CAPÍTULO 3

Liliam se sentiu observada e entreabriu os olhos e constatou que os 3 yocais a observavam seriamente.

O que houve? – perguntou repentinamente temerosa. Eles estavam tão sérios. Será que estavam enjoados dela, sim , pois ultimamente não aceitava mais participar dos jogos e apesar deles poderem a obrigar fazer parte, notavam que ela não estava bem e a deixavam escapar. Será que iriam se desfazer dela? Sim, sabia que os yocais eram violentos, cruéis, devoravam humanos, mas Liliam sempre apagava essas informações da sua mente, afinal o apetite que sempre demonstraram com ela era outro. Ela nunca vira eles se alimentarem de humanos, mas sabia que eles faziam isso, era necessário, pois assim era a natureza deles.

Vocês vão me matar?.. – perguntou assustada.

Os três olharam-na surpresos, mas depois sorriram, sim ela devia ter se sentida amedrontada com eles tão sérios olhando para ela. Talvez se fosse ela outra humana não teriam dúvidas em matá-la e saborear sua carne tão apetitosa, mas eles se alimentavam com outros, ela nesse sentido não corria nenhum risco.

Como está pequenina? Está se sentindo melhor? – era sua Raposa que perguntava e isso a acalmou.

Sim estou melhor.

Yomi e Shura não falavam, estavam preocupados mas apesar disso estavam também orgulhosos e curioso para saber quem afinal conseguira engravidá-la. Como foram descuidados, em nenhum momento passou pela cabeça deles que ela poderia engravidar, não que lês tivessem essa preocupação, também não sabiam, mas a Raposa conhecia melhor os humanos e sabia que eles e a garota eram inexperientes nesses assunto.

O que há, porque estão tão sérios e ficam me olhando como se não me conhecessem?

Pequenina – começou a Raposa com sua voz doce e rouca – você está grávida.

O que!

Você esta grávida de um mês, por isso está se sentindo mal. Diga-me o seu período de mulher tem vindo?

Liliam não respondia, olhava para ele, Yomi e Shura com os olhos arregalados sem acreditar no que ouvira, não, não podia ser verdade, o que ela faria agora grávida de yocais, Não poderia nunca mais voltar, estava apavorada com essa possibilidade.

Liliam estava agora no oitavo mês de gravidez. A barriga estava enorme, caminhava com dificuldade, a respiração também estava difícil, não se sentia muito bem, o que era motivo de preocupação para os três yocais. Ultimamente, a Raposa estava mais carinhosa, mas ela percebia um olhar de tristeza nela, mesmo que rapidamente.

O que há, por que está tão triste? – perguntou Liliam

De onde tirou essa idéia, pequenina – retrucou, já disfarçando o olhar. – È melhor descansar, o dia foi muito cansativo pra você.

Liliam fez um muxoxo, mas concordou ela ficou decorando o quarto do bebê desde cedo com Yoko e Yomi. Eles estavam tão atenciosos, atendiam a todos os seus desejos e caprichos, não reclamaram nem um segundo das milhares de vezes que mudaram os móveis de lugar enquanto ela decidia a melhor posição para eles.

E então ela foi descansar? – perguntou Yomi

Sim.

A raposa parou ao lado do rei na grande varanda que ele tinha no seu quarto, Yomi virou-se para ele e sentiu uma raposa séria, triste, pensativa e compreendeu que por mais que negasse, gostava da mulher. Torcia para que o filho fosse dele e agora se sentia culpado pelo destino dela, não sobreviveria ao parto. Os médicos do seu moderno reino lhes asseguraram que ela não resistiria ao parto, era muito fraca e o bebê era muito forte para ela, ele estava sugando toda a energia dela. E apesar disso, as chances do bebê nascer bem também eram difíceis de prevê.

Agora toda a excitação que sentiram com a gravidez se transformara em tristeza e decepção. Shura se trancara em si mesmo e resolveu viajar pelo reino com a desculpa de conhecer melhor o que tinha para governar.Ele também estava triste , se afeiçoara à mulher, apesar de saber que ela amava a raposa, gostava dos carinhos que ela lhe dava, do doce sorriso e de sua voz melodiosa.

A raposa não falou nada, sabia que não precisava falar nada, seu amigo com sua sensibilidade apurada percebia tudo que acontecia ao seu redor e o que se passava com os corações alheios, com a perda da visão

seus sentidos ficaram muito mais apurados, tornando-o mais atento que qualquer outro.

Gostava da Liliam, ela era a sua pequenina, a sua presa sua escrava, seu amor..., sim, amor, apesar de tudo amava-a. Era uma maneira estranha de amar, já que compartilhava com Yomi e Shura, mas sabia que ela era dele, só dele e que a hora que quisesse a teria só para si. Os humanos não entendiam esse modo de amar, mas ela entendia, se não entendia, aceitava e ele a amava mais por isso. Sim, muitas vezes pensara em tê-la só para si , mas eles construíram um lar, não é irônico em falar daquela forma? Ela passou a ser o sol deles e se a tirasse de Yomi e Shura eles ficariam muito tristes. Talvez até tentassem impedi-lo...não pôde deixar de sorrir, um triste sorriso com esse pensamento. E agora ela iria desaparecer da visa deles de uma forma muito pior, pela morte. E com todo poder que tinham não podiam fazer nada. A culpa era dele se não tivesse sido tão egoísta, lascivo, teria deixado-a partir e ela não estaria agora em risco de vida por estar grávida de Yocais . Mas o que se espera de um demônio, só desejo, egoísmo, não é mesmo... sorriu tristemente.

Desculpem a demora e o curto, curtíssimo capítulo. Mas ando muito enrolada com o trabalho. Não tenho tido tempo de escrever. Mas gostaria de tentar algo diferente, gostaria que votassem. Quem vocês gostariam que fosse o pai, Eu tenho minha preferência, na verdade tenho dois finais para essa história, vocês querem que ela morra ou viva? E o Bebê?.

Nem sei se isso pode se feito se não puder me desculpem, estarei atualizando dentro do mais breve possível, prometo.