N/A: Esse capítulo é uma adaptação "descarada" da minha songfic "Nothing Else Matters - A Paixão de Lupin". Achei que cabia perfeitamente aqui.
Escusado será dizer que esse é um dos capítulos que eu imaginei com trilha sonora e, como é óbvio, a música de fundo é "Nothing Else Matters" (Metallica) ;)
(Epa! Estou plagiando descaradamente a mim mesma:P )
Remo acordou, cansado, depois de mais aquela noite de transformação.
A poção o ajudava A3o... e ela continuara ali, cuidando dele... mesmo na véspera da sua estreia como professora...
Ninguém o entenderia como Mary. Afinal de contas, ela era uma vampira. A sua história de vida, apesar de bastante jovem, era muito parecida com a sua própria história…
Que mulher teria coragem de passar uma noite daquelas com ele? Que mulher não fugiria de medo e repulsa ao vê-lo transformado em lobisomem?
A única mulher que ele amara de verdade…
Ninguém o entenderia como Mary. Afinal de contas, ela era uma vampira. A sua história de vida, apesar de bastante jovem, era muito parecida com a sua própria história…
Que mulher teria coragem de passar uma noite daquelas com ele? Que mulher não fugiria de medo e repulsa ao vê-lo transformado em lobisomem?
A única mulher que ele amara de verdade…
A única mulher que o amara…
A única mulher que sofria de um problema semelhante…
Remo sabia que aquele amor estava longe de ser fácil. O que diriam os outros? Os pais de Mary já haviam reagido tão mal ao saber que a sua menina, que já sofria de um problema tão grande como o vampirismo estava apaixonada por um…? Como poderia ela namorar um... um lobisomem? Que tipo de vida teriam eles? E se acabassem por casar? E se tivessem filhos? O que seria das crianças? Sem contar que, para além dele ser muito mais velho, os vampiros e os lobisomens eram espécies inimigas, desde sempre.
Remo se levantou, olhando Mary adormecida com todo seu amor… Talvez fosse melhor mesmo que os dois se afastassem. Talvez os Hallow tivessem razão e ele só fosse prejudicar a filha deles… e a última coisa que ele queria era prejudicá-la.
Mary Hallow dera um sentido a sua vida. Desde que a conhecera, Lupin voltara a sorrir… e era, finalmente, feliz… Como poderia deixá-la? Mas não podia sequer pensar em prejudicá-la.
Os olhos castanhos de Mary se abriram e a vontade de ir embora o abandonou.
Bom dia… - Disse Mary, se lançando para ele, num abraço bem apertado.
Ele não conseguiu falar. A sua voz estava embargada por um aperto na garganta. Ela estava ali. Ela o amava. Uma lágrima rolou pelo seu rosto quando o abraço se desfez.
Remo… - Mary o fitou, com angústia no olhar. – O que foi?
Eu não te mereço, Mary… - Lupin conseguiu, a custo, articular as palavras e baixou os olhos para não ter que encará-la. – Olha para você: cansada, ferida… Você merece alguém bem melhor do que eu… Eu sou uma fonte de problemas… eu vou estragar a sua vida…
Levantou os olhos, que encontraram os de Mary, em lágrimas.
Você só vai estragar a minha vida se me abandonar, Remo… Ninguém pode ter um laço tão forte comigo como você. Eu te amo como nunca amei ninguém. Me entreguei a você como nunca me entreguei a ninguém. Você é a minha razão de viver…
O aperto na garganta de Lupin era cada vez mais forte. Sim, Mary estava certa. Ninguém teria um laço tão forte com eles como um e outro… e ele se amavam… e precisavam um do outro.
Mary tinha um lado alegre que o fazia rir… e nada melhor do que uma boa risada. Era bonita (apesar de não ser nenhuma Miss Mundo Mágico), tinha um jeito de menina encantador, era corajosa, inteligente… e vampira sem querer.
Não. Ele não poderia deixá-la. Teria que lutar por aquele amor tão difícil, porém tão necessário para ambos. Só um poderia entender e ajudar o outro.
Eu não vou te deixar… - Murmurou ele e as bocas dos dois se uniram num beijo cheio de amor, temperado com lágrimas. Os corpos se uniram num abraço quente, temperado de soluços de alívio e felicidade.
Iriam lutar para ficar juntos. Eles se amavam e nada mais importava.
Ficaram ali durante algum tempo, sentindo o calor um do outro; sentindo que eram um só.
Não importava o que os outros iriam falar de um lobisomem e uma vampira juntos.
Não importava o que um iria passar quando o outro se transformasse.
Não importava os perigos que viveriam.
Venceriam os preconceitos.
Venceriam os medos.
O amor vence tudo… e nada mais importa.
