Marck Evans - Pois é, realmente há uma diferença entre ler aqui e ler na LJ-comm. A Kirina só conseguiu ler aqui na Angel Angst - Que bom que vc gostou do Sev e do pequeno John juntos. Bom, quem sabe agora ele se entende com Harry.

Lilibeth - Ah, amor jovem... Tão exigente, tão desmedido, tão impetuoso e delicioso...

Capítulo 12

Sem outra palavra, Harry atacou os lábios de Severus com sofreguidão, apertando seu corpo contra o dele. O contato reacendeu a paixão em Severus, e ele respondeu à altura, mais uma vez deixando-se envolver pelos aromas que emanavam do rapaz. As línguas se encontraram e Harry se contorcia todo, fazendo sua ereção roçar contra a de Severus, ambas confinadas por roupas.

Harry parecia faminto e desesperado, e Severus notou que ele não agüentaria muito tempo, provavelmente encerraria toda a diversão antes de começar. Ao invés de tentar acalmar um adolescente nos píncaros da paixão, ele tomou o caminho inverso: abriu a calça jeans de Harry, ajoelhou-se no chão e passou a lamber-lhe a ereção com todo o entusiasmo que podia. Harry soltou um gemido do fundo da garganta, e aparentemente, todo o sangue do seu cérebro fugindo para o meio de suas pernas.

Uma vez, durante o sexto ano, Harry tinha sido chupado por uma menina Ravenclaw. Mas aquilo tinha sido risível se comparado ao que o Mestre de Poções estava fazendo com seu pênis. Harry não era exatamente bem-dotado, apenas adequado, mas naquele momento ele se sentia como se seu pênis fosse muito maior, tamanha a sucção que Severus aplicava. Ao mesmo tempo, ele também estava massageando a base, levando Harry às nuvens. Depois ele passou a língua na ponta, coletando o líquido que começava a sair. Todos os nervos de Harry estavam em curto, e ele estava com as pernas tão trêmulas que se apoiou no balcão atrás de si, gemendo cada vez mais alto, sentindo a pressão subir cada vez mais.

Harry olhou para baixo e teve um choque: ver seu professor deslizando os lábios em seu pênis para cima e para baixo era demais, e ele sentiu que iria explodir.

– Espere... eu vou!...

Não deu tempo de nada. Com um grito inarticulado, ele sentiu a explosão percorrer seu corpo, e Severus retirou-se rapidamente, espremendo o membro com a mão, retirando dele o líquido viscoso que jorrava.

Nunca Harry tinha tido um orgasmo tão poderoso. Ele estava com as pernas bambas, tentando recuperar o fôlego enquanto Severus o limpava e o vestia.

– Nossa... isso foi demais! – ele abriu um sorriso – Eu quero fazer isso com você também!

– Vá com calma, Harry.

– Calma? Eu tenho 17 anos e nunca tinha transado com um homem. Adorei! Quero mais!

– Então eu sugiro transferir nossas atividades para um local mais apropriado: meu quarto.

Os dois deixaram o porão e foram para o quarto, que mesmo em plena luz do dia estava na penumbra. Lá Harry voltou a beijar Severus com paixão, desta vez retirando-lhes as roupas. Curioso, ele observou com interesse o corpo magro, a pele pálida, os poucos pêlos bem negros no peito. Quando tirou a calça e a cueca, ele apreciou o pênis volumoso, semi-ereto, que se destacava de sua cortina de negros pêlos pubianos. As pernas não eram finas, mas também não eram musculosas. No todo, era um corpo bem-feito, embora não excepcional. Harry sabia que seu corpo era magrelo e ossudo, em comparação ao de Severus. Ele foi sincero:

– Você é tão bonito...

Severus soltou uma risada amarga:

– Precisa rever seu senso estético com urgência.

– Não, você é muito bonito e bem-feito. Você se esconde atrás de suas atitudes, mas se as pessoas soubessem como você é sexy... Aposto como haveria multidões correndo atrás de você.

– Pare de dizer bobagens e me diga: você já fez sexo antes?

Harry ficou vermelho:

– Uma vez, com uma menina de Ravenclaw. Ela era boazinha e experiente, mas eu não achei muito bom. Só depois eu entendi por quê.

– Harry, ainda há tempo se você preferir não fazer isso. Sua primeira vez deve ser com alguém que você considere importante. Pode parecer clichê, mas acredite, porque é verdade: você vai se lembrar disso para sempre.

– Eu te amo, Severus. Tem que ser você.

– E você entende o conceito de sexo gay? Pode ser... desconfortável.

Harry sorriu.

– Eu seu. Sei também que você jamais me machucaria de propósito, Severus.

– Vamos devagar. Você está muito excitado. Precisa aprender a se controlar – apontou para a ereção de Harry, que já estava de novo a todo vapor.

– Mas eu não quero me controlar, eu quero fazer você perder o controle – ele enlaçou o corpo nu de Severus – Eu quero você agora, dentro de mim.

Jamais Harry tinha visto uma expressão tão genuína de surpresa como a que se espalhou no rosto de Severus. Ele simplesmente ficou encarando Harry, espantado. O garoto ficou intrigado.

– Eu disse alguma coisa errada?

– Não, mas... – ele tentou se recompor – Acho que primeiro devemos tentar o caminho inverso.

– Você diz... eu... em você? Mas eu nunca fiz isso.

– Por isso mesmo. Você precisa conhecer antes de se decidir se prefere ficar em cima ou embaixo.

Harry sorriu, maroto:

– E eu que já estava certo de que i isso /i – ele agarrou o pênis de Severus, fazendo o outro pular – iria todinho para dentro de mim...

Garotinho safadinho...

Severus adquiriu um tom professoral:

– A preparação do parceiro é importante. Vamos ver... o que podemos usar...

– Você não tem lubrificante?

– Eu nunca tive hóspedes. É claro que não estava preparado.

– Uma vez eu ouvi falar de um filme Muggle no qual eles usavam manteiga.

– Boa idéia. i Accio /i azeite! – Harry o olhou, intrigado – Dá menos cheiro.

Quando Severus se deitou de bruços para que Harry o preparasse, o rapaz não pôde evitar olhar as marcas e cicatrizes que ele trazia nas costas. Num impulso, ele se inclinou para beijar uma delas e notou que Severus ficou rígido.

– Shh, está tudo bem – ele disse baixinho – Está tudo bem, Severus.

Harry beijou as costas, como se o toque de seus lábios pudesse pagar as marcas e a dor que essas marcas evocavam. Depois ele besuntou o óleo em seus dedos e introduziu-os em seu professor conforme ia sendo instruído, sem poder deixar de sentir um certo nervosismo por estar tocando naquele lugar. Mas pelas reações de Severus, parecia que ele estava fazendo tudo direito.

Severus não era uma pessoa de vocalizar seus sentimentos, e Harry gostaria de ver em seu rosto a reação àquilo que ele estava fazendo. Ele já estava trabalhando com o terceiro dedo quando recebeu a instrução de preparar-se para a penetração.

Nunca Harry poderia estar suficientemente preparado para aquela sensação. Ele foi entrando devagar, deleitando-se em cada momento, seu corpo todo em brasa. Severus era simplesmente delicioso.

Com carinho, ele começou a se mexer, e as sensações se multiplicaram. Harry se perdeu no calor do corpo de Severus, e puxou-o pelos quadris, ansioso por mais fricção, aumentando o ritmo das estocadas. Ele não queria terminar logo, mas seu corpo corria rumo ao clímax. Nunca ele tinha sentido uma coisa assim.

Talvez por inexperiência, talvez por seu deslocado sentimentalismo, Harry era carinhoso, constatou Severus, enquanto se submetia ao ritmo das estocadas do rapaz. Ele estava medianamente surpreso, e seu corpo reagiu quando sua próstata foi devidamente estimulada. Sim, Harry era capaz de proporcionar prazer. Isso era refrescante.

Severus se surpreendeu quando uma das mãos de Harry serpenteou por baixo de seu corpo e agarrou-lhe o pênis semi-ereto. Pelos gemidos altos e pelo ritmo, Harry não estava longe de atingir seu clímax, o que aconteceu em poucos minutos. Ao mesmo tempo em que gozara, Harry massageou Severus, fazendo-o atingir prazer como nunca antes. Num misto de surpresa, admiração e espanto, o Mestre de Poções grunhiu e despejou sua semente na mão de Harry.

Mais surpreendentemente ainda, Harry se ajeitou nos braços de Severus, soltando um grande suspiro. Ele encostou seus lábios nos de Severus, murmurando, sonolento:

– Eu te amo...

Harry percebeu que, como sempre, Severus tinha ficado rígido ao seu toque, como se não o esperasse ou não estivesse acostumado a ser tocado. Contudo, ele sentiu os músculos tensos relaxando após algum tempo, ao mesmo tempo em que deslizava para o sono pós-coital, pensando: "Eu vou fazer você se acostumar comigo, Severus."

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As reclamações altas de seu estômago acordaram Harry. Olhou em volta: estava sozinho na cama e ainda era dia.

Vestiu-se e encontrou Severus na cozinha, mexendo uma panela como se fosse uma poção, um cheiro bom de assado lhe assaltando as narinas. Ele o abraçou por trás e beijou-lhe o ombro:

– Bom-dia, amor.

Severus tinha ficado rígido ao seu toque, mas relaxou e disse:

– É quase final da tarde. Dificilmente bom-dia.

– Estou faminto. Que cheiro bom é esse?

– Um simples frango assado. Estou fazendo um molho de ameixas e bolinhos de batata. Se quiser ajudar, pode fazer uma salada.

Está bem. Vai ser um jantar adiantado, eu acho. Está muito tarde para ser um almoço tardio.

– Vamos comer logo. Ainda temos uma aula de Legilimência programada para hoje.

– Está bem – disse Harry, separando as folhas de chicória – Eu não tive chance de lhe agradecer o presente de aniversário. Ele me fez lembrar o Espelho de Erised. Se eu tivesse olhado o espelho, acho que teria visto a mesma coisa.

– A poção e o espelho trabalham com princípios semelhantes. Você tem consciência de que o conteúdo que eles trazem pode mudar com o tempo.

– Não foi muito diferente do que eu vi no espelho há quase seis anos. Vi meus pais de novo, Sirius estava vivo... e eu tinha uma família linda: você e nosso filho John.

Severus perdeu a cor, e perdeu o ritmo com o qual mexia o molho de ameixas. Recompôs-se rapidamente.

– Tenho certeza de que entende por que essa poção é proibida.

– Por isso agradeço por tê-la feito. Isso foi muita gentileza de sua parte – ele deu um beijo na bochecha de Severus, que ficou pensativo, mexendo o molho sentindo a pele formigar com o toque carinhoso.