Dedessa Shermie: Bichento hehehe boa comparação. P

Pati G W Black: Obrigado pelo seu e-mail. Achei muito legal você ter perdido um tempinho para escreve-lo. Gostei muito.

Humildemente Ju: Adorei seus comentários. Muito obrigado por ter lido os capítulos, afinal não é fácil ler 13 capitulos de uma vez. Conforme a historia vai se desenvolvendo ela se torna mais complexa ficando inevitável que os capítulos não fiquem longos. É uma pena você não gostar de H/G, a Dedessa também não gosta... (

Algumas Considerações: Eu mesmo faço as revisoes da minha fic, mas tenho que avisar que especificadamente este capitulo 14 está sem revisões. Portanto, se encontrarem alguma divergencia, erros de continuidade, ou qualquer outro absurdo - ficarei agradecido que me corrijam. E caso fiquem confusos com alguma coisa no capitulo, ficarei contente em esclarece-las da melhor forma possivel.

Bom... é isso. Espero que se divertam.

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Capitulo XIV – "Morte Súbita"

(PdV de Ron)

Mal havia amanhecido e sentiu alguém cutucando com força suas costelas. Com muito custo abriu um de seus olhos.

O que você quer, Krum? – resmungou Ron, sonolento.

Horra do nosso jogo, Wee-zey – respondeu secamente, devidamente vestido para uma partida de quadribol.

"Do que ele está falando?" pensou, enquanto se sentava e esfregava os olhos. "Ah, lembrei. Quadribol."

Está com medo? – desdenhou, comprimindo suas grossas sobrancelhas tornando-o mais carrancudo do que nunca.

Não sabia o porque, mas Ron sentiu seu estômago girar e despencar, seria medo de Vitor Krum, o melhor jogador profissional da Bulgária? Provavelmente era medo sim...

Hum... Mas e o café da manhã? – inquiriu com um grande e preguiçoso bocejo tentando disfarçar sua preocupação e medo. "Preciso... de mais tempo."

Detalhes, detalhes... – resmungou, caminhando para fora da tenda. – Ok, vá tomarr café da manhã no castelo, mas querro vê-lo daqui a pouco no campo. – parou por um instante na entrada de lona – Levarrei o material necessárrio para "nosso joguinho".

Ron estremeceu ao ouvir as palavras "nosso joguinho", era tão... diabolicamente sinistro saindo da boca de Krum, o jogador a quem tanto admirava antes de...

Ronnnccc

O garoto teve um sobressalto olhando assustado para o lado - havia esquecido da presença do sonserino - "Malfoy ronca como um porco". Ficou na dúvida se acordava ou não Draco; embora fosse uma companhia ruim era melhor do que entrar sozinho no Castelo de Durmstrang tão cedo.

Ei, acorda. – cutucou com o dedo, mas não obteve nenhum resultado – Ei, acorda – repetiu, cutucando um pouco mais forte.

Draco dormia pesadamente, portanto teria que usar de uma atitude mais drástica.

Você é o aluno da Sonserina mais obtuso que conheci, Sr. Malfoy. Menos 200 pontos pela sua burrice. – disse vigorosamente Ron, em uma perfeita imitação do prof. Snape.

Ah, professor, isto não é justo. Potter é tão burro quanto eu. – protestou Draco, ainda dormindo. – E o Weasley, então? Devia descontar 1000 pontos dele – acrescentou em tom de deboche, abrindo um sorriso no canto da boca..

Os olhos de Ron faiscaram perigosamente; aquilo foi demais, teve vontade de acorda-lo às tapas.

Acorda! – gritou bem perto do ouvido do garoto e sacudindo como se fosse um saco de batatas – Vamos, seu inútil, já amanheceu. Temos muitas coisas para fazer...

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(PdV de Gina)

Harry parecia profundamente adormecido agora. "O que houve com ele?" pensou Gina, enquanto passava os dedos pela cabeleira negra.

Não tardou muito para os alunos começarem a descer dos dormitórios – alguns calados ainda com cara de sono e outros conversando animadamente. Gina estava "presa" ao sofá, não poderia fazer nada em relação a Harry e do motivo dele estar ao seu colo. Rezou silenciosamente na esperança que todos os estudantes passassem direto por eles sem serem notados. Foi um tremendo fracasso; não houve um único aluno que não parasse por um instante para contemplar a cena.

Gina...? Harry...? Mas o que houve?

Virou a cabeça e viu Hermione se aproximar rapidamente largando sua mochila no chão.

Não sei, Hermione – respondeu aliviada ao ver a amiga. – Eu o encontrei deitado no chão... Está queimando em febre.

Vou chamar Madame Pomfrey...

Antes mesmo de se virar ouviu uma voz firme, mas tranqüila, atrás dela.

Não será necessário Srta. Granger, obrigado.

Hermione virou-se rapidamente e viu os profs. Dumbledore, McGonagall e Madame Pomfrey entrando na Sala Comunal. A enfermeira se adiantou e curvou para examinar Harry que ainda estava dormindo no colo de Gina.

Apesar de estar com febre parece gozar de boa saúde, diretor. Acho que deveríamos leva-lo para Ala Hospitalar para ficar sob observação. – sugeriu Pomfrey.

Creio que não haja necessidade, Papoula – respondeu gentilmente, olhando diretamente para Gina sobre os óculos – Creio que a Srta. Weasley cuidará bem do Sr. Potter. Entregue-lhe uma poção adequada e estará tudo bem.

Minerva, Pomfrey e Hermione olharam incrédulas para Dumbledore, não era uma ordem convencional.

Contrariada, a enfermeira tirou de seu avental um frasco com um liquido azulado e entregou a garota, dizendo:

Quando ele acordar faço-o beber tudo.

Gina assentiu com a cabeça. O diretor aproximou-se e curvou ligeiramente para a garota

Por favor, assim que Harry acordar diga que gostaria de vê-lo imediatamente em meu escritório e...- esboçando um grande sorriso - ...a senhorita estará dispensada das aulas de hoje. – terminando com uma piscadela.

Alvo! – exclamou McGonagall em tom de desaprovação – Isso não pode...

É verdade, isso não pode ocorrer – interrompeu-a ainda sorrindo e com um leve aceno de varinha fez aparecer diante deles um grande prato de bolo de chocolate e uma jarra de suco de abóbora – Ah, muito melhor. Harry e a srta. Gina precisam comer já que não poderão descer para o Salão Principal; todos merecem um belo café da manhã.

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(PdV de Ron)

Porcaria de café da manhã! – resmungou Draco, comendo uma maçã – Meus ovos estavam frios e o bacon mal passado.

É mesmo? Pois o meu pudim de leite estava uma delícia – suspirou Ron, na verdade era a única coisa que conseguiu empurrar garganta abaixo. Estava enjoado demais para comer.

Caminhavam de volta para tenda quando ouviram Krum gritar e acenar freneticamente. Ele estava se aproximando muito rápido, parecia um búfalo enlouquecido.

Sigam-me – disse arfando – Está tudo prronto.

Ron sentiu calafrios na nuca e os dedos dos seus pés estavam ficando dormentes, além de sua mão começar a suar. "Não devia ter comido aquele pudim" pensou, colocando a mão na barriga.

Por dez minutos caminharam até chegarem em uma clareira onde se erguia uma enorme arquibancada feita de madeira maciça, mas caprichosamente ornamentada com vários tipos de figuras, desde uma vassoura até um dragão. O campo de quadribol era tão grande quanto o de Hogwarts sendo que a única diferença eram nas cores de suas bandeiras: Vermelho Sangue e Preto - as cores de Durmstrang.

Porr aqui – indicou o caminho até o meio do campo – Focê non, Mel-foey. Assista da arrquibancada. – colocando a mão no peito do garoto impedindo-o de prosseguir.

Draco sentou-se fazendo caretas para o búlgaro enquanto este e Ron seguiam até o centro do gramado onde havia, pelo que se notava, quatro grandes caixas, duas vassouras aparentemente velhas e dois bastões postados juntos as caixas.

Bastões? – perguntou para Vitor.

É... bastons.

Explodiu uma verdadeira guerra na barriga de Ron deixando-o verde; coração, estômago, fígado, rins e pulmões queriam sair, ao mesmo tempo, pela boca do garoto e fugir aos atropelos para as arquibancadas junto de Malfoy, pelo menos lá parecia ser mais seguro.

Ao se aproximarem dos equipamentos, Ron pode perceber que eram vassouras "Cleansweep One".

Mas são Cleansweeps One. – balbuciou com os olhos arregalados – Elas têm mais de cinqüenta anos... Essas coisas nem devem voar mais.

Voam sim Wee-zey e são de propriedade da escola essas belezas. – desdenhou com seu terrível ar arrogante – É clarro que se colocarr muita velocidade no vôo ela se parrtirá em dois e focê irá cairr direto de cabeça no chão.

"Não sei o que é pior – voar em um museu com o Krum debochando ou cair de cabeça no chão" pensou, passando da cor verde para pálido-fantasma; o medo e a insegurança estavam aflorando na pele.

Oito balaços? – quase gritando ao ver Vitor abrir as quatro caixas. – Mas que droga de quadribol é esse?

O jogo funciona assim: son oitos balaços voando, tentando te derrubarr e um pomo de ouro; aquele que pegarr o pomo primeiro vence. É bem simples.

E os bastões?

Focê rebate contrra o adverrsário. Não tem regras. – sorriu ao terminar de falar. – Mais alguma perrgunta?

S-Sim... como se chama o "jogo"? – gaguejou.

Traduzindo para o inglês... seria algo como "Morte Súbita" – respondeu sério.

Ron empalideceu ainda mais e engoliu em seco com as palavras Morte Súbita. "Ótimo. Brilhante. Vou jogar com o maior apanhador da Bulgária em um jogo chamado Morte Súbita, voando em um pedaço de pau seco com risco de se partir em dois caindo de cabeça no chão e, para piorar, com oito balaços vindo em sua direção dispostos a quebrar cada osso do seu corpo. É isso, nada a se temer".

Em menos de cinco minutos ambos estavam no ar testando suas vassouras Cleansweep One. A velha vassoura do Ron tremia freneticamente quando fazia curva para direita e a do Krum, pelo pouco que deu para se ver, sacudia quando subia.

Em uma descida mirabolante Vitor acenou sua varinha para as grandes caixas postadas no chão e delas saíram voando os oito balaços e o pomo de ouro, sendo que este desapareceu rapidamente de vista.

Boa sorrte, Wee-zey – gritou, rodopiando para o alto em um balé aéreo.

Obrigado... – respondeu gritando - ... vou precisar. – acrescentou em um sussurro inaudível e com um pequeno sorriso forçado.

Enquanto Krum subia em rodopios ganhando altitude, Ron achou melhor manter-se mais abaixo e começou a circular o campo. Em sua mão direita encontrava-se firmemente seguro o bastão de rebatida caso viesse algum balaço errante em sua direção. O ar frio cortava sua face e as pontas dos seus dedos estavam perdendo a sensibilidade.

"Não vou agüentar muito tempo" pensou, ainda estreitando sua visão perto das arquibancadas, mas a única coisa que viu foi Malfoy ainda sentado com a cara fechada muito embora parecesse interessado na partida.

Neste momento ouviu três rebatidas seguidas e ao virar o rosto para a direção dos sons arregalou os olhos inclinando-se o máximo que podia para o lado evitando assim três balaços furiosos, muito embora o ultimo tenha pegado de raspão o ombro esquerdo de Ron.

ARRREE – gritou, massageando o ombro e olhando feio para Krum – Qual é o seu problema?

Estamos jogando, Wee-zey – em tom de voz casual – Prreste mais atencon.

Seu imbec... ahhh

Quando o garoto foi retrucar um balaço passou raspando sua cabeça fazendo com que balançasse perigosamente na vassoura, mas logo retomou o equilíbrio.

Sob as risadas de Vitor, Ron viu um brilho dourado mínimo do outro lado do campo – não teve dúvidas, inclinou o corpo para frente impondo o máximo de velocidade que poderia naquela velha Cleansweep. Infelizmente, Krum viu o comportamento de seu adversário e rapidamente percebeu o que estava acontecendo. Procurou desesperadamente algum sinal do pomo de ouro; estava a poucos metros do oponente.

Em outra descida fantástica, apontou o cabo da vassoura diretamente para o minúsculo pomo.

Em poucos segundos Krum e Ron estavam emparelhados ombro a ombro em uma corrida frenética. Suas vassouras começaram, nitidamente, a trepidar; estavam se quebrando.

Ron viu o búlgaro deixar cair o bastão para estender a mão na esperança da captura do pomo. O garoto não teve dúvidas, repetiu o mesmo gesto do seu "inimigo" e estendeu a mão que antes segurava o bastão; para sua surpresa, estava na vantagem em alguns centímetros. "Adoro ter braços compridos" em uma fração de pensamento.

O pomo de ouro resistia bravamente a perseguição fazendo voltas pelo campo, ora descendo, ora subindo, ora zigue-zagueando, mas seus captores eram implacáveis mesmo com oito balaços zumbindo em seus ouvidos – podiam sentir o deslocamento de ar perto de suas cabeças quando os balaços passavam cortando o ar.

Para desespero de Draco o pomo de ouro parou em cima de sua cabeça e por alguma razão desconhecida o cobiçado objeto caiu em sua mão totalmente inerte. Arregalou os olhos ao ver que duas figuras em uma considerável velocidade voavam ao seu encontro; não davam sinais que iriam parar.

Ao ver que Draco segurava o pomo Ron hesitou por um segundo, mas acabou inclinando ainda mais o corpo sobre a vassoura, chegando no limite de velocidade e foi de encontro de Malfoy. Krum também pareceu ter a mesma idéia. Ambos sentiram que os cabos das vassouras estavam se partindo sob seus dedos. A colisão dos três era inevitável, pois os dois meninos voavam nos limites físicos de seus transportes – o que era verdade, pois micro-segundos antes da "colisão" as duas vassouras se partiram em um estalo dolorido e os corpos de Krum e Ron literalmente voavam pelos ares em direção ao azarado Malfoy.

Ron sentiu o coração subir para a garganta antes do impacto, mas estendeu os dedos da mão direita na direção do pomo molemente segura pelas mãos pálidas de Draco e este gritou:

MAS QUE MERD... AHHHHHHHHHHH!

Com a grande batida os três garotos embolaram e rolaram arquibancada abaixo parando quase ao pé da mesma.

Ron sem abrir os olhos sentiu um líquido quente escorrer de seu nariz e estava sentindo uma dor cruciante nos dedos da mão direita e na perna esquerda. Lentamente abriu um dos olhos – até mesmo abrir os olhos estavam demasiadamente doloridos – e viu que seus dedos estavam "ligeiramente" tortos e que sua perna esquerda estava em um ângulo estranho. Apesar da sua aparência indicar muita dor, estava contente, sim, contente... o pequeno pomo dourado estava preso em seus dedos tortos...

"Eu venci! Venci Vitor Krum! Apanhei o Pomo de Ouro!" pensava, enquanto fazia caretas de dor "Ganhei do melhor apanhador da Bulgária! Eu, Ronald Weasley, venci Vitor Krum"

Mas neste momento Ron viu algo que o deixou paralisado e seus olhos saltaram das órbitas... Vinham na direção dos três garotos oito velozes balaços errantes, depois disso tudo ficou escuro.

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As paredes eram escuras como o resto do Castelo, mas notava-se que havia uma grande quantidade de velas espalhadas por todos os lados fazendo com que o ambiente ganhasse vultos que dançavam agourentamente, em um ritmo sombrio. As janelas eram demasiadamente altas, quase próximas à cúpula da torre dificultando a entrada dos raios de sol, impedindo assim que iluminassem melhor o lugar.

Ao abrir o olho sentiu uma fisgada dolorida na face e instintivamente tentou levar a mão direita no rosto, mas sua mão estava firmemente presa em talas e amarradas em bandagens. Pode notar também que sua perna esquerda estava imobilizada e suspensa no ar por um engenhoso sistema de cordas finas.

Ron Weasley estava na Ala Hospitalar de Durmstrang.

Arriscou virar o pescoço para os lados examinando cada canto do aposento. Viu em sua direita Vitor Krum deitado; sua aparência também não era das melhores, estava com as duas pernas enfaixadas e suspensas no ar com o mesmo sistema de cordas, no seu pescoço tinha uma grossa bandagem envolvendo-o e, alguns hematomas que variavam das cores preta a roxa-azuladas salpicadas pelo braço e rosto.

Ao virar para esquerda, surpreendeu-se em ver o estado de Draco. Se Vitor estava ruim Malfoy estava pior.

A única parte do corpo que não estava enfaixada era seu olho e braço direito que aparentemente não tinha levado nenhum dano. Até mesmo o olho esquerdo do garoto, pelo que pode se perceber estava tampado por grossas camadas de algodão e gazes. Malfoy simplesmente virara uma múmia.

Ron não sabia se ria ou se sentia pena do sonserino, afinal de contas ele havia amortecido seu impacto, alias não só dele como de Krum também. Fora que devia ter levado alguns balaços pelo corpo.

Wee-zey? – murmurou uma voz do seu lado direito.

Já está acordado? – perguntou, virando devagar para encarar Vitor – Quanto tempo estamos aqui? Você está... hum... bem?

Acho que estamos quase uma semana aqui – resmungou, levando a mão esquerda as costelas e fazendo uma feia careta. Provavelmente tinha quebrado-as também – A única coisa que non está doendo son os meus cabelos – dando um sorriso amarelo.

"Ele deve estar bem. Está até fazendo piadas sem graça" pensou, retribuindo com outro sorriso amarelo.

Eu... eu.. sinto muito – continuou o búlgaro, chamando sua atenção – Fui um irresponsável. Aquilo foi muito perrigoso, até mesmo parra mim que sou prrofissional. – corando envergonhado, mas estava sendo sincero em seu pedido de desculpas – Agi de forrma muito estúpida e infantil... para falar a verdade eu estava com... – deu um pequeno suspiro antes de continuar - ... inveja de focê.

I-Inveja de mim? – gaguejou Ron, levantando uma das sobrancelhas como se duvidasse daquilo – Porque?

Vitor fez uma longa pausa enquanto olhava os raios de sol aparecendo bem acima deles, clareando a abóbada da torre.

Aquela carrta... carrta de Her-mi-o-... – olhou de esguelha para Ron antes de continuar - ...nini, emborra endereçada em meu nome ela non parava de falarr em focê. Só em focê. – terminou em um tom sentido.

Ron ficou surpreso e contente com aquela revelação, mesmo não sendo tão detalhada como gostaria.

Sabe, focê é um rapaz de muita sorrte, Wee-zey – em tom de voz rouco – Tem uma guardiã zelosa e que está te esperrando em Ogwarrts...

Hum...? Não entendi. – perguntou, confuso com a ultima parte da conversa.

Krum bufou e passou a mão novamente em suas costelas antes de continuar.

Her-mi-o-nini... me fez sentirr diferente, algo que nunca tinha sentido antes porr nenhuma garrota, entende?

Não! – respondeu rispidamente, sentido sua face queimar.

Ela é ton... bonita... inteligente... carrinhosa... amiga... doce... – disse, lentamente cada elogio. Ron ficava cada vez mais vermelho – Eu... eu... gosto realmente dela. – finalizando com um longo e profundo suspiro.

O garoto abriu a boca para dizer algo grosseiro, mas foi interrompido por Vitor novamente.

Porr Her-mi-o-nini, eu abandonarria o quadribol prrofissional para poderr ficar mais perrto dela. – disse com semblante sério – Uma vida sem ela, non vale a pena serr vivida.

A grosseria que estava na ponta da língua de Ron desapareceu como mágica e até ficou sem coragem de encarar Vitor, afinal ele estava abrindo seu coração. Engoliu seco, acabou de escutar que ele abandonaria o quadribol por causa dela - só por causa dela.

Como podia sentir raiva de uma pessoa que gostava realmente de sua melhor amiga? Uma pessoa que deixaria de lado a sua profissão, suas glorias como apanhador, fortuna e fama?

Ron se sentiu tonto e confuso, não sabia o que fazer ou falar nesta situação.

Finalmente acorrdarram – resmungou prof. Ian, diretor de Durmstrang, seguido do prof. Dimitris que estava muito pálido – Crreio que non haja outra solucon senon expulsa-los desta respeitável Instituicon de Ensino Mágico. – parando de frente na cama de Ron.

Entendam senhores – disse prof. Dimitris – Vocês quase morreram neste estúpido jogo.

Mas não morremos – protestou Ron, desesperado ante a expectativa de uma expulsão.

A culpa foi inteirramente minha, senhorr, diretorr Stanilavisk – emendou rapidamente Vitor, desejando que Ron calasse a boca. Responder grosseiramente ao diretor não era uma coisa inteligente a se fazer. – Eles non podem ser punidos porr uma falta minha.

O prof. Dimitris cochichou algo para o diretor que parece contrariado, mas balançou a cabeça positivamente.

Pois bem. Haverrá uma pequena mudança... – sibilou, coçando o queixo - ... Focês non teron mais o prazo de dois meses para cumprir a tarefa. Focês teron que realizar-la no Dia das Bruxas, ou seja, daqui a exatamente uma semana e meia. – girou nos calcanhares e foi saindo decidido, mas parou na porta antes de atravessar o portal – Esta será a ultima oportunidade. Focês tem sorrte.

Dimitris ainda permaneceu na Ala Hospitalar encarando os três garotos, depois começou a caminhar de um lado para o outro extremamente concentrado.

Ainda andando começou a dizer:

Não há mais tempo... Em uma semana e meia, vocês já estarão totalmente curados, mas não treinaram adequadamente para a tarefa. – parando de chofre e olhou para Krum – Vitor, o que eles aprenderam ou treinaram?

Hum... eles son peritos em Feitiço Escudo e estávamos treinando Estuporamento e Impedimenta. – comentou, forçando a memória.

Droga, só isso não basta. – murmurou Dimitris, massageando os olhos com a mão - Mas não há tempo, definitivamente não há... hummm.. vocês dois já aprenderam o feitiço Conjuntivictus em Hogwarts? – perguntou em um fino tom de esperança para Ron e Draco. Este apenas acenou com um dedo indicando que estava acordado, mas pelo gesto não sabia se era sim ou não.

Er... eu vi Krum lançar o feitiço no Torneio Tribruxo. – confirmou Ron – Suponho que Malfoy também, afinal ele estava gritando "Viva´s" quase do meu lado no dia da primeira tarefa.

Draco fez outro aceno com o dedo, mas indecifrável.

Ótimo e mesmo que não tenham visto é bem simples de faze-lo – tirou sua varinha da capa surrada que vestia – Prestem muita atenção – com um giro circular, disse – Conjuntivictus! – e um raio fino e alaranjado saiu da ponta da varinha, acertando a parede escura da sala.

Porque o senhor está nos ensinando? – questionou Ron, abobado porque um professor das Artes das Trevas estava lhe mostrando como fazer magia nova – Quero dizer... muito obrigado, mas é estranho...

Dimitris olhou para o garoto considerando a pergunta.

Simpatizei com vocês.- respondeu casualmente - Me fazem lembrar quando eu era jovem... ahhh bons tempos aqueles. – esfregando as mãos e olhando para o teto. – Bom chega de papo, se bem que vocês não poderão fazer mais do que isso por uma semana e meia... apenas conversar. – com um sorriso debochado no rosto – Vitor, creio que você tenha aprendido bastante sobre Mungols e Lizzenders? Explique cada detalhe e fisiologia desses animais mágicos. Afinal se você quer derrotar um inimigo, primeiro precisa conhece-lo bem.

Quando o prof. Dimitris estava saindo da sala, Ron pediu:

Professor? Será que o senhor poderia me trazer as corujas que estão na tenda?

Diante de um pedido inusitado, levantou as sobrancelhas.

O diretor Ian não ia gostar nada disso. Animais na Ala Hospitalar... MAS se ninguém ficar sabendo, qual o problema? – piscou para Ron – Mais alguma coisa?

Ron sorriu pela primeira vez. Estava começando a gostar do professor, embora ensinasse Artes das Trevas.

Ah... pergaminho e pena? – arriscou, hesitante.

Dimitris deu uma pequena risada de compreensão.

Entendo. Acho que um tinteiro também seria útil, para que serve uma pena se não tem tinta para escrever? – e com uma grande reverência, saiu da Ala.

Grande Professor, o prof. Dimitris, não é? – perguntou, virando-se para Krum.

Ele nunca foi assim – respondeu estranhamente como se tentasse analisar a situação – Non é do feitio dele tratarr bem as pessoas... non mesmo.

Ron começou a ficar preocupado... muitas coisas ocorreram e nenhuma delas foi normal. A única coisa que gostaria de fazer naquele momento era escrever para Harry e, principalmente, Hermione.

Precisava contar tudo, como ele havia vencido Vitor Krum, a tarefa que o aguardava, os animais mágicos que teriam que enfrentar e talvez Hagrid soubesse alguma coisa, por exemplo, como derrota-los – provavelmente Hagrid colocaria os Lizzenders e Mungols no colo e diria "Não são umas gracinhas?"-, mas não receberia uma resposta a tempo; só faltava uma semana e meia até o Dia da Bruxas – o dia da tarefa.