N.A 1 Antes que alguém mais uma vez me pergunte, eu não me 'inspirei' no "Paixão de Cristo" para a cena da Kione, o que é impossível, já que o original estava feito desde antes da semana santa do ano de 2003... Na verdade tem uma frase específica, que eu usei a mesma idéia, vinda do filme Ana e o Rei, que se não me engano tem o rapazinho que faz o Draco, o Tom Felton, como o filho da Ana. No filme há uma história de um amor proibido entre uma das empregadas do Rei e um monge, os dois são descobertos e executados em praça pública. No julgamento um dos velhos acusa a menina de ter transado com o monge no mosteiro, o que nunca aconteceu. Essa história, na minha opinião, apesar do final triste, vale o filme todo.
N.A 2 Já me fizeram a tosca pergunta "O Giafar é alto, forte, usa magia e voa. Ele é o Goku?". Repito minha resposta: "O mané do Goku morre com um peido do Giafar. E, de mais a mais, nosso querido e nervosinho "Templário de Negro" é infinitamente mais lindo, sarado, gostoso, tesudo e foda que o Goku. E nem precisa virar "Super Sayajin"! Uau!
ESPADA DOS DEUSES
EPISÓDIO III: SAARA
--Capítulo 39—
Templários
A praça central de Morada do Sol estava em silêncio. As pessoas que estavam curiosas para ver um espetáculo o tinham encontrado. Mas não sabiam que seria um espetáculo tão cruel. Muito mais duro e real do que as histórias que escutavam, da época em que a praça deixou de ser a praça de execuções para ser uma bela fonte de água limpa, gelada e enfeitada de flores.
Moredin, de pé, respirava ofegante, suando por causa do sol forte. Suas vestes branco-azuladas estavam sujas de sangue e terra. Ele olhava fixamente a pessoa que estava à sua frente, no chão, acorrentada ao tronco, no centro da praça.
O corpo de Kione jazia no chão duro, em meio aos farrapos de sua roupa, rasgada pelas chibatadas; ao sangue de suas feridas e à fina areia do lugar. O sol e o pó ardiam seus machucados. A dor, o gosto e o cheiro da tortura deixavam-na confusa. Sua mente já estava escurecendo. Suas dores iriam aliviar e aquela sensação terrível iria passar.
Os velhos pareciam estar com medo de se aproximar. Ficavam atrás de Moredin. Kione, do chão, abriu um dos olhos, com muita dificuldade. A vista embaçada. Não sabia direito onde estava, mas estava morrendo. Tentou olhar em volta, mas seu corpo já não obedecia, não focalizou nada. Mas reparou que, próximas do público, algumas pintinhas pretas moviam-se como baratas tontas, andando apressadas. Seria ilusão das pancadas na cabeça?
Escutou o público começar a murmurar de novo, enquanto um dos velhos falou em voz alta e superior:
- Senhor Ali.... ela ainda está viva. - Moredin deu um longo, doloroso e impaciente suspiro. - Nosso povo não estará livre enquanto essa peste viver. Sua honra não estará limpa enquanto ela não...
- Eu já sei, eu já sei! – exclamou Moredin. Ele parecia estar num grande conflito interior. Ao mesmo tempo em que queria estar ali, torturando, humilhando Kione, ele queria estar longe, sossegado, com um de seus homens encarregado do serviço. Não que ele não quisesse matá-la, ele só não queria se sujeitar a sujar as mãos com ela.
- Termine logo com isso, Moredin. Temos compromissos menos repugnantes para comparecer.
Moredin voltou a se aproximar do corpo de Kione, com uma das cimitarras de seus homens na mão.
- Ainda respira, Kione? – murmurou Moredin. – Por que insiste em viver?
Kione o olhou. Queria morrer logo, acabar com tudo aquilo. Já estava cansada.
- Muito bem... Que seja feita a justiça de Alá. Seu sangue será usado para mostrar a todos que os impuros e os amaldiçoados sempre sofrerão e cairão perante os deuses.
Kione forçou o olhar. Viu a reluzente espada ser erguida no ar, mirando seu pescoço. Fechou os olhos, esperando a fria lâmina acabar com tudo aquilo.
- Sua imprestável vida chega ao fim. AGORA.
A lâmina descendo veloz. Um baque forte. Um deslocamento de ar. Um tombo surdo, um público espantado e um tecido leve pousando à sua frente. Kione abriu os olhos novamente, viva. Na sua frente, alguém trajado de negro. No chão, assustado, Moredin. Os velhos recuaram:
- Templário Giafar! É Templário Giafar!
A lâmina dourada da cimitarra de Giafar encostou no nariz de Moredin:
- Encoste um imundo dedo nela e terá suas mãos cortadas. Dirija uma nojenta palavra a ela e terá sua língua arrancada. Olhe nos olhos dela com um sentimento que não seja admiração ou súplica... e terá sua cabeça decepada.
- Quem você pensa que... – Moredin deu um tapa na espada e se pôs de pé, irado. Mas antes que terminasse de se erguer ou falar, foi derrubado por um potente soco de direita do guerreiro, tão potente que quebrou seu nariz. Kione conseguiu arregalar os olhos de espanto. Aquilo tudo era verdade ou o sol corroera seus miolos e ela estava delirando? Os homens de Moredin tiraram as varinhas e as espadas mas, antes que dessem um passo, doze homens, também de negro, apareceram do chão, como se viessem das areias, impedindo qualquer reação.
- O que estão esperando? – exclamou Moredin, do chão, olhando dos lados. – São só doze! O que....
Giafar ergueu-o pelo colarinho:
- Você é surdo, estúpido ou as duas coisas juntas? – e deu-lhe mais uma bordoada. – Eu mandei que calasse a boca!
Um dos templários foi, calmamente, até Kione. Ele usava um turbante, mas notava-se que tinha os cabelos e as sobrancelhas raspadas, e mantinha os olhos fechados numa expressão muito tranqüila e sorridente. Agachou-se e disse, com uma voz tão leve que parecia um sussurro:
- Não se preocupe. Tudo irá acabar muito rápido. Não tenha medo, nós já estamos aqui para protegê-la.
"Medo? Medo de quê? Proteger? Proteger do quê?", pensou Kione. "Não estou com medo. Só quero que alguém me mate logo. Pode ser ou está difícil?"
O cavaleiro fez um movimento sutil e um frasquinho preto com rolha apareceu em sua mão. Ele destampou e passou perto do nariz de Kione. Imediatamente toda a dor que sentia desapareceu e ela mergulhou em sono profundo. Giafar foi até o cavaleiro ao lado de Kione.
- Zen?...
- Não vai demorar. - sorriu, virando-se para Giafar, sem abrir os olhos. – Hum... pronto.
Giafar então passou os braços delicadamente por baixo de Kione e a ergueu no colo, sem se importar de se sujar com o sangue e a areia. Quando os homens foram reagir e Moredin se ergueu novamente, Giafar olhou ao redor e disse serenamente:
- Não se movam... ou vamos ser obrigados a matar todos que estiverem aqui.
Moredin se ofendeu. Os homens recuaram.
- Não estão com medo, estão? – berrou Moredin, inconformado. – Não acham que...
Giafar veio andando até Moredin e parou à sua frente.
- Poderia tirar sua carcaça fedida do caminho ou terei de lhe tirar à força?
Moredin tremeu de ódio. Olhou no fundo dos olhos vermelhos de Giafar. Os outros templários o olharam. Ele estremecia de raiva, mas não tinha coragem de reagir.
- Você é desprezível. – disse Giafar, dando uma bela cusparada na cara de Moredin.
Antes que os homens de Moredin reagissem, uma ventania de areia passou pela praça, e os cavaleiros sumiram junto dela, levando Kione.
Um murmúrio de curiosidade, espanto e pavor correu pelo lugar. Moredin estava chocado. No centro da praça restava apenas ele, olhando o tronco com as correntes vazias.
- O que houve com os cavaleiros? – perguntou Lupin.
- Voltaram correndo para Morada do Sol. – contou Sirius.
- Pareciam estar atrás da garota. – completou Snape.
- Kione? – perguntou Rony. – Atrás de Kione? O que eles queriam com ela?
- Como podíamos saber, garoto? – resmungou Snape. – Ele estava querendo cortar nosso pescoço fora. Íamos pedir licença e perguntar "Se não for muito incômodo, Giafar, poderia por obséquio esclarecer nossa mortal dúvida e explicar por que está andando atrás de uma linda garota, escrava de um porco bigodudo?"
- De qualquer jeito... – comentou Sirius, ignorando Snape. – parece que ela está... hum... com problemas. Pela pressa que eles saíram...
Rony sentiu um frio no estômago. Alguma coisa de muito ruim devia ter acontecido.
- Coraçãozinho agoniado. – disse uma voz.
Era o fantasma de Ramsés, de novo. Flutuando, com as mãos para trás, sorrindo.
- Você de novo? – resmungou Lupin. – Que foi? Não está gostando da nossa performance? Só porque ainda não morremos?
- Vim só porque senti a energia desse garoto aí de cabelos de fogo. Parece preocupado. Algum problema?
- Não é da sua conta. – disparou Rony. O fantasma riu.
- Preocupado com aquela escravinha rebelde? Bem... ser uma escrava não é bom. Rebelde como ela, então...
- O que aconteceu com ela? – perguntou Rony, fechando os punhos e olhando-o, sério. O frio no estômago aumentou.
- Hum...
- Aquele porco imundo fez alguma coisa com ela?
- Ah... Fez sim. – Rony sentiu a boca secar.
- ...O quê?
Ramsés deu um sorriso irritante.
- DIGA!!!
- Bom... ela sentiu... dor.
- Como?
- A escrava pagou pelo que fez.
- Moredin a machucou de novo?
- Mais ou menos... Digamos que eu tenha duas notícias. Uma boa, outra ruim. A boa é que ela não está mais sentindo dor... – em seguida ele gargalhou, como se fosse divertidíssimo. – a ruim é que ela morreu! HAHAHAHAHAHAHAHA!
- QUÊ? – exclamou Sirius.
- Ele está enchendo nosso saco. – murmurou Lupin.
- Executada em praça pública! – gargalhava Ramsés. - Na frente de Morada do Sol! Há séculos não me divertia tanto com um... IAU!
Ramsés desviou de um poderoso golpe de Rony, uma rajada de fogo. O menino tremia de raiva. Olhava Ramsés com o olhar faiscando.
- Você-está-MENTINDO!
- Credo... Sabia que isso ia me torrar? Você tem uma energia forte, garoto... E olha que eu já morri!
- DIGA A VERDADE! – urrou Rony. Os professores estavam boquiabertos. Não sabiam que Rony seria capaz daquilo.
- Hum... – Ramsés olhou Rony de um jeito diferente, interessado. – Não pensei que, entre vocês, alguém tinha essa classe de poder...
- FALE LOGO!!!!! – berrou Rony, salpicando as paredes de faíscas e ondas quentes.
- Ah, quer que eu diga? Pois usem isto para arrancar de mim a verdade.
Ele fez um movimento com as duas mãos e, na frente deles, apareceram as duas últimas espadas. A azul e violeta do gelo, que parecia um espadim europeu, e a vermelha do fogo, como uma katana japonesa toda enferrujada.
Snape se apressou ao lado de Rony.
- A do gelo é minha. A do fogo é sua.
- Hum? - resmungou Rony, enquanto Snape arrancava sua espada azul do chão.
- Se quer fazer alguma coisa, use-a para fazê-lo.
Rony fez que sim com a cabeça e arrancou a sua espada também.
- Agora sim. – sorriu Ramsés, que transportou os bruxos para outro lugar, uma arena parecida com a que Gina e Draco tinham caído, mas era uma caverna bem mais baixa, longa e estreita. De um lado a parede com dois portões de pedra e monstros desenhados, do outro uma grande fenda, um desfiladeiro que terminava num rio de lava, a quase 150 metros do lugar.
- E agora? – perguntou Sirius. – Quer que a gente faça o quê, ó grande Faraó?
- Brinquem com minhas crianças. – sorriu Ramsés. – Se as vencerem... estarão livres. Isso se seus outros amigos derrotarem o deus do Templo.
- Como?
Ramsés sorriu e desapareceu. Os portões se abriram. Deles vieram, visivelmente mau-humorados, duas monstruosas mantícoras.
- De repente me deu uma saudade tão grande do Hagrid... – gemeu Sirius.
- Bom... vamos pensar pelo lado positivo. – riu Rony, nervoso. – Pior NÃO pode ficar!
Os cavaleiros pararam em um oásis. Alguns colocavam água fresca nos cantis, do gelado e cristalino lago do lugar. Na sombra de uma das grandes moitas de coqueiros do lugar estava Kione. Ao seu lado Zen, o mesmo Templário que a deixou desacordada. Ele passou um líquido mágico nas feridas da menina e fez com que tomasse um chá gelado. Agora ela estava sentada, com a longa capa de Giafar nos ombros, passando um pano úmido dado por ele nos lábios, para limpar o sangue. Sua cabeça estava cada vez mais confusa. Ela olhou Zen, que sorria.
- Eu me pergunto... por quê?
Os templários pararam o que faziam e olharam-na. Kione parecia desolada.
- Por quê? Por que vocês fizeram isso?
- Isso o quê? – perguntou docemente Zen, ajoelhado ao seu lado.
- Isso... isso tudo. Por que impediram minha execução? Por que me tiraram de lá? Por que curaram minhas feridas? Por que salvaram minha vida?
Giafar se aproximou:
- Quando chegar a hora nós contaremos tudo. – falou, olhando Kione nos olhos. – Mas agora vamos voltar para o Templo do Fogo. Aqueles bruxos ainda estão lá.
- Eles... eles estão... bem? – perguntou Kione, achando que se perguntasse 'e Rony?' podia ser executada; de novo.
- Provavelmente sim. – respondeu, dando as costas.
Kione se apoiou e se pôs de pé. Um pouco zonza, mas inteira. As marcas dos machucados ainda estavam no rosto cortado, na boca que sangrou. Mas não sentia mais dor. Incrível, mas ela estava intacta. Os deuses perderam dessa vez. Se era bom ou não ela não sabia. Mas, dessa vez, ela tinha escapado.
- A estátua abriu os olhos! – gemeu Draco, afinando a voz a cada frase. – Olha lá... ela se levantou! Ela tá vindo pra cá, Weasley... Ela tá vindo mesmo pra cá, Weasley! Ela tem 4 braços! E uma corrente, com uma bola de ferro cheia de espinhos na ponta, e uma foice na outra! Ela... parou na nossa frente, Weasley!
- Pense pelo lado bom, Malfoy. – disse Gina, sorrindo. – Pior NÃO pode ficar!
A estátua viva deu um urro e começou a girar a corrente. Draco e Gina se afastaram, lentamente.
A bola de ferro fez um estrago ao atingir o chão. Mas Gina e Draco tinham saltado a tempo. Gina, antes de chegar ao chão, tentou usar a varinha:
- Flippendo!
O feitiço bateu na nuca do gigante e ricocheteou no salão, e o máximo que aconteceu foi ela atrair a atenção da criatura.
- Valeu, Weasley! – gritou Malfoy. – Agora posso arranjar tempo pra sair desse lugar sozinho. E inteiro!
Gina recuou até a borda, enquanto o bicho se aproximava.
- Vou avisando, coisa de pedra, eu estou armada e...
A estátua olhou Gina, agarrou sua espada e a jogou do outro lado, fazendo-a bater de costas no chão e arrebentar os blocos de pedra. Gina deu um dolorido gemido, mas não largou o cabo da espada.
- Hummm... Isso doeu...
A estátua, mais uma vez, jogou Gina do outro lado. E ficou brincando de iô-iô com ela na arena toda, com pancadas cada vez mais fortes.
- Largue essa espada, estúpida! – gritou Malfoy.
- Essa espada enferrujada na minha mão é a única coisa de útil nesse lugar... E é nela que vou confiar minha vida.
A estátua agarrou Gina com as duas mãos de cima e ergueu-a.
- A-Aperto de mão forte, hein? – comentou Gina, ao sentir os ossos estalarem nas mãos do gigante, que resolveu esmigalhá-la. – AI! Isso... dói. Você devia aprender... que não é legal matar alguém... assim. É grosseria...
O aperto de mão ficou mais forte. Suas juntas estalavam cada vez mais.
- Tsc. – resmungou Draco. – Você é mesmo uma babaquinha, Weasley! É assim que se faz: gellium!
Com as mãos, Draco fez uma camada fina de gelo debaixo do gigante. Em seguida correu na direção dele e saltou, pousando no peito de pedra da estátua, que rosnou e tentou mordê-lo. Mas ele foi mais rápido. Aproveitou a boca aberta e apontou a varinha:
- Expelliarmus!
Uma explosão vermelha rachou a boca do bicho. Malfoy voltou ao chão. Gina foi solta e também caiu. A estátua deu um passo pra trás, desequilibrando-se, escorregou no gelo, caindo de costas, levantando poeira e sacudindo o vulcão. Gina se pôs de pé, estalando as juntas, dessa vez para fazê-las voltar ao lugar.
- Hum... Meus ossos...
O gigante se pôs de pé, cambaleando, agora sem o queixo. Realmente não ficou feliz com isso. Pôs-se a atacar os dois, sem parar, com a corrente.
- Você pode congelar a corrente? – perguntou Gina aos gritos, enquanto saltava de um lado para o outro.
- Não é boa idéia. – respondeu Malfoy, da mesma forma. – Não ia adiantar. Você é que podia ver se derretia a corrente, heim?
- Derret...? ISSO! Derreter!
Gina sorriu como se fosse óbvio. Ela, que controlava o fogo tão fácil, podia muito bem usar o poder para esquentar a corrente até o ponto de fusão do ferro, fazendo-o virar uma meleca líquida. Fácil. Era só ela pôr as mãos na esfera e na corrente. Mas como?
Ela colocou a espada na cintura e parou de fugir, parando como se fosse um goleiro à espera de um pênalti. Esfregou as mãos e ficou paradinha. Draco, ainda desviando da estátua, ficou sem entender. Gina fez uma bolinha de fogo com as mãos e mandou na nuca da estátua, para atrair a atenção dela. O gigante olhou-a e foi caminhar, mas Gina disparou mais uma série de bolinhas, como uma metralhadora, só pra irritar o gigante, o que deu muito certo. Ela girou a corrente e mandou a esfera de ferro direto para Gina, que não desviou.
- Mas que... Sua RETARDADA! – berrou Draco.
A esfera atingiu Gina em cheio, que se agarrou aos espinhos e foi lançada contra a parede do lugar, fazendo um buraco. Ela continuou agarrada à esfera, mesmo quando seu sangue começou a escorrer dos furos feitos pelos espinhos. Ela continuou firme, rangendo os dentes com uma força incrível, mas não para tirar a esfera da barriga, mas sim agarrando-a cada vez mais forte. Malfoy desconfiou do porquê quando começou a sair fumaça da esfera: Gina estava concentrando sua energia na arma para esquentá-la até derreter. O ferro começou a brilhar, mostrando que estava amolecendo e derretendo, mas mesmo essa temperatura não parecia atrapalhar muito a bruxa. O gigante grunhiu e puxou a corrente, junto com a esfera e Gina, que saltou assim que se aproximou da arena, para não correr o risco de cair na borda e no precipício e, conseqüentemente, cozinhar na lava do vulcão.
A corrente e a esfera se derreteram assim que ela as largou. A estátua olhou o que restou da arma e de novo não ficou feliz.
- Um problema a menos. - riu Gina, agarrando-se à cintura cortada profundamente, ajoelhando-se, começando a sentir a dor do estrago da pancada.
Mas o gigante de pedra não desistiu. Levou as mãos às espadas de pedra em suas costas e puxou-as. Elas viraram de pedra para puro ferro: cimitarras novas em folha. Colocou-se em posição de ataque, com as espadas nas mãos de cima e as de baixo livres.
- Hum... ele não gostou de perder a correntinha... – comentou Draco. – Ei, Weasley! Ei, Weas...!
O gigante, claro, queria descontar a frustração de não ter mais a corrente em Gina, que ainda não estava bem o suficiente para sair correndo do ataque. As duas espadas zuniram no ar, para partir a menina em dois, com toda a força. Mas, no último instante, foram desviadas e racharam o chão, pois bateram em duas colunas de gelo e escorregaram para longe de Gina. Obra, claro, de Malfoy.
- Ela é o menor dos seus problemas, pedregulho de cabelinho chanel. Esqueceu do papai aqui!
A estátua, num movimento rápido, virou o corpo sobre a cintura de pedra e, com uma das mãos livres, deu um tapa certeiro em Malfoy, achatando-o no chão como se ele fosse uma mosca.
- Draco! – gritou Gina, assim que a estátua tirou a mão de cima dele, que permaneceu imóvel na fôrma que seu corpo fizera no chão rachado. A criatura voltou a atenção para Gina, que segurou a espada entre as mãos e olhou-a fixamente. – Ah, sua coisa estranha...
Nessa hora o ombro direito de Draco se moveu, ele apoiou a mão no chão e ergueu-se. Na pancada, seu nariz começou a sangrar e provavelmente algumas costelas foram quebradas, porque ele parecia sentir muita dor ao respirar.
- Ei, tio. – rosnou entre dentes, passando a mão no cabelo, para tirá-lo do rosto. – Se eu falei que ela é seu menor problema... é porque ela é seu menor problema!
- Muito bem. - disse Sirius, recuando a cada passo que as mantícoras davam. – Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. E agora?
- Alguém sabe rezar? - perguntou Lupin, nervoso.
- Hum... Preciso de uma desculpa convincente pra poder entrar no céu.
- Bem, Sirius, talvez você não vá pro céu.
- Oh... pensando bem.... Se no inferno tiver mulher e cachaça.... vou pro céu pra quê?
- Decidam isso depois de mortos, idiotas! Não é hora de piada! – rosnou Snape, quando uma das mantícoras sacudiu a cauda e golpeou bem próximo deles.
Os bruxos se separaram. Sirius e Lupin correram para o lado direito, e Snape e Rony para o esquerdo. O ruivo pareceu não estar a fim de perder tempo:
- Quero saber o que aconteceu com a Kione e se ela está bem! E esse bicho não vai atrasar minha vida!
Rony atacou a mantícora, que respondeu com uma patada, que o lançou de costas na parede. Mas ele logo se pôs de pé e atacou de novo. Dessa vez o monstro prendeu-o entre as patas, mas quando foi mordê-lo, levou um poderoso feitiço de Snape no meio da cara, recuando.
- Saia daí, moleque imprestável! – gritou Snape. Rony correu da criatura. – O que você tem na cabeça?! Acha que isso é o quê?! Um bicho papão?!
Do outro lado Sirius e Lupin iniciaram uma batalha 'feroz' contra a mantícora: ela atacava, eles corriam.
- O veneno da cauda desse bicho é um dos piores. – comentou Lupin. – Se não for o pior...
- Uma gota mata um homem em menos de trinta segundos. – comentou Sirius, desviando do ataque da cauda de escorpião escarlate. – Quanto acha que a cauda desse bicho tem? Um litro?
- No mínimo.
- Isso não é bom.
Os quatro revezavam, ao notar que elas não eram muito espertas e quase sempre trombavam uma com a outra, tamanha a concentração nos bruxos. Os ataques bem sucedidos não faziam nada além de arranhar o couro dos animais, que sequer se abalavam.
- Veneno forte... – murmurou Sirius, do nada.
- Não diga... – resmungou Snape.
- Tive uma idéia! – exclamou, correndo para um dos cantos do lugar.
- Mas que milagre!... – comentou Snape.
Ao chegar no canto, Sirius bateu o pé em uma rocha e saltou de volta, pulando no lombo de uma delas.
- Se o veneno dela é forte, é só usar nelas mesmas!
A mantícora notou a "pulga" em suas costas e atacou com o ferrão. Sirius saltou e ela enterrou a cauda venenosa em si mesma, injetando todo o veneno nas próprias costas.
- E então...? – perguntou Sirius, esperando a reação do animal.
A mantícora balançou a cabeça, arrancou o ferrão das costas e continuou, no mesmo mal humor.
- Mantícoras são imunes ao próprio veneno! – xingou Snape. – Como um aluno péssimo como você foi capaz de entrar para a Elite dos Bruxos de Dumbledore, seu imbecil?
- Ops...
O escorpião foi gritar de raiva, mas mudou de tom e urrou de dor. Rony aproveitou a distração para saltar e decepar o ferrão do bicho, evitando problemas futuros.
- Boa, Rony!... Ron...!
Mesmo com o rabo sem a ponta, o monstro virou um golpe certeiro em Rony, lançando-o de costas na parede e despencando desfiladeiro abaixo. Sirius e Lupin tentaram correr, mas também levaram outra chicotada da cauda e bateram de costas na parede interna da caverna.
Rony, em queda livre, sentiu o ar ficar cada vez mais quente, à medida que chegava próximo do rio de lava. Bateu de encontro a alguma coisa muito macia no meio do caminho e sentiu-se começar a voar em linha reta, não mais despencando. Abriu os olhos e deu de cara com um tapete felpudo e estampado. Ajoelhou-se, respirando aliviado.
- Habib?
Rony virou-se rapidamente, sentindo o estômago gelar. Era Kione, ali, ao seu lado. Era ela mesma, inteirinha. Tinha alguns arranhões e marcas de sangue, estava com a capa de Giafar sobre os ombros, tapando a roupa rasgada e suja. Mas estava bem. Rony gaguejou:
- Você... você... está bem?...
- Estou. – sorriu.
- Ele não...
- Já passou, Rony. Eu estou bem... eu estou viva... – em seguida completou, mesmo sem tem certeza. - Eu estou livre, agora.
Rony agarrou-se à Kione, aliviado por vê-la bem, pondo toda a força possível num abraço. Soltou um longo suspiro:
- Fiquei com muito medo daquele gordo nojento, Kione, Ramsés disse que... que...
- Os templários me tiraram de lá. – disse Kione, segurando o rosto de Rony com as mãos, tentando acalmar o garoto. - Eles me ajudaram e vieram aqui ajudar vocês.
- Estão do nosso lado?... Bom... Melhor assim, então...
- Vamos subir...Quando tudo isso acabar nós...
Kione não terminou, porque Rony inclinou-se e deu-lhe um selinho, sorrindo.
- ...Precisamos nos livrar dessas mantícoras primeiro... Depois estaremos livres disso tudo... – disse Kione, olhando para o alto.
- Ah, claro... - concordou Rony. – Ótimo, vamos nos livrar delas. Beleza. Que venham mais dez, vinte mantícoras! Eu vou torrar a bunda de todas elas!
Lá em cima, uma das ditas cujas foi atacar Sirius e Lupin, que estavam encurralados na parede, quando dois borrões pretos começaram a saltar sem parar na frente do animal. A mantícora ficou confusa e começou a tentar abocanhar os bichinhos impertinentes.
- O que são essas coisas? – resmungou Sirius.
Na frente dos dois os vultos desceram e pararam no chão. Eram dois meninos de 8 anos, com a mesma roupa de Giafar. Eram gêmeos, e a única diferença era a cor dos cabelos e dos olhos. Um tinha os cabelos pretos e os olhos amarelos, o outro tinha os cabelos amarelos e os olhos negros.
- A mantícora vai te pegar, seu molenga! – disse o loiro.
- Cale a boca, Kaminari! – xingou o moreno. – Eu sou muito mais veloz que você.
- Ten, mais rápido que eu??? O "Trovão dos Desertos"? Jamais!!!
Os dois pirralhos ainda discutiram um tempo antes de sumirem de novo, atraindo a atenção da mantícora, que tentava seguir a dupla ricocheteando pelo lugar.
- O que são aqueles dois moleques?...- perguntou Lupin.
- Eu lembro! – disse Sirius. – Eles estavam lá fora, junto de Giafar e dos outros cavaleiros...
Do outro lado, Snape tentava escapar da outra mantícora, que ainda tinha ferrão.
- Maldito bicho... Está me encurralando...
Snape foi levado até o canto da parede, sem saída..
- Acabo com você nem que seja com um ataque suicida, sua mantícora dos infernos!
A criatura agachou-se e começou a tentar atacar o bruxo, que desviava. Cada pancada da cauda arrancava um naco da parede. Com um golpe lateral ela mandou o professor de Poções de costas para a borda do desfiladeiro, sentir o bafo quente da lava na nuca. O animal se aproximou e aprontou o ferrão para enterrá-lo em Snape, quando alguma coisa agarrou-o pelo rabo e mandou-o de costas na parede. Era outro cavaleiro de negro, o grandalhão. Snape se levantou antes que Sirius e Lupin fugissem da outra e viessem ao seu encontro.
- Os três estão bem? – perguntou Giafar, aparecendo no centro do lugar, como um redemoinho de areia.
- Hum... estamos. – murmurou Sirius. – E Rony?
- Oi, gente...
Rony e Kione desciam do tapete.
- Vocês chegaram a tempo. - murmurou Snape, olhando Kione.
- Vamos nos livrar desse bicho. - disse Giafar. Em seguida, apontou o grandão – Ooki vai nos ajudar, assim como os pirralhos ali, Ten e Kaminari. Ei, vocês dois, podem parar! Já chegamos!
Os dois grudaram no teto como duas lagartixas e resmungaram:
- Ah, mas estava tão divertido...
- Bom, da próxima você come minha poeira, Ten! DE NOVO!
- Nem sonhando, Kaminari!
E, no meio da segunda discussão, eles sumiram de novo, deixando só um montinho de poeira no ar.
- Ótimo, vai começar a diversão. – sorriu Giafar, apontando Sirius e Snape. – Vocês dois vêm comigo.
- Por aqui. - chamou Kione, correndo para o lado oposto, junto de Ooki, seguida por Lupin e Rony.
- Obrigado pela ajuda. – agradeceu Lupin. Ooki sorriu.
- Agradeça quando estivermos a salvo, em Theron.
Os bruxos cercaram as mantícoras, que não sabiam quem atacar primeiro.
- Cuidado com o ferrão! – disse Giafar. – Um arranhão e dêem adeus às suas vidas.
- Pode deixar. - disse Rony. - Esse bicho vira churrasco já-já! Incendio!
Rony saltou na cara de um dos escorpiões. A espada entrou em chamas e ele abriu um talho na cara do bicho, que urrou de dor. Antes que ela atacasse Rony no chão, Ooki e Lupin ergueram a palma das mãos e, com um deslocamento forte de ar, encheram a cara do bicho de areia, obrigando-o a recuar.
Do outro lado, Sirius, Snape e Giafar atacavam outra mantícora sem parar.
- Tô ficando de saco cheio desse bicho. – resmungou Sirius.
- Alguém chame a atenção dessa sem ferrão, que eu dou um jeito nela! – disse Giafar, dando a volta nela.
Snape atacou a mantícora com um gatotsu, que atingiu o ombro direito do bicho e imediatamente o congelou.
- Flippendo!!!! – atacou Sirius, evitando que ela mordesse Snape.
Do outro lado, Giafar agarrou-a também pelo rabo:
- Preciso de espaço!
Os bruxos se afastaram. Giafar murmurou algumas palavras em árabe e fez força para erguer o animal. Seu corpo brilhou dourado, e ele facilmente ergueu-o e lançou-o de costas na parede do outro lado do desfiladeiro. Ela rachou a parede e revelou uma passagem oca: um portal grande, com o rosto de um leão e duas tochas na frente das escadarias. O bicho se levantou, zonzo, cambaleou e caiu do lugar, despencando para o rio de lava. As tochas na frente do leão se acenderam e, na sua boca aberta, surgiu um portal vermelho e amarelo. Ooki e Giafar olharam, espantados:
- É a passagem para Theron!
O lugar começou a tremer sem parar.
- Mas que m...? - resmungou Sirius.
- Destruíram o deus protetor de pedra! – exclamou Giafar.
- Gina e Draco! – disse Rony. – Foram eles!
- A passagem vai se fechar no momento em que o templo ruir! – informou Giafar. As paredes, sacudindo, começaram a rachar. O nível da lava começou a subir lentamente - Vamos! Saltem e atravessem a passagem!
Os bruxos começaram a correr e a saltar para a escadaria do portal. Menos Rony, encurralado pela mantícora.
- Rony! A última mantícora! – berrou Lupin, do outro lado.
- Ah, drog-
A mantícora deu uma bela patada em Rony, que bateu de costas na parede. Ela começou a investir sobre ele sem parar.
- Ah, seu bicho horroroso! – gritou Rony, tentando atacar com a espada do fogo. – Saia da minha frente ou eu vou te pulverizar!
- ...Kione! – gritou Sirius.
- Aisha...!! – gritou Ooki.
Mas era tarde, a doida da Kione tinha saltado de volta para a caverna.
- O que você pensa que está fazendo, garota?! – berrou Snape, bravo.
Os pedaços do teto começavam a cair. Kione chamou a atenção da mantícora, que agora tinha dois alvos. Rony se levantou, cambaleante.
- Tire esse bafo fedido de perto dela, asqueroso! Incendio!
O ataque chamou a atenção da mantícora. Kione ficou brava:
- Não faça isso, Rony! Você deveria ter saltado! Salte! Salte logo, Rony!!!!!!
- Eu não vou deixar você sozinha com esse bicho... Faz parte dos meus princípios.
- Seu... Seu idiota! Salte logo! Eu saio depois, com um dos templários!
Rony não escutou. A mantícora lhe deu mais uma bordoada e ele bateu a cabeça na parede. Sentiu a vista se encher de estrelinhas e, quando focalizou a caverna, viu o ferrão vermelho vindo direto no seu peito, certeiro. Ele prendeu a respiração para sentir a fincada da agulha, quando Kione meteu as duas mãos no peito dele, fazendo-o bater de novo as costas na parede e o ferrão enterrar com violência em suas costas.
- Ki...one? – murmurou Rony, segurando-a nos braços, com o ferrão ainda enterrado nas costas.
- Vão embora! – berrou Giafar para os outros, saltando de volta para o lugar.
Kione respirou fundo, dando um doloroso gemido, sentindo o veneno se espalhar imediatamente pelo corpo. Era algo terrível. Cada lugar que o líquido percorria queimava. Em segundos ela sentiu a boca secar e amargar, seus músculos contraírem como uma grande cãibra, seu diafragma travar e não respirar mais, e seus órgãos internos simplesmente derreterem dentro dela mesma. Sua vista escureceu e ela desmontou nos braços de Rony.
- Kione... Kione! – chamou Rony, sacudindo-a de leve. Seu corpo estava mole, pesado. Ela não respirava. – Kione.... por favor... abra os olhos... fale comigo...
Giafar saltou de volta à caverna. Os olhos de Rony se encheram de água, enquanto ele sussurrou baixinho, vendo que seus esforços não adiantariam de mais nada.
- Habiba...
A mantícora deu um grunhido e atacou com a cauda, atingindo o queixo de Rony e o jogando para longe de Kione. Ele ergueu o corpo, batendo as costas na parede e fazendo as lágrimas escorrerem pelo rosto.
- ...Não...
Giafar desviou de um ataque com a cauda da mantícora e agarrou Kione pelos ombros, desviando do animal, que dava uma mordida quase certeira neles.
- Vão! – berrou Giafar. – Eu levo a garota! Atravessem em segurança!
Em seguida, com Kione, ele desapareceu, antes que o ferrão os atingisse num novo ataque.
- Atravessem para Theron! – ordenou de novo Ooki, saltando para a borda do lugar de novo, deixando Lupin, Sirius e Snape pra trás.
- Venha, Rony! – chamou Sirius.
O templo desmoronava, mas Rony continuava com os olhos pregados nas próprias mãos, manchadas com o sangue de Kione. Seu corpo estava paralisado de pavor.
- Isso não pode... ter acontecido com ela...
- Vamos, Rony!!! – chamou Sirius de novo.
- Ela já está morta, moleque inútil!!!!!!! – berrou Snape. – Não sacrifique mais as NOSSAS vidas!!
Rony mordeu o lábio com força, olhando a mantícora, carregado de ódio.
- Seu monstro... Você a atacou...Você a machucou...Você...
Ele caiu de joelhos no chão, dando dois murros nele, aumentando o tamanho das rachaduras. Uma onda de calor percorreu o lugar. Rony explodiu de ódio, atraindo a atenção da mantícora, que não sabia de onde tinham vindo aquela onda de chamas.
- P... Por que isso foi acontecer?... – chorava Rony, agarrado às pedras do chão. - Eu fui um fraco... Eu não a salvei...
- Cuidado, Rony!!!!!! – gritou Lupin ao vê-la pronta para o ataque.
- VOCÊ MATOU A MINHA KIONE!!!!!!!!! – urrou Rony, pondo-se de pé e explodindo a energia em chamas. A lava do vulcão já subia em colunas de fogo e o chão se rachava inteiro.
Ooki se adiantou:
-Vão! Eu levo o garoto!
Os bruxos, sem saída, passaram pelo portal, que se fechou em seguida. A mantícora atacou.
- Eu vou fazer você virar cinzas, seu maldito!
Ooki parou antes de chegar perto dos dois. Rony rangeu os dentes com força, segurou o pulso direito com toda a força que poderia juntar na mão esquerda. Ondas de fogo explodiram para fora do seu corpo. Toda a energia da sua aura em chamas foi direcionada para seu punho direito. Imediatamente, ele ergueu o olhar furioso para o animal e avançou nele, lançando todo o poder num violento ataque.
-DRAGÃO DE FOGO!!!
Um gigantesco dragão de fogo se formou da energia de Rony, erguendo-se no meio da grande caverna, e atacou a mantícora, abocanhando o monstro e transformando-o em cinzas, para em seguida bater em todas as paredes do Templo, destruindo-o como uma frágil fileira de dados, e no segundo seguinte explodir todo o Templo Sagrado do Fogo.
16
