Nota: não, eu não sou dona dos personagens. Mas isso não me impede de amá-los...

DISCLAIMER: Todos os personagens da série "Sir Arthur Conan Doyle's The Lost World" são propriedade de John Landis, Telescene, Coote/Hayes, DirecTV, New Line Television, Space, Action Adventure Network, Goodman/Rosen Productions, e Richmel Productions (perdoem qualquer omissão).

TowandaBR: como você adivinhou que esse capítulo teria bastante Roxton e Verônica? Já sei, a Si andou te contando coisas, né? Ai ai ai, nunca mais deixo ela ler minhas fics antes de eu publicar he he he (brincadeirinha, linda, espero que você aprecie os seus amados!). Beijão!

Kakau: com certeza a Marguerite se expôs muito, e o lagartão caiu na dela – o difícil é que todos os nossos atos têm conseqüências, inevitavelmente... Mas vamos ver no que vai dar, né? Roxton e Verônica estão aqui, atendendo seu pedido! Beijão!

Di: nem fale, o lagartão teria que dizer adeus à vida, embora se o Roxton soubesse da estória toda teria que ver que a Marguerite provocou sabendo com quem estava mexendo he he he. Por enquanto eles ainda não se encontram, mas têm bastante Roxton e Verônica aqui para todos! Beijão!

Maguinha: o próximo capítulo chegou – ao contrário de visita ao platô, que eu continuo esperando ansiosa (olha que chique, se você me mandar nas próximas duas semanas você vai ter uma fic revisada em Chicago, internacional, olha só que chique he he he!). Beijão!

Rafinha: a conversa vem por aí! Pode matar a curiosidade nesse capítulo! Beijão!

Fabi: Menina, mesmo de Chicago eu vou postar as fics – eu adoraria levar todo mundo na minha mala, masssss, nem sempre é fácil/possível, então vou ter que me contentar em conversar pelo MSN, quando der, com todo mundo. E talvez você esteja sendo muito severa com você mesma – suas leitoras ansiosas, como eu, continuam no aguardo da continuação da sua fic!

Nessa: é, a Marguerite brincou com fogo, mas só saiu chamuscada, ainda bem. Eu também confesso que não vejo a hora de vê-los todos juntos de novo, mas por enquanto Roxton e Verônica estão cada vez mais perto, como você vai ver nesse capítulo! Beijão!

Rosa: saudade e faltam só 4 dias he he he. Eu sei que você dá sua opinião, e eu adoro ouvir as opiniões de todos! Afinal, o que seria do verde se todos gostassem do azul? Portanto, fique sempre super à vontade pra expressar o que você faria diferente, é sempre um ótimo feedback para eventualmente eu manter a coerência da estória! Esse capítulo tem mais Roxton e Verônica, então, espero que você goste, apesar de ter só um pouquinho de Challenger/Marguerite nele! Beijão e até domingo!

Clau: Você voltou, você voltou! Que maravilha! Bem vinda de volta, he he he! Persuaders você tirou do fundo do baú, nussssssa! Eu assisti quando já era a segunda passada, mas era ótimo mesmo! Morri de rir dos seus comentários bem humorados do capítulo 8, mas ainda tem alguns percalços que nossos amigos terão que enfrentar antes de se reunirem finalmente, e poderem resolver todas as pendências... Espero que você continue acompanhando! Beijão!

Capítulo 9 – Estratégias de Guerra

Roxton estava de pé próximo à fogueira, de guarda. Os soldados dormiam a sono solto na calma morna da noite. Ele estava preocupado com Verônica. Naquele mesmo dia, antes do sol nascer, ao terminarem os turnos de guarda, eles tinham conversado:

'Roxton, eu irei na frente.' Ela lhe disse resoluta.

'Como assim, Verônica?'

'Sozinha eu serei mais rápida. Serei a batedora. Vou até o ponto onde encontre a obstrução do duto. Poderei contar os soldados e observar a rotina deles. Assim poderemos nos planejar para o que vai acontecer.'

'Mas Verônica...' ele queria argumentar o quanto era arriscado e perigoso eles se dividirem. Mas ela o interrompeu.

'É inútil tentar me convencer, Roxton. Ganharemos um dia se eu fizer isso – e você sabe tão bem quanto eu que um dia pode fazer toda a diferença nessa empreitada. Sei que você preferiria ir, mas é impossível imaginar esses cinqüenta homens-lagarto me respeitando como sua comandante em chefe...' ela disse, num sorriso.

O argumento dela era forte. Mas mesmo assim não reconfortava Roxton.

'Mas o que você pretende fazer exatamente, Verônica?'

'Observar, Roxton, apenas observar. Prometo que não vou entrar em ação sem vocês. Nem me arriscar desnecessariamente. Vou apenas coletar informações, entenda assim, se preferir.'

'Quando devo aguardá-la de volta?' ele estava desconfortável, mas sabia que nada a demoveria de sua decisão.

Ela parou e fez cálculos mentalmente.

'Creio que poderei encontrá-los onde acamparem hoje à noite. Talvez um pouco mais tarde, mas o mais tardar amanhã pela manhã.'

'Tome cuidado, sim?'

'Fique tranqüilo.'

E sem mais uma palavra ela tinha se virado e partido, na sua corrida graciosa de conhecedora do platô.

Roxton caminhara o dia todo com os soldados, e tinham coberto uma longa distância. Tinha certeza que ao longo do dia seguinte seria inevitável chegarem ao ponto em que o duto estava obstruído. Seria o momento da refrega.

Mas, por ora, já devia passar um pouco da meia-noite, e nada de Verônica. Em seu coração rezou para que nada tivesse acontecido à sua amiga. Por ela, por ele, pelos outros. O pesadelo precisava acabar. E de preferência logo.

Ele se afastou um pouco da fogueira, e caminhou ao redor do acampamento, observando os lagartos adormecidos. Lembrava-se que uma das coisas que tinham aprendido sobre os homens-lagarto era que eles não eram muito bons fora de horário. Ali estava a prova.

Caminhava para espantar o sono, para espantar a preocupação, mas continuava atento a qualquer ruído suspeito ao seu redor.

E portanto não pôde deixar de notar um ruído leve de folhas. Podia ser a brisa, mas a constância do ruído o alertou para outras possibilidades. Ele se dirigiu ao lugar de onde provinha o ruído, rifle em punho, pronto para atirar, quando viu Verônica.

'Graças a Deus você está de volta!' ele disse, abraçando-a.

Ela estava ofegante e cansada pela corrida e se reconfortou com o abraço do amigo.

'Você está bem?' ele perguntou, afastando-se dela e a observando para ver se estava ferida.

Ainda com a respiração entrecortada, ela sorriu e respondeu:

'Não, Roxton, estou bem, fique tranqüilo. Preciso apenas de água e de comida, pois estou faminta.'

'Claro! Que rudeza a minha.'

Foram para perto da fogueira onde havia ainda uma tigela com comida aquecida. Ela comeu rapidamente, matando a sede com avidez. Quando terminou, finalmente, ela começou a explicar:

'São dezesseis homens apenas. Bem armados, bem preparados, mas não parecem temer, depois de tantos dias, que alguém possa ameaçá-los. Talvez já pensem que os homens do Tribuno morreram ou que eles já estejam totalmente enfraquecidos e que não representem uma ameaça.'

'Chegou a observar alguma troca de turnos?'

'Sim.' Ela sorriu. Tinha esperado para ver isso, porque sabia que isso seria importante, e seria a primeira pergunta que Roxton lhe faria quando voltasse. Afinal, isso representaria uma vulnerabilidade momentânea no grupo de Otavius. 'A cada oito horas os guardas se revezam.'

'Seria um ótimo momento para o ataque, porque eles estariam momentaneamente desorganizados, porém por outro lado eles teriam contingente dobrado...' Roxton pensou, em voz alta.

'Fiquei observando justamente isso, Roxton. O curioso' – e ela fez questão de frisar a palavra com um sorriso e o seu peculiar movimento de apenas uma sobrancelha, quando queria indicar que tinha uma novidade que os beneficiaria – 'é que os turnos não se encontram ali. Na verdade, a cada oito horas apenas parte do contingente é trocado. Isto é, a cada quatro horas uma parte do grupo é mudada. Primeiro oito homens. Depois mais oito. E como sempre fica um grupo, mesmo que menor, o outro grupo parte antes que o novo grupo que vai substituí-los chegue. Portanto, se tivermos essa janela de tempo de trinta a quarenta minutos, teremos apenas que vencer oito guardas, que por sinal já estarão trabalhando há quatro horas!'

Ela finalmente viu o rosto de Roxton se abrir num sorriso satisfeito. Aquelas eram definitivamente boas notícias.

'E podemos, no caminho, enfrentar os próximos oito, separadamente, de forma a evitar o alarme no palácio! Na verdade, dois grupos de oito, se conseguirmos encontrar o grupo que deixou o turno antes do grupo que virá rendê-los.'

'O que nos daria pelo menos mais quatro horas de janela para atingirmos o palácio e entrar sem que ninguém note o que aconteceu!'

'Há quanto tempo estamos do bloqueio, Verônica?'

'Caminhando com o grupo todo, duas a três horas de marcha.'

'E a troca de turnos?'

'Se partirmos logo ao amanhecer, deverá ocorrer aproximadamente uma hora depois que atingirmos o local.'

'O que nos dá pelo menos uma hora para nos organizarmos.'

'Precisamente.'

'Ótimo. Agora, você precisa descansar. Seus pés de Mercúrio salvaram o dia, minha amiga.'

Ela apenas sorriu, cansada.

'Boa noite, Roxton.'

Ela já tinha se virado para se retirar quando ele a segurou pelo braço e a fez girar sobre os calcanhares e encará-lo.

'Obrigado, Verônica.' Ele falou, sorrindo, enfaticamente olhando nos olhos dela.

Bastou um sorriso para que os dois amigos se entendessem.

Ela foi deitar-se próximo à fogueira, e Roxton observou que ela pegou no sono quase imediatamente. O dia tinha sido exaustivo, mas agora eles tinham uma vantagem em batalha. Sorrindo para si mesmo, ele voltou a rondar o acampamento.

'Quase meia-noite, George!'

'Já está tudo pronto, Marguerite. Vamos!'

'Espere, falta apenas colocar alguma comida para eles aqui...' e dizendo isso, ela colocou pão e algumas frutas pequenas que ela dera um jeito de separar na última refeição que tinham feito.

Challenger apenas anuiu, sorrindo, e ajudou-a a esconder aquilo entre seus materiais para o ritual.

Mais uma vez os dois repetiram os passos de duas noites atrás, com os guardas, que dessa vez nem esperaram a ordem para sair da masmorra. Aquela cantilena em uma língua arrevesada e depois os gritos do moço louro tinham sido o suficiente para convencê-los há dois dias atrás que o melhor era não se meterem no caminho do mago e da serva que o acompanhava o tempo todo.

Dentro da masmorra, com o visor da porta coberto pela capa de Challenger, acenderam novamente a tocha, e Malone dessa vez estava acordado, esperando-os:

'Graças a Deus vocês voltaram.' Ele falou, tão logo Challenger começou a entoar aquele canto.

'O que houve?' Marguerite perguntou, preocupada com a urgência na voz do jornalista.

'Summerlee...'

'Ele piorou?'

'Não sei, mas está quieto nos dois últimos dias!' Desde que seus amigos tinham estado ali, Malone observara que Summerlee não voltara a delirar, mas também não acordara, e sua preocupação crescera. Estava enlouquecendo por não poder perguntar ou discutir a situação do botânico com ninguém. Nunca imaginara que sentiria tanta falta de seu diário para escrever os pensamentos que o afogavam, ou de alguém para conversar compartilhando o que lhe ia no íntimo da alma.

'Isso é bom sinal, Malone, o quinino controlou a febre, que já estava num período de vale da malária.' Ela apressou-se em tranquilizá-lo enquanto uma vez mais abria a porta da cela dele para libertá-lo por alguns momentos.

'E Roxton e Verônica?'

'Ainda não chegaram, mas devem vir logo.' Marguerite tentava infundir-lhe otimismo e esperança, pois era fácil notar que todos os dias de isolamento, prisão e maus tratos estavam finalmente cobrando a sua quota do jornalista.

Abrindo a grade da cela de Summerlee, ela notou que realmente ele já não estava tão febril como no primeiro dia. Challenger aproximara-se, sempre cantando, e o examinara. Sem interromper o cântico, medicou-o novamente, enquanto Marguerite dava o pão e as frutas para que Malone comesse. Ele não se fez de rogado, e enquanto comia observava Challenger e Marguerite cuidando de Summerlee. Marguerite arregaçara as mangas da túnica para molhar um pouco a testa de Summerlee sem molhar suas roupas, e foi então que Ned notou as marcas arroxeadas de garras que se desenhavam sobre a pele branca dela.

Esperou que eles terminassem e que ela voltasse a se aproximar dele para perguntar-lhe:

'O que foi isso em seu braço?'

Ela o olhou surpresa e deu-lhe um meio sorriso esquivo em resposta:

'O preço de algumas informações... Agora, Ned, infelizmente preciso que você volte para a cela, pois precisamos ir. Não sem antes, claro, você gritar e espernear um pouco...'

Ele entendeu o recado e gritou como fizera duas noites antes, para dar aos guardas a impressão de que um ritual tivera realmente lugar ali.

Ela hesitantemente trancou a porta da cela de Summerlee e a de Ned, e certificando-se que nada restara que os pudesse denunciar, sinalizou que Challenger podia encerrar os cânticos.

Os guardas os acompanharam de volta ao quarto.

'Marguerite, estive pensando. Como não sabemos se Verônica e Roxton estão já a caminho ou não, creio que não deveríamos ter solicitado nenhum ingrediente válido na última leva de produtos...'

'Creio que ainda podemos nos arvorar o direito de pedir pelo menos mais um conjunto, George, mesmo que seja inútil, para disfarçar. Mas não poderemos adiar mais que isso.'

'E se eles não estiverem a caminho? E se demorarem mais que isso?'

'Challenger, no momento, não estamos contando com eles. O fato é que se nós falharmos aqui Otavius não hesitará um minuto em nos destruir como destruiu Thane.'

'Mas Marguerite...'

'George, eu não duvido nem por um minuto que Roxton e Verônica virão ao nosso encontro. Mas não temos nenhum meio de saber quando, nem em que condições. Portanto, por ora, só podemos contar com o que é certo: nós mesmos.'

'E então o que faremos?'

'Amanhã à tarde pediremos um último lote de ingredientes...'

'E depois?'

Ela lhe deu um sorriso enigmático. De alguma forma aquilo tudo parecia surreal e lhe lembrava a incerteza da guerra. A diferença é que ela não tinha nada a perder durante a guerra, exceto sua própria vida. E que agora havia muito mais que sua própria vida em jogo.

'Depois, George, teremos que confiar que nossos amigos vão chegar em tempo. Tenho certeza que eles não vão nos falhar...'

'Mas Marguerite, e se eles demorarem mais?'

Para Challenger era inconcebível estarem ali discutindo um plano que não tinha uma segunda alternativa, uma saída de emergência, nada.

'Então, talvez tenhamos que usar a pólvora...'

Mas os dois sabiam que uma fuga assim, de dentro para fora, e sem ajuda, seria suicídio. De qualquer forma, era a alternativa de que dispunham.

'Agora, George, não podemos fazer mais nada. Vamos descansar. Amanhã pode ser um dia decisivo.'

Embora não quisesse aceitar a realidade dos fatos, Challenger tinha que se render à evidência racional quando estava diante de uma.

'Até amanhã, Marguerite.'

'Boa noite, mestre.' Ele a olhou de canto, mas sorriu vendo-a sorrir. Sabia que ela estava fazendo o possível para quebrar a tensão que se construíra durante a conversa deles.

'Roxton?'

Ele virou-se para encará-la. Faltava ainda pelo menos duas horas antes do amanhecer.

'Ainda é cedo, Verônica, volte a dormir mais um pouco, eu a acordarei antes de despertar toda a tropa.'

'Não, Roxton, eu já descansei. Agora você precisa dormir um pouco. Hoje, mais tarde, teremos uma seqüência de batalhas. E precisaremos ganhar todas... E isso só é possível com um comandante... E esse comandante só pode ser você, meu amigo.'

Ele sorriu para ela, entendendo. Tinha caminhado o dia todo, e ficado de guarda boa parte da noite. Seu corpo e sua mente ansiavam por descanso, nem que por apenas duas horas. E a sua lucidez para lutar e tomar decisões poderiam ser o fator decisivo para o sucesso ou fracasso da empreitada.

'Eu vou. Mas não deixe de me acordar antes de acordar as tropas, sim?'

'Claro! Eu não faço a menor questão de ser a primeira visão que esses lagartos tenham no dia... Tenho certeza que eles também preferem você...' ela brincou.

Ele apenas riu e afastou-se, indo deitar e caindo num sono profundo.

Imóvel e atenta, Verônica permaneceu, velando o sono do amigo e do acampamento adormecido, enquanto o Dia D amanhecia no platô.

CONTINUA...

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