Em primeiro lugar, eu queria pedir desculpas por demorar a postar esse capítulo, mas não deu para evitar. Em segundo lugar, essa fic bateu o recorde no número de reviews, e eu gostaria de agradecer a todos. Agora, vamos às reviews individuais:

Safira Star - Realmente, foi um festival de reviews que vc deixou! rsrsrs Engraçado que você foi revisando e crescendo com a história, assim como a relação do Harry e do Sev foi crescendo. Espero que a coisa tenha sido de seu agrado. Sobre os nomes em inglês: eu pedi desculpas por isso no começo da história, mas achei que não ia prejudicar a compreensão. Se você não entender alguma coisa, me escreve que eu te esclareço. Beijo

DarklAngelAngst - É, né, o Sev tem dificuldade em receber carinho, coitadinho. Ainda bem que o Harry tá aí para isso...

Kirina-Li - ahahahahah Realmente essa sua resistência à comunidade no LiveJournal é inédita! Mas se vc se sente melhor, aqui, tudo bem! Eu também estou postando num outro arquivo, o sob o nome magalud.

Capítulo 13

Após a refeição, eles retomaram as lições de Legilimência. O primeiro pensamento que Harry adentrou foi a reunião de Voldemort e seus seguidores encapuzados. Ele estava furioso.

– Capturados!... Nossos irmãos foram capturados!

– Milord – Harry reconheceu a voz de Lucius Malfoy sob o capuz –, podemos libertá-los. Sem os Dementadores em Azkaban...

Foi interrompido:

– Eles não deveriam ter sido capturados para início de conversa! O plano todo foi um fracasso! Harry Potter sequer estava lá!

– Mas ele estava lá, Mestre – disse um outro, a voz trêmula – A festa era para ele. Alguém deve tê-lo avisado.

– E desta vez não adianta tentarem culpar Severus. Ele não teve participação alguma nesse plano fracassado e patético de vocês!

Houve um silêncio desconfortável no círculo de homens encapuzados.

– Severus, eu duvidei de sua lealdade e não deveria ter feito isso. Pensei que você pudesse estar contaminado, depois de todos esses anos ao lado de Dumbledore.

– Milord, meu único desejo é servi-lo.

Voldemort voltou-se para os demais:

– Severus deve ser tratado com respeito e reconhecido como importante colaborador da causa. Desrespeito para com ele será punível, e eu saberei se isso acontecer. Ninguém esconde nada de Lord Voldemort.

De repente a barreira mental se ergueu novamente diante de Harry, uma barreira sólida e forte. Contudo, Harry a derrubou com facilidade, e uma cena conhecida se descortinou diante dele: um jovem Severus estava no laboratório e Voldemort estava com ele. Harry tinha visto essa cena antes, mas Severus o expulsara de sua mente, impedindo-o de ver mais.

Parece que ele estava no exato ponto onde tinha sido interrompido anteriormente: lentamente, tentando esconder toda sua relutância, Severus se colocou de joelhos diante de seu Lord, seus olhos na altura da cintura do outro. Esticou a mão e afastou as vestes de seu Mestre. Ele não usava nada por baixo.

Severus aproximou seu rosto do pênis semi-ereto e lambeu-o generosamente, provocando um gemido em Voldemort. Em seguida, lambeu e chupou delicadamente as bolotas, massageando-as.

– Hum... – fez Voldemort alto – Muito bom, Severus... Continue. Não seja tímido.

Obediente, Severus pegou a ponta e chupou-a, massageando a base com a outra mão. Voldemort gemeu alto e agarrou-lhe os cabelos, empurrando-o para abocanhar mais. Severus quase engasgou e sentiu a garganta arranhar com a força com que era obrigado a receber o pênis agora completamente ereto em sua boca. Rapidamente, ele se ajustou e passou a deslizar os lábios para cima e para baixo, aplicando sucção. Vez por outra, ele deixava os dentes roçarem a extensão do membro. Voldemort passou a se mexer, forçando mais e mais sua cabeça, aumentando o ritmo, usando a boca para lhe proporcionar prazer máximo. Severus tinha que ser rápido para não engasgar, mas sua garganta já estava ferida. Ele sentiu suas roupas deixando seu corpo magicamente, e ficou nu no chão frio.

Subitamente, Voldemort o forçou a ficar de quatro no chão e murmurou um feitiço, antes de arremeter com força para dentro de seu servo. Severus engoliu o grito e reprimiu a dor, forçando-se a relaxar – se ele ficasse tenso, só se machucaria ainda mais. Voldemort certamente não estava preocupado com isso: ele estocava de maneira bárbara, grunhido alto, usando-o com toda a força. Harry viu um filete se sangue escorrer-lhe perna abaixo.

Pelo ritmo que Voldemort imprimida, parecia que tudo iria terminar logo. Não foi assim. De repente, ele desmontou e murmurou outro feitiço. Severus estava deitado de costas, braços amarrados para cima, joelhos dobrados encostando nos ombros, totalmente exposto. Havia sangue em seu orifício alargado. Com um sorriso, Voldemort amarrou-lhe o pênis e puxou-o para trás, de tal modo que ele estava invertido, virado para trás, amassando-lhe os testículos, a ponta ameaçadoramente perto de seu ânus.

Harry estremeceu, solidário na dor que Severus deveria estar sentindo. Ele mal respirava, pálido, uma grossa camada de suor cobrindo o rosto. Voldemort puxou-lhe o pênis ainda mais, tentando fazê-lo entrar em sua própria abertura, e Severus soltou um grito de dor.

A reação de Voldemort não foi boa: ele conjurou uma vara grossa e usou-a para bater no pênis. Severus parecia que ia desmaiar de dor. A vara foi enfiada no seu orifício e o sangue voltou a jorrar.

Harry estava horrorizado. A sessão de tortura sexual continuou durante muito tempo, e Harry forçou-se a assistir, embora revoltasse e fisicamente enjoado, o estômago embrulhado.

Finalmente, Voldemort se cansou e desamarrou Severus. Havia muito sangue em seu corpo, cortes que se transformariam em cicatrizes, lesões e rupturas diversas.

– Você não deixa de ter seus talentos, Severus. Posso ver de onde vieram os comentários. Mas prefiro-o com poções.

Harry não soube dizer se Severus desmaiou de alívio ou de exaustão – o fato é que Voldemort o deixou como ele estava, nu, sangrando, desacordado, no chão do laboratório. Harry foi quase que imediatamente transportado para um outro pensamento.

O jovem Severus estava diante de Albus Dumbledore, no gabinete do diretor de Hogwarts. Embora fosse ainda jovem, via-se que ele não era mais um aluno.

– Severus, meu caro – Dumbledore sorriu, indo para a bandeja em sua mesa – Chá?

– Não, obrigado, diretor. Eu preciso lhe falar de um assunto importante.

– Entendo. Nesse caso, eu insisto que tome uma xícara de chá, Severus. Você parece muito tenso.

Relutantemente, ele aceitou o chá, dizendo:

– Sei que combate o Lord em ascensão.

– O nome dele é Voldemort, como ele mesmo prefere ser chamado.

Severus se encolheu diante do nome, mas continuou:

– Eu... estou associado a ele.

– Biscoitinhos de nata? Vão muito bem com o chá.

– Não, obrigado – Severus tomou um gole do chá e reconheceu imediatamente o gosto de Veritaserum – Ah. Claro.

– Lamento, mas você pode entender a necessidade do soro da verdade.

– Certamente. Eu estou disposto a encerrar minha associação com ele.

Dumbledore assentiu, pensativo:

– Não é tarefa das mais fáceis. Eu soube o que aconteceu com o jovem Regulus.

– Regulus Black era um tolo ainda maior do que seu irmão Sirius. – As palavras saíram com desprezo e desdém – Considero-me um pouco mais inteligente do que ele. E mais bem preparado também. Conheço Legilimência e Oclumência.

Os olhos de Dumbledore brilharam visivelmente. Severus continuou:

– Acredito que com sua ajuda eu consiga viver tempo suficiente para contar ao Ministério tudo que sei. Depois disso não me importo de morrer, seja nas mãos do Lord das Trevas, seja nas mãos de algum carrasco do Ministério da Magia.

– Você parece decidido, Severus. Em que posso ajudá-lo?

– Gostaria apenas que intercedesse junto ao Ministério, para que eu não fosse morto antes de conseguir dizer minha história. Minha vida pode não valer muita coisa, mas não quero que minha morte seja em vão. Se os associados do Lord me pegarem antes de eu falar...

Dumbledore o olhou com cuidado.

– É uma mudança bem grande para quem acreditava em seus ideais. Você tinha convicção nas idéias de Voldemort?

Severus estremeceu diante do nome, mas ele sentiu o efeito do soro forçando-o a responder:

– Ele tem muito poder, e isso me atraiu mais do que suas idéias. Embora na época elas não parecessem tão absurdas, confesso.

– E seu pai?

Severus ficou completamente hirto de tanta tensão.

– Eu me dissociei completamente dele há anos. Ele não tem influência nessa minha decisão de sair, assim como não teve na minha decisão de entrar. Ele não é associado do Lord, embora seja simpatizante da causa.

– Você disse que na época não achava as idéias de Voldemort – novo encolhimento – absurdas. E hoje?

– Hoje essas idéias não têm mais o mesmo apelo de antes. E ele não as honra, de qualquer modo.

– Mas esse não é o motivo pelo qual você está querendo sair, não é?

– Não – o soro o fez admitir – Não é.

Harry viu-o baixar a cabeça, evitando olhar Dumbledore.

– Aconteceu alguma coisa, não aconteceu, Severus?

– Sim.

Então Severus ergueu a cabeça, olhando diretamente, e Harry teve um choque. Os olhos profundos transmitiam uma dor tão imensa e intensa, e uma súplica quase explícita para evitar a próxima pergunta. Severus parecia frágil, prestes a se quebrar como uma camada de gelo na superfície de um lago na primavera.

Dumbledore captou a súplica daquele olhar e disse suavemente, como se falasse com uma criança particularmente travessa:

– Muito bem, então. Vou usar Legilimência com sua permissão, Severus. Preciso saber, e peço desculpas pela intrusão, mas ela é necessária. Por favor, não resista.

– Não resistirei – A voz era miúda, como Harry jamais ouvira em Severus.

Legilimens!

Lógico que Harry não podia saber o que Dumbledore estava vendo na mente de Severus. Mas a figura do jovem, seu rosto branco e trêmulo, seu olhar vazio, lhe deram a certeza de que verdades terríveis estavam sendo reveladas. Harry ficou impaciente.

De repente, Dumbledore soltou um suspiro e se sentou à mesa. Olhou para Severus. Naquele momento, o diretor de Hogwarts pareceu imensamente mais velho do que seus longos anos.

– Meu pobre rapaz...

Severus estava branco e tremia. Entre dentes, ele rosnou:

– Não preciso de sua piedade. Preciso apenas de sua ajuda.

– Eu posso ajudá-lo, Severus. Mas tenho uma proposta para lhe fazer que acredito ser mais interessante do que a perspectiva de passar o resto da vida em Azkaban.

– Uma morte rápida? – ironizou.

– Um trabalho para o lado que se opõe às trevas. Você é muito valioso, Severus. Seus conhecimentos de Legilimência e Oclumência o tornam ideal para ser um excelente espião.

– E isso não é uma morte rápida?

– Você tem todas as qualidades para ser um espião bem-sucedido. Eu conheço o risco inerente à atividade, e a única segurança que posso lhe oferecer é a do castelo de Hogwarts.

– Como assim?

– Há vagas abertas para o quadro docente. Gostaria que pensasse em se tornar professor de sua antiga escola.

– Ficou maluco? Se eu aceitar, ficaremos muito próximos um do outro. O Lord das Trevas vai desconfiar de alguma coisa, certamente. Terei a carreira de espião mais curta dessa guerra!

– Não, acho que ele ficará satisfeito, na verdade. Você lhe dirá que é a oportunidade que você esperava para se tornar um espião. Voldemort não tem nenhum agente operando em Hogwarts, e eu tenho certeza de que ele gostaria de ter informações a meu respeito.

Severus ergueu uma sobrancelha, e Harry pôde ver o jogo de emoções passando por seu rosto. Após breves minutos, ele assentiu:

– Está bem. Sou qualificado para a posição de Defesa das Artes das Trevas.

– Sim, sim, diga isso a Voldemort. Mas na verdade, eu pensava mais em aproveitá-lo em Poções. Suas credenciais nessa área são absolutamente brilhantes.

Severus rapidamente reprimiu sua contrariedade e assentiu, os lábios pressionados numa linha reta.

– Entendo. Bom, talvez ano que vem eu possa me candidatar novamente?

Dumbledore sorriu, os olhinhos azuis faiscando.

– Quem sabe o que o futuro nos reserva? Enquanto isso, bem-vindo a Hogwarts, Severus.

As mãos foram apertadas, o contrato selado, e Harry observou Severus atentamente, dando-se conta de uma coisa.

Severus tinha certeza absoluta de que não sobreviveria.

Só tem mais um capítulo, pessoal!