Porcaria rs.. nao aparece o email todo.. entao façamos assim, quem quiser manda emaail pra:
nataliaslm (arroba) globo .com (rs...)
rs.. q lah eu mando o resto.. e as outras 2.. e quem quiser o msn eu tbm passo! )
bjs!!!
XXXXXXXXXxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxXXXXXXXxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxXXXXXxxxxxxxxxxxxxxxXXXX
Poxa? Que legal...então nós temos outro carro? Ela podería ter me ditto antes? Por que raios ela fez toda aquela confusão de eu pegá-lo no hospital, sendo que ela também tem um carro! Ai, essa mulher só complica! Eu não tenho nada para fazer....Meu plantão só começa as duas da tarde. O que será que nós fazemos nessa ocasiões? Bom....sexo seria uma boa pedida, mas....Não, acho que não. Aquelas fitas estão olhando para mim. Eu PRECISO assistí-las. Como será que nós casamos? Onde? Quem será que foi? E os partos? foram normais? Quem será que fez? Será que foi no County? Essas perguntas começam invadir a minha mente e quando eu dou por mim, estou colocando uma delas no vídeo. Será que ela vai ficar muito brava? Antes que eu coloque o dedo no PLAY, eu escuto o barulho da porta e vejo que ela está chegando.
- Aham! Ia assistir sem mim, ahn?- ela me pergunta, colocando algumas sacolas na mesa da cozinha.
-Não...eu estava pondo no ponto, pra quando você chegasse.
Eu olho para ela, num convite, e vejo que ela está se aproximando de mim. Eu sinalizo a ela e então ela deita no sofá, colocando a cabeça no meu colo.
-Pronto, pode dar PLAY. – eu aperto play e aproveito pra ficar fazendo carinho no seu cabelo enquanto a gente vê as fitas.
A primeira fita, como não poderia deixar de ser é o nosso casamento. Primeiro eles mostram a igreja e os convidados. Eu vejo minha familia, a da Abby, Luka, Susan, Chuck, Sam, Weaver, Pratt, as enfermeiras, recepcionistas, enfim, todo mundo. Eu entro na igreja com minha mãe que aparentava estar muito emocionada.
-Olha suas mãos tremendo!!! – Abby fala rindo de mim.
-Você acha isso engraçado!? Eu sabia que o caminho não era de volta... era a minha forca. – eu falo rindo mais do que ela.
-Sem graça... – ela para de rir e continua seria olhando pra televisão.
-Eu estava brincando – eu falo pensando que ela ficou com raiva.
-Eu sei... – ela fala virando o rosto e sorrindo pra mim – você não viveria sem mim...
-Não mesmo – eu falo me abaixando e lhe dando um beijo – Eu nem imaginaria como seria minha vida sem você...
Voltamos a ver a fita. Estou ansioso pra vê-la entrando na igreja. Primeiro vem aquele monte de madrinhas e padrinhos, até que começam a tocar a famosa musica, eu não posso esconder minha excitação pra ver isso. Ela entra de braços dados como seu irmão. Ela estava linda de vestido branco, simples, mas muito bonito. Com um buquê de rosas vermelhas nas mãos pra constrastar como branco do vestido e o seu sorriso.. nossa.. ele estava iluminando a igreja. Como eu tenho sorte de ter casado com essa mulher especial....
-Você estava linda – eu sussurro no seu ouvido.
-Obrigada.. fiz o melhor que eu pude.
-Então nossa filha foi ao nosso casamento...
-Sim sim.. ela é a causadora disso tudo. Se não fosse por ela nem sei como estariamos hoje..
-Porque? Eu sei onde estaria.. casado com voce.. eu sou o carma da sua vida. Se acostume com isso.
-É o jeito né? – eu não posso me conter e começo a enxe-la de cocegas a fazendo gritar alto e caindo do sofa no chão, ainda de contorcendo de tanto rir.
-Para Johnnnn! Senão eu te mordo! – ela fala se acalmando.
-Parei já a muito tempo.
-Melhor mesmo.. – ela fala escalando o sofá e pulando em cima de mim.
-Agora você me paga!! – ela fala sentando no meu colo e fazendo cocegas em mim. Eu tinha esquecido do "detalhe" que eu morro com isso. Ela começa e eu não consigo me controlar, então me utilizo da força que tenho pra abraça-la e joga-la no sofa ficando por cima dela segurando os seus braços. Minha vontade agora é arrancar aquelas roupas e terminar o que eu não consegui ontem. O olhar dela me conduz. E quando eu tentou ousar um pouco mais, encaminhado a minha boca para a linha do pescoço, ela me pára.
- Ei! Você não queria ver a fita?
-Eu quero..mas a fita nós podemos ver depois....isso não...- eu rio, retornando com os procedimenos que poderiam ser chamados "pré-liminares".
- John...desculpa...mas hoje eu não to legal....talvez mais tarde....- eu a vejo o olhar dela caindo, numa expressão não muito boa, então eu tento fazer uma piada.
-Aham! Mais tarde...quando nós tivermos dois pentelhinhos nos enchendo de perguntas....ou um hospital cheio de pacientes.
Ops! Acho que ela me entendeu mal. Eu só vejo aquela expressão piorar, aquele rostinho doce se entristecer mais ainda. Deus! Que foi que eu fiz!
-Não...desculpa...quer dizer....é so uma brincadeira... – eu falo tentando melhorar aquela situação saindo de cima dela e a deixando se sentar e seus olhos estão, mais uma vez cheios d´água. – O que foi Abby? – eu lhe pergunto preocupado. – Foi algo que eu fiz?
-Não não.. – ela fala deixando escapar uma lagrima – eu só não estou me sentindo bem... estou com o estomago embrulhado... de repente eu estou feliz, daqui a um minuto triste...
Eu não sei o que lhe falar, então eu a abraço e fico lhe fazendo carinho. Então começa a passar pela minha cabeça que essa alteração repentina de humor pode ser.. não claro que não.. esta muito cedo.. afinal Brad nem tem um ano ainda. Ou será que é isso?
-Abby – eu falo puxando-a pra ficar de frente a mim.
Ela me olha com aquele rostinho de novo. Eu fico na dúvida se devo ou não levantar essa questão.
- Não se preocupe, vai ficar tudo bem, viu? Até a noite você está melhor, tenho certeza. -
Eu não tive coragem. Ia estragar tudo. Eu vi que ela estav realmente mal. Se eu fizesse algo desse tipo, podia piorar tudo.
Eu vejo que fiz o melhor assim, não tocando no assunto. Que maluco! Nunca seria! Eu percebo que fiz uma boa escolha, quando a vejo ir trocar a fita. Ela está mais calma.
- Julie ou Brad?- eu vejo perguntar com as duas fitas, uma em cada mão.
-Primeiro as damas...- eu sorrio, vendo-a colocar a fita de Julie.
Ela volta ainda seria e se senta ao meu lado. Então eu a puxo pra ficar mais perto de mim, abraçando-a pela cintura.
Logo de cara, percebo que deve ser eu que estou fazendo essa filmagem, pois a imagem esta um pouco torta. Eu estou filmando Abby e pedindo pra ela mostrar sua barriga. ela levanta a blusa e eu posso ver que ela ali não devia estar nem com 3 meses de gravidez. Ela esta tão linda, sorridente, com um brilho no olhar que eu jamais vi.
-Quem está aqui dentro é a pequena Julie – eu falo na filmagem beijando a barriga de Abby. – A princesinha do papai.
Rapidamente a imagem muda mostrando a gente no chá de bebê, a Abby abrindo os presentes e pagando prenda por todos que errasse qual era. Enquanto isso eu vou passando a mão na sua barriga fazendo-a sorrir e olhar pra mim.
-O que foi?
-Nada não.. só estava vendo se ainda vai ter espaço pra mais um bebê aqui...
-Nem tão cedo... – ela fala rindo – Seu filho mais novo não tem nem um ano e você já esta pensando em fabricar mais?
-Bem que não seria uma má ideia... eu estive pensando nessa possibilidade...
-È só você ver essas fitas que dá vontade de ter filho... depois eu vou lhe proibir de assisti-las.
Eu faço uma cara de triste, ela me dá um beijo e nós voltamos a ver a fita. Chegou o grande dia. Agora não sou eu que estou filmanedo, tem alguem nos filmando. A minha cara esta hilaria Eu pareço um palhaço. Não tiro aquele sorriso idiota do rosto. Pelo que eu posso ver, nós estamos no County. Que original. Eu não sei quem é que estava filmando, mas eu vou matar. Me pegaram muito de perto, e não tiravam aquilo na minha cara. Eu vejo que há uma movimentação para uma das salas e alguém grita meu nome. Eu tropeço em meus próprios pés e corro para dentro da sala. O meu cenografista corre também. Me dá dor de cabeça só de olhar para a TV, que se mexe sem parar. Antes da câmera entrar totalmente na sala, eu ainda posso ver alguns enfermeiros e residentes olhando pela persiana e até posso ouvir Frank dizendo que eu vou chorar. Será que estava tão evidente? Finalmente a máquina chega ao quarto e eu vejo muita gente lá. Muita mesmo, nunca vi um quarto tão lotado. Eu meio aquele multidão, eu posso ver um cabelo loiro que eu PRESUMo que seja de Susan. Alé dela, Luka e Neela tabém estão lá. Do resto, eu desconheço TODOS. Eu me vejo agora, de mãos dada com Abby que parece estar dormindo.
De repente eu vejo Susan "expulsar" quase todos da sala, exceto a mim, quem gravava o vídeo e Neela.
-Você tem certeza de que quer ver isso mesmo? – Abby fala rindo.
-Porque? – eu pergunto sem entender.
-Nada....
Voltando a fita. A médica chega (a qual eu tambem não conheço), pedindo que Abby abra mais as pernas para medir a dilatação. Não é lá muito agradavel ver um homem colocando a mão naquilo de sua mulher, mas tudo bem.
-9 cm- a medica fala – Acho que chegou o momento. Preparados?
-Hum... – eu falo meio sonolento, quem vê poderia jurar que eu estava drogado.
-Sim sim.. – Abby fala com um sorriso enorme – Seja o que Deus quiser.
Agora vai começar, eu ainda estou sentando, mas a enfermeira chega pedindo me afastar um pouco enquando ajeita Abby. Susan está ao meu lado me olhando com uma feição preocupada. Abby começa a empurrar. Eu posso sentir daqui a dor que ela deve ter sentido.
-A cabeça esta saindo – o medico nos falou depois de um tempo – O pai vai querer contar o cordão?
-Claro... – eu falo sorrindo.
De repente se ouve um choro de criança e eu não me vejo mais na imagem, Abby esta olhando pro lado preocupada e Susan esta se abaixando pra olhar algo.
- Bom, eu mesmo corto então- eu vi o médico dizendo e é quando eu percebo que havia desmaiado.
Ainda sentado no sofá, eu fico perplexo quando vejo o quão frágil eu era. Eu olho para Abby e ela estav gargalhando baixinho.
- Ei! Você está rindo de mim???- eu pergunto, fazendo cócegas nela.
- É claro! Toda vez que você vê essa fita, fica com essa cara de pateta, não qurendo acreitar no que você fez.
- Que coisa de louco! Agora eu vejo....essa menina realmente é a minha vida- eu digo, num tom emocionado, vendo que ela me olha com aquela carinha novamente.
- Ah nossa, John...a nossa.- ela me responde, quebrando aquele clima pesado com outra piada.
- Não...mas dá uma olhada na minha cara também! Eu não sabia se chorava de felicidade ou de dor.
Eu sorrio a ela. Eu me vejo agora pensando em parto. Em mulheres. Que seres maravilhosos são as mulheres, que mesmo sabendo da dor de um parto, que não deve ser nada fácil, ainda assim são dispostas a terem outros filhos.
- Vocês são seres de ouro... nenhum homem aguentaria essa dor- eu digo, vendo-a olhar seriamente para mim.
- Bom, se sempre as coisas corressem bem assim, até que tudo bem, não é?
Como assim? Naõ entendi. O que será que ela estava querendo dizer?
- Infelizmente.. mas no fim tudo dá certo... – eu falo tentando mudar de assunto, o qual eu não tinha a minima ideia do que se tratava.
-Você vai querer ver a outra fita? – ela pergunta se levantando, eu nem tinha percebido que a primeira ja havia acabado.
-Sim... claro..
-Tudo bem então.
A fita começa diferente da outra. Julie está muito fofa no meu colo segurando um balão, nós já estamos no quarto de hospital. Abby está com um aparencia seria, demonstrando mais nevorsismo do que no outro parto.
- Onde esta a medica? – ela fala com uma voz aflita. Eu estou segurando sua mão. Sam aparece e pega Julie, levando pra fora do quarto.
-Calma Abby, vai dar tudo certo – eu falo lhe dando um beijo, mas ela começa a chorar. O que sera que estava acontecendo? Eu estou com uma cara preocupada, não largando sua mão um só segundo, diferente do outro parto, e estou só no quarto com ela e duas enfermeira que logo entram pela porta.
Uma delas começa a medir sua pressão, administrar medicamento enquanto a outra esta vendo sua dilatação.
-E agora? – eu pergunto preocupado. A enfermeira olha pr amim, em sinal negativo, enquanto a outra vai chamar o medico.
-Ela só esta com 6 cm. A bolsa dela já rompeu... e o bebê esta numa posição complicada.
Abby começa a chorar desesperadamente. Eu aposto que eu tambem estava com vontade de chorar, mas me controlei e fiquei ao seu lado dando apoio até que finalmente aparece o medico.
- Ei, Dra! - eu me afasto um pouco dele e cumprimento a médica.
- Dr. Carter- ele parece me conhecer bem. - bom, eu sinto muito, mas isso não está parecendo que vaia cabar muito cedo.
Eu olho para Abby, que fecha os olhos pesadamente, derramando algumas lágrimas. Ela devia estar com medo, com muito medo.
Aqui na sala eu vejo a mesma Abby, com a mesma expressão de medo. Ela olha fixamente para a tela da T.V segurando também o choro.
Voltando para o vídeo, eu assisto o médico checando mais uma vez a dilatação dela, fazendo outro sinal negativo, nos deixando mais desesperados. E é nessa hora, que a câmera parece ser deixada sobre algum móvel, meio fora de foco. O som fica ruim, mas eu consigo entender que a intenção a pessoa era desligar a câmera, mas por alguam motivo, ela não o fez.
Eu vejo Susan sair de perto da câmera, era ela quem estava com a câmera dessa vez. A situação deveria estar complicada mesmo.
Nós vemos Susan indo em direção a Abby e passar a mão sobre o rosto dela, dizendo alguma coisa em seu ouvido que a fez sorrir. Eu me vejo enconstar num canto e conversar com o médico, ainda com a expressão aterrorizada.
O som começa a ficar pior, mas eu ainda consigo ouvir algumas coisas. Pelo que eu vejo, ela só estava com 8 meses. Depois de ficar ouvindo o medico tentar algumas coisas, a Abby pedindo mais anestesia, Susan pega a camera de novo e recomçe a filmar.
-Olha o trabalho que o menino mais lindo do mundo está dando a sua mãe – Susan fala fazedo Abby sorrir no meio daquele sufoco todo. Ela esta toda ensopada e eu agora estou ao lado do medico, mas ainda segurando sua mão.
De repente, Susan focaliza bem o rostinho de Abby, quando ela dá um grito. Pela minha expressão, posso perceber que ela deve ter apertado minah mão muito forte. Eu corro para perto dela, e aquele apito começa a soar. A pressão dela estava caindo. Duas enfermeiras entram correndo, e Susan começa a falar para fazerem algo. Eu me vejo desesperado, o médio pões as luvas novamente e eu vejo Abby adormecer de novo.
Eu começo a gritar o nome dela e também coloco as minhas luvas. Será eu ajudei no parto do meu próprio filhos?
De volta a minha sala, eu olho para o lado e vejo Abby se debulhando em lágrimas. Talvez não tenha sido uma boa idéia ver essa fitas hoje. Ela está revivendo tudo aquilo.
Eu pego na mão dela, assim como estava fazendo naquela fita. Eu passo a minhão sobre o rosto dela, assim como tinha feito naquele dia.
De repente, quando todos parecem amedrontados, aquele alarme não pára de apitar, a Susan com aquela cara de apavorada, quase chorando, e eu, eu tentando tomar as frentes da coisa, alguém veio em direção a câmera que foi deixada de lado quando Abby gritou e a tela ficou escura.
Eu olhei para o lado, afimde saber o que estava acontecendo. Alguém havia desligado a câmera? Eu PRECISA SABER o que tinha acontecido.
-Pois é...- ela se levantou e foi ejetar a fita, limpando as lágrimas, afim de que eu não as visse- Cenas muito fortes para menores de 50 anos.
Eu continuo calado pensando no que eu poderia perguntar pra saber o que aconteceu. Eu sei que no fim deu tudo certo, graças a Deus, mais queria que ela contasse direitinho como tinha sido aquilo. Eu me levanto e vou ate onde ela esta parada. A abraço por tras dolocando minha cabeça no seu ombro.
-Eu não deiva te-la obrigado a ver isso.
-Você não me obrigou. – ela fala ainda rouca por causa do choro.
-Sempre que você vê essa fita fica assim.. – eu falo deduzindo pelo que eu já conheço sobre ela.
-Mas é bom relembrar essas coisas.. ver que até nos piores momentos, você não se deseserperou e tomou a iniciativa fazendo de tudo para que no final desse tudo certo.
Eu continuo abraçado a ela esperando que ela continuasse falando mais coisas.
-Se não fosse por você.. hoje eu não estaria aqui – ela fala se virando e fica me encarando.
-Eu fiz o que devia fazer.
Eu não me lembro de nada. Eu havia "morrido", e naquele momento em que todo mundo mundo ficou paralizado, você correu pra cima de mim, começou a fazer massagem deseperadamente, ficou implorando por um desfibrilador, que por alguma razão não tinham colocado ele no quarto
A cada palavra, mas lágrimas. Aquilo estava me tortuando. Vê-la sofrendo daquela maneira....Deus! Eu impedi que ela continuasse.
-Shiu. Chega por hoje- eu dei uma abraço apertado- Vai, vamos....vamos dar uma volta- eu limpei cada lágrima dela e a puxei pelo baço para cima, pra que pudessemos nos trocar e sair.
Em menos de 10 minutos nós estavamos saindo de casa. Resolvemos deixar de lado as chaves do carro e caminhar um pouco.
Eu tentei apagar aquela imagens de munutos atrás da minha mente, mas estav difícil. Saber que ela tinha quase morrido....saber que meu filho tinha quase morrido. Saber que eu tive o privilégio de poder tentar salvar a vida deles...
Nós não pudemos ter muita conversa, afinal já era perto da hora do almoço, e logo nós teríamos que ir trabalhar. De repente me veio um aperto e eu morri de vontade de ver Brad. Pensei em passar pela cheche antes de ir trabalhar, mas me lembro de que ela irá comigo. Prefiro não tumultuar mais.
Quando nós estavamos caminhando de volta pra casa de repenta Abby para segurando sua barriga e colocando a mão na cabeça.
- O que foi!? – eu pergunto me aproximando dela vendo que ela estava palida.
Ela não me fala nada e de repente desmaia no meu braço. Eu fico parado, olhando pra ela sem reação. Começo a ver se ela eestava respirando. Bom, pelo menos isso. Então, rapidamente eu me apresso, a coloco nos braços e olho pra rua pra ver se passa um taxi. Mas nada passa, a rua hoje esta deserta. Saio andando um passo acelerado, pra ver se chego logo em casa, quando começo a ouvir uma buzina atras de mim. Eu olho pra tras e vejo um carro preto abaixando o vidro e parando do nosso lado.
- Carter?! – eu não reconheço a mulher mas esa hora não recuso nenhuma ajuda.
- Sim... você poderia me dar uma carona?
- Claro.. entre entre.. o que a Abby tem?! – ela fala enquanto eu sento no banco de tras com ela.
- Não sei.. nos estavamos caminhando e ela de repente desmaiou.. eu ja tentei acorda-la e nada... você poderia nos levar ao County?
- Eu estava indo pra la.. tenho uma troca dentro de 5 minutos. Vão me matar por chegar atrasada, ja estou vendo.
Eu não tenho a mínima idéia de quem seja essa mulher, mas pelo que vi, deve ser alguma médica nova do hospital. Ela dirige agilmente até lá e assim que nós chegamos eu chamo Susan, que estava na saída da ambulância, para perto do carro.
- Deus! Que houve, Carter? ela pergunta, assim que se ve Abby no banco de trás.
- Eu não sei Susan, eu to desesperado...- eu respondo, num tom apavorado.
- Carter...acabaram de ligar da escola da Julie....disseram que não tinha ninguém em casa, por isso ligaram aqui. É para alguém ir buscar a Julie.
- Aconteceu alguma coisa???- eu pergunto, desesperado.
- Não sei direito, mas parece que é só uma febre...- Susan me respondeu, medindo a pulsação de Abby.
- Carter, vai pegar a Julie. Eu vou pedir pro Malik pegar a Abby aqui...toma- ela me jogou uma chave- vai com o meu carro.
- Cuide bem dela.. por favor – Carter fala correndo ate o estacionamento. E agora? Qual sera o carro da Susan? Ee sai olhando pra ver se reconhece, adivinha ou algo do genero, mas nada, até que ele tem a ideia brilhante de localiza-lo com o alarme. Entrando no carro ele sai correndo ate a escola de Julie. Chega lá e sai correndo pela portaria indo atras de onde seria a sala onde ela estudava.
- Onde fica a coordenação da pre-escola?? – ele pergunt apra um servete.
- É só ir reto e lá no final você dobra a direita.
- Obrigado. – eu saio correndo até a coordenação, paro na porta tentandoo puxar um pouco de ar. – Com licença, onde eu poderia falar com coordenadora? Acabaram d eligar pra eu vir buscar minha filha.. parece que ela esta febril...
- Espere só um minuto – a secretaria falou pegando o telefone.
Dentro de alguns minutos eu vi a mesmo servente trazendo minha pequena Julie para mim. Ela me abraçou forte e eu pude sentir que ela estava quentinha.
- Pai, eu quero ir embora- ela me pediu manhosa.
- Já vamos, minha linda....- eu optei por não contar a ela de imediatro sobre Abby, não queria preocupá-la.
Nós fomos para o carro e eu a deixei ir na frente, ela estav muito manhosa. Chegamos ao hospital e ela estava dormindo. então eu a coloquei no sbraços e entrei rapidamente pra procurar pela Abby. Pedi pra Sam da uma olhadinha nela so enquanto eu falava com Susan que estava num quarto com Abby, que ja havia acordado. Eu bato na porta e ouço Abby falar que podia entrar.
- Abby.. você esta bem? – eu falo entrando abraçando-a.
- Estou John... eu de repente estava andando, senti uma pontada no estomago e senti minha vista embaçar. Quando acordei me falaram que você tinha me deixado aqui e tinha ido pegar Julie na escola. Aconteceu algo demais com ela!?
- Não... ela so esta febil. Sam esta com ela. Vou pedir pra alguem examina-la.
- Fiquei preocupada..- ela me olha aliviada.
- Eu que fiquei, vcê me deu um susto daqueles – eu lhe falo sorrindo -Alguem ja veio examina-la?
- Só não tinha mais gente dentro dessa sala porque não cabia. Susan já fez alguns exames pra descobrir se eu estou com alguma coisa. Mas acho que esta tudo bem comigo.. pode ter sido só uma fraqueza.. eu não comi muito nem ontem, nem hoje....
- Tomara mesmo que não seja nada.. eu ainda quero minha esposa saudavel pra me ajudar a cuidar dos babys...
-Não se preocupe comigo... eu esotu bem, serio. Você poderia pegar Julie pra ela ficar aqui comigo?
- Ah claro.. eu peço pra Sam trazer.. só um minuto.
Quando eu saio do quarto e vou até a recepção vejo Susan entrando no quarto com alguns exames, eu quase que vou atras dela pra perguntar se estava tudo bem, mas decido ir primeiro pegar minha filha.
- Sam... eu a vejo sair de um quarto. Onde está Julie?
- Está na cortina dois com o Luka, ele esta examinando ela.
Eu agradeço e me encaminho até a tal cortina. Chegando lá, eu vejo Julie deitana da maca com uma carinha não muito boa.
- Ei! Pequeniniha, como você está?
Ela não me responde. Apenas vira para o lado onde eu estou e me olha.
- Que foi?- eu pergunto, não entendendo a reação dela.
- Ela está preocupada com Abby...- Luka me esclarece.
- Ah...calma, Julie. A mamãe está bem. Até pediu para eu levar você até lá.
- É??? - o rostinho dela se iluminou- estão vamos!!!!- ela subiu na maca, ficando de pé e me abraçando.
- Como ela está, Luka?- eu pergunto, querendo saber sobre a saúde dela.
- Bem, Carter...Dei Tylenol, a febre já deve estar mais baixa. Talvez uma infecção na garganta, ela reclamou um pouco de dor....Nada grave. Passe aqui antes de sair, e pegue um anti-inflamatório, ok?- ele respondeu, dando o diagnóstico.
- Obrigada- eu a peguei no colo.
- E Abby, descobriram o que houve?- ele ainda diz, antes que eu pudesse sair.
- Ainda não, estou indo até lá para descobrir. Até mais e obrigada novamente.- eu saio e me encaminho para a sala onde Abby está.
Quando chego no quarto e vou abrindo a porta, coloco Julie no chão que rapidamente pula em cima da cama de Abby lhe enchendo de beijos.
- Nossa.. que tanto beijo – Abby fala sorrindo.
- Tava com medo.. soube que você tinha caido na rua. – eu olho pra Abby mostrando que não tinha sido eu que tinha contado aquilo.
- Quem lhe falou isso Julie? – eu pergunto.
- Eu ouvi uns enfermeiros comentando...
- Mas a mamãe já esta bem agora...
Susan entra no quarto e antes que ela fosse falar com Abby eu a puxo pra falar.
- Você ja descobriu algo?
- Ainda estamos esperando pelos exames...
- Mas você suspeita de algo!?
- É cedo, Carter..- eu a vejo olhar para Abby, que conversa com Julie- não vamos apressar as coisas....
- Não, tudo bem. É que eu estou preocupado.- eu reafirmo.
- Calma, ela está bem. Não tem com que se preocupar. Só me diz uma coisa, é a primeira vez? Você notou alguma coisa estranha?
- Sim, é a primeira vez. Pelo menos que eu tenha visto...Mudanças? Não, ela só não acordou boazinha hoje, mudança de humor. Mas, bom, estamos falando de Abby Lockhart! Um mudança de humor não é muito raro....- eu sorri a ela que saiu, dizendo que ia tentar apressar os resultados dos exames.
Eu vou até a cama onde Abby estava com Julie sentada no seu colo.
- Vamos deixar a mamãe descançar? – eu falo colocando-a nos braços.
- Deixa ela aqui... – Abby fala – Pelo menos esta me fazendo companhia.
- Pai... – Julie fala colocando a cabeça no meu ombro. – Será que hoje a gente poderia tomar um sorvete?!
Eu olho pra cara dela sem acreditar muito no que ela estava falando.
- Você com febre acha que eu vou lhe dar sorvete?
- Mas eu estou dodoí... preciso de atenção.
- Justamente por isso. Hoje nem agua gelada você vai tomar...
- Você é muito chato. – ela fala com uma voz chorona.
- Seu pai esta certo Julie. Você não vai tomar sorvete tão cedo. Sempre é assim, é so você tomar sorvete que fica doente.
Eu a vi emburrar a cara para Abby.
- Que droga- ela fez um beicinho.
- Juliene! Não diga essas coisas...- eu vi Abby ralhar de imediato com ela, e a menina começava a ficar cada vez mais brava.
Eu achei que era hora de tirar Julie dali antes que ela ficasse mais chateada, e Abby mais nervosa.
- Eu falei pra você não deixar a sua mãe nervosa. A gente não sabe ainda o que ela tem. – eu falo calmamente pra que ela não se exaltasse mais ainda enquanto saiamos do quarto.
- Desculpa pai.. – ela fala chorando.
- Tudo bem.. quando eu souber o que houve com sua mãe eu vou leva-la pra casa. Por enquanto você vai ficar com o tio Frank.
- Hey Frank.. você pode me fazer um favor?
- Sim.. qual?
- Você poderia olhar julie só enquanto eu falo com Susan?
- Certo.. sem problemas.. vem aqui pequena. – ele fala colocando-a no braço.
- Volto ja... só um minuto.
Eu vou até o quarto onde Abby estava ainda sozinha.
- Susan ja voltou aqui?
- Ainda não... – ela fala sentando-se.
- Bom.. vou ter que te abandonar um pouco. Julie esta muito dengosa e fica chorando à toa, vou pra casa, medico ela e depois volto pra lhe pegar. – eu falo lhe dando um beijo – Algum problema com isso? Você vai ficar bem so?
- Eu não estou so, aqui é praticamente minha segunda casa.. não se preocupe comigo....
- Qualquer coisa me ligue ok!?
- Certo... – ela acena e solta um beijo enquanto eu saio do quarto.
- Vamos Julie – eu falo colocando-a no colo. – Obrigado Frank. Qualquer coisa pode me ligar ok?
- Tchau Julie. Deixe comigo.
Eu saio do hospital e pego um taxi. Chego em casa e por um minuto penso que esqueci de pegar Brad. Mas olho no relógio e vejo que ainda faltam duas horas para pegá-lo. Quando for pegar Abby, eu o pego. Eu subo com Julie no colo, ela parece estar dormindo. talvez os remédios tenham dado muito sono. Eu entro no meu quarto, e a coloco na cama. Acho que a cama de casal possa ser mais confortável. Eu coloco minha mão sobre a testa dela para verificar a temperatura. Ainda está um pouco quentinha, mas bem melhor do que antes. Eu desco as escadas e procuro algo útil para fazer. É quando eu me deparo com a pia um pouco abarrotada. Como fomos as pressas para o hospital, Abby nem teve tempo de lavar. Então eu pego a esponja e começo a lavar primeiro os copos, depois o pratos, talhres e assim por diante. Será que nós não temos uma diarista? Estranho.. depois converso com Abby sobre isso. É muito trabalho que tem que fazer nessa casa. Eu limpo a pia e vou ate meu quarto tomar um banho. Depois de tudo o que aconteceu, estou todo suado e fedorento. Tiro minha roupa, coloco no cesto de roupa suja e tomo banho sem trancar a porta, depois Julie acorda e se vê desesperada por não ter ninguem em casa. Quando eu mal começo a passar shampo, Julie aparece na porta do banheiro segurando o lençol com o cabelo todo assanhado, vai se aproximando e se senta no sanitario.
- O que foi? – eu lhe pergunto abrindo o box e tentando me esconder um pouco para que ela não me visse nu.
- Nada não.. só vim aqui fazer xixi.
Eu aguento o meu riso. Ela acha tão natural. Por que eu estou morto de vergonha? Ela é apenas uma garotinha.... Eu a observo terminar, dar descargar com uma certa dificuldade e baixar a tampa do vaso. Tenho que crer que as meninas devem nascer com a etiqueta de "boas maneiras". Até mesmo depois dos 30 anos, os homens teimam eu não abaixar nem o assento do vaso. Eu termino o mais rápido possível meu banho, enquanto ela fica passeando no banheiro, se olhando no espelho, mexendo nas coisas da Abby e as vezes, me encarando. Ela deve estar se sentindo sozinha. Quando eu realmente, termino, vou para o quarto, pensando que ela ia deixxar eu pelo menos me trocar, mas não. Ela me segue, e deita na cama, olhando para o lado da janela. Pelo menos isso. Eu me troco o mais depressa possível e quando estou passando o desodorante, ela se senta na cama rapidaente, como se estivesse escutado algo.
- A mamãe chegou.- ela disse, correndo para a escada.
- Abby? – eu falo descendo a escada vestido só com uma bermuda.
Eu a vejo entrando, com um envelope na mão, colocando Julie no colo e lhe dando um beijo.
- Oi John.. – ela fala se aproximando de mim e me dando um beijo.
- Porque você não me esperou? Eu ja estava indo lhe buscar...
- Luka me ofereceu uma carona. Eu quis lhe poupar trabalho. – ela fala entrando na cozinha e abrindo a geladeira – Estou faminta.
É impressão minha ou desde que ela entrou por aquela porta ela não parou de sorrir um minuto, e não largou o envelope. O que deve ter dentro dele?
- Ei! E os exames? Sairam?- eu pergunto, vendo a devorar um sanduíche.
- Aham- ela responde com a boca cheia.
O silêncio pairam um pouco. Vejo apenas Abby dando um pedaço do seu sanduíche pra Julie.
- E então? - eu já estava ficando louco. Por que ela não dizia logo????
Ela não me responde ainda. Eu a vejo fazem um sinal, rodando os dedos, sinalizando um "depois".
Eu espero impacientemente ela terminar o infinito sanduiche.
- Ei! Você já tomou banho?- ela pergunta a Julie.
- Ainda não....- a menina responde, chupando os dedos, sujos com o molho do lanche.
- Então va pro banheiro correndo. Que daqui a pouco eu vou conferir se você esta limpinha.
- Certo. – ela sai correndo e sobe as escadas.
- Posso saber agora o que tem nesse envelope? – eu falo me levantando da cadeira.
- Vem cá.. – ela fala me puxando pelo braço, subindo as escadas e entrando no quarto encostando a porta.
- O que aconteceu? – eu pergunto preocupado, curioso, tenso, nervoso, com todas essas sensações ao mesmo tempo.
- Senta.. – ela fal apontando pra cama e colocando o envelope no meu colo.
- Abby, você tá me deixando nervoso...- eu falo, rodando meus polegares, o indício perfeito que eu estou quase morrendo.
- Abre- ela apontou o envelope no meu colo.
Eu não sabia direito o que fazer. Minhas mãos começaram a querer tremer. Eu não podia mais conter minah curiosidade. Rasguei o envelope com velocidade, pegando o papel branco contido. Quando eu comecei a ler letra por letra, palavra por palavra, eu não podia acreditar no que estava a minha frente.
- Isso é seu?- eu perguntei incréduto.
- Não, Carter, seu- ela me olhou divertidamente- é lógico, né?
Minha mãos começaram a tremer, pelo meu corpo estava passando uma onda de adrenalina, eu nunca senti algo igual. De repente os meus olhos começaram a encher de lágrimas, e logo começaram a cair em cima do papel, borrando aquela palavra positivo. Instintivamente eu me levantei e me abreacei a ela.
- John.. – ela fala se afastando de mim.
- Eu não acredito... era... era.. tudo o que eu sempre sonhei na vida– eu falo num sorriso vendo que sua expressão de angustia ficou mais aliviada e tomou lugar a um sorriso de orelha a orelha.
- Nem parece que você já tem dois filhos!- ela me disse.
Nossa, eu nem pra disfarçar! É lógico! Na verdade aquela foi a notícia que eu sempre quis escutar daquela boca. Quando Kem me disse que estava grávida, é lógico, eu também festeei, sorri, fiquei feliz... Mas.. vindo daquela boca, aliás, daquele papel que vinha daquel corpo. Foi tudo o que eu sempre sonhei.
- Eu estou tão feliz- eu não pude deixar de dizer, vendo o sorriso esperançoso dela.
- Eu também, só não sei se aguento ter mais um filho...depois da fita que nós vimos hoje- ela me sorriu.
- Eu vou estar aqui- eu a abracei- vai dar tudo certo- eu a apertei forte, mas tive um aperto no coração.
Eu vou estar aqui? Será que eu realmente vou estar aqui? Esse aperto foi crescendo a medida que crescia a possibilidade de eu não estar ali para ajuda-la.
Ela percebeu minha cara de angustia e se aproximou de mim.
- O que foi? De repente você estava feliz, agora esta assim.
- Nada.. só estava.. – eu precisava achar alguma desculpa rapido – Pensando que eu consegui formar a familia que eu sempre quis ter... – enquanto eu falo eu posso ver uma lagrima formando em seus olhos. – Você por acaso desconfiou que estava gravida?
- Não – ela fala deixando a lagrima escorrer e eu a enxugo com meu dedo – O mais estranho é que das ultimas vezes eu senti muito enjoo. Mas dessa vez não senti quase nada, só um apontada no estomago. Sera que é cedo para ter outro bebe?
- Nunca é cedo pra se ter filhos – eu falo beijando-a
- Mamãe... papai.., porque vocês estao chorando? – Julie entra no quarto segurando uma camisola em suas mãos.
Eu olho para Abby, afim de saber o que ela quer fazer. Contar agora? Esperar? Eu a olho mais profundamente quando Julie repete a pergunta.
- Nada, Julie. É que a mamãe...- ela se perdeu entre as palavras. Eu tinha que ajuda-la.
- A mamãe ainda tá com muita dor de cabeça.- Deus! Que eu fiz? Preocupei a coitadinha mais ainda!!! Putz! E vejo a quandre "caca" que eu fiz, quando Abby arregala os olhos em reprovação.
- Quer dizer....ela estava- eu tento consertar. Não deu muito certo.
- E agora ela está tão feliz que a dor passou e ela voltou para casa, que está chorando de felicidade. Ela odeia hospitais.
Eu vejo minha filha me encarar com aquela cara de "cala boca, eu sei que não é isso". Ela se aproxima de nós, sob cima da cama e fica de pé nos encarando.
- Eu exijo uma explicação – ela fala sentando-se na cama.
- Explicação sobre o que?
- Sobre vocês dois – ela fala se levantando – estarem mentindo pra mim. A mamãe nunca chorou porque estava com dor de cabeça.
Eu olho pra Abby, não sei se eu rio ou choro por ela nos colocar em mais uma situação constrangedora. Essa menina tem um gênio.
- A mamãe estava chorando de saudades da vovó que ligou e falou que esse ano não poderia vir nos visitar. – Será que a mãe de Abby ainda esta viva? Se ela é presente nas nossas vidas? Essa foi a melhor saida que eu achei. A feição de Julie começou a mudar, acho que ela esta caindo na minha historia.
- Não se preocupe mamãe.. você tem a nós.. nós somos a sua familia e te amamos muito.
Eu fiquei paralizado com aquilo que ela falou. Como pode uma criança tão pequena, inocente ser ao mesmo tempo tão incrivel? Eu fiquei ali parado por alguns instantes, sem saber o que fazer. Se não fosse Abby me puxar e retornar-mos ao nosso dia-dia, creio que ficaria ali para sempre.
Manhã seguinte...
Essa noite eu trabalhei. Fiz o plantão noturno. Entre as 10 da noite e sai agora, as 8 da manhã. O plantão foi até que calmo, sem muita complicaçôes. Ao dirigir exausto pra casa, tenho uma ideia brilhante. Planos pra hoje a noite entre eu e minha mulher.
- Alo? Susan?! Você poderia me fazer um favorzão hoje?!
- O que foi Carter?
- Eu preciva que as crianças passassem a noite fora.. eu queria fazer uma surpresa pra Abby...
- Hum.. tudo bem, só se você me prometer contar depois todos os detalhes.
- Certo... às 7 horas eu deixo eles ai...
Eu entro em casa e sou recebido por minha filha que incrivelmente, em uma noite só, já ficou melhor de sua gripe.
- Pai, pai.. hoje vamos ao cinema?! Diz que sim! Ou então pra piscina!?!?
- Papai.. precisa dormir – Abby fala entrando na sala.
- Na verdade, hoje eu tenho outros planos Julie!- eu vi Abby me olhar emk dúvida- a tia Susan vai fazer um monte de coisas gostosas e convidou você e o Brad para passarem a noite lá com ela....que tal?- eu olho, esperando a resposta dela, pedidno a Deus que ela ceite e fique feliz.
- Oba! Adoro a tia Susan!- ele pulou em mim, me dando um beijo no rosto.
Eu a coloquei no chão e a vi correr para seu quarto.
- Vou fazer minha mala!- ela gritou empolgada, quase caindo no tapete.
- Ei, que história maluca é essa?- Abby cruzou os braços me encarando.
- Por que maluca? É verdade, oras...- eu disse, ironicamente, abraçando-a.
- Eu não posso passar a noite a sós com minha mulher não?
- Assim, de uma hora pra outra?
- Porque? Tem algum problema?!
- Nao.. só que é estranho.
- Se quiser a gente pode deixar pra outro dia – eu falo desanimado.
- Claro que não... – ela fala sorrindo – Era tudo o que eu mais queria.
Eu lhe dou um beijo e subo as escadas indo direto ao meu quarto pra tomar um banho e dormir.
Continua....
