Peço mil desculpas por atrasar na postagem de novo capitulo. Tive e ainda estou tendo alguns problemas de ordem pessoal.
Talvez esse capitulo esteja bem corrido, mas se vocês tiverem duvidas eu fico a disposição de esclarece-las da melhor forma possível.
Criticas e sugestões também são bem-vindas.
Bjos e abraços.
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Capitulo IX – A carta de RonNT: Capítulo pela visão de Hermione
"Que grosseria!" pensava com fervor Hermione "Chutar o quadro da Mulher-Gorda sendo que o culpado é somente ele. Francamente!"
A garota ainda acariciava Bichento quando sentiu seu coração apertar.
Ron podia ser menos cabeça-dura e me pedir desculpas... – disse Hermione fitando o seu gato – Pelo menos você é compreensivo e carinhoso, não é meu menininho?
Bichento virou-se para dona com um olhar fulminante, eriçando todos os pêlos e cravando todas as unhas das patas em sua perna.
Ai! Bichento! – gritou de dor, vendo o felino subir aos atropelos para o dormitório dos meninos.
Hermione furiosa e ao mesmo tempo surpresa saiu correndo atrás do seu gato, massageando sua perna que apresentava pequenas perfurações feitas a unhadas. "Ron tem razão, esse gato é doido" pensava enquanto subia as escadas.
Ao chegar no dormitório encontrou Bichento deitado, de forma encolhida, no meio da cama de Ron.
O que deu em você? Saia daí, agora! – exclamou para o gato – Antes que nos peguem aqui sozinhos.
Hermione já estivera no dormitório dos meninos junto com Harry e Ron, mas nunca sozinha. Mesmo com a companhia de seus amigos, ela nunca se sentiu confortável e sim envergonhada, afinal ela era a única garota em uma área exclusiva para garotos.
Sai daí! – disse desesperada puxando Bichento, mas este fincara as unhas tão profundamente na cama que não havia possibilidade de removê-lo.
Ok, você é teimoso, mas eu também sou. – continuou ofegando – Vou ficar aqui até você desprender da cama e quando fizer isso, eu te chuto dela. – disse com a cara amarrada. Logo em seguida deitou-se de lado na cama para poder observar o gato e arranc�-lo de lá quando tivesse uma boa oportunidade.
Não demorou nem dez segundos quando ouviu alguém cantarolar uma música... Estava se aproximando muito rápido e iria pegar Hermione deitada no dormitório dos garotos. Sentiu-se completamente desesperada novamente, muitas imagens começaram a passar em sua cabeça... McGonagall tomando seu distintivo de monitora na frente de todos os alunos de Hogwarts... Dumbledore expulsando-a dizendo que não tinha vergonha na cara e não era digna para estudar em Hogwarts.
Em um choque de loucura fechou as cortinas da cama, ficando na mais completa escuridão e torcia os dedos para que ninguém a abrissem.
Hermione não ouvia mais ninguém cantarolar, mas teve a impressão que uma pessoa estava parada do lado da cama de Ron. A garota começou a ofegar tanto que precisou colocar as duas mãos na boca para abafar.
Bom, demorou mas eu os encontrei sr. Weasley.
"Essa voz é do... Sir Nicolas... Nick-quase-sem-cabeça?" pensou Hermione "Ele não sabe que Ron está indo viajar para Bulgária hoje?",
Vejamos... "Poesias do Século 18" estante 9, prateleira 4... "Poemas e Contos da corte de Henry V" estante 15, prateleira 1... e ... "Romeu e Julieta" estante 14, prateleira 2. Todos esses livros estão na seção "Estudos de Trouxas" – disse o fantasma – espero que com todas essas leituras lhe dêem alguma inspiração para escrever. Afinal ela merece.
"Ela merece? Ela quem?" pensou Hermione.
Sr. Weasley? Você está bem? Porque a cortina está fechada? Não vai dizer nada? – perguntava Sir Nicolas, sem parar.
"Pense rápido Hermione, pense"
Colocando a capa de suas vestes em frente de sua boca e engrossando a voz disse:
Estou um pouco indisposto, acho que é resfriado... e a cortina... é para... não passar os germes para os outros alunos.
Compreendo, mas deveria procurar a madame Pomfrey. Ela tem uma ótima poção para resfriados.
Sim, farei isso mais tarde, obrigado. – respondeu Hermione, ainda tentando imitar a voz de Ron.
Muito bem. Vou indo, quero ver se tem algum aluno no jantar... Embora eu não possa mais sentir o prazer da mesa, gosto de acompanhar as refeições.
Espere! – exclamou a garota – Quer dizer que não estava no jantar hoje a noite?
Sabe muito bem que não – respondeu Nick, com impaciência – Você me disse para não sair da biblioteca até eu achar algo que prestasse. Fiquei a tarde toda e praticamente a noite também vasculhando cada centímetro das estantes... a madame Pince não gostou da minha presença, mas paciência.
M-Mas porque eu iria querer esses livros? – perguntou Hermione, extremamente curiosa.
Ora essa, acho que esse resfriado afetou sua cabeça. – retrucou Nick indignado – Vai dizer que não lembra? Você veio até mim, na hora do almoço, pedindo ajuda para escrever um poema ou uma carta de desculpas para Hermione.
Um poema para mim! exclamou Hermione, abrindo com força as cortinas.
Nick arregalou os olhos e ficou totalmente constrangido ao ver Hermione fitando-o.
O que a senhorita está fazendo aqui no dormitório dos homens? – resmungou.
Isso não é importante agora. – responder de forma agitada - Disse que o Ron escreveu um poema para mim?
Bom, não diria um poema, mas sim uma carta... – respondeu Nick, receoso de ter cometido alguma indiscrição.
Onde est�? Cadê a carta? É para mim? Quero ler agora.– despejando todas as palavras rapidamente e estendendo a mão com a palma aberta em direção a Nick.
O fantasma levantou as sobrancelhas e colocou a mão direita no cavanhaque, ficando com a aparência de quem tentava decidir algo.
Sinto muito srta Hermione creio que o sr. Ronald não me daria permissão para lhe dizer e... também não sei se o pergaminho está aqui no quarto. Ah não, por favor, não chore.
Neste momento, Hermione colocara as mãos no rosto e forçara, convincentemente, um choro, mesmo não derramando nenhuma lágrima.
Entenda, não posso contar, seria trair o segredo de um amigo. – disse Nick, suplicando.
Hermione não teve dúvida ao defrontar o coração duro de Nicolas... fingiu chorar e fungar mais alto ainda.
Oh não... por favor pare de chorar – disse Nick, constrangido – Tudo bem, o pergaminho está aqui no quarto sim, fui eu quem lhe mostrei o esconderijo perfeito. Creio que não haja nenhum mal em lhe mostrar também, afinal de contas à carta era para Hermione, ou seja, você – terminou dizendo com uma piscadela.
Perfeito! – exclamou a garota, encarando o fantasma, sem vestígio de nenhuma gota de lágrima em seu rosto e com um sorriso de uma ponta a outra da orelha.
Ahhh traição! – bradou Nick – Não estava chorando... eu... eu... fui enganado.
Oh, por favor... me dê a carta sr. Nicolas – choramingou, fechando as mão novamente no rosto
Ahá. Nunca. – disse, enquanto flutuava para fora do dormitório, mas parando na porta – Não direi uma única palavra onde está seu precioso pergaminho, portanto... – apontando freneticamente para debaixo da cama de Ron - ... bom proveito. – ao terminar, saiu do dormitório com um sorriso nos olhos.
Hermione saiu da cama e se ajoelhou tentando ver o que tinha em baixo, mas não havia nada. "Brincadeira de mau gosto" pensou.
Ao se levantar demonstrando desapontamento, Bichento correu para debaixo da cama e começou a arranhar algo no assoalho.
O que foi? – perguntou, agachando e olhando novamente.
Começou a tatear e dar leves pancadas com os nós dos dedos no assoalho onde o felino estava arranhando e descobriu que em uma das madeiras soava oco. Imediatamente, passou o dedo vigorosamente nas emendas do assoalho, conseguindo retirar a "tampa" do esconderijo.
De dentro do buraco do assoalho retirou um pergaminho muito bem enrolado. Hermione se endireitou e sentou na cama, ainda com os olhos fixos no papel enrolado em sua mão.
"Não me parece ser uma boa idéia. Ele não quis me mostrar." pensou. Outra voz em sua mente, parecida com a de Gina, começou a indaga-la "O pergaminho está endereçado para você, não est�? Olha seu nome escrito ai, portanto leia agora."
Hermione olhou para um garrancho que parecia formar seu nome.
É, está sim – respirou aliviada, pois um enorme peso de seus ombros havia sumido.
Desenrolou cuidadosamente e começou a ler. Seus olhos a medida que iam passando de linha após linha, tornavam-se mais rápidos.
Ao terminar de ler abraçou fortemente o pergaminho, como se fosse um filho pequeno desamparado, e seu rosto parecia estar iluminado de uma satisfação incompreensível.
Esparramou-se na cama sorrindo, mas repentinamente seu rosto ficou sério e uma sombra passou pelos seus olhos.
NÃO – gritou desesperada – ELE NÃO PODE IR PARA BULGÁRIA, PRECISO FALAR COM ELE! – pulou da cama e correu escada abaixo.
Hermione chutou o quadro da Mulher-Gorda para abrir passagem e saiu correndo pelos corredores do castelo, empurrando um pequeno grupo de alunos do segundo ano que ficaram protestando.
Ai... hoje é a segunda vez que me chutam... deviam ter mais respeito com os mais velhos. – protestou a Mulher-Gorda para Sir Nicolas, que estava do lado de fora conversando com ela.
Pelo menos foi só um chute... nem quero imaginar o que o Sr. Ronald vai fazer conosco quando descobrir que demos um empurrãozinho – retrucou o fantasma, com certa apreensão no rosto.
Ah, isso... e então como foi lá em cima? – perguntou a senhora.
Hum... não gosto de mentir, principalmente, para uma monitora – sussurrando perto do rosto da Mulher-Gorda – Ela poderia, facilmente, descobrir que eu não estava na biblioteca.e nem mesmo sei se existem esses livros que mencionei. "Poemas e Contos da corte de Henry V". Francamente.
Deixe de ser rabugento homem – disse a Mulher-Gorda, indignada – Você ficaria com a consciência tranqüila deixando um belo ruivo partir para Bulgária sem ao menos se desculpar e despedir de sua... amiga? Você mesmo que me contou que eles brigaram feio na hora do almoço.
Belo? O que ele tem que eu não tenho? – retrucou, amarrando a cara.
Ahhh, com ciúmes Nicky? – respondeu a Mulher-Gorda que, embora fosse um quadro, ficou corada.
Não gosto quando me chama de Nicky, é Sir Nicolas para você – protestou, ainda com a cara amarrada.
De qualquer forma aqueles dois precisam se acertar – suspirou a dama.
Sim, mas eu não precisava ficar escondido no jantar, é tão chato isso.
A Mulher-Gorda demonstrando impaciência encostou-se à borda do quadro, fazendo-o ficar ligeiramente inclinado.
Não fui eu que fiquei bisbilhotando e lendo cartas pessoais de forma sorrateira.
Mas bem que você gostou em saber que o Weasley estava escrevendo uma carta de reconciliação para a Granger. – disse Nick, com um estranho brilho de vitória nos olhos.
Na realidade não gostei. – mostrando um largo sorriso – Eu amei isso, é tão romântico... Uma Carta. - suspirou
Nick soltou um muxoxo e a Mulher-Gorda continuou após seu breve devaneio ignorando o fantasma.
E como sabemos que o Weasley é um pouquinho, como direi? Ah, desajeitado e lento, porque não dar uma pequena força? – começou a rir e piscou para Nick – Mentir às vezes não é errado, depende das circunstâncias.
Mentir é sempre errado. – reprovou Sir Nicolas – Mas seja como for, já está feito e espero de coração que ela o alcance antes dele tocar naquela chave de portal.
Ambos ficaram calados observando o corredor com os alunos do segundo ano ainda protestando contra a monitora da Grinifória.
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Não agüentava mais correr, nunca fora uma boa esportista, mas mesmo assim precisava alcança-lo antes que fosse tarde demais. Não conseguia acreditar como estava sendo tão estúpida com ele dizendo aquelas coisas horríveis.
Hermione amassava contra o peito, mais e mais, o pergaminho escrito por Ron. Estava nas nuvens deliciada com sua palavras, mas seu coração ficava cada vez mais apertado de remorso e seu estômago parecia pesar como chumbo.
Finalmente chegou na escadaria central de mármore e precisava descer cinco lances de escadas para estar no Hall Principal. Olhou nervosamente para seu relógio e faltava apenas um minuto para as 8:00 da noite.
Não vai dar tempo – disse angustiada e recomeçou a correr escadas abaixo.
Chegando no último lance de escada Hermione viu os monitores reunidos em volta de um bule de chá muito velho em cima de um banco de madeira, a mesma usada pelo Chapéu Seletor, e o prof. Dumbledore dizendo:
Toquem no bule. Um, dois, três e já.
Neste momento Hermione gritou o mais alto que podia:
NÃO VAI RON, ESPERE POR MIM.
A única coisa que a garota viu antes dos monitores desaparecerem juntamente com o velho bule foi Ron olhando-a com carinho e abrindo um acanhado sorriso.
Não importou quanto se esforçara para alcança-lo, chegara tarde demais.
Todos os presentes no hall olharam-na curiosos, em especial Harry, Gina, McGonagall e Dumbledore. O prof. Snape, embora não quisesse aparentar, estava intrigado com à menina ofengante.
Está se sentindo bem, srta. Granger? – perguntou a profª. McGonagall, indo em direção a garota.
Não queria falar o que sentia naquele momento, não na frente de todos, alias desejava estar bem longe das pessoas e de seus olhares. Contudo, uma onda de coragem encheu seu peito e disse firmemente para não gerar dúvidas:
Estou bem, obrigada. Só precisava conversar um pouco com o Ron, mas agora não importa mais. – ao terminar de dizer virou-se para subir, novamente, as escadas.
McGonagall impediu que Hermione subisse colocando a mão em seu ombro e inclinou-se ligeiramente em seu ouvido e sussurrou para somente ela ouvir:
Use minha coruja pessoal srta. Granger. A coruja mais rápida da Grã-Bretanha.
A garota não sabia como reagir, mas podia jurar que a voz da professora de Transfiguração que sempre fora austera, soava doce e gentil.
Ah, obrigada. – respondeu meio sem jeito, retomando seu rumo pelas escadas.
Ao perceber que estava fora do alcance dos olhares dos alunos e professores, saiu correndo pelos corredores.
Chegando na entrada da sala comunal a Mulher-Gorda e Sir Nicolas ainda conversavam e pareciam bastantes animados.
Olá querida – disse Nick ao perceber a presença da garota – E então?
Hermione olhou para baixo sem dizer nada.
O quadro da senhora entendeu a mensagem, muito embora Sir Nicolas parecera confuso com o silêncio da garota.
Tudo bem, ele vai voltar e você terá uma nova chance. – disse o quadro consolando-a – Agora entre e durma um pouco. Uma noite de sonhos vai lhe fazer bem.
Ok – respondeu Hermione, sem emoção – "Amor Encantado".
No momento em que a garota entrara na sala comunal, Nick virou-se para a Mulher-Gorda.
E então, deu certo?
Tudo ao seu tempo Nick. – respondeu em tom de pena – Tudo ao seu tempo – repetiu.
Hermione passou direto pela sala ignorando os chamados dos alunos do segundo ano que havia empurrado minutos atrás no corredor e subiu para o dormitório das meninas.
Fechou as cortinas de sua cama e deitou-se. Sua cabeça parecia querer explodir e o pior é que ainda estava no primeiro dia de aula.
Tentou, sem sucesso, esvaziar sua mente. Queria sentir um pouco de paz quando ouviu alguém lhe chamar através das cortinas.
Hermione? Quer conversar? Harry e eu estamos preocupados.
Agora não Gina, quero dormir um pouco – respondeu, desejando que sua amiga a deixasse em paz.
Outras vozes se misturaram com a de Gina neste momento.
Nossa, o que foi aquilo lá embaixo?
Mione não quer conversar agora Parvati, deixa-a em paz – retrucou Gina rispidamente.
Pensei que ela não falaria com ele n-u-n-c-a m-a-i-s!
Cala a boca Lilá – rosnou Gina.
Hermione, embora não conseguisse ver os seus rostos por causa das cortinas, imaginou Lilá e Parvati fazendo caretas para Gina enquanto esta ficava cada vez mais vermelha de raiva.
Diante desta situação criada por sua mente sentiu uma vontade selvagem de esfregar na cara de Parvati e, principalmente, de Lilá o pergaminho que Ron lhe escrevera. Uma carta somente para ela, Hermione.
Por favor, deixe-me dormir, é tudo que lhes peço – suplicou friamente, segurando a vontade insana de ataca-las.
Não houve resposta, mas sabia que as meninas haviam atendido seu pedido, pois ouviu barulhos nas respectivas camas de Lilá e de Parvati, ao mesmo tempo que se ouvia a porta bater com violência.
"Amanhã converso com a Gina, afinal ela não tem culpa de nada" pensou.
Antes de, finalmente, dormir Hermione puxou sua varinha que estava em cima do criado-mudo.
Lumus – sussurrou, fazendo com que um fino feixe de luz despontasse de sua varinha e mirou em direção do precioso pergaminho que agora estava todo amassado.
Agora a menina lia com mais calma linha por linha, apreciando cada momento.
"Hermione,
Primeiramente gostaria de esclarecer que não sou bom em cartas, principalmente, nestas onde colocamos coisas que normalmente não falaríamos para ninguém.
Não sei o que aconteceu no Salão Principal hoje na hora do almoço, mas você estava estranha. Não que eu não te ache estranha, entenda isso, mas você estava muito estranha. Nem ao menos quis dizer qual era o motivo de tanta irritação. Alias, posso até imaginar qual seja o motivo. Posso arriscar? Talvez seja eu, estou certo?
Claro que estou certo, vamos admita isso pelo menos. Bom, não quero começar outra briga desnecessária, ok?
Sei que não fui tão amigo como você queria que eu fosse, mas compreenda que não sou tão inteligente para ficar enterrado em uma biblioteca, não gosto de fazer os meus deveres, eles são sempre tão chatos, principalmente do Snape. Suponho que você também tenha razão quando diz que eu não sou tão responsável e para piorar a situação virei um monitor de alunos, acho que o prof. Dumbledore ficou caduco de vez.
Hermione, sei que é difícil ler uma carta tão monótona quanto esta, mas como eu não sei o que te irritou hoje então não tenho como pedir desculpa por isso.
Em vez disso, gostaria de pedir desculpa por tudo o que eu fui ou que sou:
Peço desculpas por ser tão preguiçoso;
Peço desculpas por ser tão desprovido de inteligência;
Peço desculpas por não te compreender quando precisava de apoio;
Peço desculpas por cada grosseria, mesmo que você tenha merecido;
Peço desculpas por implicar com você sem motivos;
E peço desculpas por ser tão covarde por não pedir desculpas pessoalmente, mas entenda, o fato de escrever já está sendo bastante torturante. Acho que estou ficando resfriado, estou ficando quente e com muito calor... vai entender essas estações climáticas.
Agora espero ter coragem o suficiente em lhe entregar esta carta. Acho que o farei pela manhã junto com o correio matutino na esperança que você esteja sonolenta ao ler isso.
Do seu, sempre, amigo,
Ron Weasley.
PS: Não gosto muito das tortas de maçã, prefiro as de caramelo, são as minhas favoritas."
Ao terminar de ler enrolou o pergaminho cuidadosamente e o colocou embaixo de seu travesseiro. Deitou-se e fitou por alguns segundos sua varinha ainda acesa.
Abriu um sorriso e murmurou:
- Nox – apagando assim o ultimo indicio de luz no dormitório das garotas.
