.:O Rosto do Amanhã:.
Parece que por fim chegou ao fim. Depois de quase 20 anos a trabalhar para este fim em especial, ele chegou. Vinte anos de derrotas seguidas. Se tive anos de glória? Claro. Nos primórdios da minha carreira como Lord do Mal no Mundo Mágico.
Nunca me senti tão realizado como naqueles simples, mas gloriosos três anos. Tanta morte, tanto sofrimento...Eu tinha transformado o mundo onde eu tinha crescido num verdadeiro Inferno e mesmo assim achava pouco.
Porquê? Eu digo-vos. Estes Muggles e Feiticeiros fizeram da minha vida a morada do próprio Satanás. Ouvi toda a minha vida que eu era o indesejado filho de uma bruxa nojenta. Eu amei a minha mãe. Ela morreu para me dar vida. Tudo que fiz, posso dizer que foi por vingança ao meu, esse sim era nojento, pai. Ele fez com que ela morresse. Mereceu o fim que teve.
Depois apareceu ela. Não precisava de morrer. Estúpida, não passou para o meu lado quando teve chance. Poderia ter salvo a sua vida e teria tido outros filhos. Mas claro, preferiu morrer a renunciar aos seus princípios e àqueles que amava. Há algo mais enjoativo que isso?
E claro...O Cristo daquele nojento mundo apareceu. Era filho dela. Tentei matá-lo, sabem? Mas fui-me abaixo. O Avada Kedrava foi menos intenso do que eu queria...Ele teria morrido, como toda a sua família, se eu tivesse tido força suficiente. Ao olhar para a cara dele vi-me ali, no focinho de cão que é dele. Aquele rapaz viveria amargurado para o resto da sua curta vida por eu lhe ter morto a mãe, assim como mataram a minha. Viveria sozinho, a ouvir gozações por ser diferente...
Ainda iríamos encontrarmo-nos. Era a lei simples do Universo.
Um dia estaríamos os dois, de cara a cara. Ele com ódio por lhe ter morto a família, amigos, namorada. Por o ter feito ficar sozinho.
E eu? Eu estaria com ódio dele por ele sempre me ter arruinado os planos. Aquele momento de fraqueza arruinou a minha vida.
Eu sabia que ia morrer. Como todas as histórias que contavam no orfanato, o mau morria sempre, e o bom ia festejar para casa.
Só que ele não festejar com ninguém. Matei quem lhe era mais querido, assim como o clã dele matou quem eu mais amei.
Merecia morrer. Todos mereciam morrer.
E mesmo que eu morresse antes de os matar a todos, eu deixaria a minha marca nos seus corações, feito em ferro em brasa. Gravaria o meu nome nos seus peitos, nos seus pesadelos como sujidade num prato que por mais que se esfregue não sai.
O meu nome?
Tom Marvolo Riddle.
Voldie para os amigos.
