PT 3 - CORES DO SOL
Alguém muito sábio uma vez disse: "A vida é como uma caixa de chocolates,
você nunca sabe o que você vai pegar". Você pode ter ouvido isso antes.
Você dá uma grande variedade de chocolates e você pode ter qualquer tipo
que quiser. Você olha cuidadosamente para todos os tamanhos e formatos
diferentes, e as cores diferentes. Pegue um chocolate escuro, e você decide
o que vai fazer com sua vida. Um desses pedaços de frutas significa saúde.
Caramelo, um favorito para muitos, é sua vida amorosa. Eu estava esperando
pegar um de caramelo, então eu finalmente teria aquele doce, o pequeno
pedaço que mudaria minha vida. Mas, em vez disso, eu peguei de coco.
Então, em outras palavras, minha decisão foi, bem, para falar
delicadamente, errada. Parece tão simples para eu entender agora, mas volte
quando eu era apenas uma adolescente, era tão confuso e difícil. Era só
minha mente ventando e complicada que eu nunca dei um pensamento, na
verdade. Depois de Tai me empurrar para Matt, as coisas mudaram. Se foi
para melhor ou para pior, nunca saberei. E, depois de falar com o Tai,
minha vida mudou de novo. Todas essas coisas foram muito para mim naquele
momento. Eu não pude classificar nenhum dos meus pensamentos, mas tudo que
eu precisava saber era porque Tai estava se sentindo daquele jeito. Aquilo
era tudo que importava.
Então, depois da aula de tênis, eu fui ver o ensaio de Matt, como uma boa
namorada faria, exceto por meus pensamentos não estarem em ver Matt, mas em
Tai. Eu estava lembrando o toque de sua mão na minha. Claro que já tinha
segurado sua mão antes, mas foi diferente daquela vez. E eu queria saber
porquê...
"Sora!".
Meus pensamentos foram quebrados e eu nunca consegui descobrir porque foi
diferente. No momento eu estava tentando descobrir porque Matt estava
olhando para mim estranhamente. Eu olhei ao redor e notei que eu estive tão
entretida nos meus pensamentos que eu passei direto do lugar.
Nós nos cumprimentamos com um pequeno beijo nos lábios, mas aquela era a
última coisa que eu queria fazer. Eu queria muito falar com Matt sobre Tai.
Nós andamos pelo parque falando de pequenas coisas. Nós demos as mãos como
sempre fazíamos. Mas, dessa vez, eu estava mais para notar as coisas
diferentes entre Tai e Matt em vez da conversação.
"Você parece estar fora de você, Sora. Alguma coisa na mente?". Ele me
perguntou enquanto sentávamos num velho banco que inspecionava o lago. Eu
não sabia por onde começar. Eu sentei lá pensando por um momento, não
sabendo como falar ou como Matt iria reagir quando eu falasse. Ele sentou
lá, parecendo todo interessado, esperando minha resposta. Olhando de volta,
ele realmente era um ótimo amigo.
"Eu falei com Tai hoje na escola".
Matt me deu um olhar estranho. Eu aposto que ele estava pensando a mesma
coisa que eu percebi aquele dia. Porque eu me importei tão repentinamente?
Mas o olhar desapareceu, substituído por um que ele me disse:
"Oh, isso é ótimo, mas eu achava que tinha algo a ver com a gente". Talvez
ele não se importou muito porque esse relacionamento estava fazendo a mesma
coisa ele que estava fazendo para mim. Mas ele fingiu estar interessado,
enfim.
"Então, hum, o que aconteceu?".
Eu disse a ele exatamente o que aconteceu, mas sem o lance de dar as mãos.
Eu não achei que ele teria gostado muito disso. Ele ouviu todas as palavras
que eu tinha a dizer. Até mesmo ele, assim como eu, nunca falou com Tai
como costumávamos a fazer, Matt sentiu que ainda precisava ficar um amigo
leal. Eu acho que todos os nossos brasões hesitaram com a gente, mesmo
depois de a verdade não ter sido mostrada por muito tempo.
Matt pensou que, talvez, Tai só estava se sentindo muito pressionado sobre
qual escola ele estaria indo no próximo ano. Ele conseguiu uma bolsa de
estudos por sua prática de futebol e foram oferecidos passes livres para
algumas faculdades que queriam ter Tai Kamiya jogando por eles. Eu fingi
que isso fazia sentido, então eu só concordei com ele. Matt precisava ir
para casa, enfim, então eu não quis segurá-lo. Mas, enquanto Matt ia
embora, com sua guitarra nas suas costas, eu soube que ele estava errado.
Ele era meu doce de coco.
Tai não teria me feito prometer não contar a ninguém, esquecer do juramento
do dedo mínimo para isso, se isso fosse sobre faculdade. E ele teria me
dito diretamente, em vez de me deixar imaginando por muito tempo. Mas eu
sabia que Matt estava errado, provavelmente nem mesmo teve a mais pequena
idéia, porque ele não teve que ver o jeito que Tai estava. A dor naqueles
olhos cor de chocolate estava tão ardente que ainda tem impacto em mim, só
de lembrar.
Com Matt partido, eu voltei para os meus pensamentos. Eu sempre fui até Tai
por ajuda, mas eu não pude dessa vez. Eu tentei Matt, e quando ele dava
respostas, elas não ajudavam. Eu estava sozinha nessa. Eu não me sentia
assim desde nossa primeira vez no Mundo Digital.
Eu dizia que meu brasão do amor nunca brilharia. Aquilo me machucou muito.
Senti-me desamparada e fraca, nunca seria tão boa quanto Tai ou os outros.
Eu fugi e, intimamente, me convenci que já não havia um motivo para estar
viva. Talvez fosse o mesmo jeito que Tai estava se sentindo agora, apenas
dor. Mas algo me manteve. Tai e os outros, eventualmente, me acharam. Eu
lhes contei minha história e comecei a chorar. Mas a coisa que eu lembro
mais foi quando Tai me abraçou. Ele me ajudou aquele dia. Ainda estava me
sentindo machucada, mas foi como se Tai tivesse me dado uma chance de
viver. Mais tarde naquela noite, meu brasão brilhou.
Eu encostei de volta no banco e olhei através das folhas que dançavam no
vento sob minha cabeça. Ainda perdida nas últimas sobras da memória, eu
pensei no meu brasão. Amor. Dita ser a coisa que faz o mundo girar, ainda
era um mistério para mim. É claro que eu amo minha mãe e minha família, mas
é um outro tipo de amor. O tipo que nem mesmo uma banda de rock como a de
Matt canta. Parece tão simples ao olho do observador, mas para os dois
amantes, é um sentimento muito mais complexo e maravilhoso. Ou, é um
sentimento que quebra corações e arruína vidas. Eu desejo mais que tudo ter
que saber que aquilo era amor. Tai estava indo embora, e que eu era a única
que podia pará-lo.
Mas eu não parei. E se eu tivesse aprendido algo da vida, saberia que não
se pode mudar o passado. Então, tudo o que eu fiz aquela noite foi fitar o
ambiente do sol. Eu me lembro de ver isso como uma lembrança de Tai. Seu
brasão era o sol. Uma lágrima caiu dos cantos dos meus olhos enquanto os
raios de luz laranja e vermelho batiam na face. As duas cores na água vão
ficar na minha mente e no meu coração para sempre. Elas se entrosaram em
harmonia no escuro, cascateando águas. Foi o momento que a natureza criou.
Isso quis me mostrar alguma coisa. Meu brasão é da cor vermelha e a de Tai,
da cor laranja. É uma dessas coisas na vida que são tão completamente
óbvias que você nem mesmo percebe até que é muito tarde. Eu sempre fui
terrível com o tempo.
Alguém muito sábio uma vez disse: "A vida é como uma caixa de chocolates,
você nunca sabe o que você vai pegar". Você pode ter ouvido isso antes.
Você dá uma grande variedade de chocolates e você pode ter qualquer tipo
que quiser. Você olha cuidadosamente para todos os tamanhos e formatos
diferentes, e as cores diferentes. Pegue um chocolate escuro, e você decide
o que vai fazer com sua vida. Um desses pedaços de frutas significa saúde.
Caramelo, um favorito para muitos, é sua vida amorosa. Eu estava esperando
pegar um de caramelo, então eu finalmente teria aquele doce, o pequeno
pedaço que mudaria minha vida. Mas, em vez disso, eu peguei de coco.
Então, em outras palavras, minha decisão foi, bem, para falar
delicadamente, errada. Parece tão simples para eu entender agora, mas volte
quando eu era apenas uma adolescente, era tão confuso e difícil. Era só
minha mente ventando e complicada que eu nunca dei um pensamento, na
verdade. Depois de Tai me empurrar para Matt, as coisas mudaram. Se foi
para melhor ou para pior, nunca saberei. E, depois de falar com o Tai,
minha vida mudou de novo. Todas essas coisas foram muito para mim naquele
momento. Eu não pude classificar nenhum dos meus pensamentos, mas tudo que
eu precisava saber era porque Tai estava se sentindo daquele jeito. Aquilo
era tudo que importava.
Então, depois da aula de tênis, eu fui ver o ensaio de Matt, como uma boa
namorada faria, exceto por meus pensamentos não estarem em ver Matt, mas em
Tai. Eu estava lembrando o toque de sua mão na minha. Claro que já tinha
segurado sua mão antes, mas foi diferente daquela vez. E eu queria saber
porquê...
"Sora!".
Meus pensamentos foram quebrados e eu nunca consegui descobrir porque foi
diferente. No momento eu estava tentando descobrir porque Matt estava
olhando para mim estranhamente. Eu olhei ao redor e notei que eu estive tão
entretida nos meus pensamentos que eu passei direto do lugar.
Nós nos cumprimentamos com um pequeno beijo nos lábios, mas aquela era a
última coisa que eu queria fazer. Eu queria muito falar com Matt sobre Tai.
Nós andamos pelo parque falando de pequenas coisas. Nós demos as mãos como
sempre fazíamos. Mas, dessa vez, eu estava mais para notar as coisas
diferentes entre Tai e Matt em vez da conversação.
"Você parece estar fora de você, Sora. Alguma coisa na mente?". Ele me
perguntou enquanto sentávamos num velho banco que inspecionava o lago. Eu
não sabia por onde começar. Eu sentei lá pensando por um momento, não
sabendo como falar ou como Matt iria reagir quando eu falasse. Ele sentou
lá, parecendo todo interessado, esperando minha resposta. Olhando de volta,
ele realmente era um ótimo amigo.
"Eu falei com Tai hoje na escola".
Matt me deu um olhar estranho. Eu aposto que ele estava pensando a mesma
coisa que eu percebi aquele dia. Porque eu me importei tão repentinamente?
Mas o olhar desapareceu, substituído por um que ele me disse:
"Oh, isso é ótimo, mas eu achava que tinha algo a ver com a gente". Talvez
ele não se importou muito porque esse relacionamento estava fazendo a mesma
coisa ele que estava fazendo para mim. Mas ele fingiu estar interessado,
enfim.
"Então, hum, o que aconteceu?".
Eu disse a ele exatamente o que aconteceu, mas sem o lance de dar as mãos.
Eu não achei que ele teria gostado muito disso. Ele ouviu todas as palavras
que eu tinha a dizer. Até mesmo ele, assim como eu, nunca falou com Tai
como costumávamos a fazer, Matt sentiu que ainda precisava ficar um amigo
leal. Eu acho que todos os nossos brasões hesitaram com a gente, mesmo
depois de a verdade não ter sido mostrada por muito tempo.
Matt pensou que, talvez, Tai só estava se sentindo muito pressionado sobre
qual escola ele estaria indo no próximo ano. Ele conseguiu uma bolsa de
estudos por sua prática de futebol e foram oferecidos passes livres para
algumas faculdades que queriam ter Tai Kamiya jogando por eles. Eu fingi
que isso fazia sentido, então eu só concordei com ele. Matt precisava ir
para casa, enfim, então eu não quis segurá-lo. Mas, enquanto Matt ia
embora, com sua guitarra nas suas costas, eu soube que ele estava errado.
Ele era meu doce de coco.
Tai não teria me feito prometer não contar a ninguém, esquecer do juramento
do dedo mínimo para isso, se isso fosse sobre faculdade. E ele teria me
dito diretamente, em vez de me deixar imaginando por muito tempo. Mas eu
sabia que Matt estava errado, provavelmente nem mesmo teve a mais pequena
idéia, porque ele não teve que ver o jeito que Tai estava. A dor naqueles
olhos cor de chocolate estava tão ardente que ainda tem impacto em mim, só
de lembrar.
Com Matt partido, eu voltei para os meus pensamentos. Eu sempre fui até Tai
por ajuda, mas eu não pude dessa vez. Eu tentei Matt, e quando ele dava
respostas, elas não ajudavam. Eu estava sozinha nessa. Eu não me sentia
assim desde nossa primeira vez no Mundo Digital.
Eu dizia que meu brasão do amor nunca brilharia. Aquilo me machucou muito.
Senti-me desamparada e fraca, nunca seria tão boa quanto Tai ou os outros.
Eu fugi e, intimamente, me convenci que já não havia um motivo para estar
viva. Talvez fosse o mesmo jeito que Tai estava se sentindo agora, apenas
dor. Mas algo me manteve. Tai e os outros, eventualmente, me acharam. Eu
lhes contei minha história e comecei a chorar. Mas a coisa que eu lembro
mais foi quando Tai me abraçou. Ele me ajudou aquele dia. Ainda estava me
sentindo machucada, mas foi como se Tai tivesse me dado uma chance de
viver. Mais tarde naquela noite, meu brasão brilhou.
Eu encostei de volta no banco e olhei através das folhas que dançavam no
vento sob minha cabeça. Ainda perdida nas últimas sobras da memória, eu
pensei no meu brasão. Amor. Dita ser a coisa que faz o mundo girar, ainda
era um mistério para mim. É claro que eu amo minha mãe e minha família, mas
é um outro tipo de amor. O tipo que nem mesmo uma banda de rock como a de
Matt canta. Parece tão simples ao olho do observador, mas para os dois
amantes, é um sentimento muito mais complexo e maravilhoso. Ou, é um
sentimento que quebra corações e arruína vidas. Eu desejo mais que tudo ter
que saber que aquilo era amor. Tai estava indo embora, e que eu era a única
que podia pará-lo.
Mas eu não parei. E se eu tivesse aprendido algo da vida, saberia que não
se pode mudar o passado. Então, tudo o que eu fiz aquela noite foi fitar o
ambiente do sol. Eu me lembro de ver isso como uma lembrança de Tai. Seu
brasão era o sol. Uma lágrima caiu dos cantos dos meus olhos enquanto os
raios de luz laranja e vermelho batiam na face. As duas cores na água vão
ficar na minha mente e no meu coração para sempre. Elas se entrosaram em
harmonia no escuro, cascateando águas. Foi o momento que a natureza criou.
Isso quis me mostrar alguma coisa. Meu brasão é da cor vermelha e a de Tai,
da cor laranja. É uma dessas coisas na vida que são tão completamente
óbvias que você nem mesmo percebe até que é muito tarde. Eu sempre fui
terrível com o tempo.
