N/A-
Ok, eu sei que não acontece nada nesse capítulo, mas eu
tinha que escrevê-lo. Esse e o próximo estão na
minha cabeça desde que escrevi a minha primeira fanfiction,
"Harry Potter e a Batalha Final"
Detalhe:
Estou achando a Mary na "Batalha Final" uma chata, digna
sucessora da Cho Chang, chorona e ciumenta sem motivo aparente!
Prometo que vou tentar ser fiel à fic em que me inspirei, mas
justificando os sentimentos estúpidos dela... ou até
passando por cima deles!
P.S.-
Esse é um dos capítulos que pode ter música. Eu
escolheria uma bem suave e antiga, que a maioria das pessoas que
lerem a fic provavelmente vão odiar, mas eu acho linda: "Only
You" (The Platters).
Aviso:
Capítulo desaconselhável para crianças por
insinuações sensuais.
CAPÍTULO
IV
Desejos
de Amor
-Você
tem que correr, senão vai acabar chegando atrasada no seu
primeiro dia de aulas.
As
palavras de Lupin soaram para os ouvidos de Mary como um alarme
Trouxa, trazendo-a de volta à realidade: era o seu primeiro
dia como professora em Hogwarts! Não podia faltar de jeito
nenhum. Aquele emprego era tão importante para ela... mas
também não podia deixar o amado ali, sozinho.
Olhou-o
de alto a baixo. Lupin tinha um ar tão imensamente cansado,
doente, perdido até... Não. Decididamente, não
podia deixá-lo sozinho. Não podia... e nem queria.
-
Eu não vou, Remo. - Murmurou, decidida, olhando-o nos olhos. -
Não posso deixar você aqui sozinho, nesse estado.
Lupin
sorriu. O seu coração se encheu de carinho perante
aquelas palavras e o imenso amor que já sentia por Mary
cresceu mais ainda e o fortaleceu. Passou a mão pelos cabelos
dela e disse, em tom meigo:
-
Não se preocupe comigo, Mary. Eu estou bem. - Aproximou o
rosto do dela e sussurrou no seu ouvido, fazendo-a se arrepiar -
Obrigado por tudo, meu amor... mas os seu trabalho está em
primeiro lugar. Eu estou mais do que acostumado com as minhas manhãs
pós-mutação.
Ela
não conseguiu responder. A voz dele no seu ouvido... a
proximidade do corpo dele e o calor que dele emanava só
aumentavam a sua vontade de não sair de perto dele... nem
naquele momento... nem nunca!
Lupin
depositou um beijo carinhoso em seus lábios e ela o abraçou,
totalmente perdida no corpo dorido e cansado daquele que apenas
algumas horas antes era uma fera de mandíbulas e garras
afiadas. Mary queria mais, muito mais do que apenas beijos
apaixonados e abraços quentes. Seus corações e
suas almas estavam unidos num só... e ela almejava, (ah, como
almejava!) que o mesmo acontecesse com os seus corpos! Mais cedo ou
mais tarde, teria que acontecer, mas... porque teria ela tanta
vergonha, tanto medo do que ele pensaria se ela tomasse a iniciativa?
E ele? Porque nunca fizera nada? Teria medo, também?
Os
olhos cinzentos de Lupin se fixaram nos castanhos de Mary, sempre com
uma expressão tão cansada quanto firme.
-
Vá, Mary. - Ele disse, se levantando e pegando a mão
dela para ajudá-la a se erguer também. - Eu estou bem.
Juro. Além disso, você tem que falar com Madame Pomfrey,
para cuidar desse ferimento. - Acrescentou, olhando as marcas das
suas garras no braço dela.
Mary
sorriu, pegou a sua varinha, apontou o ferimento e murmurou um
feitiço. As marcas e o sangue começaram a se desvanecer
e, em menos de dez segundos, ficou apenas uma cicatriz.
-
Ah, como eu adoro ser bruxa! - Ela suspirou, ainda sorrindo. - Logo,
logo, essa cicatriz vai sumir de vez.
Lupin
esboçou um largo sorriso, segurou a cabeça dela com
ambas as mãos e lhe deu um beijinho na testa, dizendo:
-
Minha bruxinha linda...
Ela
abriu ainda mais o sorriso, controlando-se para não se jogar
de novo nos braços dele, e respondeu, em tom alegre:
-
Você esqueceu de acrescentar "professora". - Ela fez
um ar orgulhoso, que o fez soltar uma gargalhada.
-
É claro, Professora Hallow. Como é que eu poderia
esquecer?
Mary
o olhou nos olhos, assumindo um ar bem mais sério:
-
Você tem certeza que vai ficar bem?
Lupin
se sentou na cama de dossel. Estava fraco, ainda, mas não
podia mostrar. Não podia deixar que Mary percebesse que ele
não estava tão bem assim e ficasse ali com ele, se
arriscando a perder o emprego.
-
Claro que sim. - Respondeu, piscando o olho para ela e sorrindo. -
Vou dormir um pouco e logo estarei novinho em folha, o bom e velho
Remo Lupin de sempre.
Com
a ajuda da varinha, ele murmurou um feitiço que consertou a
velha cama quebrada e deixou os lençóis como novos.
Ela
lhe devolveu o sorriso, ainda preocupada, e disse:
-
Tudo bem, então. Eu vou. Mas antes... - Voltou a pegar a
varinha e a murmurar um feitiço, apontando o chão, onde
surgiu uma xícara de café fumegante e um prato cheio de
bolinhos. - Seu café. Você não achava que eu ia
sair e deixar você sem comer nada, achava?
Lupin
não conseguiu reprimir uma gargalhada. Puxou Mary pela cintura
para junto dele e a beijou doce e apaixonadamente. Depois, falou:
-
Você é a pessoa mais maravilhosa que eu já
conheci. Tenho certeza que dará uma excelente professora. -
Depois, fingiu um ar desconfiado e acrescentou - Tome cuidado com
aqueles alunos. Não quero saber de nenhum deles dando em cima
da minha bruxinha professora.
-
Não se preocupe. - Ela respondeu, rindo. - Quem tem um Remo
Lupin na vida não precisa de mais ninguém. - Beijou-o
de novo e, acenado em jeito de despedida, foi embora.
Com
a saída de Mary, Remo sentiu que todas as suas forças o
abandonavam. Tomou o café e comeu alguns bolinhos, para depois
de deixar cair de costas na cama, adormecendo imediatamente.
