Conversa Noturna

-Puxa, até que enfim vocês, digo, nós chegamos...

-Entrem. Temos muito que conversar...

Eu não acredito... É, é... é melhor eu me sentar...

-Isso, sentem-se todos. Olá, Derick...

-Olá tio Harry grande.

-Crianças, é melhor vocês subirem...

-Tá, papai. Depois vocês quatro sobem, eu tenho que mostrar um desenho que eu fiz.

-Tá bem, Dylan... Pode deixar, depois nós vamos.

-Olá, Harry. E olá, eu...

-Não diga isso, Draco. Você vai só nos confundir...

-A gente acaba entendendo. Sejam bem vindos, a casa é vossa.

-Sem piadinhas, Draco... Você estava me irritando demais, a princípio, sabia?

-É, Harry, tem razão. Hã... o que vocês querem saber?

-Draco, com certeza nós queríamos ter respostas...

-É...

-Puxa, Harry, sua voz era bem fraca.

-Não era não, eu só estava com vergonha... Fala pra ele, Harry.

-É!

-Melhorou... Vocês não precisam ter vergonha da gente, e nem de vocês mesmos...

-O Draco tem razão, vocês sabe que podem fazer isso. Irão fazer mais tarde! Não precisam

se importar.

-Obrigado pela ajuda Mione...

-Ah, Draco! Confessa, você sente alguma coisa por mim em seu tempo.

-É, eu sentia sim!

-Não. Eu não sinto!

-Ah, eu sentia sim!

-Não! EU NÃO SINTO NADA!

-Eu sei que sentia. Você sente sim. Não negue para si mesmo!

-É, e eu não tenho vergonha de falar que eu sentia.

-Peraí, mas eu não sinto!

-Sente sim!

-Eu não sinto nada!

-Ah, Harry, me poupe. Você não pode esconder nada de mim! Nem seus sentimentos.

-Mesmo que eu não possa eu sei que eu NÃO sinto nada pelo Draco!

-Peraí, pelo quem?

-...

-Potter! Seu idiota! Suicida!

-Viu, eu sentia...

-Mas eu não quero sentir...

-Ah, mas no começo eu também não queria. Mas agora, veja só...

-Temos dois filhos!

-Sabemos contar!

-Hei, eu não me lembrava de ser tão grosso!

-Desculpe, Harry...

-Viu, você me chamou de Harry.

-Chamei a você, e não a ele.

-Nós somos a mesma pessoa, Malfoy.

-Isso não importa. O importante é que nós queremos nos juntar. Eu só me pergunto como

conseguimos isso. Tá tão difícil...

-Vai ver foi desistindo...

-Não!

-Potter, seu idiota! Um Malfoy nunca desiste.

-Ah, então é por isso que você não vai desistir de me conquistar.

-Não tem nada disso! Eu odeio o Potter! Eu não quero me casar e ter dois filhos lindos com

ele! ELE È MEU INIMIGO!

-Puxa, Draco você não sabe o quanto me doeu ouvir isso de você...

-Desculpe, Harry. Eu estava confuso e irritado.

-Tudo bem, depois eu fiquei pensando na frase e até fiquei feliz. Olhe para mim, estou

quase rindo... Eu gostei de quando você chamou os nossos filhos de lindos.

-E olha que eu falei sem querer...

-Mas voltando ao assunto, amanhã vocês irão sair com o Philip, não é?

-É, porque? O que irá acontecer?

Ah, já vi que os garotos tem a quem puxar com as risadinhas constantes...

-Eu me lembro muito bem daquela noite, Draco...

-Eu também... Embora bêbado eu consigo me lembrar.

-Vocês vão se divertir, eu garanto...

-Hei, Potter, sou só eu ou você também perdeu a vontade de sair?

-Que vontade? Eu não vou!

-Ah, Harry, você vai! Eu e Harry dissemos que você vai então você vai! E vai ser muito

engraçado.

-Harry, Draco! O jantar será servido em um minuto...

-Ok, Duda. Nós já vamos...

-DUDA?

-Harry?

Meu Deus! O Duda está diferente! Ele ainda é um pouco gordinho, seu cabelo está a

mesma coisa, mas parece que aloirou mais. Ele está mais alto, mas ainda é baixinho.

-Draco, é hoje o dia?

-Sim, Duda! E olhe! Este sou eu com dezesseis anos. Ah, não se incomode se eu te ofender,

eu era meio... estranho.

-EU NÃO SOU ESTRANHO! E sai de perto de mim, seu grande saco de batatas!

-Eu avisei...

-Uau! Mas era a mesma coisa! Mas o Harry mudou! É, agora sei o que quer dizer quando

fala que o Matt é a sua cara... É assim desde sempre!

-Duda, você trabalhando para bruxos?

-É, Harry... Desde que mamãe morreu foi você quem me ajudou. Nem meu pai quis saber

de mim, e começou a roubar. Ele está preso em Voolmberg. Mas você foi muito bom em

me acolher aqui depois de tudo que te fiz... Obrigado!

-Ah, Duda. Não foi nada... Quero dizer, não será.

-Ótimo, agora, se nos permitem, Harry e eu estamos mortos de fome.

-É aqui, Harry...

-Mas e o meu quarto! Onde eu vou dormir?

-Ora, aqui comigo! Não vai me dizer que não gostou?

-O que? Eu quero dormir. E não pagar pecados!

-Ah, Harry, não se importe com o que eu estou dizendo... Eu estou quase pulando de alegria

por dentro.

-E antes que eu diga alguma coisa mal educada, eu também estou.

-NÃO ESTOU NÃO!

-Viu o quanto nós estávamos felizes, Draco? Até transmissão de pensamentos teve...

-É, sabem, nossas vozes ficam muito bonitas quando a entoamos ao mesmo tempo...

-Papai Harry, eu posso conversar com você amanhã?

-Claro, Dylan!

-Você não, o outro...

-O que? Mas eu só vou ser seu pai daqui a dez anos! Ao invés de esperar tudo isso porque

não aproveita o grandão aí?

-Ele tem razão... é melhor conversar com você dessa idade. E vai me ajudar muito,

também...

-Mas, eu não sou pai! Eu não sei como ser um pai!

-Ah, eu aprendi. Você também aprende.

-Espero que sim. Tudo bem, Dylan, eu converso com você amanhã.

-Tá bem, papai Harry pequeno! Boa noite. Boa Noite papai Draco pequeno.

-Boa noite.

-Tchau tio Harry pequeno, tio Draco pequeno...

-Boa noite para você também, Derick.

-Tchau papai.

-Boa noite, Matt.

-Harry, amanhã temos que encontrar um meio de voltar para Hogwarts.

-Achei que você fosse sair com o Philip.

-Ah, eu vou, mas quanto mais rápido soubermos sair, mais rápido poderemos voltar.

-Ok, boa noite.

-Boa noite. Boa noite, Draco!

-Boa noite, Granger.

-Ah, não ligue para ele, vem. Eu te mostro seu quarto. Eu disse que eu era estranho quando

era mais novo...

-EU NÃO SOU ESTRANHO! Mas que raiva! Eu não quero ser chato assim quando

crescer.

-Você não será chato, Malfoy. Você será mais carismático...

-Potter, vê se deita e cala a boca.

Nossa, como ele é estressadinho! Mas no momento é melhor apagar a luz e me deitar. Ah,

já ia me esquecendo de fechar a porta...

-Tá fazendo o que?

-Estou fechando a porta, não vê?

-Para com isso, eu não quero ficar trancado num quarto escuro sozinho com você!

-Não foi isso que você disse.

-Eu disse? Como assim, eu disse, Potter?

-Draco disse que estava quase pulando de alegria por dentro.

-É, mas era mentira. Anda, abre isso.

-Não! Eu gosto de porta fechada!

-Na Sonserina eu só durmo de porta aberta!

-Acostume-se!

-Eu não vou me acostumar só porque você mandou!

-Ah, Sr. Malfoy, então não posso fazer nada!

-Está com medo que um vampiro-sem-cabeça entre, Potter?

-Cala a boca, seu idiota!

-Quer deixar a luz acesa também?

-Quer apanhar no meio da noite, Malfoy?

-Tapas de amor não doem, Potter.

-Mas os de ódio, sim quer ver?

-Papai!

-Matt?

-Não faz isso... Eu não gosto de quando você e o papai Draco brigam...

-Nós só... estamos conversando, Matt.

-Você sempre diz isso, papai Draco. Então, agora falta o beijo.

-Que beijo?

-Sempre que o papai Draco diz isso para mim ele te beija, papai... Provem para mim que

não estão brigando...

-Sabe o que é, Matt. Está escuro e...

Eu tenho que confessar, este garoto herdou a inteligência dos Malfoy. Está escuro? Acenda

a luz.

-Matt, está tarde para você estar acordado agora.

-Mas eu já estou indo dormir.

-Ufa!

-Depois que o papai Draco beijar você...

Ah, esse menino não desiste, e agora? Terei de ser beijado pelo Malfoy? Eu não quero

isso. Bom, pelo menos eu acho que não quero. Mas não terá outra alternativa. Bem,

então...

O Potter fechou os olhos. Isso deve ser uma resposta de desistência ao menino. É estranho

o quanto ele aperta os olhos. Está com medo de mim?Bom, é melhor eu beijá-lo logo.

Espero que ele cumpra sua palavra... Ok, é só chegar um pouco mais perto. Um pouco

mais... Só mais um pouquinho. Uma polegada, e...

-É assim que eu gosto, vou dormir. Boa noite.

Os lábios do Potter são macios... quentinhos. Ah, dá vontade de ficar aqui todo o tempo.

Matt apagou a luz, isso dá mais clima.

Só mesmo o Matt para me fazer fazer isso. Os lábios do Malfoy são macios e pequenos, é

ele sabe mesmo como se beija, nem que seja só assim, encostando os lábios.

-Hummm, Malfoy...

-Sim?

-Ele já foi.

-E daí?

-Como e daí, me larga!

-Ai, você adora me empurrar, não é, Potter?

-E você é um tarado!

-Deite-se e cale esta boca suja, Potter!

-Pelo tempo que você ficou apreciando ela não me parecia que era isso que você tinha

achado!

-DEITE-SE!

Mas que cara chato! E eu vou me casar com isso? Ele é muito implicante, chato, cabeça

dura, arrogante, ignorante, impaciente, cabeça oca, idiota, esnobe e ridículo! Além de ser

bonito, elegante, carinhoso, fofo, ciumento e muito lindinho.

O Potter não me deixa aproveitar nada! Mas que coisa intrigante! E vejo que Matt puxou a

mania de fechar as portas dos quartos dele... Você venceu desta vez, Potter.

Ok, sem problemas, é só pensa que o sono está vindo e ele vem... Assim, ó: o sono está

vindo... eu vou dormir. Não vou ficar como uma coruja toda a noite acordado. Vou dor...

-Está dormindo, Potter?

-O que acha?

-Acho que não. O que o Dylan quer com você?

-Pergunte a ele.

-Não será necessário. Amanhã você me conta.

-Eu não te contarei nada!

-Quer apostar, Potter?

-Quero!

-Ok, você me conta até a meia noite de amanhã. Se não contar, eu durmo todos os dias que

permanecermos aqui na casa do Weasley.

-Ok, eu aceito..

-E... Potter...

-Sim?

-Por favor, não me faça brigar com você denovo...

-Não fui eu quem começou!

-Que seja quem for, mas eu não quero te beijar denovo!

-Ora, Sr. Malfoy, tirou as palavras da minha boca!

- Então estamos conversados, não é?

- Até que você mais velho não é feio. Tem o mesmo cabelo lisinho e branco de sempre, só

que está um pouco maior. Na altura das orelhas, né? Seus olhos que estão mais bonitos

ainda... Ficaram maiores, mais bonitos. E você cresceu bastante...

- Você também não é tão mal. Seus cabelos, ainda bagunçados, pretos e na mesma altura.

Seus olhos também cresceram, seu nariz está um pouquinho maior também. Mas o que me

impressionou foi a boca. Está bem mais carnuda. Você deixou de usar óculos, porque? Os

óculos eram o seu charme... E está bem mais forte também...

-É melhor pararmos com este papo e irmos dormir...

-Eu não estou com sono...

-Na verdade, nem eu...

-Eu gostaria de ter mais respostas.

-Vamos perguntar a nós mesmos agora?

-Seria uma boa idéia. Será que estamos dormindo?

-Acho que não. Você sabe onde é nosso quarto?

-Deve ser aquele de portas duplas com DH em dourado.

-Então vamos ver.

-Puxe a maçaneta devagar, eu odeio ser acordado na noite.

-Somos dois. No três. Um, dois, três!

Engraçado, o Malfoy está indo ao mesmo ritmo que eu... já dá para colocar a cabeça aí

dentro. Está escuro. Ouço gemidos, com certeza do Malfoy. Será que ele está bem? Vou

colocar a cabeça para dentro. O Malfoy está fazendo a mesma coisa.

Puxa, está mesmo escuro aqui, mas os meus olhos estão se acostumando... Estou me vendo,

agarrado a um travesseiroco os braços abertos. Tem alguma coisa maior do que eu mais ou menos na altura da

minha cintura, mas está coberta por um lençol... É, parece que eu estou sofrendo mesmo,

olhe a minha cara! Eu estou começando a gemer mais alto, e mais alto e mais, agora

parei. Seja o que foi que estava em cima de mim está se deitando para o lado... O lençol

vai escorregar... escorreg...

-Fecha, fecha!

-Poo... Potter, vo-você viu?

-Eu não acredito! Era eu! E você!

-Papai vai me matar!

-E eu vou me auto-matar me a mim mesmo agora!

N/A: Eu acho este capítulo muito importante. Ele revela coisas, e que coisas... Muitas coisas podem ser extraidas dele. E ele é um passo para o futuro. Gente, please! More reviews! Eu só recebi um e acho que vou chorar... Por favor, escrevam mais, não vais estourar a pontinha do dedo de vocês...

Anna-Potter: Ah, obrigada, pelo menos você me recompensa. Mas para uma tradutora como você colocar uma review na minha fic, quer dizer que não preciso chorar... Se você gostou deste capítulo, acho que vai adorar o 6º e o 7º. Eu morri de rir... Continue lendo e postando reviews. Assim como a de todo mundo para mim, sua presença é importante... Ah, e eu vou tentar seguir seu conselho...