Capítulo 7 – Tempos Natalinos

Capitulo 7 – Tempos Natalinos

Ultimamente coisas estranhas têm acontecido. Talvez seja por causa da proximidade com o Natal e isso só reforça ainda mais a minha antipatia por essa época do ano. Não é por nenhum trauma de infância, não mesmo. Exceto pela vez que Blaise e eu, então por volta dos dez anos, tivemos a brilhante idéia de roubar uma garrafa de Firewhiskey do meu pai. Até hoje eu não sei o que foi pior: o sermão e o castigo que ele me deu ou a ressaca. Não gosto do Natal, não sei por que. E por que você é obrigado a gostar do Natal, a princípio de conversa? Pessoas alegres, criancinhas felizes, gente se confraternizando, enfim, o próprio cenário da chatice profunda.

Mas, voltando às coisas estranhas. Esses dias Blaise veio com umas perguntas esquisitas pra cima de mim. Tudo bem, o Blaise É estranho, mas eu nunca o imaginei me fazendo perguntas do tipo: quando você descobriu que estava apaixonado pela Gina? Como você se sentiu? E se eu não o conhecesse bem, diria que Blaise esta apaixonado. Mas pra mim já é difícil o suficiente visualiza-lo com uma mulher por mais de duas semanas.

E o mais difícil foi para eu responder às perguntas dele. Como eu poderia precisar o exato momento eu que eu me toquei de que estava fatalmente, completamente e totalmente apaixonado por Virginia Weasley, se na época, pra mim ela não passava de mais uma Weasley e uma fonte inesgotável de diversão, provinda da minha incansável provocação.

Diferentemente de outras pessoas, eu não descobri que gostava de um jeito totalmente novo e diferente de Gina, quando nos beijamos pela primeira vez. Nem pela segunda ou terceira vez. Beija-la foi mais uma punição do que qualquer outra coisa. Ela me deu um tapa na cara e eu posso ser tudo, mas nunca bateria numa mulher. Então como perfeito gentleman que sou, o modo que eu achei de revidar que a irritaria mais foi a beijando à força. Quando finalmente nos soltamos e ela me deu outro tapa, não consegui me segurar e a beijei novamente. Bem, da terceira vez eu fui mais rápido, e segurei sua mão antes que esta se encontrasse dolorosamente com a minha bochecha já vermelha, e dei-lhe um terceiro beijo. Depois disso ela desistiu de tentar me machucar e saiu bufando e batendo os pés, murmurando coisas do tipo "cretino egocêntrico safado" e eu lembro até hoje dos vários tons de vermelho que sua face ficou.

Porém, eu só me dei conta de o quanto enrascado, encrencado e perdido eu estava quando entrelacei os meus dedos nos dela pela primeira vez e senti asas baterem no meu estômago, ao mesmo tempo em que o meu coração tomava um ritmo completamente diferente do seu habitual, o que não acontecia nem mesmo quando eu tinha uma varinha apontada para o meu peito. E me pergunto como um simples toque, uma simples ação pode provocar em uma pessoa tal sentimento angustiante, uma descarga elétrica mágica, mais poderosa do que qualquer feitiço.

A partir desse dia eu não fui mais capaz de manter minhas mãos longe das dela, meu corpo longe do dela. Ela era quente, e eu frio. Ela amava e eu odiava. E mesmo assim era magnífico o formato que nossas mãos tomavam quando estavam unidas, os dedos entrelaçados. Eu podia sentir as suas unhas cravando na minha carne com a força que ela apertava, mas não me importava, pois era exatamente isso que eu queria. Ela em mim e eu nela.

Não consigo ver outro modo de descrever como é amar Virginia.

1- O melhor jeito de ser acordado é com alguém mexendo no seu cabelo.

2- Nunca concorde em fazer compras de Natal com ela

3- Nunca prolongue uma discussão, você pode dizer coisas que não eram pra ser ditas.

Ele mantinha os olhos fechados, mas não estava dormindo. Também, era impossível sequer cochilar com ela remexendo na cama de cinco em cinco minutos. Abrindo os olhos para encarar o teto no quarto escuro, Draco sentiu uma coisa macia no seu pé se mexer. "A maldita gata já esta aqui de novo" pensou. Lutando bravamente com o impulso de chutar a bola de pêlos aos seus pés, ele voltou novamente a atenção a um ponto no teto tentando se concentrar em algo que o faria enfim pegar no sono.

Mas é claro que era pedir muito que ele conseguisse dormir por pelo menos três horas. Quando suas pálpebras já estavam quase se fechando, ele sentiu algo deslizar suavemente pelo seu peito e foi então que se deu conta de que era a mão de Gina. Ela estava se mexendo na cama. Mais uma vez. Respirando fundo, Draco já estava se preparando para levantar da cama e desistir de tentar dormir quando uma das pernas dela foi depositada entre as dele, a delicada mão o enlaçou na cintura e ainda se mexendo, Gina afundou seu rosto no pescoço de Draco.

Draco esperou por alguma palavra dela, pensado que ela teria enfim acordado. Então ele resolveu virar o pescoço um pouco para poder ver o rosto dela. A encontrou com um semblante calmo, a respiração compassada e a mão em sua cintura de tempos em tempo se contraindo. Respirou fundo mais uma vez, tentando memorizar o rosto adormecido de Gina, tranqüilo, que combinava perfeitamente com o nariz pequeno, as sardas e os cílios dourados. "Perfeito", não pôde deixar de pensar. E antes que pudesse se dar conta, adormeceu tentando impor à sua respiração o mesmo ritmo da dela.

- - Hey, dorminhoco, acorda... – Uma voz distante e suave sussurrou em seu ouvido, mas Draco nem ao menos abriu os olhos. A sensação de algo mexendo no seu cabelo parecia querer embala-lo de volta ao mundo dos sonhos.

Um sorriso se formou nos seus lábios. Adorava quando ela fazia isso. Era raro Gina acordar antes dele e mais raro ainda era ela ficar na cama ao invés de sair correndo pela casa como uma maluca murmurando que estava atrasada. Mas hoje era diferente. O feriado de Natal já havia começado e para a cabeça impura de Draco isso só significava uma coisa: Gina só para ele, o dia inteiro. Ele resolveu abrir os olhos, sonolento.

- - Até que enfim Vossa Majestade acordou... – Gina ainda estava deitada sobre ele, e mantinha o queixo apoiado em uma mão sobre o peito dele enquanto a outra acariciava os fios finos e macios do cabelo dele.

- - Milagre você acordar antes de mim. – ele falou movendo um braço dormente debaixo dela.

- - Também, é impossível dormir com você roncando daquele jeito.

- - Eu não ronco! – arregalou os olhos, indignado.

- - Eu sei que não, chato. Acordei sozinha e olha só – Gina apontou para a janela, com as cortina abertas, deixando entrar a claridade da manhã – Está nevando!

- - Hummm, isso merece uma comemoração! – Draco levantou a cabeça, para encontrar os lábios dela. Depois de um tempo Gina começou a rir por entre os lábios dele, e se afastou.

- - Tira a mão daí!

- - Tirar a mão da onde? – perguntou, falsamente inocente.

- - Da minha coxa, seu safado. Você só pensa nisso? – Ela riu, e se acomodando melhor, sentou em cima de Draco, com uma perna de cada lado do corpo dele. – E por que você dormiu sem camisa de novo? – indagou, passando os dedos de leve na barriga dele, tentando em vão faze-lo sentir cócegas.

Por um instante Draco olhou boquiaberto para ela. Depois colocou uma mão em cada coxa dela e respondeu como se fosse a coisa mais óbvia do mundo:

- - Por que você está vestindo ela – Ela olhou para baixo e riu ao constatar que realmente estava usando uma das Armani dele, que por algum motivo faltava alguns botões. Resultado de mais uma das brigas dos dois, que casualmente terminavam com uma Gina muito sem paciência tentando abrir uma camisa. O motivo da briga? Nenhum dos dois conseguia se lembrar direito.

Draco subiu as mãos para a barriga de Gina e os dois ficaram se encarando por uns instantes e ela então percebendo que ele não estava bem intencionado, levantou da cama, para a infelicidade de Draco, que apenas observou desolado enquanto ela ia para o banheiro, em uma camisa que mais lhe parecia um vestido e meias.

Ele estava até considerando a hipótese de ir ao banheiro, ver se tinha alguma chance com ela naquela hora, mas desistiu quando ouviu o barulho do chuveiro. Não, ele não estava a fim de ser escaldado logo pela manhã pela água quase fervente do banho dela.

Com um suspiro, levantou da cama e seguiu pelo corredor. Gina deve ter acordado muito cedo, ele concluiu, já que ao entrar na sala de jantar encontrou a mesa posta com algumas torradas e café. Impressionante como ela ficava produtiva quando perdia o sono e não tinha nada pra fazer. Ao contrário dele, que era capaz de ficar horas a fio olhando para o teto e pensando.

Antes de sentar à mesa, Draco foi até a sacada onde uma corujinha parda esperava com o Profeta Diário. Ele sentou-se e pôs-se a ler o jornal, esperando Gina terminar o banho para tomarem o café juntos. Depois de mais de trinta minutos e de ler o jornal todo, quando Draco já estava quase indo ver se ela tinha se afogado na banheira, Gina surgiu na sala com o cabelo molhado.

- - Até que enfim, pensei que você tinha descido pelo ralo.

- - Ah ah ah, sempre querendo ser o engraçadinho, não é? – A ruiva falou sarcasticamente, mas sorrindo carinhosamente para ele.

- - Eu não consigo evitar, é mais forte do que eu. Fez o café, é?

- - É, e a louça é sua. – Gina sorriu ao ver a expressão de desgosto no rosto de Draco e foi caminhando até ele, quando enfim sentou em seu colo.

Ela pegou uma torrada, e levou até a boca do loiro. Ele aceitou o pedaço, enquanto a enlaçava pela cintura. Gina passou as mãos em volta do pescoço dele, acariciando a nuca. Draco fechou os olhos para sentir melhor o toque suave dos dedos dela e soltou um suspiro que mais parecia o ronronar de um gato.

- - O que você fez com a minha noiva? Você não é Virginia Weasley – ele falou baixinho, enquanto uma de suas mãos tentava sorrateiramente escorregar para dentro da camisa dela.

- - Não posso ser carinhosa com você? – perguntou, sem perceber a pequena viagem que a mão de Draco fazia.

- - O que você quer? Por que você não é carinhosa comigo a troco de nada...

- - Ahh, eu queria que você fosse comigo no Beco Diagonal hoje, você sabe, comprar umas lembrancinhas de Natal...

Draco fez uma cara de "eu-tenho-mesmo-que-ir?" e disse:

- - Você que eu vá para carregar os pacotes pra você, isso sim!

- - Diz que sim, vai Draco... – Gina falou, abaixando a cabeça e beijando o pescoço dele, e depois foi seguindo ate os lábios dele, parando lá.

- - Ta, eu vou, sua chantagista. – Ao ouvir a resposta dele, ela sorriu e deu-lhe vários beijinhos rápido nos lábios. - Isso é golpe baixo sabia? Mas eu quero algo em troca...

- - O quê? – indagou desconfiada.

- - Vamos voltar para a cama agora. – disse sorrindo maliciosamente.

- - Mas e a mesa, o café, a louça?

- - Depois a gente pensa nisso – Com isso Draco a levantou no colo e foi caminhando calmamente de volta para o quarto.

Ela acordou sentindo algo ao seu lado e a primeira coisa que viu após abrir os olhos e ajustar a visão à luz do abajur, foi Draco, de óculos, sentando lendo um livro. Gina levantou a cabeça, sonolenta, e perguntou:

- - Que horas são?

Draco levantou os olhos do livro, saindo da concentração em que se encontrava, imediatamente após ouvir a voz dela. Ele sorriu e levou o pulso até um facho de luz do abajur:

- - Quase sete. Estava esperando você acordar para jantarmos.

Gina deu um pulo da cama ao ouvir o horário.

- - Por que você não me acordou? Agora o Beco Diagonal já deve estar fechado!

- - Você estava dormindo tão bem... Eu fiquei com pena de te acordar... – ele falou, tentando fazer a sua melhor cara de inocente.

- - Não minta pra mim Malfoy, eu sei muito bem que você não me acordou por que não queria ir comigo ao Beco Diagonal. Mas se você pensa que se livrou, está muito enganado. Amanhã de manhã, você vai comigo, querendo ou não. – completou antes de entrar no banheiro e bater a porta.

- - Draco, eu esqueci de alguém? Estou com a impressão de que esqueci de comprar presente para alguém.

Se esforçando para não derrubar nenhum embrulho, Draco emergiu a cabeça por cima de dúzias de pacotes, com um olhar de quem não estava acreditando no que ela dizia.

- - Esqueceu sim. Sabe aquele seu primo de oitavo grau, aquele que você nunca viu? Francamente, acho que você comprou algo até para o Papa. Provavelmente todo o Reino Unido vai receber alguma coisa de Natal de você. – Draco estava tentando não perder o último resquício de paciência que lhe restava. Mas estava ficando cada vez mais impossível.

Depois do episódio do dia anterior, Gina parecia estar querendo puni-lo por não te-la acordado, e eles estava fazendo compras de Natal desde de manhã. E eram quase cinco da tarde. Draco não sabia que existiam tantas lojas no Beco e a essa altura, ele já não sabia mais se já tinha ou não entrado em uma loja. Seus pés doíam tanto que Draco já estava cogitando a hipótese de amputa-los. E para completar ainda mais a "felicidade" dele, o Beco estava lotado de pessoas com o mesmo objetivo de Gina: torturá-lo.

- - Não sei... Eu já comprei presentes para todos da lista, mas mesmo assim eu ainda sinto que estou esquecendo de alguém. – Ela olhou para ele sorrindo. Com certeza estava se divertindo com a situação.

Levar um homem às comprar sempre era um desafio, e ficava ainda mais difícil quando esse homem era Draco Malfoy. Difícil e engraçado. Ela gostou da experiência de fazer Draco de Carregador de Pacotes e iria repetir mais vezes.

De repente, Gina arregalou os olhos, como que se lembrando de algo.

- - Draco! O que você comprou para o Blaise?

- - Nada. – ele disse como se fosse a coisa mais natural do mundo e continuou andando em direção à Cafeteria. Precisava urgentemente de um café antes que tivesse algum tipo de ataque psicodrama. Então percebeu que Gina não mais o seguia. Draco parou e virou-se para trás, esbarrando em algumas pessoas e fazendo um malabarismo incrível para não derrubar nada.

- - E o que você pretende comprar para ele? – Perguntou Gina, que carregava apenas duas sacolas.

- - Nada - respondeu indiferente e voltou a caminhar, entrando finalmente na Cafeteria, que estava lotada. "ótimo! Agora eu terei que me degladiar aqui para conseguir uma xícara de café". Gina entrou logo atrás de Draco.

- - Como assim você não vai dar nada pra ele?

- - Não dando. Mas que idéia.

- - Mas Draco, ele é o seu sócio! Seu melhor amigo! – ela agora falava indignada, enquanto Draco calmamente expulsava umas crianças de uma mesa. Ele sorriu satisfeito ao observar as crianças levantarem e correrem assustadas. Gina olhou horrorizada com o poder que ele tinha de impor sua vontade sobre os outros, custe o que custar. Mas nem se preocupou em discutir com ele por causa daquilo, não ia adiantar mesmo.

- - E o que isso tem a ver? Só por que ele é meu amigo eu sou obrigado a dar presentinhos pra ele? Eu sou homem, faça-me o favor! – ele sentou-se à mesa e lançando um olhar mortal à garçonete, foi prontamente atendido.

- - Ah, meu Deus, como é machista! Peça um chocolate para mim, eu vou procurar alguma coisa pra ele antes que as lojas fechem. – Com isso ela levantou-se da mesa e saiu do estabelecimento, com seus passos curtos e ligeiros.

Um sorriso formou-se nos lábios dele ao vê-la saindo pela porta. Era tudo o que ele queria: ficar sozinho para poder comprar o maldito presente dela. E se ele a conhecia bem, ela provavelmente iria demorar uma hora para comprar simplesmente uma gravata ou abotoaduras.A garçonete chegou com uma expressão de misericórdia no rosto trazendo o café e Draco lhe pediu (ou melhor, ordenou) que ficasse tomando conta dos pacotes e seguiu para a joalheria do outro lado da rua.

- Ufa! Até que enfim acabou! – Gina suspirou, ao terminar de ajeitar o laço no último embrulho de presente e coloca-lo em cima de uma imensa pilha de pacotes.

Draco levantou os olhos do papel que lia e dirigiu seu olhar para a ruiva sentada no chão. Ela tinha o cabelo preso num rabo de cavalo torto e Liz dormindo encolhida no colo dela.

- Até que enfim mesmo. Estou morrendo de sono, pensei que você fosse passar a noite inteira aí. – Ele levantou da mesa e caminhou até onde ela estava, oferecendo-lhe a mão para levantar.

- Ah, eu só quero ter certeza de que tudo está certinho para quando nós formos. – Levantou, segurando na mão oferecida por Draco.

Ao ouvir o que Gina havia dito, Draco franziu as sobrancelhas e perguntou:

- Tudo certo para quando "nós" formos aonde?

- Acorda, Draco! – ela balançou uma mão em frente aos olhos dele – Para a casa dos meus pais, na noite de Natal!

- "Nós"? Eu não planejava ir a lugar algum.

- Poxa, Draco, você não vai passar o Natal comigo lá?

- Não – respondeu simplesmente

- Por que? – Gina estava visivelmente decepcionada.

- Por que eu não quero. – disse, e começou a caminhar para fora do escritório.

- Como assim? Você não vai comigo simplesmente porque "você não quer"? – Ela o seguiu pelo corredor, começando a ficar irritada.

- "Eu simplesmente não quero" passar a noite ouvindo os comentários "gentis" dos seus irmãos. Não é grande coisa, Gina, é só mais um jantar com a sua família. Quantas vezes você já não foi sem mim? – Ele mantinha a voz calma, e se virou quando Gina segurou seu braço.

- Não é só mais uma noite, é Natal! – Ela falou, arriscando um sorriso e soando óbvia. – É uma noite para se passar em família, comemorando... – Ela chegou mais perto dele, deslizando as mãos nos braços dele – Hein?

Draco pegou na cintura dele e falou:

- Essa tática funcionou hoje cedo, Gina, mas não vai adiantar agora, pode desistir. – Ela começou a se afastar, mas ele a puxou para bem perto – Mas, nós podemos esquecer essa história de "Natal em família" e começar a praticar a nossa... – Ele tentou beijar-lhe o pescoço, mas ela o empurrou de leve, saindo de seu abraço.

- Não, não vamos esquecer nada! Você é quem vai esquecer essa hostilidade com os meus irmãos, de uma vez por todas!

- Olha, Gina, eu não quero chegar lá e bancar o "cunhadinho dos sonhos" pra sua família, mesmo porque eles também não vão ser educados comigo.

- Isso não é motivo para-

- Gina, me escuta, eu só vou falar mais uma vez: eu não tenho interesse em ficar amigo dos seus irmãos, ou em passar o Natal com eles. Para falar a verdade, se eu não os vir pelo resto da minha vida, ela certamente será mais feliz.

As pontas das orelhas de Gina ficaram vermelhas, e apesar de manter a expressão séria, a raiva em seus olhos era visível.

- Será que você não me ama o suficiente para fazer esse sacrifício por mim? Só uma noite?

- Gina, não é uma questão de te amar ou não! – Ele gesticulava – Não vem com chantagem emocional agora, tá?

- Responde! Você pode ou não pode?

Draco cruzou os braços e usou seu tom mais sério e definitivo:

- Não. E você? Não pode fazer o sacrifício de passar uma noite longe deles para ficar aqui, comigo?

Gina ficou calada, subitamente sem palavras, mas parecia muito magoada. Depois de um longo silêncio, ela falou com a voz falha:

- Será que todo ano vai ser assim? Sempre vamos brigar por causa da minha família?

Draco esfregou os olhos. Estava cansado daquela briga, daquele assunto.

Tomando o silêncio dele como um "sim", Gina baixou a cabeça e segurou as lágrimas, antes de falar de novo:

- Então não vai dar... Assim não vai dar.

Draco arregalou os olhos e se exaltou de vez.

- Quer parar de ser dramática? Eles não valem a pena, Gina! Eu me recuso a continuar brigando com você por causa daqueles idiotas!

- Aqueles idiotas são meus irmãos! – Ela também gritava.

- E você escolheu hoje para se mostrar tão parecida com eles, não é?

Antes que Draco pudesse dizer mais alguma coisa, Gina deu-lhe um tapa do lado esquerdo do rosto. Ela o olhava com um olhar machucado e marejado de lágrimas.

- Bom saber o que você pensa, Malfoy. – Falou baixinho, contrastando com os gritos que dera nos instantes anteriores. Entrou no quarto correndo, batendo a porta com força atrás de si.

Ele ficou olhando a porta, pensativo e com o rosto ardendo. Talvez devesse ir lá e falar com ela, pedir desculpas. "Não! Por que eu tenho sempre que pedir desculpas, se foi ela quem começou a discussão?" Pensou. Mas mesmo assim ele ainda estava em dúvida.

Não que eles nunca houvessem tido uma briga igual aquela, mas é que eles sempre acabavam aos beijos antes que ele pudesse dizer alguma coisa estúpida. Mas dessa vez foi diferente. Por isso que na maioria das vezes, Draco não respondia às provocações dela e depois tudo não passava de um desentendimento. Ele não queria, mas se a briga começasse a perturbá-lo, ele sempre acabava dizendo coisas, coisas que machucam.

"Devia te-la beijado quando ela me deu o tapa. Como eu fazia antigamente". Mas agora não adiantava mais nada. Ela estava lá dentro, trancada e provavelmente com muita raiva dele. O melhor agora era esperar ela se acalmar. Então Draco resolveu ir para o escritório, e esperar.

Mas não foi preciso esperar muito. Menos de vinte minutos depois ele escutou um barulho vindo do quarto, e resolveu ir ver o que era. Ao entrar no aposento, a primeira coisa que viu foi uma coisa brilhando em cima da cama, e chegando mais perto percebeu que era o anel de Gina. "Não, ela não pode..." pensou, andando até a cama e pegando o anel. E então olhou para o armário e o viu parcialmente aberto. Também não viu sinal da gata em nenhum lugar do quarto.

Respirando fundo, Draco sentou-se na cama, passando a mão nervosamente nos cabelos com uma mão enquanto a outra apertava o anel.

N/A: E ai gostaram do final da fic??

Ahahahah Brincadeirinha, a fic não termina ai não. Se assustaram né? risada maléfica

Pra falar a verdade eu não sei nem quando ela vai terminar. Se eu dizer pra vocês que era pra ela ter 3 capitulos e nada mais vcs não vão acreditar.

Ta bom, fofocas de lado, eu queria pedir, implorar o perdão de vocês. Eu sei q já se passaram séculos desde a minha ultima atualização, mas como eu disse no meu blog, ta ficando cada vez mais difícil escrever a fic. Ano de vestibular, eu to louca e preocupada e realmente eu gostaria muito de passar ou pra UFF ou pra RURAL (veterinária ROX!!) e se isso realmente acontecer, eu vou ter muito tempo pra escrever fics, afinal essas facul vivem em grave mesmo!!smirk.

Ta, mas eu espero não demorar muito para por o próximo capitulo. ESPERO!! Mas sabe como é, a UFF é em dezembro agora...

E ai, o que vocês acharam do capitulo? Ficou dramático demais? Pequeno? O Draco ta muito OOC? Ai Deus, dúvidas e mais dúvidas!

Ah ah! Será que o Blaise está apaixonado? Hummm, quem sabe...

Queria agradecer muito mesmo á Mary, por ter escutado todo esse capitulo e mais um pouco e nem ter reclamado.

A Pattilda, pima fofa, pela idéia do tapa na cara. Realmente, era o que tava faltando na briga deles.

Á Maluka Parafusinho, que mesmo estando la nos EUA e atolada de dever de casa ate o pescoço ainda arranjou tempo de ler a fic e escrever os seus comentários super hilários.

Ás meninas do Portal, pelos chats hilários no msn.

Ah chega!!! Ta parecendo despedida isso!

Bom é isso, ate a próxima nesse mesmo Potter Site, nessa mesma Potter hora! (não necessariamente a mesma..)