Gente, desculpe o atraso, mas a ff tava encrencando para aceitar o arquivo.

Evil Kitsune - Bem-vindo(a)! Que bom que você está gostando! Não fique longe, porque eu atualizo sempre que posso.

Youko Julia Yagami - Adorei sua indignação contra o Zabini! Nunca vi uma torcida dessas. Ah, e fique a postos. A continuação de "O verão glorioso" está em produção e indo de vento em popa. Estou adorando escrever, diga-se de passagem.

# Então, rumo ao capítulo de hoje! Ele é curtinho, mas intenso!

b Capítulo 8 /b

Harry não conseguiu descansar muito, pois permaneceu atento a Severus. Graças aos cuidados de Poppy Pomfrey, o olho tinha começado a desinchar, mas estava preto. A bochecha também estava inchada, no local onde ele tinha sofrido fraturas no osso da maçã do rosto. Harry ficou aliviado porque ele dormiu direto durante algumas boas horas, mas no meio da noite, Harry o ouviu debatendo-se na cama, lutando contra agressores invisíveis. Imediatamente, Harry procurou acordá-lo gentilmente, mas com firmeza:

– Sev, acorde!

Olhos cor de ônix abriram-se imediatamente ao primeiro toque de Harry. Severus ofegava, trêmulo, e olhou em volta como se estivesse desorientado, os olhos meio sem foco. Finalmente ele conseguiu enxergar o homem que o encarava:

– Harry...?

De novo aquela voz alquebrada, insegura, tão estranha em Severus. Harry procurou sorrir:

– Está tudo bem agora. Foi só um pesadelo. Já passou.

– Foi um pesadelo – ele repetiu, tremendo, tentando firmar a voz – Já passou.

Harry não teve dúvidas em se enfiar na cama de Severus e juntá-lo em seus braços. A princípio, assim que foi tocado, Severus se encolheu um pouco, mas Harry optou por não soltá-lo. Logo ele relaxou nos braços de Harry, e sua respiração começou a desacelerar. De repente, ele soltou:

– Obrigado.

– Não tem do que agradecer.

– Você não precisa estar aqui.

– Eu quero ficar a seu lado. Quero me concentrar em você, porque eu estou com tanta raiva que sou capaz de fazer uma besteira, e você precisa de mim.

– Já passou. Eu estou bem agora.

– Posso ficar aqui com você? – Harry não o soltou.

– Você quer ficar comigo?

– Eu preciso ficar com você. Preciso tocar você, tirar o toque dele de sua pele, substituir pelo meu toque, porque aí vamos substituir também as lembranças. E só quando substituirmos as lembranças, vamos poder deixar para trás o que aconteceu. Desculpe, eu sei que isso é muito egoísta de minha parte, mas eu preciso disso, Sev.

– Ele... – Severus engasgou e não encarou Harry, os olhos cheios de dor – parecia... louco.

– Eu não duvido disso. Ele ficou gritando alguma coisa sobre você estar carregando o filho dele, totalmente insano.

– Sim, devia ser delírio. Ele chegou a me dar uma Poção de Fertilidade, mas elas levam tempo para fazer efeito. Ele deve ter suposto que o efeito fosse imediato.

– Olhe, não precisa falar disso se não quiser. Mas se quiser, eu estou aqui para te ouvir, está bem?

– Ele queria me forçar a casar com ele – Severus continuava a olhar para baixo – Disse que assim o futuro dele estaria garantido e que eu poderia me beneficiar também, já que ninguém iria querer nada comigo por eu ser um monstro anormal, e assim eu teria companhia.

Harry notou o tom inexpressivo com que Severus tinha dito aquilo e foi firme ao dizer:

– Isso é uma mentira, e das grandes. Você não é anormal, e eu o quero muito. Seu corpo está machucado no momento, mas eu quero muito esse corpo. É claro que não vou forçar nada, mas pode estar certo de que estou contando os dias para ter você gritando de prazer comigo.

– Fala sério?

– Claro que sim. Sev, eu te amo.

– Não me chame de Sev.

– Está bem, Severus. Desde que você acredite que eu te amo e quero você. Mas vou entender se você precisar de um tempo. É natural.

– Então você não me quer agora?

– Sev-Severus, agora você ainda está se recuperando.

– Então só... Toque-me. Prove que você realmente me quer, mesmo depois do que aconteceu. Eu preciso acreditar – Severus o apertou contra si – Você me quer, Harry? De verdade?

– Como o ar que respiro – Harry se ajeitou para ficar ainda mais perto dele, os dois espremidos na cama da enfermaria – Como o próprio ar que respiro.

Ele levou os lábios ao rosto de Severus, que os capturou entre os seus e os dois trocaram um beijo longo e apaixonado. Havia um quê de desespero no jeito que Severus apertava Harry contra o seu corpo. Harry podia entender aquilo, pois ele mesmo estava um tanto desesperado para apagar a marca de Zabini no homem que amava. Talvez restassem cicatrizes mais tarde, mas Harry queria ter certeza de poder lavar a pele de Severus daquela violência covarde e odiosa.

– Eu amo você – ele disse, quando interrompeu o beijo em busca de oxigênio – Severus, você me deixa louco...

– Harry...

Severus mal conseguiu responder, sua cabeça num turbilhão. Ele tentava ao máximo se controlar, e apagar de sua mente as imagens daquela noite horrível e a se desfazer da sensação de ser uma coisa vil e ordinária. Harry não iria machucá-lo, não iria agredi-lo, não iria fazer o mesmo que aquele monstro tinha feito. O medo vinha em ondas, e Severus tentava espantá-lo.

Que Harry estivesse do seu lado, disposto a acariciá-lo, era quase um milagre, pensou. Se ele tinha dúvidas do que sentia pelo rapaz, essas dúvidas estavam se desfazendo pouco a pouco. Ele procurou se concentrar no toque, e para sua surpresa, sentiu que seu pênis começava a se encher e se alongar.

Ele colocou a mão de Harry sobre ele, e o rapaz gemeu, passando a beijar seu pescoço, bem onde ele sabia que Severus era particularmente sensível. Ele subiu as carícias para a orelha, onde sussurrou:

– Quero você...

De repente, Harry se contorceu na cama estreita e enfiou-se por debaixo das cobertas, puxando a camisola hospitalar de Severus até ter acesso à ereção incipiente. Ele procurou não olhar as marcas no corpo de Severus, e com carinho, beijou o pênis que estava semi-ereto. O toque meigo fez o professor estremecer, e Harry encorajou-se a abocanhar a ponta, passando a língua generosamente por toda a superfície.

– Mais – pediu Severus – Por favor.

Harry ficou feliz em atendê-lo, abrigando todo o membro dentro de sua boca, sentindo o corpo inteiro de Severus enrijecer-se de tesão. Por mais que quisesse fazer aquele momento sublime durar, Harry entendeu que Severus precisava de afirmação, então ele pôs-se a sugar o membro, deslizando os lábios por toda a sua extensão, usando os dedos para brincar com os testículos, deliciando-se nos ruídos de Severus. Dedicando-se com particular atenção à glande, Harry logo ouviu um novo timbre nos gemidos de Severus e sabia que ele estava prestes a explodir. Com efeito, em poucos segundos, o líquido de gosto acre e penetrante escorregou por sua garganta e um pouco por seu queixo. Harry sugou tudo, até os espasmos de prazer de Severus cessarem. Só então ele voltou a se deitar a seu lado e ajeitá-lo em seus braços, mesmo insatisfeito. E não se importou com isso – aquela noite era de Severus.

Ele se aninhou ainda mais com seu amante, imaginando o que Madame Pomfrey diria se tivesse pegado os dois em flagrante. Com esse pensamento, Harry observou a respiração de Severus se tornar profunda e ritmada, e soube que ele estava dormindo. Só então ele se permitiu também deslizar para o sono.