrastada, os olhos cinza adquirindo tons cruéis, Lucius continuou:
– Você sabe o que é, e você sempre será encarado dessa forma perante a sociedade bruxa de alto nível. Um Malfoy não pode se dar ao luxo de se ver intimamente associado a um... indivíduo como você. Não me venha com essa agora, Severus. Desde Hogwarts eu o acolhi, eu o introduzi em nosso círculo devido a seus vastos conhecimentos nas artes das trevas. Então não dê uma de ingrato agora porque...
Interrompeu-se ao som de uma risadinha. Lucius arregalou os olhos, espantado. Harry também se espantou ao ver Severus rindo, agora mais alto.
– De que porra você está rindo? – Lucius parecia furioso.
Tentando conter o riso, Severus respondeu:
– A sua cara, meu caro Lucius. Você deveria ver: é simplesmente impagável. O olhar de genuíno pavor que eu fosse fazer um escândalo... Ah, fazia tempo que eu não me divertia tanto.
Lucius o encarou, os olhos agora se apertando e adquirindo um ar frio:
– Oh. Então está tentando desenvolver um senso de humor, Severus?
– É claro. Não achou que eu falava sério, achou? Não depois de todos esses anos que nos conhecemos, meu caro.
– Devo admitir que foi muito fora de seu caráter agir repentinamente como um amante indignado e traído.
– Ainda mais por causa de uma vadia como uma das irmãs Black. Ora, faça-me o favor.
Harry olhou com atenção o jovem Severus e percebeu nitidamente pela primeira vez as vantagens da Legilimência. Por mais que os atos, gestos e palavras e Severus indicassem que ele se divertia com a situação, Harry percebeu com clareza o esforço do homem para esconder seus verdadeiros sentimentos de humilhação e mágoa. Pequenos detalhes como o riso forçado, a dor incomensurável nos olhos, a agonia nas mãos ainda cerradas...
E foi aí que mais uma vez Harry se sentiu empurrado para longe daquele pensamento. Ele resistiu e se segurou naquele lugar, ouvindo Lucius dizer:
– Um conselho de um velho companheiro, Severus: senso de humor não se adquire de uma hora para outra. Você nunca teve um antes e não sei se essa é a melhor hora para começar a desenvolver um.
Voltando a seu sorrisinho irônico, Severus assentiu:
– Talvez fosse tenha razão. Por que não fazemos o pedido? – pegou o menu – Para celebrar seu excelente casamento com a nobre família Black!
Lucius ergueu uma sobrancelha e abriu a boca para responder. Mas Harry jamais conseguiu saber qual foi a resposta porque nesse instante ele sentiu o empurrão com ainda mais força, e de repente ele foi jogado para fora da cena. E tudo pareceu ficar preto.
