Capítulo 4
By SOI
Betado por: Miaka e por Júlia
Hum, Bem, como esse capítulo é principalmente feito pelo ponto de vista de Alassea e Taralon eu decidi fazer um bônus no final contando uma aventura de Idril (com participação especial dos filhos de Elrond e do Las, é claro.).
Agradecimentos: O.o...tudo isso?
Miaka: Beta q só agora vai começar a entender a fic (q bom q vc viu os filmes)
Júlia: Será??? Êh jujuba...que maravilha q vc também vai betar, hein? Mais não me engane q eu já to ficando proficional...vc e a Naru nunca publicam os textos que escrevem! Qru um endereço pra poder recomendar aqui!!! Boa Apresentação eu sei q vc vai se sair bem
Naru: Ai Naru...vc tem q criar vergonha na cara e publicar!!!!!!!mesmo q sejam contos Originais. Quem quiser ler alguns dos contos da Naru entrem no . eu já entrei e deixei comentárioV
Sadie: Que continua lendo, apesar de estar sempre tão ocupada! capítulos fazem meu dia, viu olha qm fala 'Vidas e Espíritos', 'O Destino de Muitos'...o q Sadie guarda pra nós?hum...que tal uma certa continuação???hum...boa idéia
Murilo: Ai ai...tô esperando vc me mandar akele texto.
Myri: Ai, que belo reviw aquele, hein...Me deixou radiante entrei pulando pro jantar! Meus pais ficaram sem entender nada. Bem...Depois da 'Paixão dos Edains' essa maravilhosa autora nos presenteia com 'Daror e Míriel', outra maravilhosa fic que mostra um pouco sobre os Harad...Vou criar um fã clube pro Darore...Ele é lindo(que observação sem sentido...�')
Nim: Olá To quase acabando...ainda é bem quase...agora a velocidade de leitura deve aumentar...fériasV posso te mandar e-mails falando sobre algumas coisas dos capítulos? Eu gostaria muito.
Alice: Olá linda vc também ta lendo agora é só a Vânia imprimir todos os capítulos se bem q não vai ser um grande prejuízo, São tão pequenos, né? Ei... NEM TENTE ME ENGANAR!!! Eu ainda não vi o mellon nîm publicado!!! É uma fic tãããão lindinha...eu vou encher de reviwsVVV
FELIZ NATAL o.O
Aquela sensação era deveras estranha à garota que viu Alassea se retirar sorrateiramente do aposento. Taralon entendeu o sinal da mestra, ela queria que a menina permanecesse no quarto.
Silenciosamente passou pelo corredor externo de onde podia vislumbrar um dos jardins. Era lá que ficava o motivo do nome do 'yellow flowers'. A grande árvore cujos galhos curvos abrigavam cachos de flores amarelas balançava ao ser tocada pela brisa morna. Algumas das flores voavam um pouco para depois caírem delicadamente no chão coberto de grama. Algumas mais ousadas caiam na madeira que iniciava o corredor. Alassea se abaixou e pegou uma delas. Era pequena e não havia desabrochado totalmente e, apesar disso, era absolutamente graciosa. Com um gesto delicado ela colou a pequena flor dentro de uma das dobras de seu quimono. Ao completar a tarefa percebeu que uma das criadas se aproximava com uma vassoura e, com muita facilidade, ordenou a garota que deixasse as flores ali e fosse arrumar uma ceia pequena para o jovem soldado.
Pouco tempo depois estava na frente do gabinete de Gazat-Búrz, dono do estabelecimento. Com uma pequena batida ela anunciou sua entrada. O quarto era feito de madeira e estava inteiramente na penumbra, indicando a ausência do anão no local, que era tão óbvia quanto a poeira que cobria todo o chão. Suspirou. Com sorte ele teria ido até o cofre e estava contando seu dinheiro e apreciando o brilho de algumas das pedras com as quais seus semelhantes lhe pagavam, já que dificilmente teriam algo mais belo a oferecer. O cômodo era, na opinião de Alassea, uma careta ela ajoelhou e, no chão empoeirado, achou um alçapão que conduzia a uma escada de cordas toscamente feita. Alguns dos degraus estavam meio podres, pois as poucas tabuas de madeira que serviam para a função já deveriam ter sido trocadas a muito tempo. Ao fim da escada já se podia vislumbrar algumas moedas cujo brilho do metal era diminuído pela terra que sujava toda e qualquer coisa que encostasse no chão e nas paredes escavadas que formavam o cômodo. 'É exatamente como suas minas...Asquerosas e podres, Gazat. E você já deveria saber disso.'
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Taralon sentiu o rosto queimar quando a garota Idril recebeu um abraço dos irmãos. Sentia que não havia motivo para estar lá, apesar da ordem de Alassea...Suspirou forçando-se a olhar o chão. Reparou que, apesar dos quartos serem sempre limpos às vezes as juntas da madeira, de que eram feitos, acumulavam um pouco de pó. Isso lembrou Taralon de que assim que a garota deixasse o quarto vago ela ajudaria as criadas a limpá-lo. Seus pensamentos sobre as maneiras mais produtivas de fazê-lo, no entanto, foram interrompidos por uma mão em seu ombro, que trouxe a garota de volta a realidade. Tristemente ela constatou que o que para ela pareceu muitos minutos arrastados não passou de poucos segundos. Levantou os olhos para encontrar Lord Elrond, que, apesar da 'falta de tato' da garota (era assim que Alassea chamaria a situação se estivesse presente), sorria.
Foi como se ela subitamente sentisse que Idril sempre esteve presente em todas as lembranças que Taralon tinha dos elfos. O olhar quase paterno que ela viu nos olhos do Lorde elfo a fez sentir-se diferente em relação a Idril. Um leve sentimento de culpa foi tomando o coração da garota...Idril fazia parte da família, e mesmo que Taralon ansiasse por participar também, ela ainda era uma aprendiz de gueixa...
Todas essas especulações da pequena não passaram despercebidas por Elrond. Um toque diferente na porta, no entanto, fez a garota afastar-se do Lorde. Elrond deslizou, ou assim pareceu a Taralon, pra trás da porta enquanto a garota abria uma pequena fresta e murmurava alguma coisa. Com cuidado ela pegou uma bandeja que continha uma pequena ceia e uma garrafa com o fundo arredondado, pintada de prata, e acompanhava um copinho da mesma cor. A garota colocou um pouco do líquido e pegou algumas folhas coloridas que estavam separadas. Cortou uma folha vermelha em pedacinhos bem pequenos e colocou no copo junto com o líquido sobre o olhar atento do Mestre elfo. Depois começou a misturar outras ervas à bebida e por fim ofereceu a Idril. Estel pegou o copo e entregou à sua irmãzinha que olhou para Taralon intrigada.
' É uma mistura, vai fazer com que você não fique com dor de cabeça amanhã e que o efeito do álcool que tomou por engano passe mais depressa. Alassea deve ter pedido para que alguém trouxesse. Saber preparar isso faz parte do meu treinamento.'
' Obrigada' sorriu...
' Minha irmã tomou o que Taralon?' Inqueriu Elrohir com um sorriso maroto. Elladan olhou severo para ele.
' Os soldados foram colocando canecas de cerveja para ela...' Respondeu oferecendo agora uma taça com algumas frutas secas.
Depois de arrumar a ceia e ajudar a menina Idril (que era como ela mentalmente chamava a garota, apesar de ambas terem a mesma idade e o mesmo tamanho) a se servir de pequenos pedaços de carne seca e especiarias que a serva havia trazido na bandeija.
' Você tem um cheiro bom.' Sorriu dizendo à Taralon que começou a sentir as bochechas queimarem.
' O...Obrigada.' Não entendera o porque a garota havia falado aquilo, mas tinha que considerar que o efeito do álcool demoraria mais algum tempo para passar.
' Taralon, é um nome bonito...Não é?' Idril olhava agora para os irmãos, Estel e Elrohir já estavam separados e Elrond parecia estar censurando os filhos. Elladan sorriu e assentiu com a cabeça.
' Sim, Taralon é um bonito nome.'
' Uma vez o Glorf...Glorf...'
'Glorfindel?' Ajudou o gêmeo mais velho, Idril sempre tivera uma grande dificuldade de pronunciar o nome do capitão élfico.
' Sim, uma vez ele me disse que eu tinha o nome de uma princesa, mas a Taralon também tem.'
' Idril era o nome de uma elfa que abdicou de sua imortalidade para viver ao lado de um edain. Taralon...Não me recordo de ter alguma princesa élfica com esse nome...'
'Celebrian...Meu segundo nome é Celebrian... '
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'Vamos Idril...Não precisa ter medo...' Elrohir estendia uma mão a criança que olhava para o cavalo um pouco assustada.
' Olhe Idril o cavalo é bonzinho...Veja...' Estel estendeu a mão perto do focinho do corcel que reconhecendo o cheiro aproximou o nariz para se afagado. A pequena estendeu as mãozinhas e com alguma excitação tocou o nariz do animal seguindo o gesto que o dunedain havia feito um pouco antes.
' Não tenha medo pen neth...Olhe, que tal nós contarmos pro cavalo que você nunca montou antes?' Legolas aproximou os lábios da orelha do animal e começou a murmurar palavras que Idril nunca tinha ouvido...Mas ela achou que se assemelhavam muito a uma música. ' Está melhor agora?' Inquiriu o príncipe sorrindo. A menina disse um sim bem baixinho.Havia simpatizado com o animal.É só que ela não saberia como montar. Quem diria subir no animal...Ou pelo menos esses eram seus pensamentos até a voz do primogênito de Elrond sobressair-se sobre os sons dos corcéis.
' Quer que eu te ajude a subir pen neth ' Elladan a pegou no colo e ajudou a garota a se posicionar na cela, na frente de Elrohir. A pequena parecia não saber como se sentar e o gêmeo mais novo sorriu.
' Sente-se como eu pen neth...Não ligue para o que possa ter ouvido sobre as maneiras que as damas devem montar. Minha irmãzinha deve montar como eu, assim, quando ficar mais velha poderá montar sozinha e percorrer longas distâncias a cavalo.'
Idril assentiu com a cabeça e ofereceu um sorriso ao elfo...Tinha por volta de sete anos e os dentes de leite haviam caído há alguns dias. Na verdade, na noite antes da chegada dos elfos.
A mãe de Idril disse que se ela não chorasse quando eles caíssem e enterrasse os dentes na floresta, as criaturas mágicas lhe dariam um presente. A garotinha, quando percebeu que não havia ninguém acordado, levantou da cama e ajoelhou-se no chão. Foi engatinhando até a porta do quarto e quando estava quase saindo ouviu um ronco particularmente alto vindo da cama ao lado da sua. A ama-seca que dormia no mesmo quarto que ela tinha um sono leve e com o rangido longo da porta se abrindo, agitou-se nas cobertas. Idril esperou alguns minutos...Não queria ir até o bosque na manhã seguinte, teria que esperar demais para receber seu presente e já tinha um desejo em seu coração.
Um desejo que não agüentaria ter que guardar por mais tempo. Ainda engatinhando, ela atravessou o corredor e se levantou silenciosamente para descer a escada. Quando estava no último degrau ouviu um assobio bem baixinho. Com uma lamparina quase apagada na mão estava Maglor Númenessë, seu avô, lhe sorrindo. Com um gesto pediu que a pequena o acompanhasse até a cozinha, ação que ela executou sem produzir som algum.
' Ora, pequena, o que fazes acordada?' perguntou com sua voz grave porém gentil.
' Vou levar meu dente para o bosque e enterrá-lo...Mamãe me disse que se eu fizesse isso as criaturas me dariam um presente.
' E por que nós não fazemos isso juntos amanhã?'
' É uma coisa que eu quero há muito tempo...Eu não agüento mais esperar.'
' E o que habita o coração de minha pequena?'
' Eu gostaria de poder ver meus irmãos...Meus irmãos elfos, vovô...Já fazem muitas luas desde a última visita.'
Sorrindo Maglor Númenessë acompanhou sua neta Idril até o bosque e procurou um lugar adequado para o primeiro dente de leite perdido.
' Agora nós devemos marcar o lugar, para que você nunca esqueça onde enterrou esse e possa enterrar os outros juntos...'
' Eu posso por uma folha? Um galho talvez?'
' Não pequena. Tem que ser alguma coisa que chame a sua atenção e que não vá embora com a chuva.' E dizendo isso o velho homem tirou de dentro do bolso uma pequena faca com o cabo branco.' Essa foi minha primeira adaga.Vamos gravar nessa árvore as suas iniciais e depois eu te dou a adaga de presente.'
' Mas vovô, assim nós vamos machucar a árvore.'
' Então nós podemos colocá-la na terra deixando apenas o cabo a mostra. Assim a árvore fica bem e você não perde o lugar.'
'Mas e a sua faca?' Perguntou preocupada a pequena.
'Bem, eu disse que ia dá-la a você. Que melhor uso uma faca pode ter do que esse?' Perguntou sorrindo.' A maneira mais pura de se usar uma faca, pen neti...' Idril sorriu e se permitiu corrigir o avô.
' Obrigada, vovô, mas é pen neth'.
A mãe estava certa. Assim que acordou Idril pôde ouvir o relincho dos cavalos e ao olhar pela janela viu Elrond e seus filhos descendo dos animais e indo cumprimentar Maglor que arriscou uma olhada de relance para o quarto da neta e um sorriso com os olhos azuis brilhando pela travessura compartilhada.
A lembrança de Idril foi interrompida pelo início da marcha e com um protesto a garota tentava se manter firme na cela. Elrohir sorriu e qualquer que fosse a incerteza que povoava a mente da pequena se dissipou no momento em que o elfo perguntou se ela gostaria de ir mais rápido. Assentindo com a cabeça e permitindo que o irmão a segurasse pela cintura, a pequena Idril partiu para seu primeiro passeio a cavalo.
