A Missão

Harry não queria acordar para ir até a casa de Hermione, mas Draco cutucou tanto o garoto que este ficou com dor nas costelas.

Da próxima vez em que quiser tirar o meu fígado por trás com uma

varinha é só dizer que eu tomo algo anestesiante.

O que eu podia fazer? Eu gritei no seu ouvido, pulei na cama, joguei

água na sua cara e você não quis saber de nada! – disse Draco

enquanto vestia o macacão preto de ninja.

Não entendo pra que estas roupas ridículas.

Harry, não podemos ser vistos...

Mas todos saberão que estaremos lá. Até o seu amigo Weasley.

Dá pra chamar ele de Rony?

Porque você está mal humorado?

Já disse que não gosto de ser acordado na noite.

Ah, então é raro você ficar assim, não é? É quase impossível acordar

você. Não sei como faz em Hogwarts.

Ah, Draco! Por que que sempre que você me acorda você fica tão

insuportável?

Eu tenho este costume...

Desse jeito não vou querer me casar com você de jeito nenhum!

É, mas o que você pode fazer? Não consegue se render ao meu

charme...

Ah, como você é machista!

Olha quem está falando...

Você é muito chato, Draco. E QUEM FOI QUE COMPROU ESTA MERDA

TAMANHO P? – gritou Harry, ao desistir de enfiar o corpo lá dentro e

olhar a etiqueta.

Calma, eu te ajudo. Foi você que me deu estas roupas antes da gente

dormir. E você estava rindo. Agora sei porque.

Mas que raiva! Eu serei debochado assim? Por Merlin! Não quero

crescer.

Tá bom, Peter Pan, mas agora enfia a cabeça aqui.

Você está machucando minhas partes de baixo, Draco!

O que posso fazer? Eu tenho que puxar, o Harry exagerou...

Ah, que sufoco...

Pronto, agora arruma aí o seu nariz.

Como assim?

Ah, Harry veste essa máscara direito! Você não sabe fazer nada sem

mim?

Ah, como você se acha!

Podemos ir agora?

Bom, você do futuro disse que é melhor a gente ir a pé pra não dar

suspeitas.

Ah, de que adiantam as suspeitas? Todos já sabem.

Você quer envergonhar o meu filho?

É NOSSO FILHO!

Tá, esqueci. Puxa, antes você não queria nem ouvir isso. Agora está

gritando.

Dá pra descer logo essas escadas?

Ah, Harry... Você fica uma gracinha nervoso.

Cale a boca, Draco.

Draco foi rindo até a porta. Na verdade ele também achara as roupas

ridículas e desnecessárias. Mas ver o Harry gritando de nervo era

realmente hilário. Depois que Harry saiu e fechou a porta foi descendo

na frente até o portão. Ao chegar no portão, virou-se para trás e

deparou com um Harry cambaleando, tropeçando e descendo o resto do

gramado inclinado rolando. Isso o fez gargalhar histericamente. De

baixo de seus pés, Harry estava totalmente nervoso e começando a ficar

vermelho.

Ha... Harry... o que... aconteceu?

Pare de rir, Draco! Quem colocou aquela pedra ali?

Não foi só pela pedra que você caiu, com certeza! – perguntou Draco

ainda gargalhando e ajudando Harry a se levantar.

Esse troço está apertado!

E porque você não me chamou?

Não queria que você risse.

Conta outra, Harry, eu riria do mesmo jeito.

Ah, vamos deixar isso pra lá. Eu tô com frio.

Vem cá... tadinho do meu Harry... – Draco o segurou contra si e

começaram a seguir a rua.

Eu não sou seu Draco.

Ah, você vai ser, então eu considero como se você já fosse.

Eu não posso ser seu.

E porque não, senhor irritadinho?

Porque você já é meu.

Foi a coisa mais linda que você disse hoje, sabia?

Fico inspirado quando estou com você.

Harry?

Sim?

Eu já disse que te amo?

Não sei, acho que sim.

Então eu repito.

Eu também te amo, Draco.

Os dois foram seguindo abraçados até a esquina com a rua em que

Hermione morava. Draco olhava para todas as casas tentando

reconhecer alguma. Dez anos mudaram bastante aquele bairro. A única

coisa que ele reconhecera foi uma pracinha no final da rua, que ele vira

quando foi ao shopping de carro. Chegando à casa de Hermione,

avistaram a garota sentada perto do portão, e Draco soltou Harry.

Estão atrasados!

Dois minutos, Mione...

Temos que ser rápidos, Harry. Estou com sono!

Nós também. Mas estamos aqui, não estamos?

É, já é um começo. Andem, vamos entrar.

Os três subiram o gramado também inclinado e entraram. Hermione foi

até o sofá e pegou algo parecido com uma capa.

O Harry grande me deu isto aqui ontem, eu não entendi para que, mas

agora vejo que é para vocês. Vocês entram, acordam o Matt e jogam o feitiço nele. Depois fiquem para ver se está dando tudo certo. Se não der, apliquem mais o feitiço. Mas façam isso até três vezes. Eu espero do lado de fora. Só não entendi para que estão usando estas roupas tão... antiquadas.

Foi o Harry.

O do futuro, tirando onda com a nossa cara. Especifique melhor,

docinho.

Já falei para não me chamar de docinho, Draco!

Torrãozinho de açúcar?

Cale a boca, Draco!

Flor do campo?

Draco, eu vou te arrebentar!

Pedacinho do mar?

DRACO!

Harry, o Draco só está sendo carinhoso... – disse Hermione tentando se

curar da gargalhada.

Tá, tá bem, mas vamos logo então.

Eles subiram as escadas e Draco guiou-os até o quarto de Henry.

Colocaram a capa da invisibilidade e entraram. O quarto estava

iluminado pela luz que vinha da janela. Eles se encaminharam até a

cama de Matt e o balançaram de leve. O menino não acordou.

Matt... Maaaaatt...

Espero que ele não seja tão ruim para acordar quanto você, Harry.

Eu também.

Matt... Papai está aqui...

Harry estranhou o fato de Draco estar chamando a si próprio de papai, e

parece que Matt teve a mesma sensação, pois virou para o lado dos dois

e deu um longo suspiro.

Ele não nega a sua raça, Harry...

Bom, então se é assim... Quadribol!

Harry e Draco quase caíram para trás quando o garoto abriu

subitamente os olhos.

Quadribol?

Eu só estava brincando...

Papai Harry? Papai Draco? Já está na hora? Onde estão vocês?

Estamos aqui. – disse Draco colocando a cabeça para fora da capa.

Vamos colocar o feitiço em você. Está preparado?

Estou, papai Harry. Acha que vai dar certo?

Claro, filho. É só você mentir com tudo o que tiver dentro de si.

Então tá. Vai.

Celcius temperate! – invocou Draco.

Harry foi até Matt e descobriu que este estava esquentando a uma

temperatura alarmante.

Boa sorte, filho.

Brigado papai... Tchau. Até amanhã, papai Harry e papai Draco.

Os dois entraram debaixo da capa e se levantaram quando Matt fingiu gemer. Olharam para Henry, que se revirou antes de acordar e se espreguiçar.

Não... não quero... não, deixem ele...

Matt?

Pare com isso... eu não vou...

Matt você está me assustando.

Larguem ele...

Matt, acorde! O que você tem? – ele se levantou e foi até a cama de

Matt

Deixem ele em paz!

Matt! Acorde, Matt! – ele o sacudia freneticamente.

Largue! Eu não quero...

Matt! Acorde! Acorde! O que você tem, Matt?

Hã? Henry...?

Matt, você está queimando... Eu vou chamar o papai.

Não, eu tenho medo!

O que houve com você?

Ele disse que se você me deixar sozinho ele me pega! Não vai...

Eu não vou deixar, Matt. O que quer que eu faça?

Deite aqui comigo! Eu estou com medo demais!

Acalme-se, eu estou aqui... – disse Henry se deitando ao lado de Matt,

que o agarrou bem forte e começou a tremer.

Não me largue, Henry...

Eu não vou sair daqui.

AH! ELE ESTÁ ATRÁS DE MIM!

Eu não vou deixar!

Henry o abraçou e levantou a cabeça para ver se tinha algo atrás do

garoto. Quando olhou para o lado de Harry e Draco, estes puderam

perceber que ele estava com a cara muito fechada.

Ninguém vai provocar você, Matt. Eu não vou deixar.

Matt colocou uma mão para trás e fez um movimento para os pais

saírem, depois segurou o rosto de Henry e colocou a cabeça por cima

dele. Era o momento ideal. Os dois saíram do quarto e tiraram a capa.

Como foi? – perguntou Hermione

Aquele menino é mesmo um Malfoy...

Gente, ele merece um Oscar! Eu quase fui lá ver se ele estava bem.

Foi tão bom assim?

Claro que foi, Hermione! Ele convenceu o Henry direitinho.

Amanhã ele vai precisar de mais ajuda...

Ah, o Rony mandou chamar vocês para um jogo de quadribol com toda

a família Weasley. Aproveitar o sábado. –disse enquanto desciam as

escadas.

Claro, nós viremos. Mas a que horas?

Podem vir a partir das nove. O Rony sabe que você gosta de dormir,

Harry...

Ah, tá... Eu sei.

Nós viremos, Hermione. Pode deixar... – estavam descendo o gramado.

E é pra vocês chamarem Harry e Draco do futuro também...

Vamos ver se eles vem, né Harry...

Muitas tarefas, sabe?

Então vejo vocês amanhã?

Perfeito, boa noite Hermione.

Pra você também, Draco. Boa noite Harry.

Boa noite, Mione, e até mais.

Draco abraçou Harry e voltou a andar, conversando sobre o fingimento

de Matt até chegarem no quarto.

Ah, até que enfim eu vou tirar essa roupa idiota.

É, realmente, a idéia foi muito boba, mas ele só queria divertir um

pouco...

Ah, é? Eu não me diverti nem um pouco...

Mas eu sim. – disse Draco sorrindo e se livrando da roupa. – Quer uma

ajuda?

Por favor... – dizia Harry murchando a barriga para tirar a bendita

roupa.

Você vai jogar quadribol amanhã? – perguntou Draco quase rasgando a

roupa.

Vai ser bom relembrar os velhos tempos. Literalmente.

Tem razão. Hermione joga?

Só se for pedra nos outros. Ela não gosta de voar.

Mas você voa. – ele terminou de tirar a roupa de Harry e se assentou

ao seu lado na cama.

E muito bem, modéstia à parte...

Ah, é, seu modesto?

Olha quem fala, o rei da modéstia...

Está ficando nervoso denovo...

Não, eu não estou. E nem tente me deixar ficar. Agora eu só quero

vestir o pijama e dormir.

Pra quê vestir o pijama? Você é bem mais bonito assim, sabia? – Draco

sorriu e olhou para a cuequinha do Dragon Ball Z.

Ah, para! – disse Harry fingindo vergonha.

Bem, é o que eu acho, né?

Tô reparando que você é tarado, Draco... você é sempre assim?

Não, só com as coisas que eu acho gostosas...

Ah, eu vou dormir, Draco! – Harry se deitou na cama e se cobriu,

esquecendo que estava apenas de cueca.

Se você vai, eu também vou... – ele apagou a luz por magia e procurou

as cobertas, deitando logo após em cima de Harry.

Draco, lembra daquela noite...

Noite? Que noite?

A que vimos... aquilo.

Ah, o que tem?

Será que dói?

Doer? Aquilo é só um jogo com a boca...

Mas deve ser bem ruim

Se fosse ruim você não faria.

É melhor eu esquecer isso. Pelo menos por um tempo.

Você está curioso porque? Tá querendo experimentar?

Sim, mas não agora.

Não confia em mim?

Confio, eu só tenho medo.

Eu estou do seu lado, e nunca, NUNCA vou te abandonar.

Eu te amo Draco.

Eu te amo também, e vou enfrentar Voldemort por você. Eu prometo

que por você eu cuspiria na cara dele.

Não precisa disso... Basta que você esteja sempre comigo.

Não se preocupe. Eu vou estar.

Continua...

N/A: Oi, gente! Olhem eu aqui denovo! Eu sou uma figura que sempre está presente aqui, mas quero saber se vocês sempre estão presentes aí... Quero reviews. Eu só recebi um review do capítulo dez, gente, mas que falta de consideração! Brincadeirinha... Eu sei, vocês estão sempre postando. Isto me alegra, mas se der pra postarem um em cada capítulo, eu ficarei mais feliz ainda. Tem algumas pessoas faltando, e isso me deprime. Vou me jogar da torre Eifel, ou algo assim. Tô brincando, mas gente, se der pra colocar um review em cada capitulo eu ficarei imensamente feliz. Obrigada pela atenção... Beijos a todos!

Aline Potter: Ah, adorei seu review... Estava pensando em parar de escrever até receber um número decente de reviews, mas o seu compensa vários. Rs... Valeu, você é a única que parece que ainda lê essa coisa, rsrsrs denovo. Ah, que bom que você ama minha fic! Ela disse que ama você também e agradece por você ler ela sempre e deixar review. É, mas nem tudo são rosas e amores entre essas famílias. Tem o problema da passagem também. Você nem imagina o que eles terão de passar desnecessáriamente. Continue lendo, e, a propósito, sua strip tease está prevista para o capítulo vinte e um, mas chega rápido. Talvez eu coloque ele mais rápido, mas vamos ver, né? Beijos pra você.