Capítulo 2

Olá hum, esse capítulo foi difícil de começar por que eu não achava um meio de juntar o começo da trama com o rumo que eu imaginei que ela deveria seguir... Mas, depois de um começo árduo ela foi fluindo.

Esse capítulo, em especial, me desagradou muito pois, eu queria apresentar alguns personagens novos e essenciais pra trama, medo de que isso pudesse entediá-los eu tentei colocar os nomes de alguns personagens já conhecidos e apresentar outros só no próximo capítulo.

Hum, Obrigada pelas reviws. .

Sadie: Que bom que está gostando, espero ansiosamente um novo capítulo de Vidas e Espíritos, e que seus trabalhos da faculdade possam lhe ser mais prazerosos.

Naru: Bem, fico feliz que você se sinta honrada, desculpe por ter faltado na aula eu tive que ir para o plantão estudar, espero que continue lendo.

Murilo: legal que você tenha gostado do primeiro capítulo. Fico feliz que você tenha lido mesmo sem conhecer o livro. Qualquer dúvida me fale, ta?

Um agradecimento especial para a minha beta A Miaka, sem ela nenhum dos meus fics teriam sido publicados.

Bjus e boa leitura

Soi

- O que houve com o seu rosto, criança? – Legolas tocou com seus longos dedos o rosto ainda vermelho da garota. A marca da mão da mãe ainda era visível e a garota baixou os olhos escuros diante do olhar do príncipe de Mirkwood.

- Nada Lorde Greenleaf. - Murmurou a garota envergonhada por ter, agora, os olhares élficos concentrados nela. Estel franziu as sobrancelhas, ela, muito raramente os tratava com tamanha distância.

- Qual o problema, minha menina? – Sussurrou Elladan em seu ouvido. Ela sentiu as lágrimas queimarem seus olhos. Elladan começou a nadar até a margem seguido pelos outros.

Lord Elrond os observava com um olhar pensativo, há mais de vinte anos os elfos de Rivendell negociavam com o clã responsável pela estância. As negociações começaram graças a Maglor Númenessë, mas, desde sua morte seu filho havia tornado as negociações muito mais... Difíceis. Calaglin Númenessë tinha um herdeiro e não parecia se preocupar muito com sua filha mais jovem deixando o Lorde élfo preocupado com a jovem. Idril sempre fora ensinada a servir e a nunca contestar as normas impostas, Calaglin tratava a filha como uma empregada e Elrond, temia as conseqüências que uma existência assim trariam para a pequena.

Uma imagem inicialmente sem definição, como névoa começou a se formar na mente do Lorde. Um rapazinho mirrado segurava uma espada élfica, grande de mais para ele, o som foi sumindo dos ouvidos élficos de Elrond e antes tudo escurecer ele pôde ouvir um grito agoniado saindo da boca do rapaz...

'...Elladan...'

Pouco a pouco os ruídos normais do acampamento retornaram e a visão foi ficando normal. Foi então que o Lorde élfo se deu conta da garotinha que era agora erguida por Elladan sendo colocada na margem do rio enquanto Elrohir subia graciosamente e puxava um pano para cubri-la.

- Tome criança. - Estendendo para Idril. – Assim você não ficará doente.- Elrohir olhou de relance para Estel e com um sorriso maroto completou - Seu organismo é muito frágil. Vocês não deviam se aventurar deste modo...-Mas foi interrompido por Estel que já estava sobre o elfo.

-Vai engolir o que disse elfo bobo.

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O abraço carinhoso do irmão a deixava mais confiante para enfrentar o que viria. Sabia, porém, que seus irmãos não poderiam lhe dar apoio. Estel acariciou sua cabeça deixando alguns fios de cabelo desarrumados e lhe dirigiu um olhar um pouco mais confiante.

Começavam a se aproximar da casa e, apesar dela ter explicado a situação para eles, não tinha certeza de que a complexidade do problema havia sito assimilada pelas mentes centenárias dos élfos. Afinal, como criaturas tão belas entenderiam a dor horrível que podia habitar um coração mortal? Censurou-se por esse pensamento... Estel era mortal... E mesmo que eles não soubessem como era a dor que ela sentia quando o pai a renegava, eles entendiam que ela sofria...Afinal, não eram eles as únicas criaturas capazes de morrer por um coração partido? Foi tirada de seus devaneios quando ouviu a voz da criada insistindo que, os lordes élfos poderiam entrar, mas a jovem Idril deveria esperar pela ordem do pai. Suas bochechas foram corando pela vergonha que começou a sentir da família. Quando Elrond começava a explicar que eles não entrariam sem a menina foi, bruscamente interrompido pela chegada de Calaglin. O olhar severo do pai fez o coração de Idril apertar... Sabia que ele não voltaria atrás. Só percebeu o que estava acontecendo quando ouviu o pai trancando a porta atrás de si e encarando-a cruelmente.

- Preste atenção garota tola, só vou dizer uma vez. –suspirou pesadamente, não de remorso, de raiva.- Você vai embora daqui. Mas não com eles.- Sobre a expressão de duvida de Idril acrescentou:- Você sempre agiu como um garoto, não é? Talvez aproveite a oportunidade que lhe ofereço. Você viveu e vai morrer como um.- Sem maiores explicações ele abriu a porta e saiu.

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Já fazia um mês desde Idril estava com um grupo de soldados. Antes de sair de casa ela havia cortado o cabelo escuro que agora estava rente ao ombro. Com uma agilidade recém adquirida e ainda pouco desenvolvida ela conseguira pegar uma das frutas macias e suculentas que eram comercializadas na vila em que estavam passando. Mas, após a primeira mordida ela não conseguiu continuar... Levantando os olhos devagar ela pôde constatar que, ao que parecia, Estel conhecia os soldados aos quais ela se juntara, mas, por alguma razão eles o chamavam de Aragorn...

Num sussurro ela balbuciou um comprimento à Aragorn e discretamente abaixou a cabeça para dificultar que ele a reconhecesse. Por mais que sua mente não compreendesse o porquê, ela sentiu uma vergonha incontrolável da aparência que possuía agora. As roupas eram sempre grandes demais para seu corpo ainda miúdo e a falta de coordenação a envergonhavam... Ela caminhou debilmente até a estalagem onde passariam a noite e as coisas não podiam ficar piores, pois dentro da estalagem ela ouviu a distância a sonora voz de Elrohir...

' Como poderei ignorar aqueles que já moram em meu coração?' Pensou, antes de ser arrastada para o bar do local por um soldado excepcionalmente grudento.