Eu acordo com alguem pulando na minha cama.

Paiiii! Vamos almoçar.. a mamãe esta chamando.

Eu olho pra ela meio zonzo e coloco minha cabeça no travesseiro de volta sem acreditar muito no que estava acontecendo. Julie sai de cima da cama e vai correndo até a porta do quarto.

Olha quem vem lhe ver!- Abby entra segurando a mão de Brad enquanto ele dava uns passos um pouco bebados.

Eu fiquei muito feliz ao ver aquela cena. Aqueles olhinhos dele brilhando, sorrindo pra mim. Abby segurando as mãozinhas dele.

Ei, garotinhu, vem aqui com o papai- eu tive a necessidade de dizer e Abby prontamente cartregou-o para cima a cama.

O almoço está pronto...- ela disse pra mim, limpando um pouco da baba que o bebê deixava cair.

Ok, vou já...

De repente eu tive a necessidade de falar com a minha avó. Eu tinha recebido aquela notícia, ela estava grávida e eu precisava saber se eu estaria lá quando ela precisasse de mim.

Eu já havia percebido que para minha avó aparecer, era preciso eu ficar sozonho com Brad. Por que seria?

Eu tentei de qualquer maneira fazer com que as meninas saissem, eu precisava falar com Gamma.

Abby.. eu preciso ter uma conversa seria com meu filho, de homem pra homem – eu falo piscando pra ela. – acho que tem coisas quem devem ser esclarecidas entre nós... Você suas poderiam ir descendo? Estou lá em 5 minutos.

Já que você insiste.. – Abby fala saindo.

Mas pai, o Brad não fala.. como você vai conversar com ele?

É um segredo nosso... papo sobre mulheres...

Assim eu fico com ciumes.. – Abby fala rindo. – Vamos Julie, vamos terminar de ajeitar as coisas.. deixa o papai a sós com seu irmão.

Dito e feito. Assim que ela sairam, uma clarão surgiu pela janela do quarto e a imagem de minha avó apareceu segurando o envelope que constava o resultado do exame de gravidez da Abby.

Parabéns...- foi a primeira palavra que elame disse, aproximando-se de nós.

Gamma..eu preciso saber! Eu estou tão felzi com tudo isso, mas eu tenho medo. Quando isso tudo vai acabar?- eu dizia, compulsivamente.

John...é triste, mas tenho que dizer. Seu tempoestá se esgotando.- ela disse, com pezar.

Então.. isso significa... – ele fala com os olhos cheios d´água.

Isso mesmo. Menos dia, mais dia você vai voltar a sua vida real e ver que tudo foi um sonho.

Por favor.. me dê mais tempo.. só ate meu filho nascer...

Sinto muito John... espero que você aproveite o tempo que resta.

Gamma... por favor.. – ele fala chorando, mas de nada adianta, a imagem de sua avó ja havia desaparecido e ele se viu sem rumo.

O que sera da minha vida sem voces? – John fala segurando fortemente Brad em seus braços.

John.. a comida esta esfriando – euouço um grito surigr das escadas. Entãome levanto e vou ate o espelho e vejo que da pra perceber que ele havia chorado.

Ela entrou no quarto e me flagrou. Eu estava tentando limpar o rosto o mais rápido possível. Estava difícil, muito menos com Brad chorando nos meus braços.

Eu acho que ele está com fome- eu o entreguei a e ela, que me encarava com pezar.

Ei- ela passou a mão delicadamente sobre o meu rosto -o que houve?

Nada não...deixa isso pa lá. Vamos comer?- eu peguei na mão livre dela, e me encaminhei para a escada.

Ela ficou muito encucada com aquilo. Eu podia ler nos seus olhos. Mas ela me entendeu. E é por isso que eu amo aquela mulher. Ela me entende, não importa o que seja. Ela sabe quando eu preciso de ajuda, mas sabe quando eu não quero falar no assunto.

O que tem pra comer! – eu falo entrando na cozinha.

Lasanha! – Julie fala segurando um garfo em suas mãos.

Hum.. que delicia – eu falo beijando Abby.

Que tamanho você quer Julie? – Abby fala pegando a colher.

Grande... to com fome de leão.. – ela fala passando a mão na barriga me fazendo rir.

E você John!

Pode sentar.. eu mesmo me sirvo – eu falo me levantando e ando a geladeira pra pegar o suco.

Que horas eu vou pra tia Susan? – Julie fala colocando um pedaço de lasanha na boca.

Não fale de boca cheia..

Desculpa mãe.. – ela fala mostrando toda a comida que ainda estava em sua boca.

Eu vou leva-la no finalzinho da tarde...- eu digo, limpando a boca no guardanapo.

Legal!- ela vibra antes de colocar mais um pedaço na boca.

Arrumou suas coisas?- Abby pergunta, com uma cara de quem não estava apreciando muito a comida.

Julie só acena com a cabeça, se lembrando da chamada quando falou de boca cheia. Eu vi que Abby cruzou os garfos, colocando o guardanapo sobre o resto da comida que ficara ainda no seu prato.

Ei...que negócio é esse? Pode comer mais um pouquinho- eu digo, vendo a expressão cansada dela.

Não, John...não estou com muita fome- ela coça os olhos, levantando-se e indo até a pia.

O que eu faço agora? Me levanto e vou falar com Abby que esta visivelmente abalada com alguma coisa que eu não faço ideia do que seja preocupando minha filha, ou simplesmente finjo que nada aconteceu pra evitar o questionamento de Julie e deixar Abby ainda mais aborrecida? Eu olho pro prato de comida de Julie, que ainda estava cheio. Ela brinca mais com a comida do que come.

Você quer sobremesa Julie? – eu falo me levantando da mesa indo até Abby.

Simmmm.. claro – ela falou afastando o prato de comida.

Certo.. então comoda tudo que eu prometo lhe comprar o que você quiser...

Enquanto minha filha se distrai terminando de comer, eu vejo que Abby esta olhando fixamente pra algum ponto, com o pensamento longe, com os olhos cheios d´água.

Hey.. – eu falo passando a mão nas suas costas. – O que esta acontecendo?

Não é nada.. é serio – ela fala segurando as lagrimas.

Se não fossse nada você não estaria chorando...

E quem disse que eu estou chorando! – ela fala deixando escapar uma lagrima.

Eu sorriu a ela, que limpa rapidamente o rosto.

Eu vou lavar a louça...- ela se afasta um pouco de mim e eu olho para Julie que me encara com seu olhar observador. Brad está no cercado, brincando, nem imaginando o que poss estar acontendo aqui fora.

Eu olho para Julie e numa fração de segundo ela grita:

Mãe, vou ver desenho na sala!- é incrível! Ela percebeu que eu precisava ficar a sós com Abby.

Assim que pequena dobra a parede da cozinha, eu me aproximo mais uam vez de Abby, tentando manter um contato visual.

Abby – ela não fala nada.. e continua lavando a louça fingindo que não esta nem me ouvindo. – Olha pra mim – eu falo pegando no seu queixo. – Não fica assim, por favor, eu preciso saber o que você esta sentindo para que eu posso ajuda-la.

Eu ja te falei que não é nada...

É alguma coisa com o bebe? Você não esta se sentindo bem? Esta enjoada? Ou foi algo que eu fiz?

De repente eu vejo que seus olhos começam a ficar molhados. Eu me aproximo dela e a abraço.

Tudo bem.. se você não quer falar não vou lher forçar...

Eu estou com medo, John...- ela responde ao meu abraço.- medo do que possa acontecer aqui- ela põe a mão sobre a -barriga- Brad é muito pequeno e...bom, eu não tenho mais 20 anos...- Abby deixa cair outra lágrima me deixando com o coração apertado.

Calma, eu estou aqui- eu afano seus cabelos, tentando passar conforto e seguança.

Mas...será que eu realmente ESTOU aqui?... Eu não quero passar tudo aquilo de novo...eu tenho medo. E se você não conseguir dessa vez?- ela desvia o olhar do meu.

Não pensa nisso agora, vai ficar tudo bem...- eu tento confortá-la sentindo meu prórpio desconforto. Eu tambem estou desesperado com tudo isso.

Você promete que caso alguma coisa aconteça... – ela começa a falar mas eu não a deixo terminar seu pensamto interrompendo-a rapidamente.

Não Abby, tire isso da cabeça, nada vai acontecer...

Mas se algo acontecer. Você vai cuidar bem dos nossos filhos? promete que vai estar presente sempre em suas vidas, não deixando lhes faltar nada e fazendo-os muito felizes?

Por favor Abby... tire esses pensamentos ruins da cabeça. Eu não vou permitir que nada aconteça, eu prefiro ver a minha morte a ter que perder você. – eu falo e posso sentir que uma lagrima escapou dos meus olhos.

Eu estava perdido. Mais perdido e desesperado do que ela. Eu não sabia o que fazer, estava com medo.

Em meio aos meus pensamentos, eu escuto o so do telefone vindo de longe. Ainda abraçado com ela, eu vejo Julie entrar na cozinha com o telefone-sem-fio na mão:

Paaaai, é a tia Susan!- ela estende o telefone a mim, que deixo Abby parada no mesmo lugar e pego o telefone. Não quero que Julie nos perceba assim.

Susan?- eu atendo o telefone e vou para sala- Ah, sim. Certo, acho que nós vamos dar uma passada num shopping e la pelas 6 eu deixo Julie ai, ok? Obrigada de novo. Beijos.- eu me despeço, desligando sem demora, voltando para a cozinha.

Tia Susan não vai mais trabalhar, falou pra irmos mais cedo pra lá...- eu vi que ela estava sentanda sobre a pia, fazendo carinho no rosto de Abby- mas eu estava pensando...que tal se nós dessemos ujma passadinha no shopping antes?- eu tento animar. as duas.

Vamos sim pai, ai a gente lancha, brinca lá nos brinquedos, ou vê um filme, tem um super legal passando... eu vi a propaganda na televisão.

O que você acha disso Abby?

Ah.. seria uma boa.. – ela fala sorrindo levemente.

Otimo então.. vamos nos arrumar e vamos ao Shopping. – eu falo tirando Julie de cima da pia que sai correndo até a escada.

Vaaaamos mãe.. se apresse, eu não vejo a hora de poder comer algodão doce. – ela fala subindo as escadas.

Vamos Abby? – eu falo estendendo meu braço. – Hoje eu estou bonzinho, vou deixar você comprar o que quiser...

Certo... depois não reclame.- ela me diz, tentando melhorar sua expressão.

Então se anime, flozinha...- eu faço cócegas nela, que corre pela escada, entrando no nosso quarto sem demora.

Eu vou tomar um banho, não demoro.- Assim que acaba de dizer ela começa a se dispir e eu tenho de me controlar para não voar em cima dela e terminar o que não pude duas noites antes.

Eu vou até o quarto de Julie para ver se ela precisa de algo, mas ela já está quase pronta. Então eu dou uma voltar pela casa, termino de arrumar a cozinha quando ouço um latido bem perto de mim. Eu olho pela janela, mas não tem nenum no portão. O latido começa a ficar mais forte e eu vou me aproximando da área de serviço quando não é a minha surpresa quando vejo um cachorro no meu próprio quintal. Deus! Como eu pude pasar dias aqui sem notar essa intruso? ele não devia estar aqui antes. Olhando bem até que ele é bonitinho. Eu sai para o quintal e passo a mão nele. Ele é muito dócil. Bem peludo, pelo mino e armado, muito bonito mesmo. De repente ele começa a ficar mais animado e começa a pular em cima de mim, me deixando meio zonzo. Uma risada ecoa por tras de mim e eu olho pra conferir quem estava me observando.

Acho que o Spike quer passear com a gente pai.. – Julie fala se aproximando de nós.

Será que não é perigoso um cachorro desse tamanho brincar com uma criança tão pequena? Ela se aproxima dele, passa a mão na sua cabeça, recebe uma lambida no rosto que a faz rir.

Você não vai se trocar não? – Julie fala olhando pra mim.

Porque! Você não esta gostando da minha roupa?

Não.. sair de pijama por aí é realmente muito estranho... e fora de moda.

Só porque você insiste eu vou me trocar... – eu falo saindo do jardim.

Espera pai.. você poderia fazer uma trança em mim?

Eu?

A primeira q única trança que eu fiz na minha vida...Nossa, agora eu até fiquei feliz. A única trança que eu fiz na vida, foi justamente em Abby. Nós íamos trabalhar pela manhã e eu insisti que ela me deixasse fazer. Eu fiquei quase meia hora para fazer o penteado. Ela não levou nem 10 segundos para desmanchar tudo e refazer.

Vai, pai...a mamãe já saiu do banho, vai logo- ela me apressou enquanto eu colocava as mãos sobre o cabelo dela, tentando dividir em três partes iguais. O cabelo escorregadio, não parava quieto.

Me ajuda aqui, filha. Segura essa ponta- eu dei uma porção de cabelo a ela.

Com PEQUENAS dificuldades eu terminei a trança, virando Julie para eu ver como estava. Alguns cabelos pareciam mais espetados do que outros, mas a meu ver, até que não estava tão mal. Eu ouvi Abby descendo as escadas quando nós entramos em casa.

Nossa senhora- ela olhou Julie com espanto- que fizeram no seu cabelo, filha?- ela perguntou dentro de um sorriso.

Papai...- ela foi até Abby e ficou de costa. Ela começou a desmanchar tudo com rapidez, dividiu rapidamente o cabelo e começou a trançar novamente, com, uma toltal velocidade e confiança.

Pelo menos eu tentei- eu finjo uma expressão triste quando passo pelas escada, rumo a me trocar rapidamente. Eu ainda posso escutar os comentários de Abby antes de dobrar a parede.

Seu pai nunca foi muito bom em tranças...

Ela me paga, antigamente até que ela falava que estava perfeito. Mas tudo bem, eu entrego os pontos, reconheço que não tenho dons de cabeleleiro. Eu entro no meu quarto e rapidamente vou ate o closet procurar por alguma coisa pra vestir, não posso esquecer que hoje eu prometi uma surpresa pra Abby e preciso estar melhor do que nunca.

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Eu desço as escadas já pronto e as minhas meninas estão na sala, vendo televisão. Julie ouve meus passos e sai correndo pulando no meu braço.

Nossa.. como o papai esta cheiroso. – ela disse dando um beijo na minha bochecha.

Me arrumei especialmente pra você – eu falo tentando agrada-la.

Vamos né! – Abby chega com o nosso filho nos braços.

Onde estão as coisas das crianças?

No sofá da sala.

Quando eu saio pra pegar as coisas, Abby sussura baixinho...

Pra quem você caprichou tanto?

Pra quem seria! – eu falo piscando e indo pegar as bolsas.

Nos entramos no carro e rapidamente chegamos ao Shopping.

Logo que eu chegou na porta do shopping eu procuro um daqueles carrinhos que ja vêm com carrinhos-de-bebês, já que nós não havíamos trazido o de Brad, mas Abby diz que não é necessário. Poxa vida, será que ela gosta de ficar com dor nas costas? Esse bichinho é um tanto quanto pesado, Nós a começamos andar pelo corredores, obsarvando laguma vitrines. Lodo Julie avista o quiosque do Mc´Donals e implora por um sorvete.

Deus! Eu acho que seria um milhonário se tivesse aberto uam fábrica de sorvetes, menina!- eu brinco com ela, esperando um olhar de Abby, para saber se deveria ou não lhe comprar o sorvte.

Julie, você mal sarou da sua gripe e já vai abusar?- eu vejo o olhar mortal de abby sobre a criança.

Ahhhh mãe.. eu ja estou otima. – ela fala batendo o pé no chão.

Sem chances Julie, outro dia você toma sorvete...

Mas eu quero sooorvete – ela fala aumentando o tom de voz.

Fale baixo Julie, você não esta em casa.

Chata – Julie fala sentando no chão e comaçando a chorar.

Abby olha praquela cena, como se já estivesse acostumada com aquilo tudo.

Se levante daí que você esta sujando sua roupa Julie...

Não quero...

Esta bem então.. fique ai. Eu e seu pai vamos passear. – Abby fala me puxando pelo braço.

Parece remedio. só foi nós nos afastarmos um pouco que Julie se levantanda correndo e anda silenciosamente do meu lado. Eu nem ouso olhar para ela antes que Abby coma meu fígado. Mas eu meio a nossa conversa, eu posso perceber que Julie pega minha mão e Abby assite a cena.

Tá vendo?- eu posso ler nos lábios dela.

Nós andamos mais um pouco e eu vejo Abby andar mais pesaamente. Eu sei que ela está cansada.

Deixa eu carrega-lo um pouco...- eu estendo meu braços, querendo pegar o bebê.

Não, pode deixar..- ela teima comigo. Como é teimosa!

Abby, pare de ser teimosa!- eu pego Brad e encaro o olhar enciumado de Julie.

Pelo menos eu posso comer algodão doce?

Isso você pode – Abby fala.

E brincar no carrosel?

Também... – enfim eu posso ver que Julie começa a sorrir.

Pai, você vai comigo né? No cavalinho.. por favor!

Veremos...

Nós passamos por uma loja de bebês e Abby para pra olhar um berço que estava na vitrine.

Você gostou? – eu falo baixinho pra ela.

È lindo.. mas a gente não precisa disso.. o do Brad ainda esta novinho. – ela fala saindo da vitrine e continuando andando, segurando a mão de Julie.

Vamos agora comer algodão doce?

Você é uma formiguinha hein! – eu falo fazendo-a rir.

Nós paramos em frente ao carrinho e eu tiro a carteira do bolso, pagando pelos dois palitos de algodão-doce.

Tem certeza que você não quer?- eu insisto com Abby, que afirma com cabeça.

Nós recomeçamos a caminhar enquanto eu vou dando alguns punhados de doce para Brad, que se lambuzava toda, tentando pegar com a mão.

Quando nós paramos em frente a uma farmácia eu vejo Abby parar e encarar.

Precisa de alguma coisa?- eu pergunto, ajeitando Brad no meu colo e vigiando para Julie não se perder.

Eu já venho...- ela me diz, pegando Brad no colo- Dois são demais, fique de olho nela- e entra pela farmácia, me deixando confuso.

Pai.. – Julie começa. – Você pode comprar pra mim uma boneca no meu aniversario?

Claro.. depois a gente vê isso com calma.

Eu tambem queria uma festa com o Ursinho Pooh...

A gente providencia tudo..

Eu tambem queria um urso gigante... uma casinha, carrinhu pra barbie.. a barbie noiva... uma maquininha de sorvete...

Só isso?

Não.. depois eu faço a lista. Sera que a mamãe vai demorar? – Julie fala tentando entrar na farmacia.

Volta aqui.. ela pediu pra nós esperarmos.

Certo.. pai... me coloca no braço? - quando eu vou coloca-la no braço, Abby sai da farmacia com uma sacola nas mãos.

Que que é isso mãe?- ela pergunta, curiosa, tentanda enxergar atravém do saco.

Que menina mais xereta!- Abby diz, ainda num tom de brincadeira, tirando o saco das vistas de Julie e colocando na bolsa- que horas são?- ela me pergunta, passando a mão sobre o rosto.

5:15

Vamos comer alguma coisa?- ela pergunta, enquanto eu tiro Brad dos braços dela de novo.

Mc´Donalds! -eu ouço Julie gritar. Será que Abby vai concordar?

Tudo bem...- é um alívio para os meus ouvidos.

Nós vamos até a praça de alimentação e Abby vai procurar uma mesa, equanto eu vou junto com Julie comprar o lanche.

O que você vai querer? – eu vejo ela tentar olhar por cima do balcão.

CheeseBurguer, batata frita e refrigenrante...

Oi sr. Você quer fazer seu pedido?

Me arranja.. dois numeros 1, um cheeseburguer, batatata frita pequena e um refrigerante.

Você não prefere um Mc lanche feliz? Vem um brinde pra sua filha...

Pode ser...

Pai.. compra sorvete?

Você ja ouviu o que sua mãe falou.

Porcaria... então tá eu vou pedir pra tia Susan, ela não vai me negar..

Eu pego a bandeija e vou carregando até onde Abby esta sentada, vendo Julie tentar abrir a caixinha dela procurand pelo brinde.

Que que é isso?- eu vejo a cara engraçada dela, tirando o brinquedo de dentro da caixa.Eu pego em mãos e analiso, não conseguindo encontrar uma definição.

Na faço a mínima idéia, Julie- eu sorrio com a carinha dela.

Mas que droga.

Abby esboça uns sorrinhos ouvindo a conversa, dando pedacinhos de lanche para Brad que está caindo de sono.

Ele mais ensopava cada pedaço de pão com baba do que comia.

Abby- eu faço uma expressão de nojo- eu acho que ele não está gostando muito disso.

Eu sei, eu só to coçando a gengiva dele. Daqui a pouco eu dou o peito pra ele...- ela me responde dócil e eu volto a demorar meu lanche. É incrível como esse lanches estão cada vez menores e mais caros.

Quero mais não.. – Julie fala empurrando o sanduiche que não estava nem pela metade.

Mas você mal comeu...

To cheia já..

Morda só mais um pedaço.. – Abby fala pegando o sanduiche e dando pra Julie.

Quero não mãe...

Então como a batatinha...

Ok.. nós ainda vamos ao carrossel pai? – Julie fala pegando uma batata.

Depois de comer? Sera que você não vai vomitar não!

Eu to bem... vamos.. você me prometeu viu...

Tudo bem então... – eu falo tomando um ultimo gole do meu refrigerante- ja terminou Abby!

Eu a vejo acenar, ajeitando Brad no colo e jogando as coisas no lixo. Eu pego na mão dela e na de Julie e nós vamos até a area de brinquedos. Eu avisto uma fila enormee posso ver a expressão de Abby ao avistar a mesma coisa.

Senta aqui, eu já venho- eu digo a Abby, deixando-a sentanda num banco com Brad.

Eu caminho de mãos dadas com Julie. Eu entro na fila para compar o "ticket" e até que ela está andandando depressa. Eu chegou ao caixa, pagando pelo cartão. Então eu rodo com ela pelo parque. Ela está com um lindo sorriso. Tranquila e serena. Eu a vejo brincar em alguns brinquedos nunca desviando muita a minha atenção do banco lá fora. Eu vou até um quanto com Julie e ela finalmente anda no carrosel. Eu estou do lado dela, rodando me sentindo rídiculo. Mas "não basta ser pai, tem que participar". E é em meio a essa felicidade que eu olho mais uma vez para fora e não veja mais Abby sentada no banco. Eu continuo levantando a minha vista, olhando ao redor, mas nada de Abby. Será que essa porcaria não vai parar de rodar! Quando finalmente acaba, coloco Julie no meu colo e vou até o banco onde eu tinha deixado Abby com meu filho.

A Sra. Viu uma moça loira, com um bebê no braço que estava sentada aqui? – eu pergunto a uma senhora que estava ocupando o lugar que Abby estava.

Não sei ao certo... – a mulher para coçado a cabeça. – Acho que vi sim...

Pra onde eles foram?

Ih.. Desculpa não prestei atenção. – quando essa sra. Falou isso deu uma vontade de lhe dar um murro na cara.

Onde esta a mamãe pai? – Julie finalmente pergunta.

Eu olho pra cara da minha filha que parece estar mais aflita do que eu.

Ela deve ter ido ao banheiro – eu falo tentando acalma-la.

É...ela deve ter ido fazer xixi- ela finalmente aceita, sentando-se ao lado da senhora sentada no banco.

Fazer xixi com o Brad? Eu acho que não? Deus! Onde diabos ela se meteu?

Eu volto a olhar Julie que encara um ponto fixo na minha cintura. Que diabos ela está olhando? Eu a observo mais uma vez até que corro meus olhos para minha própria cintura, achando um aparelhinho que me poderia ser muito últil.

Celular! Ótima idéia, Julie- eu a agradeço, tirando o telefone da calça e procurando na memória o número de Abby.

O telefone chama, chama, cham mas ninguém atende. Eu já começo a ficar nervosos demais.

Tenta de novo, pai...- ela me diz calmamente.

Eu disco o numero mais uma vez e novamente sem sucesso. Eu guardo meu celular, olho mais uma vez ao redor e me sento pensando no que deveria fazer. Me levanto mais uma vez, coloco Julie no braço e vou olhando pros lados procurando por ela, mas continuo sem acha-la. Então eu vou até onde fica a dministração do shopping pra saber aonde se anunciava o nome de "pessoas desaparecidas".

Qual o nome que o sr. Gostaria que anunciassemos?

Abigail Carter – Julie fala sem me dar chance pra dizer nada.

Carter? Eu não tinha pensado nesse detalhe que ela havia se tornado uma Carter quando se casou comigo. O homem rapidamente anuncia fala seu nome e de meu filho, avisando que nós estariamos lhe esperando em frente ao elevador do shopping. Eu corro com Julie até lá e nós nos sentamos esperando que Abby tenha ouvido e vá ao nosso encontro. Eu vejo Julie bater os dedos nervosaente, igualzinho Abby faz quando está nervosa. Pelo menos eu não estou sozinho nessa. Eu troco algumas palavras com ela até que vejo Abby vindo em minha direção, com um sorriso encabulado, com a sacola de Brad nos ombos, Brad no como e na outra mão ainda havia espaço para um...hahaha. Um sorvete do Mc´Donalds.

Deus do céu! Que foi que vocês dois fizeram - ela não deixava de rir, aproximando-se de nós.

Mãe!- Julie grita, levantando-se e dando um abraço forte e carinhoso quando Abby se abaixa.

Olha mocinha, eu trouxe o seu sorteve, mas senhorita vai tomar uma água depois, porque eu não estou afim de cuidar de criancinhas com tosse, ouviu?- ela deu um beijo no rosto de Julie, que mais do que depressa, devorava o sorvete.

Onde é que você estava?- eu finalmente me aproximo dela, com a voz aliviada.

Ué, não tá vendo...?-ela me sorri, olhando para Julie- fui comprar o sorvete e aproveitei para trocaro Brad no berçário...Ele já estava todo molhado.

Você sabe que você quase matou o seu marido do coração?

Desculpe.. prometo que não faço mais isso. – ela fala dando um sorriso de leve.

Eu adoro te ver assim..

Assim como?

Sorrindo – eu falo lhe dando um beijo.

Eca! – Julie fala olhando pra nós. – Bejar é nojento!

Como, assim? – eu falo dando outor beijo em Abby.

Para pai! – ela fala ficando em pe no banco e colocando a mão entre nós tentando nos separar.

Vamos! – eu falo me separando de Abby. – Esta na hora de vocês irem pra tia Susan. Hoje a noite vai ser longa... e inesquecivel. – eu falo a ultima palavra baixinho pra Abby que sorri, esse eu acho que foi o sorriso mais lindo que eu já vi em toda minha vida.

Nós vamos em direção ao subsolo, onde está nosso carro. Eu coloco o cinto em Julie e acerto o a cadeira de Brad atrás. Eu pego a Av. que vai em direção a casa de Susan e em vinte minutos nós estamos lá. No caminho não ouve muito assunto. Apenas uma pequena briga pela posse da estação de rádio. Rock X Clássica.

Faltavam apenas algumas quadras para casa de Susan e eu não pude me conter. Olhei pelo retrovisor, vi que Julie cantarolava a música, brincando com Brad. Aproveitei a deixa e lancei a minha mão direita sobre as coxas dela, que reflexivamente me retribuiu um olhar controlador.

Apressadinho - eu pude escuta-la dizer antes que sua voz fosse encoberta pelo choro de Brad.

Ele está com fome - ela disse, assim que nós paramos em frente a casa.

Quer dizer que nós vamos precisar entrar?- eu pergunto, não disfarçando meu tom decepcionado. Era a morte saber que eu tinha de desperdiçar 5 minutos que fossem.

Você está sugerindo que eu deixe o meu peito ai?- ela me diz, sorrindo, descendo do carro. Antes que ela pudesse sai totalente, eu devolvo a piada, deixando-a envergohada:

Se fosse assim, eu já tinha pego um para andar comigo faz tempo.

Eu saio do carro, pegando as coisas das crianças e vou andando até a porta onde Abby ja havia tocado a camapainha.

Olá! – Susan abre a porta sorrindo com uma criança nos braços – Ola pequena Julie...

Oi tia! Oi Sarah! – Julie fala acenando pra menina.

Vamos, entrem – susan aponta pra dentro da casa.

Nossa. Como ele esta enorme, e esta ficando um gato – Susan fala tentando fazer meu filho rir. – Oi sumido... – ela fala vindo a mim me dando um beijo. – Pode deixar as coisas em cima dessa cadeira mesmo.

Susan, eu poderia dar de mamar pra Brad! – Abby fala colocando a bolsa dela na cadeira.

Vem comigo...

Eu não demoro. – Abby fala subindo as escadas junto com Susan e Brad.

Eu me sento numa cadeira e fico vendo minha filha brincar com a filha se Susan. Eu começo a analisar a casa que provavelmente eu conhecia mas que não havia tido a chance de frequenta-la. Acho que nossas familias tornaram-se muito amigas.

Você por aqui! – Chuck fala vindo da cozinha segurando um bebê e seguindo ele vem um menino, que devia ser mais velho que Sarah.

Poxa, 3 filhos? Nada para para Susan, aquela que eu nunca vi como "mãe". Bom, do que eu estou falando? eu também tenho 3 filhos! Até a bem pouco tempo atrás eu me surpreendi em ver Susan como "mãe". Aquele coisinha fofa que ele levou para o hospital há poucos dias atrás...Com certeza, me surpreeendeu.

Novidades?- eu ouço Chuck me perguntar e me sinto meio perido. Ah, sim! Minha vida está de pernas pro ar e eu não pertenço a esse mundo? Não, acho que não seria uma boa falar.

Não, não- eu tento ser o mais informal possilvel- tudo na mesma...- eu lhe dou um sorriso simpático.

Então- ele checa a escada para ter certeza de que nenhuma das duas está descendo- A noite vai ser boa hoje?- ele abre uma cerveja e senta no sofá. Acho que está mesmo querendo "discutir isso". Bom, quem sabe o que aquelas duas andam falando lá em cima?

Espero que sim – eu falo sem conseguir controlar o meu sorriso. – Planejei uma noite daquelas.. quero que o que aconteça hoje seja inesquecivel.

Sabe quanto tempo que eu não tenho uma noite em paz sozinho com minha esposa! 6 anos!

Se você quiser, qualquer dia tambem pode deixar as crianças lá em casa..

Você faria isso por nós? – ele fala sentando na ponta do sofá empolgado.

Claro... é so marcar dia e hora com antecedencia.

A Susan vai ter a maior surpresa dos ultimos tempos. – ele fala dando um gole na cerveja – Quer uma cerveja?

Não.. obrigado. - eu falo olhando pra cima, sera que Abby ainda vai demorar muito?

Ah sei.. hoje so vai rolar champagne e vinho ne!

Eu lhe sorrio, acenando positivamente

Cuidado, hein? Não beba demais, senão...- ele faz um sinal negativo com o dedão para baixo que eu posso entender de longe...

Ei! Sai fora! Tá me estranhando?- eu finalemnte consigo me sentir a vontade com a situação e tomo até liberdade de brincar com isso.

Nós falamos outras besteiras e Cosmo vem até perto de mim, começando aquelas brincadeiras sem - graça de dar murros. Ainda bem que minha Julie não tem essas coisas.

Finalmente! elas estão descendo!

Nossa, acho que você abasteceu ele por uma semana, hein?- eu corro para ficar de pé, me juntando a Abby e Susan no pé da escada.

Calma, Carter!- eu ouço Susan dizer me encarando- você tem a noite toooooda! Deixe-a pelo menos dar de comer ao seu rebento. - todos riem e eu quase morro de vergonha.

Bom, vamos...?- eu tento acelerar o processo "vamos pra casa logo".

Amiga, é melhor você ir antes que ele tenha um- Susan olha ao redor e se vê cercada de crianças- é, deixa pra lá..

Os três começam a rir da minha cara e eu não sei onde me esconder.

Olha o que você fez.. – Abby fala passando a mão no meu rosto. – Ele ficou envergonhado.

Desculpa - Chuck fala dando um tapinha nas costas. – Vão e tenham uma otima noite.

Nós nos despedimos e quando Susan vai nos deixar na porta, Julie vem correndo e pula no meu braço.

Tchau pai, vou sentir muitas saudades. – quando ela me dá um beijo na bochecha, uma sensação toma meu corpo me fazendo ficar arrepiado. Eu sinto que nunca mais vou poder segurar essa menina nos braços, rir com ela, vê-la implorar por sorvete...

Tchau minha linda, papai te ama. – eu falo dando um beijo no seu nariz.

Eu a coloco no chão e ela volta a brincar com sua amiga, como se aquilo fosse a coisa mais natural do mundo. Susan está a nossa frente com Brad no colo. Eu estou com um aperto no coração, uma sensação nova. Eu olho meu filho no colo dela e tenho vontade de chorar.

Por que eu estou me sentido assim eu não sei, mas cansei de me arrepender das coisas que eu não fiz. Antes de entrar no carro eu vou até eles de novo, e o pego no colo.

Boa noite, hein, garotão? Não vai dar muito trabalho. Te amo.- eu dou um beijo no seu rosto. Ele me dá uma leve gargalhada que já faz com que eu ganhe minha noite.

Continua...