BruBlack - Pois é, o às vezes não me deixa atualizar todos os dias, por causa de problemas técnicos. Que bom que você gostou.

DarkAngelAngst - É, a sexualidade de Severus realmente não é a convencional. E ele é todo complexado, tadinho. Agora você vai ver quem bateu à porta.

b Capítulo 5 /b

Blaise Zabini – sem Draco Malfoy – bateu à porta dos aposentos do chefe de sua casa, causando estranheza em Severus.

– Mr. Zabini?

– Professor, podemos conversar um pouco?

– Claro. Entre.

O rapaz obedeceu, e Severus notou que ele parecia nervoso. Ofereceu:

– Chá?

– Por favor – ele sorriu, constrangido – Estava torcendo que me oferecesse.

Severus serviu-lhe uma xícara e pôs outra para si mesmo, observando o rapaz.

– Em que posso ajudá-lo, Mr. Zabini?

– O senhor está bem, não está, professor?

– Eu? Que quer dizer?

– O senhor sabe... Com aquilo que aconteceu.

– Oh. Não deve se preocupar com isso, Mr. Zabini.

– É que... A derrota dele... mudou tudo. Digo, de Você-Sabe-Quem. Agora tudo mudou – o rapaz ergueu-se, agitado, e andou até a lareira – Eu tinha tudo planejado.

– Com relação ao Lord das Trevas?

– Não diretamente, claro – ele ficou atrás de Severus, que se virou para acompanhá-lo com os olhos – Mas o senhor sabe que Draco e eu estamos juntos.

– Sim, mas eu ainda não entendo...

Severus parou o que dizia ao ver a porta da frente abrindo-se e fechando-se sozinha. Era Harry, com sua Capa de Invisibilidade. Ele não esperava vê-lo naquela noite. Certamente não numa hora imprópria.

– Com sua licença, Mr. Zabini – ele procurou uma desculpa rápido – Preciso cuidar de uma poção que está descansando no meu laboratório. Queira aguardar um instante.

– Sim, senhor. Sem problema.

Ele foi ao laboratório, esperando que Harry tivesse entendido o recado. Lá dentro, ele fechou a porta e viu seu jovem amante sair de debaixo da capa.

– Desculpe, eu não sabia que tinha companhia – cochichou.

– É um aluno pedindo orientação.

– Pena, achei que tivéssemos algum tempo antes do treino.

– Lamento, mas não posso.

– Tudo bem, eu apareci sem avisar – Harry o beijou – Amanhã, então?

– Está bem.

– Eu amo você, Severus.

Ele colocou a capa e Severus saiu do laboratório, chamando a atenção de Zabini:

– Desculpe a interrupção. O senhor me falava de seus planos com relação ao Lord das Trevas. Continue, por favor.

A porta se abriu e se fechou atrás de Zabini, indicando que Harry tinha saído quando o rapaz disse, constrangido:

– É, bem... Eu tinha tudo pronto para ficar ao lado dos vencedores. Esse era o meu plano. Por isso eu me juntei a Malfoy.

– Entendo o que diz, mas ainda não...

Zabini o interrompeu:

– Ah, eu esquentei seu chá enquanto esteve fora.

– Obrigado – ele tomou um gole e achou que o garoto tinha errado o feitiço, porque o gosto estava estranho – Mas ainda preciso de esclarecimentos sobre o seu problema.

– Acontece que os Malfoy saíram perdendo com a derrota do Lord das Trevas. Seu nome está na lama, as propriedades foram confiscadas. Meus planos foram arruinados.

– Mr. Zabini, entendo sua frustração, mas ainda não sei o que posso fazer para ajudá-lo.

– Por favor, senhor, escute até o fim. Malfoy está na lama, então agora eu preciso me associar a alguém que esteja do lado vencedor dessa guerra, certo? Alguém com prestígio, que me dê status e chance de uma boa colocação quando eu deixar Hogwarts. Mas ninguém do lado vencedor olha duas vezes para alguém de Slytherin. O senhor sabe como nossa casa é discriminada.

– Isso é verdade.

– Exceto o senhor, claro – Zabini o encarou e pela primeira vez Snape detectou um brilho estranho em seus olhos – O senhor é um herói de guerra, e pode ajudar a garantir meu futuro. Quero sua ajuda.

Snape assentiu, solícito:

– Claro que darei uma carta de recomendação a qualquer futuro patrão que o senhor...

– Não – foi interrompido – Eu estava pensando em mais do que uma carta.

– Não aceito aprendizes, já deixei isso bem claro.

– Também não quero ser seu aprendiz – ele se aproximou – Eu quero realmente garantir meu futuro. Quero me casar com você.

Aquilo pegou Severus de surpresa:

– Mr. Zabini!...

– Ninguém vai querê-lo mesmo – ele se adiantou – depois do que aconteceu. Para mim, isso não é importante. Na verdade, a idéia até me agrada: eu vou ter algo que ninguém mais tem. Nem mesmo Malfoy, com todo o dinheiro que tem, vai poder ter um igual a você!

– O que está falando é um absurdo! – Snape começou a se irritar – Não tem o mínimo cabimento!

– Por quê? Eu tenho tudo planejado! E não vai ser totalmente ruim para você. Ninguém vai querer você porque você virou um monstro anormal, então você vai até ter companhia.

– O senhor deveria ser capaz de ver a insanidade por trás de suas palavras. Mas se nem isso consegue ver, considere outros fatores. Por exemplo, e não menos importante, o fato de eu ser seu professor e o senhor, meu aluno. A confraternização é proibida.

– Eu li os regulamentos com atenção e há uma brecha. Se a aluna ou professora engravidar, e o pai concordar com o casamento, a união é aceita. E é claro que vamos ter mais filhos, talvez uns dois ou três. Podemos começar uma família imediatamente! Não é maravilhoso?

Aquilo estava dando nos nervos de Snape:

– Insisto, Mr. Zabini: desista disso. Tudo isso é um absurdo. Eu não vou me casar ou engravidar do senhor, e seu plano é simplesmente ridículo! – Ele olhou pela sala e localizou sua varinha em cima da mesa – Talvez esteja chegando a hora de o senhor ir embora.

Zabini adiantou-se e pegou a varinha de Severus, dizendo:

– Lamento, professor, mas eu já disse que tenho tudo planejado. Não se preocupe, não vai precisar de sua varinha.

– Zabini! – Severus se ergueu – O que está fazendo?

– Garantindo meu futuro. O senhor vai engravidar essa noite. Tomou uma Poção de Fertilidade e eu pretendo impregná-lo. – Severus ficou pálido e olhou para a bandeja na mesa: o gosto estranho no chá!... – Eu teria gostado se isso fosse de livre e espontânea vontade, mas o senhor parece um tanto relutante, então eu vou ter que fazer as coisas de outro jeito. Para mim, tanto faz. Hoje eu saio daqui como futuro papai. E você vai ser uma mamãe. Não é adorável?

Severus sentiu que o rapaz estava disposto a tudo e seus cabelos se arrepiaram na base da nuca. As coisas estavam se deteriorando rapidamente.

– Zabini, devolva-me a varinha.

– Não, professor. Não vai precisar dela – ele se aproximou de Severus, que se afastou dele – Aconselho a não resistir, mas eu vou gostar de domá-lo.

– Não faça isso – Snape olhava em volta, procurando uma saída, mas Zabini estava no caminho para a porta – Não vai querer fazer isso. Seu plano não vai dar certo.

– Ah, vou querer fazer isso, sim – ele continuava a se aproximar de Severus, que já estava encurralado contra a lareira – Eu tenho tudo planejado.

Num movimento rápido, Snape atracou-se com Zabini, tentando lhe tomar a varinha. O rapaz não era pequeno, e produziu um feitiço que jogou Snape no chão. E foi quando o professor estava no chão que ele lhe chutou o fígado. Snape se curvou de dor, o lado esquerdo inteiro dolorido. Em movimentos bruscos, Zabini atirou-se sobre ele, começando a arrancar-lhe as roupas com as mãos. Snape tentou impedi-lo, mas estava perdendo terreno, e estranhamente, viu-se apavorado. Não estava conseguindo defender-se, e parecia que o jovem ia conseguir o que queria! Como isso era possível?

– Não!... – ele se debatia, Zabini estava em cima dele – Pare com isso!

– Não quero machucá-lo, professor. Já disse para parar! – Como insistisse, Severus recebeu um soco e sentiu o gosto de sangue. Mais roupas arrancadas, agora com magia – Por que não coopera?

– Não! Deixe-me ir! Não faça isso! – A última de suas roupas tinha sido retirada de seu corpo, e ele sentiu, para seu próprio horror, lágrimas de vergonha brotarem – Por favor!

Zabini olhou para seu corpo, admirado:

– Merlin, é verdade...! Uau, além de um rabinho da hora, você tem um pinto desses e uma xoxota! Eu vou me divertir em dobro, fodendo um depois o outro! Abre essas pernas, que eu já tô pronto!

Snape passou a se debater com ainda mais vigor, gritando, o terror aumentando, tudo adquirindo uma atmosfera irreal. Suas mãos foram atadas por uma corda conjurada com sua própria varinha. A partir desse ponto, as coisas entraram numa espécie de borrão em sua consciência: ele sentia o toque indesejado de Zabini por todo o seu corpo, e por mais que ele tentasse empurrá-lo, o rapaz não cedia terreno. Pior de tudo é que ele estava começando a ficar cansado de resistir, a humilhação escalando.

Nunca Snape se sentiu tão perdido, nem quando fora descoberto por Voldemort. Porque dessa vez ele não tinha idéia da traição que fermentava dentro de sua própria casa, que partira de uma pessoa insuspeita, alguém que tinha se aproximado dele com uma oferta de amizade. Agora essa pessoa o tinha jogado no chão e puxava seus seios com força, beliscando-os e rindo.

Então suas pernas foram forçadas abertas, e Snape teve uma reação inédita em sua vida: ele entrou em pânico. Não adiantou muito, com ele semi-imobilizado e ficando rapidamente sem fôlego. Sem acreditar no que ocorria, Snape viu o impensável acontecer.

Seu aluno penetrou-o de maneira selvagem, e ele gritou de dor. O sangue bombeava tanto em suas veias que ele não ouvia muito bem. Sabia que Zabini dizia algo como "tudo está apertado e gostoso", "xoxotinha de pouco uso" e "vamos fazer nosso bebê", e ele achou que fosse vomitar, de tamanha repulsa que as palavras lhe causaram. O rapaz bombeava, bombeava, e Severus sentia um cheiro que o estava enojando.

De novo seu corpo estava sendo terrivelmente violado. Da primeira vez, ele tinha sido mutilado. Agora este mesmo corpo, mesmo mutilado, estava sendo violentado para deleite de seu agressor. E como ele não conseguia reagir?

i "Ninguém vai me salvar dessa vez" /i , pensou, as lágrimas voltando a rolar. i "Harry não virá, e ele não vai me querer nunca mais, eu o perdi para sempre" /i . Seu coração se espatifou nesse momento, e alheio a tudo, Zabini continuava com as estocadas, machucando-o, humilhando-o. i "Desculpe, Harry, desculpe. Eu tentei detê-lo, mas eu não consegui".

"Faz parar, por favor, faz parar". /i

Após um tempo que pareceu ser simplesmente interminável, Zabini gozou ruidosamente. Ele não saiu de dentro de Severus imediatamente, e ainda ficou alguns minutos tentando recuperar o fôlego antes de rolar para o lado. Num choro mudo, Severus desviou o olhar, enojado, humilhado, tentando entrar em posição fetal.

– Puxa, que trepada boa. Se todas as mulheres tivessem uma xoxota gostosa feito a sua, Snape, eu até podia mudar de time e deixar de ser gay – ele riu – Mas eu i sou gay /i , então agora eu quero também comer o seu cu. Se a xota já era apertadinha, imagina o seu cuzinho. Hum, deixa só eu me recuperar um pouco que eu já vou querer me enterrar todo nessa sua bunda – Zabini deu um tapinha na bunda dele – Snape, acho que nosso casamento vai dar muito certo!

Durante uma nova eternidade, Severus ficou deitado no chão, tremendo e chorando, apenas esperando a nova rodada de humilhação e pedindo perdão a Harry. De repente, mãos pesadas o viraram de bruços, e ele tentou resistir, mas recebeu um outro soco – desta vez um direto no olho – e a advertência:

– Fique quieto! Eu não quero machucá-lo mais do que já está!

Mais uma vez as pernas de Severus foram afastadas e seu corpo violado dolorosamente. Não tinha como não ter rompido alguns tecidos e ele com certeza sangrava. Ele urrou de dor, enquanto Zabini soltava um urro de satisfação.

– Aper... tadinho... – ele mal falava, babando – Cuzinho gostoso...

– Pare... Por favor...

– Tá tão gostoso...! Snape, vou te comer todo!

As estocadas de Zabini eram tão violentas que o faziam chocar-se contra o tapete em frente à lareira, as costelas reclamando, as mãos ainda atadas, a corda mordendo os pulsos. O ar irreal parecia aumentar, e Severus passou a balbuciar:

– Por favor, pare... Pare... Não faça mais...

Ele não sabe dizer quanto tempo passou, só que de repente uma luz espoucou atrás de si, o peso foi retirado de cima de seu corpo, a sensação de ser preenchido desapareceu. Ele estava apenas marginalmente consciente, balbuciando sem parar, quando foi novamente virado de costas. Ao invés do rosto de Zabini, olhos verdes brilhantes e arregalados o saudaram.

Harry.