Livre para Voar

Por: Rukia Sohma


Disclaimer: Os personagens de SCC pertencem a Clamp e sou muito grata que um dia elas os tenham criado!

Advertência: Esse capítulo contém cenas impróprias para os menores de idade. Por isso, se você tem menos de dezoito anos, espere completar a maioridade. Apesar de que eu duvido muito que vocês vão levar em conta meu conselho...


A claridade do dia entrava pela janela de seu quarto e fez com que ele acordasse antes mesmo que o despertador tocasse. Syaoran abriu os olhos lentamente, acostumando-se com a luz aos poucos e depois se espreguiçou de uma noite mal dormida. Caminhou sonolento até o quarto ao lado e abriu a porta sem fazer barulho. Sakura ainda dormia sob o efeito de um poderoso calmante que ele lhe dera na noite anterior. Ela não havia contado nada sobre os motivos que a levaram a querer cometer tamanha loucura e dar cabo de sua vida. Ele voltou a fechar a porta e foi tomar banho para dar fim a sonolência que ainda o afetava.

Enquanto a água quente da ducha caia sobre seu corpo, ele não conseguia deixar de lembrar da cena que presenciara na noite anterior. Sakura quase se jogando da torre de Tóquio, aquilo parecia sim um pesadelo e não a realidade. Tal pensamento fez com que todo seu corpo se arrepiasse de horror. Tudo estava tão confuso. No mesmo dia, havia a reencontrado após muitos anos. Ela estava frágil, abatida e com um hematoma na face, sinal de uma agressão que segundo Touya, seria um ato cometido pelo marido de Sakura. Depois a encontrou novamente algumas horas mais tarde, porém ela andava de forma incerta, como se estivesse embriagada. Embora ele tivesse um compromisso, não pode deixar de ir procura-la e para seu terror, a ponto de cometer uma loucura. Se demorasse mais alguns segundos ela estaria...

"Não! Isso nunca!" – ele disse nervoso.

Ainda podia se lembrar de quando a conheceu...

Ele estava correndo pelo corredor da faculdade para não se atrasar para a aula de anatomia. Carregava diversos livros pesados, além de seus trabalhos, por isso teve seu campo de visão prejudicado diante de tanta coisa encobrindo seu caminho. Estava subindo a escadaria que levava para o segundo andar e na pressa acabou pisando em falso num degrau e já estava prestes a cair quando alguém o segurou pelo braço. Seus livros todos voaram na confusão e então ele pôde ver um belo par de olhos verdes preocupados.

"Você está bem?" – ela ainda o segurava pelo braço – "Foi por muito pouco, você não devia subir as escadas correndo dessa forma!" – ela finalmente sorriu.

Syaoran não tinha dúvidas que havia sido salvo por um ser angelical. Seu coração disparou diante da beleza a sua frente e as palavras parecia ficarem presas na garganta. Ela era a imagem da perfeição.

"Desculpe... é que eu estava atrasado!" – ele disse usando o braço livre para passar a mão na cabeça demonstrando estar sem graça.

Então ela percebeu que ainda o estava segurando pelo braço. Corou um pouco e soltou imediatamente de forma espontânea. Syaoran ficou encantado pela bela garota. Ela era bem mais baixa do que ele, magra e tinha cabelos medianos de cor castanha clara. Porém seus olhos e sua face formavam harmonicamente o ser mais belo que já havia conhecido em sua vida.

"Acho que já perdemos nossas aulas..." – ela disse olhando para o relógio. – "Eu vou indo... a gente se vê!"

"Espere!" – ele a segurou pelo braço dessa vez. – "Deixe-me agradecê-la por salvar-me de quebrar o pescoço provavelmente!" – ele disse sorrindo – "Aceita ir à lanchonete comigo? Como você mesma disse: Já perdemos nossas aulas!"

Ela olhou para a mão dele que a segurava pelo braço e sentiu o coração disparar. Sua face estava queimando e tinha certeza de que deveria estar rubra de vergonha. Juntando toda sua coragem para vencer sua timidez, disse:

"Claro! Seria muito agradável!"

Ela não sabia que sensação era aquela que a fazia sentir-se tão tímida ao lado dele. Nenhum homem costumava intimida-la, porém aquele jovem a deixava sem saber como agir. Ele era tão bonito, tinha um olhar sério que ao mesmo tempo era cheio de ternura. Ela mal conseguia olhar diretamente para aqueles olhos castanhos.

"Então você é Sakura Kinomoto! Em qual curso você está?" – ele perguntava interessado, enquanto a admirava.

"Estou no segundo ano de licenciatura de Literatura! E você? Qual o seu curso?"

"Estou no último ano de medicina! No próximo semestre eu começo a residência para cardiologia!"

"Eu nunca seria uma boa médica! Não posso ver ninguém sofrendo ou machucado que eu já desmaio!"

Ele riu do modo dela. Ela falava com muita doçura e ao mesmo tempo parecia ainda bem infantil. Ele estava convencido de que estava perdido de amor por ela. Olho-a cheio de ternura e ela percebeu ficando vermelha, tentando disfarçar. Tudo isso só deixava Syaoran mais encantado e num gesto decidido ele colocou sua mão sobre a dela que estava apoiada em cima da mesa da lanchonete. Tal gesto causou uma onda de choque no corpo de Sakura, era como se ela pudesse sentir toda energia do rapaz. Olhou para os olhos dele. Eram olhos bastante confiantes e expressivos, parecia que ele podia enxergar sua alma se desejasse. No momento, aqueles olhos transmitiam um sentimento bom, fazendo com que ela não conseguisse desviar sua atenção deles.

"Eu quero te conhecer melhor, Sakura! Acredito que me apaixonei desde o primeiro momento que coloquei os olhos sobre você!" – ele disse aproximando-se da moça. – "Sei que faz menos de uma hora que nos conhecemos, mas é a verdade!"

Sakura não pôde deixar de sentir uma grande alegria ouvindo tais palavras do rapaz. Ela tinha certeza de que o mesmo havia acontecido com ela e estava enamorada por ele. Seu coração começou a acelerar ao perceber a aproximação de Syaoran. Sentiu seu corpo quente próximo ao dela, sua mão alcançou sua face fazendo-lhe um carinho de leve e depois escorregou pelo comprimento de seu cabelo. O contato causava-lhe diversas reações que jamais havia experimentado antes, já que nunca havia namorado ou se apaixonado.

"Eu também quero te conhecer melhor, Syaoran!" – ela respondeu timidamente.

"Que tal sairmos hoje de noite?" – ele a convidou, percebendo que tal idéia a agradava. Ela sorriu e acenou afirmativamente com a cabeça.

"Agora preciso ir! Tenho apenas cinco minutos para não me atrasar para a próxima aula! Foi muito bom te conhecer!" – ela levantou bruscamente ao olhar para o relógio de pulso.

"Até mais tarde, mas antes de ir, não esqueça de me dar seu telefone e endereço!"

Ela escreveu num pedaço de papel e estendeu para ele. Sorriu mais uma vez, demonstrando corresponder os seus sentimentos e partiu para sua aula. Syaoran a seguiu com os olhos até que ela desaparecesse de sua vista. Sentia em seu coração que havia acabado de encontrar a mulher de sua vida.

Sakura começou a se arrumar para o seu primeiro encontro às seis da tarde. Estava tão nervosa, que nem conseguia se decidir qual perfume usar. Escolheu uma fragrância leve e doce. Retirou o hobby e vestiu sua roupa íntima. Foi até o armário e retirou um vestido branco com estampa de flores que iam do busto até a cintura. Calçou uma sandália de tiras e salto fino. Por fim, arrumou os cabelos e fez uma maquiagem discreta. Não sabia para que lugar o jovem que havia conhecido de dia a levaria, mas tinha certeza de que com a roupa que estava poderia se adaptar a qualquer situação.

O interfone de seu apartamento tocou e ela desceu ao encontro de Syaoran. Ele estava de calças jeans e camisa lisa de cor verde. Simples e adorável.

"Boa noite! Você está linda Sakura!"

"Obrigada! Você também está muito bem! Aonde vamos?"

"Aonde você quiser!"

Durante uma semana, eles se encontraram todos os dias. Conversavam muito e se conheciam cada vez mais. Eles sabiam que não era apenas amizade, pois havia muita atração entre os dois. Sakura pensava que o cupido não tinha mais nada para fazer da vida e resolveu fazer com que ela se apaixonasse por Syaoran, acertando-a com uma flecha certeira.

Era sábado, final de tarde. Mais uma vez, Sakura cumpria o ritual de se embelezar para sair com Syaoran. Contava cada minuto até esse momento chegar e contemplar a face do seu amor. Ele não demorou a chegar, e a troca de olhares prometia algo especial para aquela noite.

"Aonde vamos hoje?" – ela perguntou animada como todas às vezes.

"Que tal ao parque?"

A noite foi muito agradável para ambos. Conversaram muito e descobriram o quanto tinham em comum. Syaoran se aventurou num jogo de tiro ao alvo e acabou faturando um boneco de pelúcia para Sakura. Era um ursinho amarelo com asas brancas. Tomaram sorvete juntos e foram em diversos brinquedos do parque. Porém, foi na roda gigante que Syaoran percebeu sob a luz do luar, que Sakura já havia o transformado em seu escravo e ele seria capaz de fazer tudo que ela pedisse. Jamais havia imaginado que o amor era algo tão intenso e que em menos de uma semana, já o tornaria dono de uma certeza tão grande. A cada sorriso, a cada movimento, a cada palavra que Sakura dizia, ele se envolvia mais.

Ele a levou para casa e continuaram a conversar pelo trajeto. Andavam devagar e sem pressa, como se não existisse horas ou mais nada para se fazer na vida.

"Chegamos." – Sakura disse apontando para seu prédio.

"Nem percebi. Estava tão interessado no assunto que poderia ter passado direto!"

"Foi uma noite bastante agradável. Diverti-me muito e muito obrigada pelo ursinho!" – ela disse parando na porta do prédio.

"Eu também gostei muito de estar com você!"

Syaoran se aproximou de Sakura para fazer o que desejava desde que a viu pela primeira vez: beija-la! Ela sentiu o coração disparar e as pernas tremerem com a aproximação. Ele sem dúvidas exercia um grande poder sobre ela que sentia que perdia o ar lentamente. Seu olhar cheio de desejo e sua boca úmida se aproximavam da dela e podia sentir a respiração quente dele colidir com a sua. Ele tomou seus lábios de leve, colocando uma mão em suas costas e a outra em sua cintura. A envolveu num abraço suave e percebeu a inexperiência dela. Ela nunca havia sido beijada antes e sentiu-se felizardo por poder ensina-la a amar. Mas não queria assusta-la e decidiu ir devagar. Separou os lábios e fitou os olhos verdes que brilhavam cheios de emoção.

"Boa noite, Sakura! Espero te ver amanhã novamente!"

"Espere! Você não quer subir um pouco?"

"Acho que seus pais se aborreceriam por causa do horário!"

"Eu moro sozinha!" – ela disse sorrindo.

"Tem certeza de que posso subir?"

"Tenho!" – ela disse abrindo o portão do prédio.

O apartamento de Sakura era pequeno, porém bastante aconchegante. Tinha o delicado toque feminino e bom gosto. Ela foi até a cozinha e abriu a geladeira, perguntando para Syaoran se ele preferia beber refrigerante ou suco. Ele optou apenas por um copo de água e enquanto ela servia, ele explorava a sala do apartamento. Encontrou alguns porta-retratos na estante e viu Sakura em diversas idades e sempre bela. Sentia necessidade de descobrir tudo sobre ela e desejou tê-la conhecido muito tempo antes e assim teria desfrutado de outros momentos de sua vida. Mas o começo deles era agora e o que ele queria era ficar com ela para o resto da vida. Já havia provado os lábios puros da dama e seu corpo desejava torna-la sua.

"Aqui está sua água!" – ela estendeu o copo, porém ao invés de beber ele o colocou sobre a mesinha da sala.

"Você sente o mesmo que eu, Sakura? Sente o calor invadir seu peito e o coração disparar? Sente uma energia fluir toda vez que nos tocamos?" – ele perguntou tocando a face da jovem e em seguida a trouxe para junto de si.

"S-sim..." – ela disse num sussurro.

"Estou feliz! É como se eu finalmente encontrasse o que procurei por muito tempo! Quero você na minha vida, Sakura!"

"Eu quero estar na sua vida, Syaoran!" – ela disse fazendo com que Syaoran sorrisse para ela.

Ele voltou a beija-la só que dessa vez mais ardentemente. Ela timidamente abriu os lábios para ele e sentiu suas línguas se encontrarem deixando-a entorpecida. Ele acariciava suas costas com uma mão e com a outra ele pousou levemente no fino pescoço. Ele se aventurou a beijar o pescoço de Sakura fazendo com que ela sussurrasse de prazer. Podia sentir sua pele arrepiada, fazendo com que ele também tivesse o mesmo efeito. O desejo estava presente nos dois corpos e eles estavam dispostos a se entregarem de olhos fechados.

"Não farei nada que não queira!" – ele avisou contendo-se um pouco.

"Sei que pode parecer um pouco rápido, mas eu não me importo! Eu também desejo ter você!" – ela disse voltando a tomar os seus lábios ardentemente. – "Será que estou louca?"

"Se você está, eu também estou!" – ele deu um beijo molhado em seu pescoço e seguiu uma trilha até alcançar a orelha. – "Onde fica o seu quarto?"

Sakura apontou na direção e ele a tomou em seus braços a levando para a cama. Ele a deitou no centro da cama de casal e ficou de quatro sobre ela a beijando, enquanto suas mãos exploravam o corpo feminino. Face, de pele lisa como a seda, boca pequena e macia, explorada pela primeira vez, com um sabor doce e agradável.

"Syaoran... preciso lhe dizer uma coisa importante... eu nunca..." – ela corou e prosseguiu – "Eu ainda sou virgem!"

"Eu sabia desde o momento em que a beijei."

"Você não acha estranho que aos dezenove anos eu nunca tenha..."

"Não!" – ele a interrompeu – "Vamos dizer que é uma agradável surpresa!" – sorriu passando confiança para ela.

Ele afastou as alças do vestido dela e beijou os seus ombros fazendo com que ela arqueasse um pouco as costas de prazer. Cada beijo dele fazia com que ela descobrisse uma nova e prazerosa sensação. Ele a virou de costas e desceu o zíper do vestido até que se abrisse completamente. Beijou toda linha da coluna deixando um rastro úmido, fazendo a garota excitar-se. Ela sussurrava e emitia gemidos discretos que faziam com que ele se excitasse por estar causando a ela aquelas reações. Voltou a vira-la de frente para ele e baixou o vestido revelando os seios rijos. Tocou um dos seios com a mão, fazendo com que ela se deleitasse de prazer.

"Gosta que eu te toque desse modo?" – ele perguntou massageando o seio, apertando de leve o mamilo.

"Gosto!" – ela respondeu num sussurro.

Quando ela sentiu a língua quente dele percorrer seu seio, um leve gozo fez com que seu ventre contraísse. Ela queria mais, seu corpo estava fervendo de desejo. Sentiu as mãos firmes e grandes percorrerem suas pernas até que lhe alcançasse sua parte mais intima, fazendo com que ela gemesse alto. Seus lábios tremiam descontroladamente, pois nunca havia experimentado tal sensação de prazer. Sentia a umidade crescer, preparando o caminho para o ato de fazer amor. Sentiu quando ele tocou-lhe por dentro da calcinha, fazendo seu corpo inteiro incendiar. Ele começou a acariciar com os dedos e se ele não beijasse sua boca ela seria capaz de gritar. Suas línguas brincavam num rito especial, enquanto ela experimentava o primeiro orgasmo de sua vida.

"Você está me enlouquecendo!" – ela disse ofegante.

"Não... você é quem me enlouquece!" – ele disse retirando a camisa.

Sakura percorreu levemente com as mãos os músculos do tronco de Syaoran, até alcançar o botão do seu jeans. Abriu e abaixou facilmente a calça junto com sua roupa íntima, deslizando as mãos até alcançarem seu glúteo firme. Ele sorriu e retirou o resto do vestido de Sakura, e depois terminou de se despir. Ela não pôde deixar de sentir-se tímida por ver o homem nu, exibindo seu membro rijo e ereto.

Ficaram algum tempo sentindo o calor de seus corpos se tocarem, ela lhe dava leves mordiscadas pelo corpo e arrancava de Syaoran alguns gemidos. Ambos se entregaram a um mar de carícias e beijos e estavam dispostos a se afogarem. Trocavam palavras de amor e sentiam que estavam prestes a tornarem-se um só. Ele afastou suas pernas e tocou-lhe com o membro em sua intimidade, fazendo seu corpo ansiar em ser possuído.

"Eu te quero tanto, Sakura! Olhe nos meus olhos e diga que me permite torna-la minha!"

"Eu quero ser sua!"

Com um pouco de força ele venceu a resistência imposta pela virgindade, fazendo com que Sakura gritasse seu nome com um misto de prazer e ardor. Ele então a tornou sua mulher. Começaram a arte de amar e assim ficaram por muito tempo até alcançar o auge do prazer juntos. Syaoran sentia dupla satisfação, primeiro pelo prazer que Sakura havia lhe proporcionado e segundo por ter dado prazer a ela. Ficaram deitados e abraçados, descansando do êxtase a pouco alcançado, até adormecerem.

Tornaram-se inseparáveis. Passavam os dias juntos na faculdade e as noites entregando-se ao amor no apartamento de Sakura. Syaoran ensinou Sakura a amar e ela demonstrou-se uma aluna bastante dedicada. A felicidade e o amor conduziam suas vidas a cada dia. Faziam planos de ficarem sempre juntos e mesmo se conhecendo há pouco tempo, já pensavam em casamento. As garotas da faculdade se mordiam de inveja de Sakura, pois Syaoran era o maior objeto de desejo entre todas. Entre elas existia uma que não conseguia disfarçar sua raiva e inveja. Seu nome era Meiling, que cursava Medicina junto com Syaoran. Sempre que podia, Meiling tentava semear a dúvida em Sakura.

Seis meses se passaram e chegou o momento em que Syaoran começaria a fazer residência médica. A universidade levando em conta seu ótimo desempenho como o melhor aluno de sua turma, recomendou que ele fosse atuar nos Estados Unidos, pela universidade de Harvard. Era a chance de sua vida. Porém, como ficaria seu relacionamento com Sakura?

"Venha comigo?" – ele pediu enquanto a abraçava.

"Mas... meus estudos! Minha família! Toda minha vida está aqui!" – ela dizia cheia de dor.

"Case-se comigo! Sei que ainda estou no começo da carreira, mas... serei um bom esposo!"

"Eu não tenho dúvidas! Eu quero muito me casar com você, mas... ir para os Estados Unidos agora é impossível!"

"Então não irei! Farei minha residência aqui no Japão!" – ele a abraçou mais forte.

"Não! Por mais triste que seja a nossa separação, você deve ir e agarrar essa oportunidade! Eu vou te esperar!" – disse com as lágrimas a pesarem nos olhos.

"Mas serão três anos! Não suportarei ficar sem você tanto tempo..."

"Tudo vai dar certo! Eu te amo!" - disse tentando ser positiva, apesar da dor da separação.

"Eu também te amo! Mais do que você possa imaginar!" – ele a deitou na cama e começou a beijá-la.

"Faça amor comigo! Quero você, Syaoran! Eu já sou sua mulher! Sempre serei..." – disse olhando em seus olhos.

"Minha Sakura..."

Sexta-feira à noite. Festa de formatura dos alunos de medicina. Sakura desfilava com seu namorado pelo salão da universidade. Syaoran sentia ciúmes de tantos rapazes dirigirem seus olhares gulosos para sua linda namorada, que sem dúvidas era a mulher mais bonita do evento. Seria difícil ficar tanto tempo longe de tão linda mulher, mas seria um grande médico um dia e daria uma vida de rainha para sua amada. Sakura também percebia o olhar malicioso de Meiling para cima de Syaoran. Ela confiava no seu namorado, mas não podia deixar de se sentir insegura, sabendo que Meiling estaria entre os alunos que iriam fazer residência nos Estados Unidos.

"Vou retocar minha maquiagem, querido! Quero ficar bonita no seu álbum de fotos." – Sakura levantou-se e fez menção de ir para os toaletes.

"Mas não demore!" – Syaoran a puxou para um beijo – "Ou morrerei de saudades!"

Sakura reforçou a maquiagem e arrumou o vestido. Antes de voltar para o salão, entrou num reservado para esvaziar a bexiga. Nesse momento, Meiling e outra garota entraram no toalete e começaram a conversar, sem perceber a presença de Sakura.

"Você viu como o Li está lindo hoje?" – a garota começou a comentar se olhando no espelho e ajeitando o cabelo.

"Sim! Não vejo à hora de botar minhas mãos nele mais tarde!" – Meiling respondeu dando uma risada escandalosa.

"Lá vem você de novo com esse papo furado! Até parece que você e o Li tem alguma coisa. Ele é namorado daquela aluna de arqueologia. A tal da Kinomoto!"

"Minha querida... você sabe muito bem como são os homens. Ele só usa aquela menina pra me fazer ciúmes, mas quando não agüenta mais aquela bobinha ele corre para os meus braços! Afinal, nossa história já é antiga e nossas famílias fazem muitos votos pelo nosso casamento. Nunca aceitariam uma garota como aquela pobretona!" – começou a arrumar o vestido na altura do busto.

"Então vocês estão realmente juntos? Como você aceita que ele fique com a Kinomoto?"

"Ela é só uma distração para ele! Além disso, ele está morrendo de pena pra dispensar a bonequinha! Depois de que eu me casar com ele, eu o colocarei na linha! Hoje ele vai se livrar logo daquela idiota e teremos nossa própria comemoração! Se é que você me entende!" – dando outra risada forçada e maliciosa.

"Você é fogo, Meiling! Eu não agüentaria essa situação se estivesse no seu lugar!"

"Suportamos tudo quando estamos apaixonadas! Agora vamos voltar para a festa!" – disse saindo do recinto, após retocar o batom.

Sakura tremia de forma nervosa diante do que havia acabado de ouvir. Não era verdade, ela tinha certeza, mas mesmo assim, uma dor terrível inundava seu peito. Por que Meiling diria aquelas coisas se não houvesse realmente um motivo? Syaoran seria capaz de levar uma vida dupla? Isso não. Aquelas haviam sido palavras de uma louca desprezada e com o ego abatido. Não havia razão para tristeza ou desconfiança. Mas por que então doía tanto? Recompôs-se do choque e voltou para a presença do amado que a recebeu com um sorriso.

"Senti sua falta!" – ele disse lhe dando um beijo.

"Você me ama, Syaoran?"

"É claro que sim! O que houve para me perguntar isso de repente!"

"Eu também te amo muito! Só quero que saiba isso!" – ela disse abraçando-o forte.

"Eu sei, Sakura! Nunca tive dúvidas! Espero que você também não tenha!"

Por volta das duas da manhã, a festa ainda fervia e muitos formandos pulavam animados na pista de dança. Sakura estava com um pouco de sono, porém não reclamava para não estragar a noite de Syaoran. Ele se divertia entre os amigos e todos comentavam sobre o programa de residência no exterior. Syaoran recebia parabéns a todo instante por ter sido o primeiro da turma e Sakura notava o quanto ele ficava orgulhoso por esse mérito. Não era para menos, pois ela mesma presenciara todo esforço que ele devotava aos estudos. Ele era muito dedicado, estudava sempre, realizava pesquisas e desenvolvia teses que foram premiadas várias vezes. Ele realmente era motivo de orgulho para a universidade.

"Está cansada, meu amor?" – ele perguntou para Sakura ao notar que ela estava bocejando inúmeras vezes.

"Não! Estou bem!"

"Eu vou até o banheiro e depois iremos embora! Eu já me diverti o bastante!"

"Não precisa ir embora por minha causa! Já disse que estou bem!"

"Eu já volto!" – ele deu um breve beijo na namorada a deixando para ir ao banheiro.

Sakura achava incrível a forma com que Syaoran a conhecia. Ela jamais conseguia engana-lo, mas de certa forma, ela ficava feliz por esse detalhe. Ela o viu se afastar, mas enquanto ele se aproximava do local dos banheiros, Meiling o abordou. Sakura sentiu uma ducha de água fria cair sobre ela, com a visão da garota abraçar Syaoran de forma bastante insinuante. Conversaram mais um pouco e depois Sakura viu Syaoran deixando a oferecida e seguindo para o banheiro. Para seu temor, após alguns instantes, Meiling ousou entrar no banheiro masculino e Sakura tinha certeza de que era atrás de Syaoran.

"Vagabunda!" – Sakura levantou feroz e foi em direção ao banheiro masculino.

Caminhou pelo salão empurrando quem estivesse em sua frente, sem ao menos pedir desculpas. Tudo que ela queria era quebrar a cara de pau daquela oferecida. Já estava na hora de Meiling saber qual era o seu lugar e era bem longe dela e de Syaoran. Abriu a porta devagar e notou que o banheiro estava vazio.

"Mas como? Eu tenho certeza que os vi entrar aqui!" – ela não entendia.

"Depois a gente conversa, Meiling! Agora você está bêbada!" – a voz de Syaoran se fez presente.

Sakura seguiu para o lugar dos reservados e notou a presença de alguém no último do corredor.

"Você está sendo tão malvado comigo hoje, Syao! Pelo menos me beije direito."

"Agora eu vou embora! Amanhã a gente conversa!"

"Sinto sua falta, querido! Quando você vai deixar aquela idiota de uma vez e ficar comigo?"

"Não fale desse modo sobre a Sakura! Agora com licença, tenho que ir embora!"

"Antes me beije com vontade!"

Sakura aproximou-se do local e observou pela fresta da porta semi-aberta, Syaoran e Meiling se beijando de forma gulosa. Meiling se esfregava em Syaoran e desceu uma das mãos pelo peito dele até a região genital, tentando excita-lo. Sakura não podia mais ver aquilo, sua vontade era torcer o pescoço dos dois, porém tudo que conseguiu foi sair correndo dali sem ser notada. Estava desorientada, chorava descontroladamente e tudo que queria era achar a saída do salão. Quando finalmente encontrou, esbarrou contra uma pessoa e quase foi ao chão se ele não a amparasse.

"Calma garota! Vai se arrebentar dessa forma!" – ele a ajudou a se manter em pé.

"Desculpe-me! Eu preciso ir!" – ela disse tentando soltar-se do homem.

"Não posso deixar você sair correndo assim, você me parece muito nervosa!"

"Estou bem!" – ela gritou sem paciência.

"Pelo menos deixe-me ajuda-la..." – ele insistiu.

"Se quer me ajudar, leve-me daqui!" – ela caiu num choro nervoso.

"Claro que sim! Meu carro está logo ali. Qual o seu nome?"

"Sakura Kinomoto! E o seu?"

"Naota Sato!"

Syaoran procurou Sakura por todos os cantos do salão e perguntou a todos se haviam visto para onde ela tinha ido, mas não a encontrou. Ligou para a casa dela, mas não obteve resposta. Depois de uma hora a procurando uma amiga de Sakura disse que a tinha visto ela sair do banheiro masculino chorando e correndo.

"Não! Ela entendeu tudo errado! Meiling... se eu perder a Sakura eu juro que acabo com você!" – ele disse pra si mesmo cheio de ódio.

Continua no próximo capítulo!

Perceberam que Sakura foi jogada nos braços de seu marido bruto, graças à cena que ela presenciou entre Syaoran e Meiling? Realmente é verdade que para cada ação, há uma reação.

Quero agradecer a todos que me deixaram um review e já estou curiosa pelos comentários que farão por esse segundo capítulo. Quero saber o que pensaram sobre tudo, desde o envolvimento entre Sakura e Syaoran, até o final do capítulo, onde Sakura viu seu mundo desmoronar.

Quero mandar um beijo pra minha amiga RM. Ela me deu altas dicas sobre hospitais, já que o Li é um médico e eu precisava de alguns termos como residente, tese e etc... Obrigada por todo apoio e se eu sou má... aprendi a ser com você! Também quero te agradecer por ter arrumado o html para mim, um dia eu ainda aprendo a fazer isso!

Outros beijos para: Sakurinha (Gostou do Syaoran de médico, né?), Mary (Você não viu nada, esse reencontro vai mudar a vida da Sakura!), Raven (ainda bem que você não é menor de idade!), Bra (Sinceramente não sei a freqüência com que vou atualizar!), Daniel (Ela só não morreria se fosse a mulher elástico!), Keity (Sohma é porque eu sou a senhora Shigure! Já mandei o seu beijo pra RM!), RubbyMoon (Minha querida RM! É uma honra receber seu review! Já perguntei pro Li se ele topa trabalhar lá no seu hospital, ele disse que responderá pessoalmente!), Duda (Realmente a Sakura está enfraquecida espiritualmente e moralmente!), Kiara (realmente a fic é forte, eu avisei que seria!), Salira tSuki Crisis (É verdade, é uma triste realidade, mas existem homens como o marido da Sakura! Vamos acabar com a imagem deles com essa fic!)

Quero ver a interpretação de vocês para esse capítulo. E menores de idade... eu avisei que haveria conteúdo inapropriado. Deixem seu comentário se assim desejarem (Espero que sim!)! Tchauzinho!