- Capitulo 2 -
A prima e o ataque
Já se passavam das oito da noite quando Harry resolveu voltar para casa, com certeza o irmão do tio Valter já deve estar lá, pensou ele. Quando chegou, passou direto para a escada, sem que ninguém o visse, no corredor superior, deu de cara com Duda saindo do seu quarto.
-O que você está fazendo no meu quarto?
-Meu pai pediu para ver se você tinha chegado, porque o tio Mark quer te conhecer. – Duda desceu em tom debochado.
Já ouvira o tio Valter falar sobre o irmão mais velho, Mark Dursley, um famoso psicólogo na Rússia, sempre acha um jeito de curar seus pacientes, Harry também sabe que ele é casado com uma mulher russa, com quem tem uma filha com 16 ou 17 anos.
Ele foi para o quarto antes de descer, "se quero parecer meio normal, tenho que esconder essa cicatriz" pensou ele consigo mesmo. Depois de uns dez minutos ele desceu, já se ouvia risos vindos da sala. Quando ele entrou, todos se silenciaram, Harry analisou.
Um homem alto vinha em sua direção com um grande sorriso, lembrava muito o tio Valter, mas em vez de gordura havia músculos e em vez de um bigode, havia um cavanhaque. Ao lado da tia Petúnia, tinha uma mulher amamentando um bebe, tinha longos cabelos castanhos claros e olhos verdes iguais aos de Harry. Por ultimo, estava Duda conversando, ou tentando conversar com a prima, que era idêntica a mão, mesmos olhos, mesma cor de cabelo, só mudava o penteado, que era mais curto, na altura dos ombros, a garota parecia entediada ouvindo Duda falar sobre o ultimo torneio de boxe que fora campeão.
Depois de ver tudo a sua volta, Harry voltou a atenção para o homem que estava a sua frente, com a mão estendida.
-Até que enfim você apareceu, Harry, estava louco para te conhecer. – exclamou o homem em um tom de voz feliz, o que fez Harry se sentir estranho, já que o tio Valter deve ter dito muita coisa ruim sobre ele – Ah, até ai esquecendo de me apresentar, sou Mark, essa é minha esposa, Luana – a mulher de longos cabelos sorriu – e esta é minha filha, Revan – a garota de repente pareceu muito interessada em ficar olhando para Harry.
Harry se sentou no sofá e ficou ouvindo a conversa de todos, o tio Valter contava vantagens sobre sua empresa para o irmão, a Tia Petúnia falava sobre como as pessoas podiam ser estranhas para a Luana e Duda contava como foi o gancho de esquerda que levou ele a vitória do regional de boxe. Mas estranhamente, Revan parecia que não prestava a mínima atenção no que Duda estava falando, estava muito ocupada encarando Harry.
A campainha tocou, Duda foi rápido atender, quando voltou falou.
-Vou sair com a galera, – comunicou aos pais primeiro, depois virou-se para a prima – quer vim com a gente, Revan?
-Só se o Harry for.
Duda bufou, mas falou falsamente calmo
-Ele não gostaria de vir, gostaria Harry?
Harry olhou para o primo e se lembrou de como a galera de Duda zoava ele.
-Não, obrigado.
-Vai, Harry, por mim. – falou a garota como se estivesse suplicando.
Ele olhou do tio Valter para Duda e de Duda para o tio. A tia Petúnia abriu a boca, mas foi o tio Valter que falou.
-Anda, Harry, vai com ele. Mas eu quero os três até quatro horas aqui.
Harry nem questionou o tio, subiu para pegar a jaqueta e a varinha e desceu.
Duda sempre andava em gangue, todos o idolatravam, naquela noite só estavam Pedro Polkiss, um garoto alto com uma cara de rato, acompanhado de uma garota qual Harry não conhecia e Alexander Trent, um negro alto e forte. Revan estava entretida na conversa com a gangue, mas a toda hora chamava Harry para a conversa, e ele respondia com palavras curtas. Harry só pensava que seria uma noite longa. Passaram em um mercado e encheram quatro bolsas de garrafas com bebidas.
Ficaram andando pela rua se embebedando, Harry também bebia, mas, ao contrario de todos os que estavam com ele, não ficava bêbado, devia ser porque é um bruxo, pensou ele.
Depois de algumas horas, pararam em uma praça, onde cada um se jogou em um banco, exceto revan, que parecia tentar olhar o relógio da torre da igreja. Harry se aproximou dela e disse:
-São 2:33 da manha.
Ela olhou para ele como se tentasse saber quem era, depois abriu um sorriso.
-Obrigada.
Harry olhou em volta e viu que todos estavam caídos de bêbados. Ele ajudou Revan a se sentar, ela por sua vez estava olhando abobada para o céu, que estava bastante estrelado esta noite. Harry tentava ver o que ela via, mas sua atenção se voltou para o que ela começou a falar.
-Eu adoro olhar as estrelas e ficar dando nome a algumas constelações, por exemplo aquela, chamo de o grande cão – Harry percebeu que realmente parecia um cão, que por sinal lembrava muito a transformação de seu padrinho – também tem aquela, eu chamo de fênix, pois todas as estrelas que a formam, são muito brilhantes e por ultimo, tem aquela em forma de raio, que eu chamo de "Harry Potter".
Ele se assustou, por que seria que ela deu aquele nome para as estreles se nunca o tinha visto. Harry percebeu que ela não parecia mais bêbada e seu olhar mudara.
-Por que você deu meu nome a essa constelação?
-Ora, quem no mundo não sabe sobre a história do menino que sobreviveu.
Daí em diante foi tudo muito rápido, Harry sacou a varinha e Revan também.
-EXPLOSY! – murmurou a garota lançando um feitiço laranja em direção a Harry.
-ESCUDO! – berrou ele, quando o feitiço chegou perto dele, instantaneamente a varinha de Harry se desfragmentou.
Ele não entendeu o que aconteceu, usou um feitiço para se proteger e acabou sem varinha. Um ódio subiu pelo seu corpo, fazendo com que começasse a berrar com a garota.
-VOCÊ NÃO É UMA DURSLEY. É UMA COMENSAL E RESOLVEU ME MATAR, JÁ QUE VOLDEMORT NÃO CONSEGUE FAZER ISSO SOZINHO, EL...
-SILENCIO! – falou Revan, fazendo com que Harry nã emitisse nenhum som – Primeiro, eu sou sim uma Dursley, minha mãe é uma grande auror russa, estudo na Highinrael. Segundo, não sou uma comensal da morte e principalmente não vim te matar.
A voz de Revan estava meiga, o que deixava Harry com um profundo ódio, mas ele procurou se acalmar, fez sinal para ela tirar o feitiço.
-Só se você prometer não berrar, seus tios não podem saber disso. Tá certo? – Harry sinalizou positivamente – FINITE INCANTATEM!
Um leve calor subiu pela garganta do garoto, Harry sentiu que já podia falar, resolveu fazer a pergunta que deixava confuso.
-Então você foi mandada por Dumbledore?
-Não, apesar de achar ele um cara legal, não gosto de pessoas que se opõem a mim e meus ideais de vida.
-Bem – começou Harry – se você não veio me matar, acho que você pode abaixar a varinha.
-Você promete não me atacar?
-Acho que minha varinha virou poeira, lembra?
-É verdade – falou ela abaixando lentamente a varinha, sentou-se no banco e voltou a olhar para o céu estrelado – sabia que tem uma estrela chamada Sirius?
Aquilo foi como a gota d'água para ele, primeiro ela destrói a sua varinha e agora acha que pode falar de seu padrinho.
-Como você ousa falar do Si... – mas ele foi interrompido por ela.
-Não estou aqui para falar do Black e sim só para abrir seus olhos. Espere eu terminar de falar para depois você começar a berrar
Ele assentiu com a cabeça.
-O mundo realmente está em guerra e você sabe, mas acho que você não deve se enfiar nesse mundinho de tristezas, já que antes de você nascer, pessoas perderam parentes ou amigos amados, mas nem por isso pararam de viver ou lutar contra Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado, o fato de você ser o único que pode mata-lo não te faz diferente dos outros, porque você não é o único que tem alguma profecia nas costa e logo você vai notar isso. Por isso, não coloque o destino do mundo em perigo por causa de mortes, procure vinga-las, depois chore por elas, tá certo?
Foi como um balde de água gelada caísse em cima de Harry, será que ele estava mesmo desse jeito? Não, ele não era assim. Como se ele lê-se seu pensamento, Revan diz:
-Mas você faz o que quiser, acho melhor voltamos para casa, será que Duda notara alguma coisa, MOBILICORPUS! – Duda levitou alguns centímetros do chão.
Os três foram em silencio para a casa, entraram em silencio, já que se passavam das 3 da manha, Revan deixou Duda na cama e voltou ao encontro de Harry, que havia ficado na cozinha, tomando água, mas se encontraram na escada, Revan murmurou baixinho:
-Vou dormir no teu quarto.
Harry deu os ombros e seguiram para o quarto dele, logo entrando, viu que Edwiges estava em sua cama, com um pacote.
-Vou tomar um banho – falou a garota saindo do quarto.
Harry acariciou a coruja e pegou o pacote, nele havia duas varinhas com as Sigla OF, ele as pegou, sentiu um calor subir pelos braços, saíram faíscas azuis amarelas e vermelhas da ponta das varinhas. O bilhete era de Dumbledore.
Caro HarryEspero que esteja bem, essas varinhas foram especialmente feitas sobre encomenda, são feitas de pó de garras de leão, pelo de pégaso e pena da Fawkes.
Atenciosamente
Alvo Dumbledore
Mais uma vez, a raiva subiu pelo corpo de Harry, Dumbledore só tinha aquilo para dizer para ele, nada de explicações sobre o mundo ou de como ia ser a retirada dele daquela casa.
Revan entrou no quarto, estava com uma camisola verde quase branca, cabelos molhados, disse algumas palavras que Harry não prestou a atenção e logo um colchão estava no chão.
-Vejo que seu protetor lhe enviou varinhas.
Harry se sentia estranho, era como se estivesse apaixonado por ela, mas ao mesmo tempo não, será que isso era a adolescência, ficar atraído por qualquer garota bonita. Ela se sentou no colchão e ficou olhando para Harry e ele para ela, ele queria dizer algo, mas não vinha nada na sua cabeça, até que uma pergunta se formou em sua mente.
-Que feitiço foi aquele que estourou a minha varinha?
Revan sorriu delicadamente, ele ruborizou.
-Por eu estar um ano a sua frente, é normal eu saber algumas coisas a mais que você. Aquele feitiço foi bastante usada pelos comensais antes de Você-Sa...
-Voldemort – interrompeu Harry – O nome que lhe foi dado é Voldemort, essa estória de não falar o nome dele é que dá mais medo.
Novamente Revan sorriu delicadamente, mas dessa vez ela se ajoelhou bem na frente de Harry.
-Eu sempre sonhei em te encontrar. – falou ela com voz baixa e se aproximando dele.
-Pra que? – perguntou ele logo que ficou com menos de dois dedos de distancia do rosto dela.
Ele sentia a respiração dela, via seus olhos, como eram parecidos com o dele, quando seus narizes se tocaram, ela falou, quase inaudível.
-Pra fazer isso.
Os lábios dela tocou os dele, Harry se lembrou de seu primeiro beijo, esse estava completamente diferente, não era uma garota chorando, mas não tinha aquele sentimento que ele sentia quando beijou a Cho.
Ela era linda, estavam em um campo florido, Harry e Revan, rolavam pelas flores, pararam e ficaram se beijando, ele passou a mão pela cintura dela e foi subindo e com um lapso ele estourou a blusa dela.
Estava no Departamento de Mistérios, enfrente a uma porta com Revan ao seu lado, ela entregou a ele um canivete, ele o enfiou na fechadura, o canivete saiu da fechadura derretido. Tudo escureceu, ela sumiu, sua cicatriz explodiu.
Aquele vento frio batia em seu rosto, mas não o incomodava, estava chegando. Ainda era noite, mas já se podia ver raios de sol ao fundo, mas também podia se ver um ponto negro, uma ilha, parecia que toda a maldade do mundo estava ali.
-Peguem o Malfoy e o Nott, se der para pegar outros, peguem, se não, explode o lugar. – disse Harry, mas não era sua voz e sim uma voz aguda e gélida, que fazia ele tremer só de ouvi-la.
Pode ver que havia pessoas o esperando, apontou a varinha para uma mulher, que ele reconheceu como Emelina Vance e berrou com uma certa felicidade:
-AVADA KEDAVRA!
Alguém entrou na frente do feitiço. Sua cicatriz estourou de novo.
Levantou-se assustado na cama, estava suado, já havia amanhecido, mais uma vez, esteve na mente de Voldemort, apesar de fazer algum tempo que isso não acontecia, desde de que fora atraído para o Departamento de Mistérios, o que causou a morte de seu padrinho. "Droga", pensou Harry, estava novamente triste e não era assim que um maroto se portava. Ele começa a se arrumar, penteia o cabelo, deixando espetado, parou em frente ao espelho olhando bastante para a cicatriz em forma de raio na testa, mas logo colocou uma faixa que esconde a cicatriz. Pegou uma das varinhas e colocou no bolso traseiro da calça e ia saindo do quarto quando a porta se abriu.
-Bom dia, Harry. – disse Revan sorridente – Vamos tomar café da manha?
Ele ficou meio enrubescido, quando foi passar pela porta, Revan lhe deu um leve beijo na boca, Harry não parou para encara-la, ficou ainda mais vermelho, desceu para a cozinha, onde o tio Valter e o tio Mark conversavam animadamente sobre a escola de Duda, Tia Petúnia e Duda estavam ao redor de Luana, que amamentava o bebe, mas logo Duda foi pra junto de Revan.
Harry saiu pela porta da cozinha e foi para a academia, quando entrou, viu que Troy treinava algumas pessoas, sentou-se em uma cadeira e ficou observando, quando acabou, Troy foi em sua direção.
-Pensei que só fosse te ver hoje a noite. – disse Troy estendendo a mão para Harry.
-Preciso fazer umas perguntas sobre feitiços pra você. – respondeu Harry enquanto se levantava e apertava a mão do treinador.
Foram a sala de Troy, eles se sentaram, Harry não perdeu tempo.
-Ontem eu descobri um feitiço estranho, a formula é esplosy, quando usei o feitiço escudo, minha varinha se desintegrou.
-Ah – exclamou o mestre – esse feitiço serve para explodir coisas de grande porte e também é bastante usado em duelos, se o feitiço o acertar, vai ser como se você fosse estuporado, se você usar algum tipo de feitiço de defesa, sua varinha suga todo o feitiço, fazendo com que ela exploda ou se desintegre.
-Então como eu me protejo desse feitiço?
-É um contra-feitiço meio que avançado, só quem segue a carreira de duelista profissional que costuma saber.
-Você me ensina? – perguntou Harry inseguro.
-Claro, vou te ensinar o feitiço e o contra-feitiço.
-Acho que eu já sei o feitiço.
-Ótimo – Troy se levantou foi até o outro lado da sala – lance contra mim.
-O que? – perguntou o garoto assustado e se levantando rápido da cadeira.
-Você quer aprender, eu vou ensinar, é só lançar o feitiço contra mim.
Harry não estava gostando daquilo, se machucasse Troy, não ia se desculpar nunca, mas ele sabia que Troy era um grande bruxo, então se preparou, fez o mesmo movimento que Revan e berrou:
-ESPLOSY ! - um lampejo laranja saiu de sua varinha.
Troy cortou o ar com a varinha de baixo para cima e depois de cima para baixo, formando um x e berrou:
-MAXIMUN PROTEJO!
Quando o feitiço chegou perto, foi como se um vidro roxo aparecesse na frente do mestre e fazendo com que o feitiço batesse e desaparecesse. Harry ficou impressionado, Troy se aproximou de Harry e começou a explicar.
-Esse é um dos melhores feitiços de escudo existente, te protege de muitas maldições, menos a império e o avada kedavra, até as maldição cruciatos ele impede, mas o bruxo tem que ser muito forte. Se você quiser, podemos passar a tarde treinando, ai você vai pra casa e eu passo lá depois para nós irmos ao tal lugar que você falou.
Harry apenas assentiu com a cabeça, olhou para o relógio e viu que eram 11:36 da manha, iria ficar até as cinco. E foi o que fez.
Já estava de noite quando saiu da academia. Depois de passar todas aquelas horas treinando, tinha certeza de que aperfeiçoara com perfeição o feitiço escudo maximo. Entrou dentro de casa e foi direto para o seu quarto, quando entrou, Revan estava deitada na cama de bruços, lendo um de seus livros de quadribol.
-To vendo que você não é de pedir permissão para ver as coisas dos outros, não é?
Revan apenas sorriu e se levantou. Parecia que a garota estava arrumada para sair.
-Estava esperando você, já estou indo embora.
Harry pegou a mala dela e desceu para sala. Os tios se despediam, o tio Mark apertou a mão de Harry e disse:
-Espero te ver de novo.
Harry e o tio Valter os acompanharam até o carro deles, Harry ainda viu Revan soprar um beijo para ele. Quando entraram, Harry apenas disse:
-Vou embora daqui a pouco, meus amigos vem me buscar.
Harry voltou a subir as escadas, mas a campainha tocou, Harry parou no ultimo degrau e ficou observando o tio abrir a porta, eram Lupin e Tonks.
-Viemos buscar o Potter. – falou a voz rouca de Lupin.
Harry apareceu na porta.
-Vocês vieram cedo, nem arrumei as coisas.
Tonks se adiantou.
-Eu te ajudo, Harryzinho.
Ele estranhou Tonks falar daquele jeito. Fechou a porta com tudo.
-Se escondam lá em cima. – falou Harry nervoso para o tio Valter.
Ele sacou a varinha e ficou esperando eles arrombarem a porta, mas isso não aconteceu.
Vultos pretos apareceram na sala, Harry reconheceu Tonks.
-O lord das trevas disse que você era esperto – disse Tonks em um tom de voz maligno – mas eu não imaginei que era tanto. Mas não teria graça se você não tivesse descoberto.
O rosto de Tonks foi derretendo e se transformando no rosto magro de Belatriz Lestrange. A raiva de Harry atingiu o auge, poderia esgana-la ali mesmo, mas qualquer movimento, seu tio poderia ser morto.
Mas logo outros cinco vultos aparataram na casa, o verdadeiro Remo Lupin, Moody, Sr. Weasley, Gui e Snape.
Logo a sala virou uma arena de duelos. Harry procurava os tios, viu o comensal que ele reconheceu como Nott apontar a varinha para o primo, que acabara de sair da cozinha, Harry se jogou na frente do primo e apontou a varinha rapidamente para Nott.
-EXPELLIARMOS!
O comensal voou para fora da casa pela janela. Harry se virou para o primo e disse:
-Volte para a cozinha, mantenha seu pai e sua mãe longe da sala.VAI. – e empurrou o primo para trás da porta cozinha.
Harry percebeu que Antônio Dolohov derrubara Lupin e ia mata-lo, Harry não podia fazer nada, mas um feitiço acertou Dolohov nas costas, era Troy que acabara de chegar. Harry se sentiu feliz, mas algo o agarrou pelas costas, era Belatriz, que o cobriu com a capa.
Foi a mesma sensação de ter usado uma chave de portal, quando conseguiu se livrar de Belatriz, viu que não estava mais na rua dos alfeneiros, estava de frente a um portão, que era a entrada para uma mansão negra, sua cicatriz ardia. Sentiu seus pulsos serem amarrados nas costas, como se fosse algemado. Belatriz o empurrava sem dizer uma única palavra, havia outros comensais em sua volta.
Entrou na mansão, sua dor na cicatriz aumentava mais, ele continuava a ser Guido, até que pararam na frente de uma porta grande e negra, que lembrava muito a do departamento de mistérios. A porta se abriu e deu entrada a uma grande sala, com uma mesa gigantesca retangular, onde havia muitos comensais sentados, Belatriz o deixou e foi se sentar, junto com os comensais que estavam com ele. Harry ficou em pé, parado, sem saber o que fazer.
-Parece que finalmente, o grande Potter foi pego. – falou a voz arrastada de Lucio Malfoy.
Muitos cochichos se formaram, até que Belatriz falou em voz triunfal:
-Nosso ultimo encontro no ministério foi um tanto divertido, não foi, Potter? Meu primo foi o que lutou melhor comigo, pena que se distraiu ao olhar para você.
De repente o copo que estava na frente de Belatriz estourou e um a um, todos os copos que estavam na frente de cada comensal estourou, assim como vidros e espelhos que haviam naquela sala. Harry começou a berrar:
-VOCÊ NÃO TEM MORAL PRA FALAR DO SIRIUS, VOCÊ VAI MORRER, LESTRANGE, VAI MORRER NA MINHA MÃO, NEM QUE EU TENHA QUE IR PRA AZKABAN – Harry sentiu que seus pulsos se soltaram e sua varinha voltara para sua mão, pulou em cima de Belatriz e apontou a varinha para o peito de mulher, que estava apavorada – Você mesma me disse que para soltar uma maldição imperdoável tinha que querer causar a dor na outra pessoa, pois você não sabe como eu quero te ver sofrer, CRUCC...
-Estou interrompendo sua festa, Potter?
A cicatriz explodiu ao ouvir aquela voz gélida, Harry se virou lentamente, na entrada da sala, lá estava ele, com aqueles olhos vermelhos, fendas no lugar de narinas, uma pele tão branca que parecia ser só osso. Lord Voldemort estava encarando Harry sorridente.
-Pelo jeito, Potter, você destruiu toda minha sala de reunião – falou Voldemort andando em direção a Harry, que havia saído de cima de Belatriz – parabéns, – Voldemort começou a bater palmas – mesmo sem varinha, você tem um grande poder.
Voldemort parou a menos de um metro de Harry.
-Me siga, Potter.
Voldemort se virou e foi em direção a porta, Harry o seguiu. Se sentia estranho, estava bem atrás de Lord Voldemort, andando como se fossem amigos.
Entraram em uma sala onde havia uma espécie de trono, onde voldemort se sentou.
-Bem, Potter, o que você achou da meu lar? – perguntou o lord sarcástico.
-Você tem um péssimo gosto – respondeu Harry com um pequeno sorriso.
Voldemort gargalhou, ao mesmo tempo a cicatriz de Harry ardeu um pouco mais intenso.
-Você não tem respeito mesmo, Potter. Mas não estamos aqui hoje para lutar.
-Não! – falou Harry – Normalmente você tentaria me matar.
-Se você sente tanta falta disso, Potter – falou Voldemort se levantando do trono e sacando a varinha – não vou ser eu que vou lhe negar tal prazer.
Lord Voldemort se aproximou de Harry, encostou a ponta da varinha na cicatriz de Harry e falou:
-AVADA KEDAVrA!
Pronto, pensou Harry, fui morto por Voldemort, todas as batalhas, a destruição da pedra filosofal, a morte do antigo Tom Riddle, os cem dementadores, Cedrico Diggory estirado no chão de olhos abertos, seus pais saindo da varinha de Voldemort, Sirius tombando para trás do véu, foi tudo em vão.
Harry não sentiu dor, foi como se ele tivesse levado um choque elétrico e a sua cicatriz que tivesse sugado o raio. Mas logo parou. Ele abriu os olhos e viu Lord Voldemort voltando para o seu trono. Harry percebeu que estava de joelhos, seus óculos estilhaçados e sua varinha ao seu lado, colocou a mão na testa, ardeu, olhou de volta para a mão e viu que estava com sangue, sangue em forma de raio.
-Matei sua vontade, Potter? – disse Voldemort irônico, sentado de novo no trono – Como você já deve ter notado, você não morreu com o avada kedavra, apenas reabriu a sua cicatriz.
Harry pegou a varinha na mão, apontou para os restos de seu óculos e murmurou:
-OCULOS REPARO!
O óculos se restaurou, quando Harry o colocou, sentiu alguma coisa escorrer pelo se rosto, era sangue, vindo de sua cicatriz.
-Já que você não pode me matar, por que estou aqui então?
-Para propor uma trégua.
Foi a vez de Harry gargalhar.
-Isso soa como uma piada para mim. Por que você quer isso?
-Se una a mim para destruirmos quem se opõem a nós e depois voltamos a nossa guerra.
-Quem são esses que se opõem a nós.
Voldemort sorriu maléficamente. A sala ficou escura, mas voltou clarear, mas não estavam mais naquela mansão, estavam em um pátio, que parecia ser de uma escola trouxa.
-Apenas preste atenção no que vai acontecer, Potter, ninguém pode nos ver, depois eu explico o que aconteceu.
Harry sorriu para si mesmo, Voldemort parecia um professor, mas sua atenção se voltou para vultos que surgiram, não eram comensais, suas roupas eram um azul acinzentado, seus rostos estavam cobertos pelo capuz da capa, traziam consigo uma garota, era baixa, parecia ser a Gina, mas seus cabelos eram cacheados e loiros escuro, seus olhos eram cinza como o céu num dia de chuva. Um vulto negro apareceu, não dava para saber quem era, mas todos abriram caminho para ele passar, até chegar na garota.
Ele apontou a varinha para o peito da garota. Mas antes que pudesse falar algum feitiço, aparataram no mínimo 50 aurores em volta daquele grupo, o vulto central apontou a varinha para o céu e uma luz negra cegou a todos, até a Harry.
Quando conseguiu enxergar de novo, apenas dois auror estavam de pé, mas pareciam paralisados, o vulto central voltou a apontar a varinha para a garota e berrou:
-AVADA KEDAVRA!
O que aconteceu foi incrível, o feitiço acertou a garota, que tremeu, mas não gritou de dor, ela ficou envolvida por uma luz verde, que do nada foi sugada para dentro do corpo dela. Parecia que o vulto já esperava por isso, lançou de novo a maldição da morte na garota, aconteceu tudo de novo. O vulto central lançou a maldição na garota seis vezes, mas sem resultados, quando se cansou, apontou a varinha para um dos aurores e lançou a maldição da morte, o homem morreu antes de cair no chão. Todos os vultos desapareceram, ao mesmo tempo que tudo escureceu, estava de volta a sala do trono. Voldemort estava sentado olhando para Harry.
-Como você pode ver, não sou o único ser das trevas que quer comandar o mundo, aquele era Lexcyfer, bruxo negro de grande poder, mas não com tanto poder que nem eu, mas ele é um perigo para mim e para você, por isso proponho a nossa união temporária.
-Deixa eu pensar, esse tal de Lexcyfer também quer me matar e quer te matar também, acho que a resposta é – Harry fez cara de quem estava pensando – NÃO!
-Pois bem, nos encontraremos em breve, Harry Potter.
Tudo começou a girar, de repente, estava na esquina da rua dos Alfeneiros. Notou que na casa dos tios, havia um entra e sai.
Quando entrou na casa, não reconheceu ninguém, até ver Moody descendo as escadas.
-Potter, isso é impossível. Venha.
Harry se sentou no sofá, Lupin vinha com Gui.
-Harry, o que aconteceu? – a voz rouca do ex-professor era de preocupação
Harry começou a contar o que aconteceu naquela noite, desde de o encontro com Voldemort até o ataque de Lexcyfer.
-Foi uma noite longa, mas parece que acabou tudo bem. – rosnou Moody, que olhou para a cicatriz de Harry, que ainda sangrava. – Sobreviver uma vez a maldição da morte pode ser sorte, mas duas, você é um mago, Potter.
Harry se lembrou da garota, que sobrevivera a seis avada kedavra. Mas seu pensamento mudou.
-Onde está Troy?
-Quem? Ah, o cara que salvou o Remo, ele foi ajudar Arthur, pois a Toca foi atacada por um bando de idiotas. – respondeu Moody.
-Quem? – perguntou Harry
-Guardiões da Luz. – dessa vez foi Lupin que respondeu.
-Alguém se feriu?
-Não, Gina e Rony mostraram grande capacidade em duelo. Mas agora teremos que ir logo para a sede da Ordem.
-Mas como iremos sair daqui com essa policia? – perguntou Harry, que colocava um curativo na testa, já que sua cicatriz não parara de sangrar.
-É simples – disse Moody – feche os olhos, Potter – Moody ergueu a varinha e berrou – TEMPORIS OBLIVIATE!
Quando Harry abriu os olhos, todos os policiais estavam saindo da casa, tio Valter saiu da cozinha como se fosse um touro.
-Olha o que sua gente fez com a minha casa, garoto – falava o tio entre os dentes – o que os vizinhos vão achar disso?
-Eles não vão achar nada, Dursley – falou Moody com o olho mágico girando rapidamente – ninguém vai se lembrar de nada, e se você não ficar em silencio, você não vai nem se lembrar que existe.
O tio voltou para a cozinha, Snape descia com o malão de Harry. Uma pergunta se formou na sua cabeça, mas resolveu que depois perguntava a Dumbledore. Uma luz azul iluminou a sala, foi como se o ar tivesse se rachado, fazendo aparecer essa luz no meio do nada. Saia um som alto, mas calmo, havia também vento, bastante vento, Harry viu Snape entrar na luz com o seu malão, atrás dele, a voz de Lupin meio que berrava.
-Vai sem medo, Harry, nos vemos daqui a pouco.
Ele ainda esperou alguns segundos antes de ir contra a luz, mas se apressou ao ver o olho de Moody girar impaciente.
Foi como se ele tivesse passado por uma barreira de água morna, não estava mais na rua dos alfeneiros. Era um parque, cheio de arvores, uma pequena fonte com uma estatua de uma ave, que Harry logo reconheceu como uma Fênix.
-Anda, Potter – ouviu a voz fria de Snape – diga algo, está muito frio aqui fora.
-Como?
-O que lhe vier a cabeça, diga.
Snape parecia impaciente, era como se Harry tivesse obrigação de saber algo.O garoto começou a pensar no que devia falar, mas ao ver a grande letra P embaixo da fênix, falou inseguro:
-Sede da Ordem da Fênix, Mansão Potter.
A parte da "mansão Potter" saiu sem que pudesse entender. De repente uma mansão apareceu do nada, com um grande portão vermelho brilhante, com três letras no topo, P.E.D.
Snape percebeu o que Harry pensava.
-Potter, Evans e Dumbledore.
Logo Harry entendeu as letras, menos a parte Dumbledore. Snape entrou na frente, Harry o seguia meio que com medo, eles andaram alguns metros até chegarem a grande porta, que também tinha a grande sigla P.E.D., Snape entrou como se estivesse esquecido Harry, mas ele entrou logo atrás. Analisava tudo, apesar de não haver muito a analisar, era um corredor, tinha alguns quadros, mas não eram quadros bruxos, já que não se moviam, eram pessoas e paisagens pintadas, alguns vasos que pareciam ser milenares. Depois de uns trinta segundos caminhando por aquele corredor de pouca iluminação, Harry esbarrou fortemente em Snape, pois não estava prestando atenção.
-Você é uma besta, Potter.
Ele olhou para ver por que o mestre de poções tinha parado. Estavam de frente há um quadro, a imagem era a de um senhor de olhos fechados que aparentava seus 60 anos, mas tinha uma aparência forte, usava roupa de um guerreiro medieval. O senhor do quadro começou a se mexer, era como ver uma imagem 3D, ele saiu do quadro e parou a frente de Snape, continuava de olhos fechados. Harry foi tomado por uma intensa curiosidade, passou a frente do professor e ficou cara a cara com o senhor, que continuava de olhos fechados.
-Sinto o seu sangue. – falou o homem com uma voz que parecia trovão de tão grossa, assustou a Harry – Posso sentir seu sangue, mas será que seu coração merece este sangue?
Harry não entendia o que aquele homem queria dizer, olhou para trás e não viu mais Snape, ele havia desaparecido, voltou a olhar para o homem, não hesitou em falar:
-Não entendo o que o senhor quer dizer, só quero...
-Eu sou Abraan Potter, o primeiro Potter registrado. Sei que você tem o sangue da família, mas e seu coração?
-Eu sou Potter por inteiro. – falou Harry irritado.
O homem abriu os olhos e falou em desafio:
-Então prove.
N/A: e ai galera, blz?Como será que Harry vai provar ser Potter de coração? Esse é um dos capítulos que eu mais gosto, apesar de não ter muita explicação, mas esperem para os próximos capítulos, o próximo capítulo vai se chamar "Dumbledore x Harry: O duelo", quero comentários. Falow.
