Bom, finalmente Capitulo 10. Eu devo confessar, não gosto deste capitulo, mas era realmente necessário para introduzir um elemento.
Não deu tempo de fazer uma revisão. Peço desculpas de tiver algum erro de continuação ou de idéias.
Agradeço as pessoas que acompanham a FIC, principalmente Pati G W Black e . Dedessa Shermie.
Se tiverem alguma dúvida, sugestão, criticas estou à disposição para sana-las.
Bjos e abraços a todos e por favor continuem acompanhando, ok? P
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Capitulo X – Viagem no Expresso Bulgária.
NT: Visão de Rony
Pela janela do Expresso Bulgária não se via nada, pois a escuridão da madrugada ocultava absolutamente tudo e somente era possível ouvir os costumeiros sons de um trem em movimento... e a voz de um garoto realmente irritado.
CALA A BOCA, WEASLEY! – vociferou um sonolento Draco, já deitado em um dos bancos da cabine do Expresso– Já é o fim do mundo ter que viajar com você e como se não bastasse ter que dividir o mesmo espaço. Pelo menos vê se fica quieto, não está vendo que quero dormir?
Olha aqui, Malfoy – retrucou Ron irritado, sentado do lado oposto de Draco – Também não estou nem um pouco contente em ter que dividir a mesma cabine com você e se eu penso alto infelizmente não posso fazer nada.
Pensar alto? – perguntou com um tanto de ironia – E desde quando um Weasley pensa?
Por mais raiva que aflorava de Ron não conseguiu revidar a provocação. Estava mais interessado no que Hermione queria com ele "- NÃO VAI RON, ESPERE POR MIM." dizia ela. Teria dado tudo que possuía para poder espera-la no Hall Principal, mas aquela maldita chave de portal tinha que funcionar tão pontualmente?
DROGA! – bradou Ron de repente, fazendo com que um assustado Draco pulasse novamente de sua cama improvisada.
Idiota, o que quer ganhar com isso? – perguntou espumando de raiva e sentando-se de frente para o garoto – É a décima vez que você me acorda.
Contudo, parecia que o menino não ouvia os protestos de Draco, estava com o olhar perdido na escuridão da madrugada, mas no segundo seguinte encarou-o com o rosto anormalmente pálido e sério:
Qual o seu maior sonho, Malfoy?
Sonho? Que Sonho? Você não me deixa dormir, como vou poder sonhar? – retrucou sarcasticamente.
Ok, reformularei a pergunta... – falando com mais frieza – Qual o seu maior desejo?
O garoto olhou com desconfiança, pois desde quando um Weasley perguntaria qual era o maior desejo de um Malfoy?
Nunca irá saber – riu maldosamente. – Porque está interessado?
O garoto bateu com os ombros e deitou-se no banco deixando Draco curioso e ao mesmo tempo irritado.
Muito bem. E qual o seu maior desejo, Weasley? – perguntou, disparando um brilho malicioso no olhar.
Ron virando a cabeça para visualiza-lo melhor abriu um sorriso tão maldoso quanto de Draco e este percebendo a inevitável resposta fechou a cara.
Nunca irá saber. Boa noite – virou-se no banco, ficando de costas para Malfoy que bufava de raiva.
Não tendo outra alternativa deitou-se também, mas sempre mantinha um olho no ruivo, era melhor estar prevenido de um ataque surpresa do que acordar com furúnculos na cara no dia seguinte.
Amanhecia e os primeiros, mas fracos, raios de sol entravam pela janela embaçada do Expresso.
Tanto Ron quanto Draco estavam esparramados de barriga para cima em seus respectivos bancos competindo, não propositalmente, quem roncava mais alto.
Como sempre, o despertador natural de Ron o acordou.
ROONNNCCCC.
Minha nossa! – exclamou Draco, acordando com os cabelos todos espetados para cima e os olhos inchados – Quem está gritando?
Por enquanto só meu estômago – disse Ron, envergonhado.
Malfoy ainda levou dez segundos para se lembrar que estava no Expresso da Bulgária junto com seu desafeto, tal qual era o seu sono, mas acabou despertando ouvindo uma risada estridente de Ron.
Qual é a graça, idiota? – sibilou perigosamente.
Quem diria, o "nariz empinado" Malfoy parece com um pica-pau quando acorda – continuava rindo, mas tentando abafar a risada com as mãos.
Estranho, que eu saiba pica-paus têm a cabeça vermelhaaaaaa. – protestou, apontando para o cabelo de Ron que estava tão espetado quanto de Draco.
No momento que iria retrucar ouviram uma batida na porta da cabine.
Café da manhã. Cortesia de Durmstrang – disse uma velha senhora, empurrando um carrinho de comida para dentro.
- Ora, ora, serviço de primeira categoria. – sorriu Draco – Servindo-se de torradas amanteigadas com generosas quantidades de geléia silvestre.
Não posso acreditar que estou de acordo com você, Malfoy, mas realmente está uma delicia isto daqui – dizia, enquanto enchia a boca com bolo de chocolate.
Ron começou a notar que Draco era magro por ruindade mesmo, pois comia feito um hipogrifo. Essa cena lembrava algo muito familiar... "Oh não, eu como assim?" pensou desesperadamente. A irritante voz de Harry cutucou seus pensamentos "Malfoy parece um principiante perto de você Ron. Olhe, ele está sendo bem educado à mesa.".
Começou a balançar freneticamente a cabeça tentando apagar aquele pensamento ingrato, mas era tarde demais, pois tinha perdido o apetite.
As horas passavam muito lentamente na opinião de Ron, ainda mais na companhia de Malfoy o que tornava a viagem incrivelmente insuportável, pois sempre que podia desferia um comentário maldoso e cruel.
Não entendo como vocês de uma família de bruxos puro-sangue se associam com trouxas. – disse Draco, olhando a paisagem que passava em alta velocidade – Podiam ter muito dinheiro, se quisessem.
O seu preconceito me faz querer quebrar sua cara, Malfoy – rosnou, fechando as mãos fortemente – E minha família não precisa de dinheiro para ser feliz.
Talvez seu pai, mãe e irmãos não se preocupassem muito com isso, mas a verdade era dura demais para ser encarada sem um pingo de importância. Sim, Ron gostaria de ter dinheiro, não precisava ser como a fortuna dos Malfoy, mas uma pequena saca de galeões já seria o suficiente.
- Trouxas e Sangue-Ruins são as desgraças do nosso mundo – vociferou Draco, encarando-o e crispando os lábios – Mais cedo ou mais tarde nos livraremos de todos eles, sem exceção – lançando-lhe um olhar extremamente maldoso.
Neste instante a raiva dominou Ron, mas para sua surpresa e a de Draco, apenas soltou uma gargalhada como se tivesse escutado uma piada muito boa.
Do que está rindo, Weasley? – perguntou desconcertado.
Nada de mais, Malfoy – ainda rindo insanamente – Apenas imaginei como o seu pai vai ajudar a acabar com as desgraças do mundo preso em Azkaban... Alias porque ele está preso mesmo? Ah sim lembrei, não conseguiu cuidar de seis garotinhos indefesos, mesmo com o auxílio de vários Comensais da Morte, não é?
Draco ficou pálido e seus olhos brilhavam de ódio, mas não se atreveu a dizer mais nada embora fosse tentador a idéia de socar a cara do Weasley.
Ficaram em silêncio e o clima na cabine não era das melhores, até mesmo o almoço perdera a graça. Ambos não comeram muito, parecia que a comida entalava na garganta dos garotos.
Durante três dias não trocaram nenhuma palavra, nem mesmo um simples "Bom Dia" ou "Boa Noite" somente se olhavam e resmungavam algo incompreensível.
A cada dia que passava ficava mais frio e a paisagem na janela ganhava uma tonalidade pálida e cinza.
Senhores – interrompeu a condutora do Expresso – Iremos chegar na estação da Bulgária dentro de algumas horas.
Até que enfim – desdenhou Draco, com um sorriso forçado.
Ah, obrigado – disse Ron. – Então irei mais cedo alimentar Pichi.
Sim, faça isso. – respondeu a condutora, bondosamente.
Ao chegar no último vagão abriu uma grande porta metálica onde havia uma plaqueta escrita "Bagagens e Animais".
"Hum, Malfoy devia ter vindo neste vagão... Animais são permitidos neste espaço." pensava Ron, enquanto caminhava para o fundo.
Olá Pichi. Estamos chegando na Bulgária e lá você poderá voar um pouco, ok? – disse, enquanto atirava uns petiscos para a agitada corujinha.
Ficou no vagão durante algum tempo, queria evitar o máximo de contato com o loiro aguado quando foi interrompido pela mesma condutora.
Ah, o senhor ainda está aqui. É melhor se arrumar, estaremos chegando na estação em dez minutos.
Sim, já estou indo – respondeu um pouco corado. "Como o tempo passou rápido, não posso acreditar que estou sentado aqui, sozinho, há horas" pensou.
Quando tentou se levantar sentiu sua perna direita dormente. Sim, concluiu, estou há horas aqui na mesma posição. Foi mancando até a sua cabine, sentindo sua perna formigar incomodamente.
O Expresso Bulgária parou suavemente soltando grandes e repolhudas nuvens de fumaça. A estação era, exatamente, igual a Plataforma 9 ¾, exceto pelo frio cortante que passava.
Ron e Draco já se encontravam no meio da estação se espreguiçando quando ouviram uma voz conhecida atrás deles.
Boa Noite, senhorrr Wee-zey e Mel-Foey.Prrazer em rrevê-los.
Draco virou-se rapidamente, enquanto Ron lentamente encarava aquela cara insossa e torta de Vitor Krum.
Vitor, com um sorriso sincero no rosto, estendeu a mão para Ron. Houve uma pequena pausa constrangedora, mas acabou aceitando o aperto de mão.
Draco, por sua vez, somente faltava pular no colo de Krum, tal qual era sua empolgação em cumprimentar um famoso jogador profissional de Quadribol.
Enton esses son os reprresentantes de Ogwarts? – disse uma voz arrastada e com um sotaque mais forte, atrás de Krum.
Diretorr, esses son os senhorres Wee-zey e Mel-Foey – apontou para os respectivos garotos. – E este senhorr é o diretorr do Instituto Durmstrang, Ian Stanilavisk.
É um prazer em conhecê-lo sr. Stanilavisk – disse pomposamente Draco e estendendo a mão para o diretor.
Ian levantou uma das sobrancelhas e fitou Draco com desprezo e não retribuiu o cumprimento.
Pensei que os alunos de Ogwarts fossem mais... forrtes.
As aparências enganam, somos mais fortes do que pensam – rosnou Ron, encarando-o com raiva.
O diretor pareceu surpreso com a reação do garoto, mas deu um sorriso forçado.
Perrfeito, pois amanhã verremos quem estava com razon, senhorr Wee-zey. E esperro que tenham aprrendido a fazer poções de curra. Von precisar bastante – terminou com uma risada sinistra, o que fez com que Draco e Ron se entreolharem assustados.
Quando viraram para Krum, este estava com um sorriso amarelo no rosto como se pedisse desculpas pelas grosserias de Ian.
Bom chega de converrsas. Segurrem isto. – disse Ian, levantando um sapato velho.
Uma chave de portal? – perguntou Ron, surpreso.
O Instituto Durmstrang está localizado em um lugarr absolutamente secreto – respondeu Krum. – Focês não podem irr de forrma convencional para o instituto.
Mas e as malas? – interrompeu Draco.
Seron levadas por elfos domésticos – respondeu impacientemente.
"Ahhhhhhhh a Hermione precisa saber disso. Krum escraviza, espanca, ameaça, aterroriza os elfos domésticos" pensava com fervor Ron. "Hum Hum" interrompeu a voz de Harry "Eu não escutei o Krum falar nenhuma dessas besteiras".
"Ok, você venceu. Hermione NÃO precisa saber de nada.".
Após as rápidas explicações de Krum, os quatros seguraram firmemente o sapato e no mesmo momento desapareceram da Estação, deixando para trás o Expresso Bulgária ainda soltando grandes quantidades de fumaça.
