É isso aí, povo. Último capítulo.

Youko, DarkAngel - Bom, gente, agora tudo vai terminar, de um jeito ou de outro. Por favor, não me matem se não gostarem do final... Eu tentei fazer o melhor, mas o Harry é teimoso e o Sev, vocês sabem, pode ser meio travadinho às vezes...

b Capítulo 10 /b

Era apenas mais uma longa e tediosa aula de História da Magia com o Prof. Binns, e para variar Harry tinha a cabeça longe, em nada concentrada na Rebelião de Duendes em Hogsmeade em 1612. Ele não conseguia parar de pensar em Severus.

Só tinham se visto há três dias (quando se separaram), mas Harry sentia falta dele como se tivesse perdido o braço direito. Também se sentia culpado pelo que fizera: abandonara seu amado numa hora de necessidade. Mas Harry estava apavorado com a perspectiva de ter que criar uma criança.

Não que ele não quisesse filhos. Não era segredo que Harry queria uma família, talvez até uma grande, feito os Weasley. Mas não agora, quando ele mal tinha chegado à fase adulta de sua vida.

A saudade de Severus o estava matando. Harry nunca tinha se sentido tão feliz quanto durante o tempo em que Severus estava a seu lado. Ele se sentia completo, aceito e admirado. Também tinha adorado estar ao lado de Severus e cuidar dele, ver seu lado vulnerável.

– Com licença, Prof. Binns – A interrupção pegou não só o professor, mas vários alunos de surpresa e todos olharam para a porta, onde Madame Pomfrey tinha um sorriso polido – Imaginava se eu poderia pegar Mr. Potter emprestado por alguns minutinhos, por gentileza?

Intrigado, Harry recebeu permissão de segui-la até o corredor. Sempre direta, a enfermeira foi logo ao assunto:

– Mr. Potter, eu vim lhe pedir um favor. É o Prof. Snape.

– Aconteceu alguma coisa?

– Ele voltou a ser rebelde. Antes ele seguia todas as recomendações e ia me ver regularmente. Mas desde que... bom, aconteceu alguma delicada com ele... Não sei se está sabendo.

– Se está falando sobre a gravidez, eu estou sabendo.

– Só que ele não quer fazer exames complementares! – ela parecia exasperada – Tenho clamado, tenho pedido, mas ele não vem à enfermaria. Na condição dele, é preciso monitoramento constante tanto dele quanto do bebê. Por isso vim vê-lo.

– Mas o que eu posso fazer?

– Ele parece ouvi-lo, Mr. Potter. Fale com ele. Peça para que ele venha à enfermaria.

– Ele não me ouve mais – Harry desviou os olhos – Nós... nos afastamos.

– Oh – ela tentou não comentar, mas não deu certo e suspirou – Pena. Eu esperava poder contar com seu poder de persuasão para fazê-lo se cuidar. Estou muito preocupada com ele. Responda-me: acha que ele teria motivos ou inclinação para causar dano a si próprio ou ao bebê?

– Não – disse Harry, apreensivo com a perspectiva – Ele me disse que queria muito ter o bebê, apesar de tudo que aconteceu.

– Então ele vai me procurar, espero. Vou esperar mais alguns dias. Se por acaso isso não acontecer, posso contar com o senhor para tentar convencê-lo, Mr. Potter?

Harry hesitou. Seria muito constrangedor ir falar com Snape. Por outro lado, ele não queria vê-lo descuidando de sua saúde.

– Claro que sim. Avise se ele continuar bancando o rebelde.

O rapaz voltou para a sala de aula, os amigos o olhando, e ele fez um sinal de que estava tudo bem. Mas sua cabeça estava num turbilhão.

Dias mais tarde, ele estava no salão comunal, tentando sem sucesso se concentrar para estudar. Os NEWTs estavam se aproximando e eles eram importantes para seus planos de se tornar Auror. Afinal, por causa desses planos ele tinha terminado tudo com Severus, não era verdade?

Hermione se aproximou dele:

– Oi, Harry.

– Oi. Você já parou de estudar?

– Eu estava tentando ajudar o Ron, mas aquele bocó ferrou no sono. Eu também estava indo dormir, mas achei melhor falar com você primeiro. A gente não tem conversado muito.

– É mesmo – Harry ficou constrangido – Desculpe.

– Não tem problema, Harry, mas é que nos últimos tempos você não está nada bem. Quer falar sobre isso?

Harry olhou para ela e olhou em volta para ver se seriam ouvidos. Ele hesitou, mas percebeu que aquela era sua melhor chance de compartilhar a dor e a angústia que o atormentavam. Portanto, foi em tons cochichados que ele contou tudo a Hermione, fazendo-a prometer sigilo absoluto. Ele não escondeu nada, e sentiu um grande alívio ao poder desabafar todos os graves segredos que escondia. A moça sequer sabia das preferências sexuais de Harry, então ela ficou estarrecida ao saber do envolvimento dele com um professor.

– Mas e a briga que vocês tiveram daquela vez?

– Tudo encenação. Assim eu não seria mais aluno dele, e poderíamos ficar juntos.

– Então... você é gay?

– Tecnicamente não, porque Severus não é do mesmo sexo que eu. Mas acho que para todos os propósitos práticos eu sou, sim. Sinceramente, não sei nem estou preocupado com isso.

– Você gosta dele, não é?

– Gosto. Muito – Harry sentiu um aperto no coração, e suspirou – Sinto tanto a falta dele.

– Harry, você o ama, e essa situação toda está muito errada. Você está péssimo e eu aposto como ele também está péssimo. Vocês precisam se acertar.

– Mas não tem jeito, Mione. Agora tem um bebê na parada – e um bebê concebido daquela maneira...

– O bebezinho não tem culpa disso. Eu iria entender se ele não quisesse a criança, mas se quer a minha opinião, eu acho que Snape está certo.

– Mas como vou assumir uma criança se eu nem me formei ainda? Eu me sinto péssimo por ter terminado tudo, mas achei que seria melhor assim. É uma barra grande, eu não sei se posso segurar.

– Harry, para tudo tem jeito, se você quiser realmente. Tem que saber o que você quer fazer. Você quer ficar com ele ou não?

– Sinto tanta falta dele – Harry estava quase choramingando, e Hermione nunca vira Harry fazer isso na vida.

– Você gosta dele, dá para ver, e isso sem mencionar que seu humor tem estado terrível. Não vou lhe dizer o que deve fazer, mas pense muito bem no que você quer, Harry. Não vá fazer algo de que pode se arrepender pelo resto da vida. Se você quiser mesmo o Snape de volta, vai ter que aceitar o bebê. – Harry não respondeu nem a encarou. Ela deu de ombros, pegando os livros – Agora vou dormir. Descanse bem, Harry.

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– Você vai ter que usar algo que dê mais sustentação do que essas faixas em seus seios – comentou Madame Pomfrey – Pode prejudicar a amamentação. A não ser que não queira amamentar. Se pretender dar de mamar, eu recomendo a aquisição urgente de um sutiã reforçado.

Snape estava perdido. Um sutiã!... A indignidade!... Por outro lado, esse era o preço para ser capaz de amamentar seu próprio filho. E ele sequer se lembrara disso, deprimido com a falta de Harry. A idéia de amamentar lhe pareceu exótica e excitante. Ele poderia usar seu próprio corpo para alimentar seu filho.

– Eu quero amamentar.

– Excelente. Recomendo ir tratando desde já dos mamilos, para evitar que ressequem e rachem no período lactente. Eu vou lhe dar instruções. No momento, porém, preciso lhe falar sobre um assunto mais sério.

– O bebê? – Severus alarmou-se – Ele está bem? Tem algo errado com ele?

– Não é nada disso, o bebê está bem. E você também, embora eu recomende mais vitaminas. O que acontece é que o bebê está bem demais. Ele é bem mais desenvolvido do que eu imaginava.

– Como assim?

– Ele é mais velho do que prevíamos, Severus. Meus exames indicam que a data da concepção é prévia ao seu ataque. Deixe-me fazer um Feitiço da Paternidade para ter certeza.

E foi assim que Severus ficou sabendo que o bebê em seu ventre era filho de Harry Potter. Mais uma reviravolta na sua vida pra lá de conturbada.

– Isso não é uma notícia excelente, Severus?

O Mestre de Poções olhou o rosto sorridente de Madame Pomfrey com um misto de dor e conforto. Ele ficara aliviado em saber que não carregava o fruto de um ato violento, claro. Mas isso não resolvia o seu problema.

Harry tinha dito textualmente: "Mesmo que o bebê fosse meu, eu ainda estaria apavorado". Portanto, nada mudara no universo de Severus: ele ainda estava sozinho com seu filho, e não poderia contar com o pai de sua criança. Harry não queria saber de Severus nem de seu filho, e tinha deixado isso claro.

No fundo de seu coração, Severus tinha entendido os motivos de Harry e não o culpava por ter ficado assustado. Ele era um rapaz de apenas 17 anos, tinha a vida toda pela frente e o filho tinha sido não um descuido ou acidente, mas conseqüência de um ato criminoso praticado contra eles. Severus não ficara sequer com raiva de Harry, apenas saudades e dor. Acima de tudo, ele sentia falta de Harry, de seu toque, de seu cheiro, de seu sorriso, de seus olhos. Harry o amava, ele sabia, mas eles não podiam ficar juntos. Reveses do destino.

Por um minuto, Severus pensou em contar a Harry que ele ia ser pai. Era o mais correto a se fazer, mas o Mestre de Poções conhecia Harry. Ele podia contar com o coração nobre do jovem Gryffindor, e certamente com sua reação mais provável. Harry faria o que era certo, e assumiria um filho sem desejar, apenas por obrigação. Isso Severus não podia permitir. Ele não iria obrigar Harry a coisa nenhuma, nem deixar que ele se obrigasse. O melhor a fazer era não contar nada a Harry.

Por um lado, pensou, seria bom poder dizer ao seu filho que ele era fruto de uma história de amor. Severus imaginou o que diria à criança para explicar por que seu pai não vivia com eles. Imaginou se um dia diria a seu filho que seu pai era o famoso Harry Potter. Odiaria ver o filho revoltado com seu próprio pai. Ele não sabia o que pensar. Eram muitas decisões.

E a primeira decisão concreta que tomou foi falar com o diretor de Hogwarts. Ele devia muito a Albus Dumbledore, e este merecia saber toda a verdade sobre sua delicada condição.

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Era cedinho de manhã quando Harry foi às masmorras, decidido a resolver sua situação com Severus. A conversa com Hermione o ajudara muito a clarear seus sentimentos e tomar decisões. Portanto, foi com grande expectativa que ele tentou entrar nos aposentos do Mestre de Poções, mas não conseguiu. As proteções tinham mudado, e agora não reconheciam mais Harry. Ele devia saber.

– Severus! – bateu à porta – Abra, por favor!

Ele esperava uma resposta quando a serpente da tapeçaria ao lado da porta sibilou:

– Ssserá inútil bater. Ele não essstá.

– Ele sssaiu? – Harry respondeu em Parseltongue – Quando?

– Carregou sssacolas e bagagensss e ssse foi. Para sssempre.

Harry sentiu o coração se acelerar. Como assim, "para sempre"? Severus não podia ter ido embora. Podia?

– Senhor Harry Potter, senhor! – Dobby aparecera de repente em pleno ar, excitado como sempre – Dobby procura Senhor Harry Potter! Diretor Dumbledore chama Senhor Harry Potter com urgência!

– Agora? – Mas Harry viu uma esperança: Dumbledore devia saber de alguma coisa – Sim, sim, eu estou indo, Dobby!

– Depressa! – disse o elfo.

Harry nem pestanejou. Subiu correndo as escadas de Hogwarts para atingir o escritório do diretor. Lá chegou ofegante e desesperado:

– Prof. Dumbledore!... O Prof. Snape!... Ele... não está!... Ele se foi!...

– É verdade, Harry – Dumbledore parecia triste – Foi por isso mesmo que eu o chamei aqui tão cedo.

– Mas... ele não pode ter isso! Ele sequer falou comigo! Por que ele foi embora?

– O contrato de trabalho do Prof. Snape foi rescindido, Harry. Ele foi demitido pelo Conselho de Diretores e teve que deixar o castelo, por ter tido relações com um aluno.

Harry ficou horrorizado e boquiaberto:

– O quê? Como pôde fazer isso? Ele foi forçado! Não pode demiti-lo por causa disso! Ele foi a vítima! Sabia que ele terminou ficando grávido? Como pôde fazer isso com ele nesse estado?

– Eu não pude fazer nada, Harry. Severus para mim é como um filho, mas eu estava de mãos atadas. O Conselho deu a ele a chance de se casar com o pai de seu filho e ele se recusou a fazer isso.

– O que esperava? – Harry estava ficando revoltado – Que ele concordasse em se casar com seu estuprador?

– Não, Harry. Eu disse que ele teria que se casar com o pai de seu filho. Um Feitiço de Paternidade revelou que Severus já carregava um filho antes do ataque do jovem Zabini. Ele já estava grávido. De um filho seu, Harry.

Harry ficou branco, o estômago se revoltou.

– i M-meu /i ?... Não, não pode ser... Nós usávamos proteção, uma Poção Anticoncepcional...

– Zabini habilmente trocou-a por uma Poção de Fertilidade semanas antes do ataque. Foi quando Severus engravidou. O filho é seu.

– Mas... Então... – Harry pensou rápido em tudo que ouvia – Então não há problema! Por que ele não me falou nada?

– Você dissera anteriormente que não assumiria o bebê mesmo que ele fosse seu filho. Ele não quis lhe contar para você não se sentir obrigado a fazer algo que não queria. Na verdade, ele sequer queria que você soubesse. Fiquei decepcionado, Harry. Imaginei que um Gryffindor como você tivesse coragem para enfrentar um momento importante como esse.

– Mas eu quero me casar com ele! Eu quero o bebê, já queria mesmo que não fosse meu! Professor, tem que me dizer para onde ele foi! Preciso encontrá-lo antes que seja tarde demais!

– Eu tentei convencê-lo a ficar no castelo mais alguns dias, mas ele insistiu em ir embora hoje mesmo, antes do café da manhã – Os olhos de Dumbledore brilharam – Contudo, Dobby estava me dizendo que houve algum problema com as carruagens que vão para Hogsmeade... Acredito que ele ainda esteja no portão principal. Se você for rápido...

Harry sentiu o coração falhar uma batida:

– Obrigado!

E disparou pelos corredores aforam, pelas escadas, passando por retratados, alunos, armaduras, sem pensar em nada, apenas correndo o máximo que podia, o mais rápido que suas pernas permitiam, porque ele i tinha /i que alcançar Severus...

i Não se vá, não se vá, por favor... /i

Harry passou como uma bala por alunos que estavam chegando ao salão par ao café da manhã. Depois ele entrou no salão principal, olhou para o portão principal e lá viu, silhuetado contra a luz externa, a figura vestida de negro, solitária, em pé, com duas bagagens a seus pés.

– SEVERUS!

A figura – assim como todos por perto – se voltou e Harry voltou a correr, atravessando o salão, fazendo as cabeças se voltarem para ele. Alheio, o jovem se aproximou de Severus a grande passos, quase sem fôlego:

– Severus!... Por favor, não vá!...

Severus parecia surpreso e cochichou, alarmado:

– O que está fazendo? Estão todos olhando!...

– Eu não me importo!... Por favor, me perdoe... Fui um idiota!... Eu fui procurá-lo hoje para dizer que... quero você, eu nunca deveria ter dito o que disse!... É claro que eu assumo esse bebê!... Severus, por favor, me perdoe, me perdoe.

– Harry – Severus olhou em volta e viu os alunos começando a se juntar perto deles – As pessoas estão olhando. Vai arruinar sua reputação.

– Não quero cometer o maior erro da minha vida e deixar você partir. Por favor, Severus, fique.

– Fui demitido, Harry. Não posso ficar aqui.

– Pode sim, se nós nos casarmos! – Harry se pôs de joelhos subitamente aos pés de Severus, e vários alunos soltaram exclamações – Por favor, Severus Snape, eu não tenho um anel, mas mesmo assim peço humildemente que se case comigo. Vamos criar juntos nosso filho.

Mais alunos chegavam, todos muito espantados. Aliás, estavam tão espantados quanto Severus, que mal acreditava no que acontecia.

– Mas... e sua vida? Sua carreira de Auror?

– Podemos conciliar as coisas. Não vamos ser os primeiros pais com vidas atribuladas e sempre podemos pedir que um elfo ajude a cuidar do bebê se a coisa apertar. Podemos fazer isso dar certo, Severus, eu sei que podemos. Isso se você me perdoar por ter sido um idiota e me aceitar de volta depois de tudo que eu fiz.

– Harry, eu não quero obrigá-lo a nada. Tem certeza de que é isso que quer?

– É isso que eu mais quero. Quanto mais penso nisso, mais tenho certeza de que é você quem eu quero, e nossa família unida. Quero ficar com você, Severus. Preciso ficar com você. Eu te amo.

Na aglomeração de alunos, várias adolescentes fizeram "Aww" de emoção. Já era uma pequena multidão, de todas as casas, e alguns professores também, incluindo o diretor. Mas Severus abstraiu toda a platéia para encarar Harry, cujos olhos cheios d'água se derretiam de tanta emoção. Na luz verde que brilhava em sua direção, Severus não viu senso de dever para se casar com a mãe de seu filho. Havia amor, compromisso, devoção – coisas que Severus nunca vira dedicadas a si antes. Ele estava tão emocionado que engasgou, incapaz de dizer palavra.

– Então, Severus? – indagou Harry, aflito – Você me dá a honra de ser meu marido?

– Harry... – A voz dele saiu um tanto estrangulada – Será que preciso mesmo responder?

Explodindo de alegria, o rapaz jogou-se nos braços de seu amado e o beijou cheio de paixão e júbilo, arrancando "Ohs" da platéia. Uma solitária salva de palmas irrompeu, puxada pelo Prof. Dumbledore. Hermione se juntou a ele, com os olhos cheios d'água, e logo diversos outros alunos também se puseram a aplaudir, até que a ovação se tornasse ensurdecedora. Abraçado a Severus, Harry sorriu para os colegas.

– Excelente! – exclamou o diretor, abrindo os braços – Agora vamos entrar para o café para que eu possa informar os retardatários dessas duas excelentes notícias: a escola não vai perder seu Mestre de Poções e haverá em breve um casamento em Hogwarts!

Harry e Severus se abraçaram, felizes, e a aglomeração começava a se dispersar, com todos entrando no salão, num clima de alegria e admiração que seria lembrado durante muitos anos em Hogwarts. A única nota destoante foi a quantidade anormal de estudantes de que desmaiaram de choque diante da cena do portão principal, incluindo Ron Weasley e uma dúzia de Slytherins.

Nada, porém, empanou o brilho e a felicidade do casal, que ganhou um lugar de destaque na mesa dos professores durante o café da manhã, agora tornado especial. Alertados por Dobby, os elfos de Hogwarts colocaram arranjos com rosas vermelhas nas mesas de cada casa da escola em homenagem aos noivos.

Dumbledore fez um pacote completo, anunciando para a escola inteira o noivado, o casamento e a gravidez – e desta vez Neville Longbottom desmaiou de choque ao saber que Snape ia se reproduzir.

Severus passou os olhos pela festa, recebeu cumprimentos, olhou Harry e depois fechou os olhos, suspirando, passando a mão em seu ventre, que já apresentava sinais de intumescimento. Por alguns segundos, ele respirou profundamente, alheio aos barulhos em sua volta.

Foi trazido de volta à realidade por uma voz preocupada:

– Severus? – era Harry – Está tudo bem?

Ele sorriu para seu noivo:

– Como nunca esteve. Como sempre vai estar daqui para frente.

center b THE END /center /b