Disclaimer: Nossa, tava demorando pra aparecer isso, ñ é? Bem, RK ñ me pertence, infelizmente... (snif) Mas eu já acionei meus advogados e eles estão cuidando do assunto! XD

( ) Notas da autora

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Capítulo 8: Promessas

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"Eu não quero ver ninguém sofrendo por mim, não quero as pessoas me olhando com pena! Coitada da Kaoru, está doente e pode morrer!" Disse a última frase em tom de sarcasmo, como se imitasse a voz de alguém.

"Ora, mas que orgulho besta!" Megumi agora se levantara da cadeira e Kaoru também. O pincel, o papel e o livro agora jaziam no chão.

"Não é orgulho! Eu simplesmente..." Kaoru fechou os olhos, sua voz agora não passava de um sussurro.

"Simplesmente o quê?"

"Eu não quero que o Kenshin sofra por minha causa. Ele já sofreu demais, seria pior para mim vê-lo sofrendo pela minha doença." Quando Kaoru abriu os olhos uma lágrima escapou e escorreu por sua face. De repente, sua respiração se tornou rápida e a sala em torno de si parecia girar. Depois, tudo ficou escuro.

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Quando abriu os olhos tudo estava fora de foco, o cérebro parecia latejar insistentemente contra o crânio. Apertou os olhos para tentar enxergar algo e aos poucos todas as cores e formas foram voltando aos seus devidos lugares. Primeiro pôde ver o teto e virando os olhos para o lado percebeu que alguém a observava silenciosamente. Esse alguém era Megumi.

"Acordou, finalmente." Disse a médica se levantando.

"Megumi... Ai..." Tentou sentar-se na cama em que estava, mas a dor de cabeça fez com que se deitasse novamente.

"Não tente se levantar agora." Dizendo isto pôs uma mão na fronte de Kaoru para conferir sua temperatura. "A febre cedeu."

"Febre? Eu tive febre?" Perguntou ainda deitada.

"Na verdade foi apenas um estado febril." Sentou-se na cadeira ao lado da cama onde Kaoru estava.

"Quanto tempo eu fiquei desmaiada?"

"Uns 20 minutos."

"Oh..." Fechou os olhos e pôs uma mão na cabeça.

"Deve ter sido por causa do nervosismo, da emoção. Você estava um tanto alterada antes de desmaiar, estávamos tendo uma discussão, lembra?"

"Sim..." Ainda mantinha os olhos fechados.

"É melhor você esperar um pouco antes de ir embora. Talvez seja melhor que eu peça para alguém chamar Ken-san..."

"Não! Nem pense nisso Megumi!" Abriu os olhos e fitou a médica ao seu lado.

"Kaoru, continua com essa idéia fixa na cabeça?" Então franziu o cenho. Não era possível que Kaoru fosse tão teimosa!

"Nem Kenshin, nem ninguém pode saber disso!"

"Como você quer se curar assim? Não será possível, você precisa do apoio de todos!"

"Mas também é impossível que eu me cure!"

"O que te leva à acreditar nisso, Kaoru?" Suas vozes já estavam alteradas mais uma vez. Megumi levantou-se da cadeira e aproximou-se de Kaoru.

"Você pensa que eu não sei de nada? Ora, eu sei muito bem o que dizem! Todos os dias há notícias de pessoas que morreram vítimas de tuberculose! O mesmo aconteceu à minha mãe e o mesmo vai acabar acontecendo comigo! Também sei que as únicas chances de cura estão no Ocidente! Me diga Megumi: como eu vou para o Ocidente me tratar se eu mal consigo arranjar o que comer para todos?" Era um desabafo. Agora ela estava sentada, lágrimas escorriam dos olhos cheios de raiva e tristeza. Lágrimas que a todo custo ela tentava segurar.

"Então me diga: quando você morrer, como acha que Kenshin vai ficar?"

"Eu não sei." Sua voz soava baixa e a franja negra escondia seus olhos. "Só sei que enquanto eu viver não quero vê-lo sofrer. Não quero que ele sofra."

"Eu até posso aceitar que você esteja com medo de contar a verdade já que isto é um assunto muito delicado. Mas mentir? Esconder? É inconcebível!" Megumi estava furiosa com a atitude infantil de Kaoru.

"Por favor Megumi!" Ela apoiou os cotovelos nos joelhos e abaixou a cabeça, escondendo a face entre as mãos. Sua voz tinha um tom quase histérico. "Por favor Megumi, eu te imploro." Disse com a foz mais baixa. Levantou a cabeça e encarou Megumi com os olhos molhados e o rosto vermelho. "Eu te imploro..."

"Oh, Kami." Megumi desviou seus olhos de Kaoru. De alguma forma, era horrível olhá-la naquele estado tão... tão... deplorável. Sim, deplorável era a palavra que resumia a mulher que estava à sua frente.

"Megumi, olhe pra mim!" Kaoru se levantou e segurou o braço da médica com força. Esta então voltou a encará-la. "Prometa que não contará absolutamente nada a ninguém!"

"Kaoru, eu não..."

"Pelo menos até que consiga reunir coragem suficiente para contar, então! Por favor..."

"Ah, certo... Mas você também vai ter que prometer que não irá esconder isto por muito tempo. Por que se você demorar eu mesma conto! Promete?" A doutora tinha uma expressão séria na bela face.

"Sim. Obrigada, Megumi." E dedicou a Megumi um sorriso. Contudo, não havia alegria naquele sorriso.

"Ahhh..." Megumi apenas limitou-se a soltar um longo suspiro.

"É melhor eu ir embora." Disse enquanto enxugava o rosto coberto de lágrimas.

"Você tem certeza de que já está bem? Não quer que eu chame alguém para te acompanhar?"

"Não. Eu estou muito bem, não preciso de companhia." Afirmou.

"Mais uma coisa: alimente-se bem."

"Mas eu não sinto muita fome..."

"Mesmo assim, alimente-se bem! Você está doente e não pode se descuidar da alimentação!"

"Certo..." Em seguida soltou um suspiro de frustração.

"Ah, também não faça atividades físicas que requerem grande esforço. Ou seja, nada de treinos pesados. Um ou outro movimento de espada talvez, mas nada além disso."

"Mas, Megumi..."

"Nada de 'mas'! Você quer continuar tendo desmaios? Não foi você mesma que disse que não quer deixar o Kenshin preocupado?"

"Ok, ok!"

"Na verdade, uma boa caminhada pela manhã seria bem saudável. Mas não muito longa."

"Caminhada? Está bem. Agora vou indo."

"Eu a acompanho até o portão."

"Não precisa, pode deixar. Tchau." E sem dar tempo para Megumi contestar abriu a porta e saiu.

Megumi ficou para por um momento. Depois, suspirando, levou a cadeira até a mesa e sentou-se. Colocando o cotovelo sobre a superfície de madeira apoiou o queixo na mão e murmurou para si mesma: "Não acredito que aceitei isso. Kami, tenha piedade de mim!"

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Kaoru fechou o portão atrás de si e começou a caminhada de volta ao dojo. Sentia-se cansada, como se toda a sua força houvesse sido drenada.

Andava devagar. Não queria chegar em casa tão cedo. As palavras de Megumi ecoavam em sua mente 'Kaoru, é... É tuberculose.' Tuberculose... A mesma doença que matara sua mãe também a mataria.

O estranho era que tinha a impressão de que inconscientemente parecia já ter se preparado para isso...

Mesmo assim, sua única vontade agora era chorar. Mas sabia que não podia dar sinais de fraqueza, não podia dar motivos para Kenshin ficar desconfiado. Sabia também que seria difícil.

Sentia-se horrível por mentir, mas... Kenshin jamais poderia saber da verdade. 'Me perdoe Megumi.'

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Kenshin estava sentado na varanda observando o céu nublado de inverno. Já passava das 11:30hs da manhã e Kaoru ainda não chegara. Estava preocupado com ela...

Ah! Quando não estava preocupado com ela? Não sabia desde quando sentia aquilo por Kaoru. Às vezes encontrava-se pensando se já não era hora de deixar-se ser feliz? Sim, sonhava em algum dia revelar a ela seus reais sentimentos. Casar-se outra vez e, quem sabe, ter filhos. Sorriu levemente ao imaginar duas crianças com indomáveis cabeleiras vermelhas e lindos olhos azuis. Miniaturas dele mesmo e de Kaoru.

Franziu ligeiramente a testa ao se deparar com os poréns. Não duvidava de que Kaoru também sentia o mesmo, mas... Ele seria capaz de fazê-la feliz? Com todos os fantasmas de seu passado que insistiam em perseguí-lo? Além disso, nunca pensara antes em ter filhos. Nem quando estivera casado com Tomoe.

Ser pai... Conseguiria ser um bom pai? Nem lembrava-se do rosto do seu. O mais próximo que tivera de um pai fora Seijuro Hiko, e sabia que seu mestre não era um exemplo perfeito a ser seguido. Pensando bem, nem ele próprio era...

O que pensariam seus filhos ao descobrir que seu pai já fora um assassino? Provavelmente teriam vergonha...

Como sustentaria sua família? Ninguém queria empregar um ex-retalhador.

Sacudindo a cabeça e soltando um longo suspiro levantou-se e caminhou até a cozinha para olhar a sopa.

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Faltavam três quadras até que conseguisse avistar o portão do dojo Kamiya. Estava tão compenetrada em seus pensamentos que nem sentiu alguém aproximar-se e caminhar ao seu lado. Só notou a presença do estranho quando este lhe dirigiu a palavra.

"Bom dia Kaoru-chan?"

Virou-se para o lado e viu que não era um estranho.

"Eiji!" Estava surpresa de não ter percebido que ele estava bem ali, ao seu lado.

"Você anda muito distraída Kao-chan." E lhe dedicou um sorriso.

"Desculpe, estava apenas pensando."

"No quê? Deveria ser algo muito sério para estar tão concentrada."

"Nada demais..." E desviou o olhar para a rua que estendia-se a sua frente.

"Tudo bem, eu não vou insistir. Sei que se fizer isso vou acabar provocando uma explosão." Disse num tom brincalhão.

"Ah, Eiji!" Kaoru estava vermelha como um pimentão.

"Hehe, você sempre fica uma gracinha quando está envergonhada."

Kaoru corou furiosamente e depois amarrou a cara.

"Sem graça!" Tentava parecer chateada mas o tom divertido em sua voz a entregava.

"Lembra de quando tínhamos 13 anos?" Eiji olhou-a com um sorriso que derreteria o coração de qualquer garota.

Kaoru pensava em como havia ficado bonito. Não tinha mais nenhum vestígio daquele magricela que um dia conhecera... Quando se deu conta do assunto ao qual ele se referia ficou mais vermelha ainda, se é que isso era possível.

"O que você quer dizer? Aconteceram várias coisas quando nós tínhamos 13 anos."

"Ora, então eu vou refrescar a sua memória."

Kaoru já podia ver o portão do dojo bem próximo.

"Ah, é?"

"Lembra-se que eu e você fizemos uma promessa antes de eu ir embora?"

"Ah... Aquela promessa?"

"Sim, quando eu e você dissemos que quando eu voltasse iríamos nos casar. Lembra?" Pararam em frente ao portão do dojo. Eiji observou atentamente a reação de Kaoru.

"Lembro. Eiji, eu..." Kaoru levantou os olhos para encará-lo. Mas então ficou confusa por que, de repente, Eiji começara a rir. "Do que está rindo?"

"Ah, Kao-chan, não precisa ficar preocupada! Eu não estou tentando fazer com que você cumpra essa promessa."

"Não... Não está?"

"Não." Eiji parou de rir, mas um sorriso gentil ainda adornava seus lábios. "Nós éramos muito jovens na época e, eu já percebi seu interesse por Himura-san."

"In... Interesse?" Incrível como a cor vermelha não queria abandonar a face de Kaoru.

"Ora, não se finja de desentendida!"

Kaoru não respondeu porque o portão se abriu sem que nenhum do dois encostasse nele. Era Kenshin.

"Ah, Kaoru-dono. Este servo ouvi vozes no portão." (ñ, ele ñ ouviu a conversa )

"Bom dia, Himura-san." Disse Eiji curvando-se polidamente.

"Bom dia Yoshikawa-san." Kenshin retribuiu o gesto.

"Vamos entrar Eiji?" Então Kaoru entrou sendo acompanhada por Kenshin.

Eiji apenas a observava. Antes de entrar não pôde suprimir o pensamento: 'Apesar do que eu disse Kaoru, nunca esqueci a nossa promessa.'

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Kenshin, Kaoru, Yahiko e Eiji estavam sentados saboreando o almoço. Kaoru quase não tinha apetite mas Kenshin insistia para que comesse bem. Quase teve um treco quando este lhe perguntara como havia sido a consulta. Mentindo, Kaoru disse que não passava de uma anemia.

Sentiu-se horrível quando o espadachim disse que deveria ter caprichado mais na comida. Kenshin se achava culpado pela 'anemia' de Kaoru e por isso estava acompanhando a alimentação dela.

"E aí povo? Opa, cheguei na hora certa!"

Quando perceberam Sanosuke já estava sentado à mesa servindo-se.

"Olá Sanosuke." Kenshin cumprimentou num tom simpático.

"Ah, oi Kenshin, Jou-chan, Yahiko e Eiji!" Disse com a boca cheia de arroz.

Kaoru e Yahiko ignoraram o lutador.

"Olá Sagara-san." Eiji respondeu. "Sabem, eu estava pensando em convidar vocês para jantarem no Akabeko hoje por minha conta, o que acham?"

"Mas, não vai sair muito caro Yoshikawa-san?" Kenshin perguntou educadamente.

"Ora, dinheiro não é problema para mim. E então Kaoru-chan?" Eiji olhou-a atentamente.

Kaoru colocou sua tigela em cima da mesa e pensou. Realmente não sentia nenhuma vontade de festejar. Já era muito difícil fingir um sorriso para não deixar Kenshin alarmado, fingir alegria então era pior ainda.

"Eiji, eu..." Mas foi calada por alguém que pôs uma mão sobre sua boca.

"Claro, vai ser ótimo!" Disseram Sano e Yahiko em uníssono.

"Ahn, Kaoru-chan?" Uma gota apareceu na cabeça de Eiji.

"Ela aceita! Não aceita Jou-chan?" Então Yahiko sorrateiramente colocou uma mão na parte de trás da cabeça de Kaoru e balançou-a como se esta estivesse concordando.

"Ah, que bom!" Eiji sorriu. De repente seu rosto tomou a expressão de alguém que acabara de se lembrar de algo. "Olhem a hora! Peço licença e me retiro, tenho negócios a resolver. Adeus a todos! Nos vemos no Akabeko às 19:00hs!" E saiu apresado.

Sanosuke observava Eiji sair correndo, então soltou um uivo de dor. Kaoru havia mordido sua mão.

"Ei, Jou-chan, vai com calma! Tá virando canibal?" Disse esfregando as mão que fora mordida.

"Por que vocês fizeram isso?" Perguntou furiosa.

"Você acha que nós iríamos perder uma boca livre dessas? É a mesma coisa que perguntar se o macaco quer banana." Disse Yahiko com um sorriso amarelo que ia de orelha a orelha. Realmente deveria ser verdade essa tal teoria maluca de evolução que os cientistas ocidentais estavam defendendo. Aquela que afirmava que os seres humanos descendiam dos macacos.

Yahiko bem que poderia ser uma espécie de Elo Perdido...

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Continua...

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Papo Furado:

Olá, bessoal! Ah, maldito nariz entubido!

É isso mesmo, tô dodói. Garganta inflamada...

Mas mesmo estando assim eu terminei o cab da fic. Bor quê? Borque eu amo vcs, hehehe... cof, cof! Ai...

NOVE REVIEWS!!!!!!! NUM ACREDITOOOOO!!!! Mas eu quero muito MAIS, WAHAHAHA... Atchim! Borgaria...

Só uma notinha: a Kaoru já fez 18 anos, ok?

Chega de enrolação! Vamos às resbostas:

Respostas:

Blankaoru: Oh, Dios mío, estoy loca!!! Gracias, gracias, gracias, gracias por todo!!! Después yo contestaré mejor, és que estoy sin el bendito programa, jejeje... BESOS!!!

Sayuri-chan86: Linda? Linda é vc! Concordo com o quê você disse sobre o dinheiro. Depois de ler o mangá eu passei a ter essa visão da Megumi. Também acho que a Kaoru sempre admirou muito ela apesar das brigas.

Gosta de uma boa tensão, né? Hehehe... Espero que este tenha uma tensãozinha e esteja do seu agrado!

Lere: Não se preocupe, eu ainda sou humana! Se bem que ser mordida pelo Lestat/Tom não seria ruim, ai ai... (suspiro) Opa! Deleta isso, deleta! É que eu sou pixonada pelo Lestat... (corações saltam dos olhos de Mila)

Obrigada pelo "Boa sacada!"! Inicialmente vai ser a Kaoru querendo proteger o Kenshin, mas acho que mais para frente isso vai ser um desejo do Ken tbm...

Bjos fofinha!

LaDy KaHoRu: Por que eu não acreditaria em você? Olha, sua idéia foi muito boa mas como eu sou muito má o beijo vai demorar um pouquinho pra sair, wahahahaha!!!

Você não me satura, adoro reviews grandes! Obrigada pelo "boa escritora"! XD

Eu, zangada com vc por causa desse detalhe sem importância? Claro que ñ! O importante é que vc revisou e eu li, né?

Bjos guria!

Kras, vcs são os chuchus da minha salada de quiabo! (eca! Isso foi horrível!!!)

Continuem revisando, até a bróxima! (é o maldito nariz entubido!)

P.S.: Bjos bra vc tbm Mika-chan! Sei que vc ñ tá conseguindo revisar, então eu deixo esse recadinho bra vc!