&&&&&&&&&&&& Dualidades – Capítulo 5 &&&&&&&&&&&&

Recaídas

Um final ruim para um dia ruim.

Acordei atrasada para minha prova, e ainda estava debruçada sobre o livro quando Satoru veio me chamar. A dor de cabeça passara, mas minha costas estavam horríveis. Fiz a prova cheia de sono e acho que fui muito mal; na saída a cabeça começou a protestar os maus tratos...

Anne e Marine vieram me encontrar para almoçarmos. Achei estranho, já que nossos horários raramente nos permitiam esse tipo de encontro. Foi divertido até o momento que elas tocaram no assunto Gaia. De certa forma foi bom desabafar o que eu estava passando com relação a Lantis, mas ficar falando da dorzinha de cabeça que me acompanhava desde eu nem sei quando já estava ficando chato.

Concordei que deveria voltar a Gaia e conversar com ele. Elas sugeriram a mesma tarde, temi ficar mal depois, mas se não fosse, causaria maior preocupação. Nos despedimos e eu fui para casa. Do meu quarto parti para o mundo mágico.

Quando cheguei elas já estavam lá, e Lantis também. Nós dois seguimos para a fonte central do jardim, local do nosso primeiro beijo. Ele parecia cansado e creio que eu não deveria estar melhor. Me sentei e ele resolveu ficar de pé ao meu lado.

"Você não parece bem." Disse finalmente, quebrando o silêncio.

"Você também não." Respondi na tentativa vã de fazer um graça.

"É que não fico bem quando você está longe." Ele rebateu. Se a intenção era ser romântico, saiu mais como uma provocação.

Suspirei fundo e vi que ia ser uma conversa longa. Como que adivinhando meus pensamentos ele se sentou.

"Desculpe ter ido embora daquele jeito..." Eu pedi. Ele passou o braço por trás de mim, me envolvendo. Aquilo me fez sentir tão bem que eu sabia que estava perdoada.

"Eu é que deveria pedir perdão." O homem de olhos negros respondeu. "Por ter pressionado você... quando você falou que sofria, quase morri por não poder fazer nada." Disse choramingando.

"Tudo bem..." Foi a única coisa que consegui dizer. Então veio o silêncio de novo.

"Temos que descobrir o que é isso..." Meu amado me disse, depois de um tempo tomando coragem.

Me levantei então para olha-lo nos olhos. "Acha que isso pode nos separar?" Perguntei com medo da resposta.

"Nada nesse mundo, ou em outro mundo qualquer, pode tirar você de mim." Ele afirmou com as mãos nos meus ombros.

Não agüentei mais um segundo. Beijei-o com todo amor e saudade que tinha e depois desse longo e maravilhoso momento ficamos abraçados em silêncio, apenas sentindo o perfume um do outro.

"Vamos procurar Clef." Disse finalmente.

No momento em que ele me soltou de seu abraço senti um vertigem violenta. Perdi o controle do corpo e Lantis me segurou prontamente. Sua expressão preocupada foi a última coisa que vi em Gaia. Nem tive tempo de dizer nada ao meu amado antes de desaparecer.

Instantes depois senti o impacto no chão do meu quarto. Massaru ouviu o barulho e veio me ver. Ao passar pela porta sua expressão era de quem vira um fantasma.

Gritou pelos meus outros irmãos e me ajudou a ir para a cama. Eu estava tão confusa com toda situação que nem tinha percebido que estava sangrando pelo nariz. Takeru e Satoru entraram correndo.

"Temos que chamar uma ambulância." Satoru disse energicamente. Não entendi direito o por quê daquilo tudo, estava ficando tonta com o barulho e com a confusão.

"Lucy, Lucy, olha pra mim, concentre-se!" Takeru pedia enquanto limpava meu rosto. Não compreendi por que aquelas palavras eram tão familiares. Elas chegavam a mim embaralhadas. Estava cansada, com sono, acho que me sentia levemente embriagada, mas não lembrava de ter bebido nada.

Em uma fração de segundo deixei de ouvir ou ver qualquer coisa, até mesmo o toque das sirenes lá fora...

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Viram só? Caprichei mais no tamanho desse, e na carga dramática tb... se bem que se eu continuar judiando da Lucy assim as autoras vem e me tomam... hehehe. Comments, plix!