Obrigado a todos que tiveram paciência de esperar por esse capitulo... e espero que gostem.

Ronnie Weezhy: Draco começou a ficar mais humano... não sei se ele vai conseguir alguma coisa com Gina, pq sendo os próprios livros a tendência será H/G...

Dedessa Shermie: Dumbledore é uma raposa velha... tem muitas cartas escondidas nas mangas...

Pai G W Black: Ixiiiii, por favor acalma-se…. Vou tentar fazer o máximo possível para postar o quanto antes os próximos capítulos. E tb gosto do shipper H/G... mesmo que seja um shipp secundário na minha fic, ela vai ter destaque também, mas em capítulos um pouco mais para frente.

Continuem acompanhando e se possível comentem.

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Capitulo XII – A carta de Hermione

(PdV Hermione)

Obrigada, profa. McGonagall – disse Hermione, com uma coruja cinza e de grande porte agarrada ao ombro da garota.

Ao caminhar para a saída do escritório da profa. de Transfiguração, ouviu-a chamar novamente.

Srta. Granger, há mais uma coisa que gostaria de lhe dizer. Por favor, sente-se. – apontando para a cadeira que há minutos atrás estava Hermione.

A senhora precisa de alguma coisa? – sentou-se hesitante.

Minerva começou a esfregar as mãos e seus lábios se afinaram, olhava atentamente a garota à sua frente. A garota ficou embaraçada, mas logo a profa. quebrou o silêncio.

Acredito que a Senhorita sabia que eu não sou casada. Deste modo, também não tenho nenhum filho ou herdeiro – disse, ficando corada.

Bom... er...

Acontece que não tenho mais idade e... – interrompeu-a bruscamente - ... gosto de você como uma filha, uma filha de verdade. – acrescentou, com um semblante sério.

Hermione ficou vermelha, mas muito contente em ouvir aquelas palavras da sua professora de Transfiguração a quem tanto admirava.

Er... eu...

Por isso, Hermione, gostaria que aceitasse isto. – interrompeu-a novamente, retirando um estojo de madeira bem gasto da primeira gaveta de sua mesa. – Está há gerações na Família McGonagall – abriu a caixa para mostrar o seu conteúdo para a garota.

Seus olhos brilharam e levou a mão na boca, não conseguia acreditar no que via.

Minha nossa, é linda! – exclamou.

Era uma corrente fina com um pingente prateado na forma de uma gota, havia algo escrito ao seu redor, mas o que era mais impressionante é que a jóia brilhava como uma estrela no céu.

Pegue, é sua. – disse Minerva, empurrando a caixa para as mãos trêmulas de Hermione.

P-Professora, não posso aceitar...

Pode e vai aceitar, Hermione – retrucou em tom de voz de quem dava uma ordem – Você é uma pessoa especial e... – parou de falar, examinando novamente a garota e seus olhos cintilaram - ... lembre-se: "A esperança é a segunda maior magia de nosso mundo".

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O salão comunal ainda continuava vazio, exceto por um pequeno grupo de alunos do primeiro ano se aquecendo em frente da lareira enquanto brincavam com Snap Explosivos.

Hermione estava sentada próximo à janela rabiscando pergaminhos e pergaminhos, pois a cada tentativa de escrever fazia uma careta e logo em seguida amassava e jogava fora o pergaminho inutilizado. A coruja cinzenta a observava atentamente, parecia se divertir com a cena.

Droga! Escrever a verdade é mais difícil do que parece. – resmungou Hermione – Agora posso entender como Ron deve ter sofrido para escrever aquilo para mim.

Desolada, levantou-se e foi até a janela observar o céu estrelado. Enquanto contemplava a imensidão do Universo passava o dedo pelo pingente que McGonagall dera-lhe há pouco tempo. Lembrou-se que havia algo escrito na jóia e movida pela curiosidade retirou do pescoço e apertou os olhos para as minúsculas letras gravadas na Gota Prateada.

"Enquanto Houver Esperança Haverá Futuro"

Suspirou profundamente recolocando a jóia no pescoço e voltou para sua mesa. Algo bom havia acontecido, pois ao pegar a pena sentiu-se mais leve e revigorada.

Começou a escrever febrilmente e em algumas partes da carta seu rosto ficava vermelho, mas logo em seguida voltava na coloração normal.

Após algum tempo repousou a pena em cima da mesa, parecia satisfeita com o resultado.

Amarrou cuidadosamente o pergaminho na perna da coruja e abriu a janela, mas antes que a ave voasse Hermione desejou uma boa viagem.

Acompanhou a rota da coruja até que ela desapareceu na escuridão. Ainda ficou na janela até que o retrato da Mulher-Gorda revelou duas pessoas arfantes.

Onde vocês estiveram? – perguntou.

Fomos dar uma volta pelo castelo – respondeu Gina, ainda recuperando o fôlego.

Só se essa volta foi feita na corrida – retrucou – Olha o estado de vocês...

Harry e Gina se entreolharam assustados, mas por incrível que pareça após saírem do Salão Principal continuaram correndo pelos corredores de Hogwarts, como crianças que fogem depois de uma travessura, ignorando os resmungos dos retratos dos bruxos e esquecendo-se completamente do Sr. Filch, caso ele os pegassem com certeza receberiam uma bela detenção.

E então? – inquiriu novamente, cruzando os braços.

Nossa olha a hora! – exclamou Harry, vendo o seu relógio de pulso – Preciso ir dormir, estou morto de sono. Boa noite para vocês. – e saiu correndo para o dormitório dos meninos, deixando uma Gina boquiaberta para trás.

Dormir? Mas não são nem 8:30 – estranhou Hermione e virou-se para sua amiga. Antes que pudesse interpelar novamente, Gina foi mais rápida.

Sabe que ele tem razão. Hoje a aula de Trato de Criaturas Mágicas foi realmente difícil. Não sei o que Hagrid vê naqueles bichos perigosos. Preciso muito dormir... – antes de terminar a frase, Gina já havia desaparecido pela escada circular que dá acesso ao dormitório das meninas.

Hermione ficou para trás, estava vermelha de indignação e seus lábios crispavam perigosamente.

Ah, é assim! – gritou esganiçada ao pé da escada circular – Isso, me abandonem também, deixem-me aqui sozinha juntando poeira.

Sem obter nenhum tipo de resposta dos amigos e somente ouvindo as risadinhas abafadas dos alunos que jogavam snap explosivo em frente da lareira, ela os fuzilou com o olhar, seria capaz de jogar um livro pesado naquelas cabeças tão pequeninas, mas acabou se arrependendo do seu último pensamento.

Foi até a janela e ficou olhando a orla da floresta. Tamborilava o dedo no vidro quando surgiu algo em sua mente.

"Que droga! Esqueci do Vitor. Preciso escrever algo para ele também, senão vai ficar chateado comigo. Ele tem sido um bom amigo sempre me escrevendo, não posso desapontá-lo".

Não perdeu mais tempo, pegou um pergaminho, pena e tinteiro e saiu da sala comunal em direção ao corujal.

"Tenho até as 9:00 para voltar, senão Filch vai ter argumento para me dar uma detenção" pensava enquanto corria ao seu destino.

Ao chegar no corujal encostou-se no parapeito e começou a rabiscar o pergaminho. Minutos depois pensou: "Esse foi mais fácil de escrever", enquanto escolhia uma coruja.

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(PdV Ron – Durmstrang)

Após uma semana de intenso treinamento Draco e Ron conseguiam executar perfeitamente o Feitiço Escudo; nem mesmo os melhores e mais rápidos ataques de Krum podiam ultrapassar a barreira mágica, repelindo com absoluto sucesso qualquer feitiço hostil, mas isso teve um preço... ambos os braços estavam muito doloridos, pois executavam repetidas e incessante vezes a magia de proteção.

Impressionante – exclamou Vitor – Nunca vi nada igual, especialmente você, sr. Wee-zey...

"Graças a AD" pensou o garoto.

... grande velocidade e pulso firrme. – continuava a comentar – Joga quadribol? – perguntou ansioso.

Assentiu com a cabeça.

Goleiro pelo time da Grifinória.

Por alguma razão Vitor fez uma careta caindo ainda mais no conceito de Ron. "Sujeito nojento, só porque é apanhador se acha melhor. Saiba que goleiro também é importante para o time" pensou ferozmente.

Eu sou apanhador da minha Casa: Sonserina. – gabou-se Draco, estufando o peito.

É verdade – confirmou Ron com um sorriso malicioso no rosto – Ele é apanhador... apanha de todo mundo.

O sonserino corou e logo lançou um olhar venenoso. No momento que iria retrucar algo os garotos ouviram alguém exclamar.

Então esses são os representantes de Hogwarts?

Ah, prof. Dimitris. – exclamou Vitor, se adiantando e estendendo a mão para cumprimentar a figura de um homem de estatura média, cabelos negros, mas curtos, rosto severo e de aparência nada amigável, usava uma longuíssima capa preta com as pontas gastas e sujas de tanto ser arrastada pelo chão.

Vitor Krum – retrucou, aceitando o cumprimento – Faz o que? Dois anos?

Antes que respondesse, o prof. Dimitris olhou por cima do ombro de Krum e encarou os demais garotos.

Ahhhhhh, me perdoem os maus modos – desvencilhando-se do cumprimento de Vitor e caminhando em direção dos meninos. – Eu sou Dimitris Stratenwerth, sou professor de Durmstrang e leciono Artes das Trevas.

Draco sorriu cobiçoso, afinal estava a sua frente um legítimo professor de Artes das Trevas. Contudo, o rosto de Ron era de espanto e indignação, como que alguém poderia ensinar coisas ligadas as trevas quando Você-Sabe-Quem estava se reestruturando e deixando todo mundo em pânico?

Seu inglês é perfeito, senhor, prof. Stratenwerth – disse Malfoy, não perdendo tempo em o adular.

Prof. Dimitris apenas e... obrigado pelo elogio – respondeu friamente – Nasci e vivi grande parte em Londres, mas resolvi ganhar o mundo e hoje estou aqui... Contudo, o mundo dá muitas voltas e estarei indo embora no final do ano. – acrescentou em um tom estranho.

Emborra? – surpreendeu-se Vitor, levantando suas grossas sobrancelhas.

Sim, Vitor, Artes das Trevas é tão velho e enfadonho que me entedia. Preciso de novos desafios, novas aventuras e rever minhas raízes. – respondeu, esfregando as mãos e caminhando em direção ao castelo, mas antes que sumisse de vista parou e se virou – É, definitivamente ele tinha razão... – encarando Ron com um olhar penetrante, e continuou o seu caminho.

No momento em que o professor sumiu de suas vistas Vitor indagou expressando confusão no rosto:

Ele quem? Focês sabem do que o prof. Dimitris está falando?

Não – respondeu Ron secamente. "Esta escola só tem doido, isso sim" pensou.

Será que podemos descansar um pouco? Afinal já terminamos a série de feitiços de proteção. Exijo descansar agora! – resmungava Draco.

Ok. Vamos para a tenda, pelo menos lá dentrro é mais quente. – comentou Krum

Ao entrarem na cabana ouviram algo bater insistentemente contra a entrada de lona. Vitor que estava mais perto foi verificar o que produzia tal barulho. Acabou se espantando e deu um passo para trás, pois uma grande coruja cinza adentrara como um furação. A ave acabou pousando em seu ombro devido que era o ponto mais próximo para descansar.

Ah, uma carta de Her-mi-o-nini – exclamou Krum com um sorriso gigantesco ao retirar a carta presa na perna da ave e ler o remetente.

Ron sentiu um imenso calor subir pelo seu pescoço e uma vontade inominável de esganar o búlgaro ali mesmo naquela tenda e dizer o quanto ele parecia idiota dizendo o nome de sua amiga errado.

Levantou e caminhou rapidamente para a saída, pois preferiria passar frio a ver o sorriso cretino estampado no rosto daquele sujeito quando sentiu uma mão pesada segurar firmemente seu ombro, tão firme que era capaz de jurar que seus ossos iriam se quebrar.

É parra você, sr. Wee-zey – sibilou Krum, tão gelado quanto o inverno da Rússia. Sua cara também não estava boa... a expressão era um misto de desprezo, surpresa, ódio, irritação, raiva... os lábios se afinaram e crispavam furiosamente.

O q-quê? – gaguejou, olhando para o envelope que estava tremendo na mão do búlgaro.

Focê ficou surrdo? – rosnou espumando pelos cantos da boca, atirando com força a carta no peito de Ron e sentou-se pesadamente do lado de Draco. Ficou bufando para a parede de lona e a coruja cinza piou indignada e foi pousar no ombro de Ron.

Por alguns longos segundos olhou abobado da carta para o búlgaro e deste para o pergaminho. Não podia acreditar, recebera uma carta de... Hermione?

Non vai abrir? – sibilou novamente, com muito mais veneno na voz.

S-Sim, claro que vou – respondeu o mais firme possível, pois suas pernas tremiam.

Abriu a carta cuidadosamente como se fosse um mapa de um grande tesouro e finalmente o leu silenciosamente:

"Querido Ron,

Estive pensando e muito sobre tudo o que ocorreu desde a nossa chegada aqui em Hogwarts.

Algumas coisas ficaram estranhas entre nós, não é fácil admitir isso, mas acho que a maioria por minha culpa mesmo. Sim, você pode estar caçoando de mim agora dizendo que a sabe-tudo finalmente deu o braço a torcer e que não sei tanto o quanto gostaria de saber, mas sabe de uma coisa? Eu não me importo, pois aprendi algo muito mais valioso do que orgulho e ganância por leitura... aprendi a valorizar ainda mais a nossa amizade e quer queria ou não você é especial para mim.

Senti-me muito mal nos dias em que não nos falávamos, senti algo sendo arrancado dentro de mim quando você foi embora e eu nem mesmo tive a dignidade de lhe desejar boa sorte. Seja o que for que tenha que fazer ai na Bulgária deve ser difícil e espero que se cuide. Fico aflita pensando e sonhando nos perigos que lhe espera, mas acredito no seu talento e que ficará tudo bem, afinal você é um grande bruxo.

Fico muito contente em ter sua amizade e a do Harry, ah claro, da Gina também. Alias de toda sua família que sempre acolheram e me trataram tão bem. Sinto-me muito confortável e protegida em saber que sou querida no meio de tanta gente maravilhosa. Confesso que houve uma época que duvidava que alguém me quisesse como amiga, mas hoje posso dizer que estou quase completa em minha felicidade: Meus pais, a família Weasley, Harry...

Não posso dizer totalmente completa, porque ainda falta... algo especial, entende? Mas não irei desistir tão fácil da minha total felicidade, isso você pode ter certeza.

Ron, espero que perdoe as minhas atitudes, sinto-me muito envergonhada e se pudesse mudaria tudo o que ocorreu. Tudo seria diferente entre nós.

Desejo-lhe novamente boa sorte e que volte bem para casa, pois estarei ansiosa te esperando.

Com carinho e saudades,

Hermione

PS: A coruja que lhe entregou o pergaminho chama-se Abel, por favor, dê comida, água e um lugar para descansar por alguns dias. Alias é bom tratar bem a ave, pois pertence a prof. McGonagall."

Ron fechou a carta com a boca levemente aberta, não podia acreditar na felicidade que explodia dentro do seu peito, nunca se sentira tão bem em receber uma carta de sua melhor amiga. A alegria extrapolava com tanta vibração que sentiu pena do baixo astral de Vitor Krum, sentiu-se na obrigação de falar algo reconfortante e que levantasse o seu mau-humor.

Krum... H-e-r-m-i-o-n-e escreveu uma carta exclusiva para mim, me desejando boa sorte, que eu volte bem para casa e está morrendo de saudades – exclamou sacudindo o pergaminho no ar e quase que soletrando o nome da amiga. "Bem, não era exatamente isso que queria falar, mas quem se importa?" pensou, enquanto ria mentalmente ao ver a expressão de morte estampada no rosto do búlgaro.