Para todos os que leram minhas fics anteriores – e que não foram agradecidos porque ou elas foram publicadas de uma única vez, ou deixaram review apenas no último capítulo (aquele capítulo que a gente quase nunca tem como responder as reviews), aqui vai um agradecimento especial: Claudia, Jess, Aline Krux, Kakau, Crys Richard, Nessa Reinehr, Lady RR, Marie, Di, Rosa, TowandaBR, Parcival, Jéssy e Maga. Obrigada por lerem, deixarem reviews, mesmo no último capítulo, mesmo em fics já completamente publicadas. É um incentivo continuar escrevendo sabendo que os leitores estão aí, do outro lado, participando ativamente nesse processo! Obrigada mesmo! Espero que gostem dessa nova fic...

Si Ianuck: essa fic é especialmente pra você... Aliás, eu eternamente vou chamá-la de "SUA FIC", você sabe, né? Atendendo aos seus pedidos de criar uma aventura em que tivéssemos: a) todos os personagens; b) um pouco de "troca-troca" entre os pares, no bom sentido, claro... Segue minha tentativa... Espero que agrade a todos, para mim foi um grande exercício! E Si, obrigada por dado um jeito de me fazer escrever essa fic – foi um grande prazer escrevê-la... E obrigada pela revisão, sugestões, comentários, dicas e leitura sempre tão pronta e paciente!!! Beta-reader, beta-tudo!

Nota: não, eu não sou dona dos personagens. Mas isso não me impede de amá-los...

DISCLAIMER: Todos os personagens da série "Sir Arthur Conan Doyle's The Lost World" são propriedade de John Landis, Telescene, Coote/Hayes, DirecTV, New Line Television, Space, Action Adventure Network, Goodman/Rosen Productions, e Richmel Productions (perdoem qualquer omissão).

Referências: esse episódio se passa algum tempo depois de Heart of the Storm, quando Ned e Summerlee estão fora da casa da árvore e Finn voltou para seu próprio tempo (conforme escrevi em "Depois da Tempestade", minha versão para a continuação de Heart of the Storm)

Uma Aventura Inusitada

Capítulo 1 – Um pedido de ajuda inesperado

Para variar, mais uma manhã começando no platô. À mesa do café da manhã, todos os exploradores reunidos: Challenger, segurando a xícara de chá com uma mão e com a outra rabiscando seu caderno de experiências. Verônica de pé, cortando mais frutas para continuar servindo a todos. E Roxton tomando seu chá calmamente, olhando atentamente as escadas aguardando ver surgir sua amada herdeira – que, como sempre, ainda não tinha acordado ou se juntado a eles para o café da manhã.

Tudo aparentemente normal, até que ouviram alguém chamar do nível do chão:

'Ó de casa, por favor! Trazemos mensagens urgentes do Tribuno!'

Challenger ergueu os olhos de seu caderno de notas:

'É melhor ignorarmos...'

Roxton apenas olhou para ele surpreso. Seu senso humanitário era contrário à proposta de Challenger.

'Challenger tem razão, Roxton, nada que venha do Tribuno é bom...' Verônica completou, vendo a reação de Roxton.

Roxton já ia abrir a boca para falar, quando foi interrompido pela voz melodiosa de Marguerite, que subia as escadas, fazendo um último ajuste na sua trança de cabelos negros.

'Ora, ora, bons dias a todos... É claro que temos que atender... Se não fosse por qualquer outro motivo, bastava saber que o Tribuno é amigo de Roxton, e assim como nosso lord não nos deixaria na mão, ele também não deixaria o Tribuno aguardando...' ela disse, olhando intensamente nos olhos do caçador.

Challenger e Verônica apenas se entreolharam e deram de ombros.

Roxton sorriu, em silêncio, assentindo e concordando com a observação de Marguerite, e levantando-se da mesa, dirigiu-se ao balcão. De lá, viu apenas dois guardas – homens-lagarto – que o aguardavam. Marguerite tinha apanhado uma xícara de café e o seguira.

'Já descerei com o elevador.' Roxton gritou, voltando-se para dentro. Nesse momento, Marguerite o segurou pelo braço.

'Há algo estranho com eles. Não estão com a mesma pompa que ostentam normalmente. Tome cuidado. Eu vou estar aqui em cima com um rifle caso eles desejem aprontar alguma gracinha.'

Ele apenas sorriu, concordando. Ela era muito rápida. Ele tinha notado algo estranho, mas não tinha sido capaz de distinguir o que estava diferente. E ela, no mesmo olhar, fora capaz de apontar para ele o que estava "estranho".

Ele desceu o elevador, enquanto Challenger e Verônica se aproximaram de Marguerite quando a viram pegar um rifle e voltar a se postar no balcão da varanda.

Quando chegou ao nível do chão e se aproximou do portão que fechava a cerca elétrica, um dos homens-lagarto o saudou formalmente:

'Salve, Lord Roxton, amigo pessoal do Tribuno. Nosso mestre nos ordena entregar-lhe essa mensagem.'

Roxton assentiu com a cabeça e depois de ter aberto o portão tomou o rolo de pergaminho das mãos do guarda, notando como as capas dos dois homens-lagarto a sua frente pareciam rotas e empoeiradas. Marguerite tinha razão, nada da pompa comumente ostentada pelos membros da guarda de honra do Tribuno.

Em silêncio, John desenrolou o pergaminho e começou a ler a mensagem. Quando terminou, estava surpreso pelo conteúdo, mas a ordem expressa na mensagem era não dar uma resposta aos homens-lagarto que a entregassem.

'Era só isso?'

'Se não houver uma resposta para enviarmos de volta, é sim.'

'Obrigado então. Estão dispensados.'

Os dois lagartos fizeram uma mesura educada e se viraram, se afastando da Casa da Árvore.

Roxton ainda esperou um pouco antes de dar as costas a eles e subir no elevador. Sabia que do balcão três pares de olhos curiosos o espreitavam e aguardavam ansiosamente os próximos acontecimentos.

Ele subiu com o elevador novamente, relendo uma vez mais a mensagem em suas mãos. Quando o elevador chegou à sala, seus três amigos o esperavam.

'O que aquele lagarto quer dessa vez, Roxton?' havia uma certa ironia no tom de Verônica, afinal, da última vez ela se lembrava bem o tipo de confusões em que tinham se metido com o Tribuno e o perigo a que todos tinham sido expostos todas as vezes que se encontravam com ele.

'Ainda acho que devíamos ter ignorado os guardas.' Challenger insistiu.

'Que tal se deixarmos que John leia a mensagem em voz alta, assim todos saberemos do que se trata?' Marguerite mais uma vez interveio.

'Concordo, Marguerite, assim todos saberemos o que o Tribuno quer conosco.' Challenger concordou num tom apaziguador.

Roxton, ainda tentando entender o que dizia a mensagem, não se fez de rogado, e começou a ler o pergaminho, que estava datado de dois dias atrás.

"Prezado amigo Lord John Roxton...

Tomo a liberdade de chamá-lo amigo pelas aventuras que compartilhamos e pelos favores que já trocamos.

E é considerando tais aventuras e favores que ouso pedir que venha ao meu encontro, na cidade murada.

É de primordial importância sua colaboração – e creio que você já sabe o quanto eu odeio admitir que preciso de ajuda, ainda mais de humanos – sem ofensas, claro.

Entendo que para contar com sua ajuda bastaria dizer-lhe isso, mas como preciso de todos os braços com os quais puder contar, creio que precisarei dar mais informações que possam convencer nosso brilhante cientista, nossa valente caçadora e principalmente a nossa cética e inteligente Marguerite a acompanharem você em sua jornada...

Ora, você deve estar se perguntando por que eu não citei o curioso jornalista Ned Malone, não? Pois acredite-me que não é por julgá-lo insignificante. É exatamente por saber da importância dele para vocês e de sabê-lo desaparecido que decidi citá-lo aqui. Tenho a firme convicção que, se decidirem me ajudar, serão capazes também de encontrar e resgatar seu amigo jornalista, que parece estar nas mãos de inimigos. Aliás, é provável que encontrem e resgatem mais que isso, pois sei de um outro amigo de vocês que julgávamos desaparecido há vários anos e que também poderá ser reencontrado.

Bem, espero ter fornecido razões suficientes para a intrépida troupe que habita essa aconchegante Casa da Árvore se mobilize a vir ao meu encontro.

Aguardarei vocês ansiosamente em meu palácio, na cidade murada.

Assinado: Tribuno

PS: por favor, NÃO envie resposta pelos portadores que levaram essa mensagem. Esse é um assunto secreto e ninguém em meus domínios inspira minha confiança para esses assuntos."

'Típico do Tribuno... Ele diz, fala, nos acena com uma cenoura para nos incentivar, mas não diz nada de concreto...' Challenger comentou, seus sentidos aguçados à menção de Summerlee.

'É, Challenger, mas ele diz que tem notícias de Malone, fala em resgate, e também falou em Summerlee.' Verônica disse, agora realmente interessada no assunto, principalmente depois da menção ao nome do seu amado Ned e do saudoso Summerlee.

'Mas conhecendo o Tribuno, tudo pode ser uma armadilha.' Marguerite adicionou, cautelosa.

'Não sei quanto a vocês, meus amigos, mas eu estarei partindo em uma hora para encontrar o Tribuno no palácio dele.' Roxton disse, resoluto, enrolando o pergaminho.

'Calma, meu velho, vamos conversar antes de tomar decisões apressadas. Também acho que devemos investigar isso mais a fundo, mas ir até lá assim?'

'Só saberemos mais se falarmos com o Tribuno, Challenger!' A lógica de Roxton parecia simples, e ele, como todo bom caçador, estava ansioso por partir ao invés de ficar parado ali discutindo conjecturas.

'Pode ser uma armadilha, Roxton, Marguerite tem razão. Temos que obter mais informações, nos certificar. Claro que não vamos simplesmente fingir que não ouvimos tudo isso, afinal, podemos finalmente ter notícias de Ned e Summerlee, mas a situação pede cautela.' Verônica ponderou.

'Não sei o que podemos descobrir enquanto estivermos discutindo o assunto entre nós, já que nenhum de nós tem maiores informações sobre isso...' Roxton disse.

Mas Verônica e Challenger pareciam temporariamente irredutíveis.

'O que você acha, Marguerite?' Roxton dirigiu-se à herdeira.

'É confusão na certa. Porém, o Tribuno nunca nos disse uma mentira completa. Sempre foram pelo menos meias verdades. E nesse caso, mesmo uma meia-verdade sobre Ned e Summerlee me satisfaz. Eu irei com você, John.' E girando sobre os calcanhares ela saiu da sala.

John apenas olhou para Challenger e Verônica e disse:

'Vou aprontar minhas coisas também.'

Verônica e Challenger não podiam compreender a atitude da herdeira.

'O que deu nela?' Challenger perguntou.

'Provavelmente ela sabe algo que nós não sabemos, pra variar...' Verônica observou irônica.

Enquanto isso, Marguerite estava aprontando sua mochila quando John entrou em seu quarto depois de uma leve batida na porta.

'Não sei porque você está fazendo isso, mas obrigado.' Ele disse, obrigando-a a parar com a arrumação e a encará-lo.

'O Tribuno é seu amigo, John. Não importa o que ele queira, faz parte do seu código de honra ir ajudá-lo. Eu já aprendi isso sobre você. Eu tenho certeza que o que quer que envolva o Tribuno é confusão na certa, mas é mais fácil ir com você e ajudá-lo a se livrar da confusão do que convencê-lo a não ir ajudar o Tribuno.' Ela sorriu para ele.

'Há alguém omitindo parte das razões...' ele insistiu.

Ela revirou os olhos antes de continuar. 'Tá bom, tá bom. É claro que a possibilidade de termos alguma notícia de Ned e de Summerlee também conta muito.'

Roxton apenas a olhou intensamente.

'O quê?' ela o desafiou.

Ele apenas continuou olhando para ela fixamente.

Ela deu as costas para ele, tentando fugir do constrangimento, pois sabia o real motivo de estar fazendo tudo isso, sabia que ele sabia, mas não queria admitir em voz alta.

Ele a forçou a olhar novamente para ele.

'John, eu preciso terminar de arrumar minhas coisas. Eu...' ela gaguejava, sem olhar nos olhos dele.

'Shhh, não precisa dizer nada. Eu amo você...' Ele estava sorrindo, pois sabia que a tinha pressionado demais. Ele apenas se inclinou, beijando-a de leve nos lábios, e saiu dizendo 'Também vou arrumar minhas coisas...' e soltando-a, saiu do quarto dela.

No corredor, encontrou Challenger e Verônica.

'Posso perguntar o que meus amigos estão fazendo aqui embaixo?'

'Ora, John, podemos não concordar com você, mas nem por isso vamos deixá-lo ir sozinho visitar o Tribuno...' Challenger respondeu, bem humorado, diante da possibilidade de obter informações de Summerlee.

'É claro, não deixaríamos toda a diversão e aventura para você e Marguerite. Além disso, se houver alguma pista de Ned e Summerlee, queremos estar lá para procurá-los com vocês.' Verônica completou. Era fácil notar o tom de animação que ela tentava esconder. Afinal, ali podia estar finalmente a chance de ter alguma notícia de Ned.

Uma hora depois, todos estavam prontos na sala comum, e destravaram o elevador, descendo juntos para irem ao encontro de mais uma aventura...

CONTINUA...

Estão vendo esse botãozinho GO aí embaixo? Isso, bem no canto inferior esquerdo... Taí! ;-)